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BIOÉTICA E

BIOSSEGURANÇA
APLICADA
Fernanda Stapenhorst
Érica Ballestreri
Introdução, definição, tipos
de isolamento, tipos de
resíduos e gerenciamento
de resíduos de saúde
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„ Identificar os tipos de isolamento.


„ Classificar os tipos de resíduos de saúde (RSS).
„ Apontar as etapas envolvidas no gerenciamento de resíduos da saúde.

Introdução
Na área da saúde, alguns cuidados especiais devem ser tomados de forma
a visar à saúde do trabalhador, dos pacientes e do meio ambiente. Nesse
sentido, medidas de isolamento de pacientes com doenças infecciosas
devem ser utilizadas para evitar a contaminação de outras pessoas pre-
sentes no estabelecimento, além disso, o tipo de isolamento varia de
acordo com a doença do paciente.
O gerenciamento de resíduos de estabelecimentos de saúde também
tem um papel importante na preservação da saúde não só dos trabalha-
dores, mas também do meio ambiente e da comunidade.
Neste capítulo, você verá o que é o isolamento e quais tipos existem,
bem como a classificação de resíduos de serviços de saúde (RSS) e como
fazer o gerenciamento adequado. 

Definição e tipos de isolamento


Na área da saúde, diversas medidas devem ser tomadas no sentido de proteger
o trabalhador de pacientes que possuam doenças infecciosas. Uma dessas
2 Introdução, definição, tipos de isolamento, tipos de resíduos...

medidas é o isolamento, que se constitui por ser a segregação do paciente, que


está no período de transmissibilidade de uma doença infecciosa, das demais
pessoas presentes em um estabelecimento. Além da proteção do trabalha-
dor, o isolamento também visa à assistência adequada desse paciente, bem
como a prevenção da ocorrência de um surto de doença entre os profissionais
que prestam assistência ao paciente, aos seus familiares e à comunidade. A
instalação do isolamento fica sob responsabilidade da equipe médica e de
enfermagem do local onde, no caso de suspeita de doença infecciosa, deve-se
avaliar se a doença é passível de isolamento e tomar as medidas necessárias
o mais rápido possível.
Durante o isolamento, alguns pontos importantes devem ser observados
a respeito do aspecto psicológico do paciente em isolamento. Assim, deve-se
permitir visitas e acompanhamento após serem dadas as devidas orientações
e é fundamental conversar com o paciente, de forma a explicar o motivo das
medidas de isolamento e sanar suas dúvidas, buscando diminuir ansiedades e
temores. Ainda, uma boa interação do paciente com a equipe multiprofissional
é imprescindível, bem como garantir que o alarme está funcionando para uma
rápida comunicação do paciente com a equipe de enfermagem e para solicitar
assistência psicológica.

Fique atento para as tomadas de decisão que devem ser feitas frente aos parâmetros
para a instalação do isolamento.

Parâmetros Tomada de decisão

Diagnóstico suspeito ou Existe necessidade de isolamento?


comprovado de doença infecciosa
transmissível ou colonização por
microrganismo multiresistente

Tipo e mecanismos de Que barreiras técnicas devem ser


transmissão do agente envolvido utilizadas? (tipo de isolamento e área)
e condições do indivíduo

Período de transmissibilidade do Por quanto tempo o isolamento


agente da infecção ou da colonização deve ser utilizado? (duração)
Fonte: Hospital Universitário Regional de Maringá (2014).
Introdução, definição, tipos de isolamento, tipos de resíduos... 3

São estabelecidos 4 tipos de isolamento ou precauções: precaução padrão,


precaução por contato, precaução respiratória por gotículas e precaução res-
piratória por aerossóis. As precauções padrão devem ser adotadas para todos
os pacientes, independente da presença comprovada de doenças infecciosas,
prevenindo a transmissão de microrganismos veiculados a sangue ou fluidos
corpóreos ou mesmo presentes em lesões. Para esse tipo de precaução, a
principal medida a ser tomada é a higienização correta das mãos, antes e após
o contato com pacientes e imediatamente após retirar as luvas. Em locais onde
o acesso a pias é limitado, esse processo pode ser feito por fricção com álcool
70% glicerinado (2%) por 30 segundos. Ainda, deve-se usar luvas sempre
que for realizada manipulação de sangue, fluidos corpóreos e secreções e
excreções, exceto suor. O uso de luvas não substitui a lavagem de mãos. O uso
de avental limpo também é necessário para a proteção individual, sempre que
houver risco de contaminação com sangue ou líquidos orgânicos, e máscaras
e óculos devem ser utilizados durante procedimentos que envolvam riscos de
respingos. Estão incluídas, ainda, dentro das precauções padrão, o destino
adequado de material perfurocortante, a imunização efetiva dos trabalhadores
e os cuidados ambientais, como descarte adequado de resíduos.
As precauções de contato são medidas que devem ser tomadas quando o
paciente apresentar doenças de transmissão que envolvem o contato direto
pele a pele ou por meio de objetos de uso comum, como escabiose, rotavírus,
entre outros. Dessa forma, o paciente deve permanecer em quarto privativo ou
junto com outro paciente que apresente infecção pelo mesmo microrganismo
(separação por coorte). Os trabalhadores devem utilizar luvas ao entrar no
quarto, devendo ser trocadas após contato com material biológico e retiradas
antes de sair do quarto. Deve-se também utilizar avental limpo com manga
longa, o qual deve ser retirado antes de sair do quarto, e os artigos e equi-
pamentos utilizados no atendimento devem ser exclusivos de cada paciente,
sendo desinfetados ou esterilizados após a alta do paciente. O transporte do
paciente deve ser evitado, mas, se necessário, o material infeccioso deve
contido para evitar a contaminação de superfícies e a maca ou a cadeira de
transporte deve ser desinfetada.
As precauções respiratórias por aerossóis são indicadas para pacientes com
suspeita ou confirmação de infecção por microrganismos transmitidos por
aerossóis, que são partículas com tamanho igual ou inferior a 5 mm, as quais
permanecem suspensas no ar e podem ser dispersadas a longas distâncias.
Exemplos dessas infecções incluem tuberculose e varicela. Para esses pacien-
tes, é obrigatório o quarto privativo com a porta sempre fechada, sistema de
ventilação por pressão negativa e filtro de ar de alta eficiência. Os profissionais
4 Introdução, definição, tipos de isolamento, tipos de resíduos...

em contato com o paciente devem utilizar máscaras com capacidade de fil-


tragem de partículas menores do que 3 mm e estas devem ser colocadas antes
de entrar no quarto e retiradas após a saída. Caso seja necessário o transporte
do paciente, este deve utilizar uma máscara comum.
As precauções respiratórias por gotículas são indicadas quando o pa-
ciente apresenta infecção por microrganismos transmitidos por gotículas
que são partículas maiores que 5 mm e podem ser geradas por tosse, espirro
ou conversação. Essas medidas devem ser tomadas em caso de coqueluche,
difteria, meningite meningocócica, entre outros. O paciente deve estar em
quarto privativo ou separado por coorte, em que a distância mínima entre
os leitos deve ser de 1 m. É obrigatório o uso de máscara comum para todas
as pessoas que entrarem no quarto e esta deve ser desprezada após a saída.
O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando for necessário, este
deverá utilizar máscara comum.

Tipos de resíduos de serviço de saúde


Resíduo de serviço de saúde (RSS) é definido como o resíduo gerado em
atividades de estabelecimentos de saúde, os quais necessitam de uma série
de cuidados em seu processamento. Devido às precárias condições do geren-
ciamento de resíduos no Brasil, são gerados diversos problemas que afetam
a saúde não só dos trabalhadores da área da saúde que apresentam contato
direto com esses resíduos, como também da população, o que ocorre no caso
de contaminações da água, do solo e da proliferação de vetores.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) tem a finalidade de
assessorar, estudar e propor ao governo e a seus órgãos ambientais diretrizes
e políticas para o meio ambiente e deliberar, no âmbito de suas competências,
sobre normas e padrões para essa área.
O Conama estabelece, por meio de resolução, um sistema de classificação
de resíduos. Conforme o conselho, são considerados geradores de resíduos de
serviços de saúde todos os estabelecimentos que atendam a saúde humana ou
animal, a domicílio e a campo, incluindo laboratórios, necrotérios, funerárias,
serviços de medicina legal, drogarias e farmácias; estabelecimentos de ensino
e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de
produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais
e controles para diagnóstico in vitro, entre outros (BRASIL, 2005). Assim, o
Conama propõe a classificação de resíduos da seguinte forma:
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Grupo A: Resíduos com possível presença de agentes biológicos. Dentro


dessa classificação, os resíduos se dividem em:

„ A1: culturas de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos


biológicos; vacinas, resíduos de laboratórios de manipulação genética;
resíduos de atendimento a pessoas ou animais possivelmente infectados
por agentes com elevado risco individual e elevado risco para a comuni-
dade (Classe de risco 4); bolsas de sangue rejeitadas por contaminação
ou má conservação; sobras de amostras de laboratório contendo sangue
ou líquidos corpóreos ou materiais utilizados na assistência à saúde que
contenham sangue ou líquidos corpóreos.
„ A2: resíduos de animais submetidos a inoculação de microrganismos
ou portadores de microrganismos de relevância epidemiológica.
„ A3: peças anatômicas de seres humanos e produto de fecundação sem
sinais vitais com peso inferior a 500 gramas e menor que 25 cm, ou
idade gestacional menor que 20 semanas que não tenham valor cien-
tífico ou legal e que não tenham sido requisitados pelo paciente ou
pelos familiares.
„ A4: kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores; filtros de ar e
gases de área contaminada; sobras de amostras de laboratório contendo
fezes, urinas e secreções de pacientes que não sejam suspeitos de con-
ter agentes de Classe de Risco 4 nem de outros microrganismos com
relevância epidemiológica; resíduos de tecido adiposo proveniente de
lipoaspiração, lipoescultura ou outro tipo de procedimento; materiais
de assistência à saúde que não contenham sangue ou líquidos corpóreos
livres, peças anatômicas e outros resíduos provenientes de procedi-
mentos cirúrgicos; resíduos de animais não submetidos a inoculação
de microrganismos e bolsas transfusionais vazias
„ A5: órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes e
demais materiais de atenção à saúde com suspeita de contaminação
com príons.
„ Grupo B: Resíduos com substâncias químicas que podem apresentar
risco à saúde pública ou ao meio ambiente. Esses resíduos dizem respeito
a produtos hormonais e antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos;
imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; antirretrovirais,
quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distri-
buidores de medicamentos ou medicamentos apreendidos e os resíduos
e insumos farmacêuticos; resíduos de sanitizadores e desinfetantes; resí-
duos contendo metais pesados; reagentes para laboratórios e recipientes
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contaminados por eles; efluentes de processadores de imagem; efluentes


de equipamentos automatizados de análises clínicas e demais produtos
considerados perigosos de acordo com a classificação da NBR 10.004
da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos) (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉNICAS, 2004).
„ Grupo C: Materiais de atividades que contenham radionuclídeos
em quantidades superiores aos limites especificados pela Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e para os quais é imprópria a
reutilização. Entre eles, enquadram-se os materiais que contêm radio-
nuclídeos, resultantes de laboratórios de ensino e pesquisa da área da
saúde, de laboratórios de análises clínicas e de serviços de medicina
nuclear e radioterapia.
„ Grupo D: Resíduos equiparados com resíduos domiciliares que não
apresentam risco biológico, químico ou radiológico. Nesse grupo,
enquadram-se: papel de uso sanitário; fraldas; absorventes higiênicos;
restos alimentares de pacientes; material utilizado em assepsia e equipo
de soro; sobras de alimentos; resto alimentar de refeitório; resíduos das
áreas administrativas; resíduos de varrição; flores; podas e jardins; e
resíduos de gesso.
„ Grupo E: Materiais perfurocortantes ou escarificantes. São materiais
como: lâminas de barbear; agulhas; escalpes; ampolas de vidro; brocas;
limas endodônticas; pontas diamantadas; lâminas de bisturi; lancetas;
tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos
os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta
sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

Gerenciamento de resíduos de saúde


A partir da classificação correta dos resíduos, é possível fazer o gerencia-
mento adequado destes. De acordo com a Anvisa, o gerenciamento de RSS é
constituído de procedimentos de gestão que se baseiam em evidências cien-
tíficas, técnicas, normativas e legais que visam ao encaminhamento seguro
dos resíduos gerados de forma a proteger os trabalhadores, a saúde pública e
o meio ambiente, além de visar à minimização da produção de resíduos. Esse
gerenciamento deve abranger todas as etapas envolvidas no manejo de RSS
e é obrigação dos estabelecimentos geradores de RSS elaborarem um Plano
de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), de forma a
estabelecer diretrizes no manejo de RSS.
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O PGRSS é, portanto, um documento que descreve as ações sobre o manejo


de resíduos sólidos, de acordo com suas características, e deve contemplar os
aspectos referentes à geração, à segregação, ao acondicionamento, à coleta,
ao armazenamento, ao transporte, ao tratamento e à disposição final, além
das medidas de proteção à saúde pública e ao meio ambiente. Além disso, o
PGRSS deve conter as medidas preventivas de controle de roedores e insetos,
rotinas e processos de higienização e limpeza do estabelecimento, medidas
necessárias em caso de situações de emergência e acidentes, ações referentes
a processos de prevenção da saúde do trabalhador, informações referentes a
programas de capacitação e, caso o estabelecimento adote a reciclagem para
resíduos dos grupos B ou D, o PGRSS também deve conter a elaboração, o
desenvolvimento e a implantação de práticas. Compete ainda ao local o mo-
nitoramento e a avaliação de seu PGRSS, devendo ser atualizado anualmente.
Além da elaboração do PGRSS, o gerenciamento de resíduos envolve o
processo de manejo de RSS, que é constituído de diversas etapas referentes ao
encaminhamento seguro dos resíduos, desde a geração até a disposição final.
O manejo é, sendo assim, constituído das seguintes etapas:

1. Segregação: é a etapa de separação dos resíduos no momento e local de


sua geração, de acordo com suas características químicas e biológicas,
bem como seu estado físico e os riscos envolvidos.
2. Acondicionamento: refere-se à embalagem dos resíduos separados em
sacos ou recipientes que evitem vazamentos e que sejam resistentes
à punctura e ruptura. Os sacos devem estar contidos em recipientes
laváveis e resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampas com
sistema de abertura sem contato manual e de cantos arredondados. Os
resíduos líquidos devem ser acondicionados em recipientes feitos de
material compatível com o líquido armazenado e devem ser resistentes,
rígidos, estanques e com tampa rosqueada e vedante.
3. Identificação: é o conjunto de medidas que permitem a identificação
dos resíduos acondicionados, de forma a permitir o manejo correto.
Os sacos de acondicionamento, os recipientes de coleta e de transporte
e os locais de armazenamento devem apresentar a identificação em
local de fácil visualização, que pode ser feita por adesivos, desde que
estes sejam resistentes ao manuseio dos sacos e dos recipientes. Para
resíduos do Grupo A, a identificação é feita pelo símbolo de substância
infectante, com rótulos de fundo branco e contornos pretos; os resíduos
do Grupo B são identificados por meio do símbolo de risco associado,
com a discriminação da substância química e frases de risco; o Grupo
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C é identificado pelo símbolo de presença de radiação ionizante em


rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, com a expressão rejeito
radioativo; e os resíduos do Grupo E são identificados pelo símbolo de
substância infectante, assim como os do Grupo A, mas com a inscrição
resíduo perfurocortante (Figura 1).

Resíduo perfurocortante

Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E


Risco biológico Risco químico Rejeitos Lixo comun Materiais
radioativos reciclável perfurocortantes
possui sua
classificação
própria

Figura 1. Identificação adequada de cada tipo de resíduo.


Fonte: Adaptada de Migueres (2015).

4. Transporte interno: é a etapa de transporte dos resíduos do local de


geração até o local de armazenamento temporário ou armazenamento
externo com finalidade de apresentação para a coleta. Esse transporte
deve ter um roteiro definido, de forma que não coincida com os horários
de distribuição de roupas, alimentos e medicamentos ou em períodos
de maior fluxo de pessoas. Ainda, o transporte interno deve ser feito
separadamente, de acordo com o grupo de resíduos, e deve ser feito
com recipientes de material rígido, laváveis, impermeáveis, que conte-
nham tampa articulada e cantos e bordas arredondados, além de serem
devidamente identificados.
5. Armazenamento temporário: é a guarda temporária dos recipientes
de resíduos acondicionados em local próximo aos locais de geração, de
forma a otimizar a coleta. É obrigatório o uso de recipientes para conter
os sacos durante o armazenamento temporário, e a sala deve ter pisos e
paredes lisas e laváveis, ponto de iluminação artificial e área suficiente
para, pelo menos, dois recipientes coletores. Essa sala, quando exclusiva
para armazenamento de resíduos, deve ser devidamente identificada,
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podendo ser compartilhada com a sala de utilidades. O armazenamento


temporário pode ser dispensado quando a distância entre o local de
geração e o armazenamento externo justifique.
6. Tratamento: é a aplicação de técnicas que modifiquem os riscos ineren-
tes dos resíduos, de forma a reduzir ou eliminar o risco de contaminação,
de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. Esse processo
pode ser feito no estabelecimento gerador ou em outro local, desde que
se observe as condições para o transporte até o local de tratamento.
7. Armazenamento externo: é o armazenamento de recipientes de re-
síduos até que se faça a coleta externa, em ambiente exclusivo, e que
tenha acesso para veículos coletores.
8. Coleta e transporte externos: é o processo de remoção dos RSS do
armazenamento externo até a unidade de tratamento ou disposição final,
de forma a garantir a preservação das condições de acondicionamento
e da integridade dos trabalhadores, bem como da população e do meio
ambiente. Esse processo deve estar de acordo com as orientações dos
órgãos de limpeza urbana.
9. Destinação: é o processo de depósito dos resíduos no solo previamente
preparado para recebê-los, conforme critérios técnicos de construção
e operação e de acordo com o licenciamento ambiental.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10004: resíduos sólidos:


classificação. São Paulo: ABNT, 2004.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 306, de 7 de dezem-
bro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos
de serviços de saúde. Brasília, DF, 2004. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/
documents/33880/2568070/res0306_07_12_2004.pdf/95eac678-d441-4033-a5ab-
f0276d56aaa6>. Acesso em: 27 set. 2017.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005.
Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde
e dá outras providências. Brasília, 2005. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/
port/conama/res/res05/res35805.pdf>. Acesso em: 27 set. 2017.
10 Introdução, definição, tipos de isolamento, tipos de resíduos...

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL DE MARINGÁ. Serviço de Controle de Infecção


Hospitalar. Precauções da transmissão de agentes infecciosos em ambiente hospitalar.
2013-2014. Disponível em: <http://www.hum.uem.br/wp-content/uploads/2014/05/
agentesinfecciosos.pdf>. Acesso em: 27 set. 2017.
MIGUERES, L. A. GPESEG Explica!: segregação e descarte de RSS. 2015. Disponível em:
<https://gpeseg.blogspot.com.br/2017/08/gpeseg-explica-segregacao-e-descarte-
-de.html>. Acesso em: 27 set. 2017.

Leituras recomendadas
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MÜLLER. Comissão de Controle de Infecção Hospi-
talar. Manual de isolamento e precauções. 2006. Disponível em: <http://www.ufmt.br/
hujm/arquivos/7e18458a8aa832719641156ccd469de8.pdf>. Acesso em: 27 set. 2017.
MEDEIROS, E. A. S. (Coord). Risco ocupacional e medidas de precauções e isolamento.
São Paulo, 2004. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/
iras/M%F3dulo%205%20-%20Risco%20Ocupacional%20e%20Medidas%20de%20
Precau%E7%F5es%20e%20Isolamento.pdf>. Acesso em: 27 set. 2017.

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