Você está na página 1de 29

HIGIENE E PROFILAXIA

PROFESSORA: JULIANA DE SANTIS

Rua Vergueiros, 341 – Tramandaí/RS – Fone: 993.69.93.15


PRECAUÇÃO

Visa reduzir os riscos de transmissão de


microrganismos no hospital que constituem
basicamente em higienização das mãos, uso de
Equipamento de Proteção Individual (EPI) caso seja
necessário, manejo e descarte corretos de materiais
TIPOS DE PRECAUÇÃO
Precaução padrão;
Precaução de contato;
Precaução gotículas;
Precaução com aerossóis;
Isolamento reverso ou protetor;
PRECAUÇÃO PADRÃO

Em todas as situações em que não há indicação


de Precauções Específicas, os profissionais de saúde
deverão respeitar as Precauções Padrão. Ou seja, luvas de
procedimentos, avental, máscara cirúrgica, óculos de
proteção, poderão ser utilizados em qualquer
procedimento que possa haver o risco de contato com
sangue ou outros líquidos do corpo.
As Precauções Padrão (PP) representam um conjunto de medidas que devem ser
aplicadas no atendimento de todos os pacientes hospitalizados, independente do
seu estado presumível de infecção, e na manipulação de equipamentos e artigos
contaminados ou sob suspeita de contaminação. As PP deverão ser utilizadas
quando existir o risco de contato com: sangue; todos os líquidos corpóreos,
secreções e excreções, com exceção do suor, sem considerar a presença ou não
de sangue visível; pele não íntegra e mucosas. São recomendadas para
aplicação em todas as situações e pacientes, independente da presença de
doença transmissível comprovada.
PRECAUÇÃO DE CONTATO

Estas precauções visam prevenir a transmissão de micro-organismos,


epidemiologicamente importantes, a partir de pacientes infectados ou
colonizados, para outros pacientes, profissionais, visitantes, acompanhantes, por
meio de contato direto (tocando o paciente e estabelecendo a transmissão
pessoa por pessoas) ou indireto (ao tocar superfícies contaminadas próximas
ao paciente ou por meio de artigo e equipamentos).

Ex: Hepatite A, Infecção ou colonização por bactérias multirresistentes, Varicela


Quarto privativo: Os pacientes devem ser internados em quarto privativo ou, caso não seja possível, coorte
de pacientes infectados ou colonizados pelos mesmos micro-organismos;

Higiene das mãos;

EPI’S: avental – uso individual


Máscara e óculos: Utilizar máscara e óculos de proteção sempre que houver risco de respingos de sangue,
fluido corporal, secreção, excreção, pele não íntegra e mucosa, com o objetivo de proteger a face do
profissional; - uso individual

Artigos e equipamentos: Deverá ser de uso exclusivo do paciente: estetoscópio, termômetro e


esfignomanômetro. Quando não for possível, realizar limpeza e desinfecção entre um paciente e outro.
Se for necessário realizar exames: Antes de encaminhar o paciente, avisar o setor de realização do
exame sobre as precauções de contato;
Ao manipular o paciente durante a sua transferência para maca/cadeira, calçar luva de
procedimento e avental, quando houver risco de contato mais próximo;
O profissional deverá estar paramentado durante o transporte do paciente e deverá ficar atento
para que não ocorra a contaminação das superfícies, como por exemplo, tocar em superfícies com as
mãos enluvadas, como botão do elevador, maçaneta das portas, prontuários e telefones;
Após o transporte, realizar limpeza e desinfecção da maca e cadeira de rodas.
Visitas: Deverão ser orientadas pela enfermagem antes de entrar no quarto, realizando higiene das
mãos e fazendo uso dos EPI’s de acordo com as orientações.
O leito do paciente deverá ser sinalizado com as precauções necessárias para sua
assistência:
PRECAUÇÃO POR GOTÍCULAS

Estas precauções visam prevenir a transmissão de micro-organismos por via


respiratória por partículas maiores (>) que 5 micra de pacientes com doença
transmissível, geradas pela tosse, espirro, e durante a fala. Essas gotículas
(> 5 micra) podem se depositar à curta distância (1 a 1,5 metros).

EX: Coqueluche, Caxumba, Rubéola, Meningite por Haemophilus influenza,


Pneumonia Meningocócica, Influenza: A, B, C
Quarto privativo: O paciente deve ser internado em quarto privativo e deverá manter porta fechada;
Higienizar as mãos;
EPI’s: Colocar a máscara cirúrgica antes de entrar no quarto do paciente. Recomenda-se que todos os
profissionais usem a máscara cirúrgica independente se foram vacinados ou apresentaram a doença;
Orientar o paciente a cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar, utilizando lenço de papel, descartá-lo e, logo
após, higienizar as mãos;
Luvas, óculos, avental
Transporte do paciente para realização de exame: Antes de encaminhar o paciente, avisar o setor de
realização do exame sobre as precauções de gotículas;
O paciente deverá utilizar máscara cirúrgica durante todo o período em que estiver fora de seu quarto.
Visitas: As visitas devem ser restritas e orientadas quanto a higiene das mãos e uso de máscara; em caso de
dúvida quanto o isolamento, entrar em contato com a equipe de enfermagem.
PRECAUÇÃO POR AEROSSÓIS

São medidas adotadas para pacientes com suspeita ou diagnóstico de infecção transmitida por
via aérea (partículas < 5 micra), que podem ficar suspensas no ar ou ressecadas no ambiente.
Deve se utilizar para o cuidado deste paciente, área física específica, dotada de sistema de ar
com uso de filtro especial e pressão negativa.

EX: Sarampo, Tuberculose Laríngea (suspeita ou confirmada), Tuberculose Pulmonar (suspeita ou


confirmada), Varicela, Herpes Zoster localizado em pacientes imunodeprimidos.
Quarto privativo: O paciente deverá ser internado em quarto privativo. O ar deste quarto é considerado
contaminado em relação aos dos demais, por isso o ar presente neste quarto não deve atingir o corredor; as
portas e janelas devem ser mantidas fechadas, bem vedadas, e a troca de ar com o ar externo ocorre
periodicamente, porém o ar que sai do quarto passa por um filtro de alta eficiência (saída de ar “limpo”);
Caso o hospital não possua quartos com estas características (quartos com pressão negativa), manter o paciente
em quarto privativo, com as portas fechadas e boa ventilação.
Higienizar as mãos: Realizar com água e antisséptico clorexidina degermante 2% ou solução alcoólica;
EPI’s: Máscara tipo respirador (N95 ou PFF2) obrigatório. Colocar a máscara antes de entrar no quarto, retirá-
la após fechar a porta, estando fora do quarto, no corredor.
Orientar o paciente a cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar, utilizando lenço de papel, descartá-lo e logo
após, higienizar as mãos.
Luvas, óculos de proteção, avental.
Transporte de pacientes para realização de exame: Antes de encaminhar o paciente, avisar o setor de
realização do exame sobre as precauções para aerossóis;
O paciente deverá utilizar máscara cirúrgica durante o transporte e todo o período em que estiver fora de seu
quarto.
Vistitas: As visitas devem ser restritas e orientadas quanto a HM e uso de máscara N95;
Acompanhantes: Não é recomenda a permanência de acompanhantes;
Não é recomendada a utilização da máscara N95 para o acompanhante, uma vez que a utilização
contínua da mesma/dia é inviável, consequentemente a proteção não será eficaz;
Em relação às crianças com suspeita de tuberculose laríngea ou pulmonar, os reservatórios do
agente podem ser os adultos contactantes que moram no mesmo domicílio. Dessa forma, se forem
acompanhantes das crianças, mantê-los restritos ao quarto do paciente até a avaliação médica dos
mesmos.
ISOLAMENTO PROTETOR OU REVERSO

O isolamento reverso é necessário quando o sistema imunológico do paciente


não está funcionando bem, como depois de um transplante de medula óssea
ou após ter recebido quimioterapia.
ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM

Consistem na formalização escrita de todos os cuidados


prestados pela equipe de enfermagem.
É uma atividade técnica que deve ser realizada por todos
os participantes do processo de cuidar
REGRAS IMPORTANTES PARA A ELABORAÇÃO DAS
ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM:
Devem ser legíveis, completas, claras, concisas, objetivas, pontuais e
cronológicas;
Devem ser precedidas de data e hora, contendo o carimbo e a rubrica do
profissional;
Não conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços, ou seja, deve ser
sequencial;
Não é permitido escrever a lápis ou utilizar corretivo líquido;
Deve conter observações efetuadas, cuidados prestados, sejam eles os já padronizados como rotina ou
cuidados individualizados;
Registrar intercorrências;
Constar as respostas do paciente/cliente frente aos cuidados prescritos pelo enfermeiro, intercorrências, sinais
e sintomas observados;
Devem ser registradas imediatamente após o cuidado prestado, orientação fornecida ou informação obtida
junto ao paciente/cliente e/ ou familiar/acompanhante;
Devem priorizar a descrição de características, como tamanho mensurado (cm, mm, etc.), quantidade (ml, l,
etc.), coloração e forma;
Não conter termos que deem conotação de valor (bem, mal, muito, pouco, etc.);
Conter apenas abreviaturas padronizadas pela instituição;
Devem ser referentes aos dados simples, que não requeiram maior aprofundamento científico.
Anotar as condições gerais do paciente/cliente: consciência; humor e atitude; higiene pessoal; estado
nutricional; coloração da pele; dispositivos em uso (ex.: cateteres e como se encontram suas inserções e
fixações; curativos e seu aspecto visível externamente); queixas do paciente/cliente (tudo o que ele refere,
dados informados pela família ou responsável).
RESUMINDO

Todos os cuidados prestados – o que inclui as prescrições médicas e de


enfermagem cumpridas, além dos cuidados de rotina, medidas de segurança
adotadas, encaminhamentos ou transferências de setor, entre outros;
Sinais e sintomas – incluem os identificados por meio da observação simples e
pelo relato do paciente/cliente. Importante destacar que os sinais vitais
mensurados devem ser registrados pontualmente, ou seja, os valores exatos
aferidos. Não registrar como “normotenso”, “normocárdico”, etc
Intercorrências – incluem os fatos ocorridos com o paciente/cliente e medidas
adotadas;
Respostas dos paciente/cliente às ações realizadas.
S- SUBJETIVO
Tudo que o paciente me diz (como ele falou)

O- OBJETIVO
Tudo que eu vejo

C- CONDUTA
Tudo que foi feito
Data e horário.
S- Recebo paciente ___________________, ___ anos, na sala/ unidade
________________ , proveniente ______________. Vem com queixa de
___________________________________ há _____ dias. Refere
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
____________
Se tem acompanhante ou não. Alergia medicamentosa.

O- Nível de consciência, humor.


Ventilação
Alimentação
Extremidades
AVP
Eliminações fisiológicas

C- Banho de leito, sinais vitais, mudanças de decúbito, troca de curativos, troca de fraldas,
coleta de exames, realizações de exames.

Assinar, carimbar.
Nível de consciência – Como está o nível de consciência e humor do paciente.
Lúcido, orientado, coerente, comunicativo, pouco comunicativo, afásico, queixoso, gemente, responde
ao chamado verbal, responde a estimulo doloroso, apresentando confusão mental, desorientação em
tempo e espaço, agressividade. Corado, hipocorado, sudorético, sonolento, comatoso, sedado.

Ventilação - Como está a ventilação do paciente.


Ventilação em ar ambiente (AA), ventilando com auxílio de Óculos nasal (ON), máscara de Hudson
(MH), máscara de venturi (MV), em uso de cateter nasal – indicar a quantos litros por minuto está.
Ou se o paciente está em uso de Ventilação mecânica (VM) por tubo orotraqueal (TOT).
Ex: ventilando com auxilio de ON a 2l/min.
Em VM por TOT.
Alimentação – Como está a alimentação do paciente e aceitação.
Dieta via oral, pastosa, liquida, boa aceitação, pouca aceitação, negando
aceitação da dieta. Recebendo dieta por Sonda Nasoenterica – SNE (indicar
quantos litros por minuto se estiver em bomba de infusão), dieta pausada. Sonda
Nasograstica – SNG aberta em frasco, fechada. (tipo de liquido que tá drenando
e quantidade).
Paciente em NPO (nada por via oral) por preparo cirúrgico ou indicação médica.

Extremidades – como estão as extremidades do paciente.


Aquecidas, perfundias, frias, má perfundidas, cianóticas, apresentando edemas.
Eliminações fisiológicas – se estão presentes ou ausentes e aspecto.
Diurese: presente, ausente.
Em uso de papagaio, comadre, fraldas, Uripen, Sonda Vesical de Alívio, Sonda Vesical de Demora
(SVD),

Anúria: ausente de urina, ou valor inferior a 100 ml/dia


Disúria: dor e dificuldade de urinar
Hematúria: presença de sangue na urina
Oligúria: diminuição da frequência urinária, volume inferior a 400 ml/dia
Polaciúria: aumento da frequência urinária
Poliúria: aumento do volume urinário
Nictúria: eliminação de urina durante a noite
Piuria: presença de pus na urina

Fezes: presentes ou ausentes.


Fralda, comadre, presente em vaso sanitário e aspecto.
Se tiver presença de sangue: Melena – fazer o teste
Se diarréia – anotar as quantidades que o paciente foi no banheiro

Você também pode gostar