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Prevenções de Infecções

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024 08:38

As precauções para a prevenção de infecções visam formar


uma barreira asséptica impedindo a disseminação dos
agentes infecciosos

Hospedeiro susceptível (idoso e RN, doente crônico) >


agentes infecciosos > fonte (pessoas, medicamentos e
equipamentos) > porta de saída (secreção, excreção e
gotículas) > transmissão> porta de entrada (pele lesada, TR,
TGU, TGI, mucosa)

Transmissão
Contato:
• Direto
• Indireto
Respiratória:
• Gotícula= que duram - tempo no ar
• Aerossol= que duram mais

Situações Clínicas
• Lavar mãos entre cada atendimento
• Álcool em gel
• Luvas

Medidas de Prevenção e Controle


Higienização das Mãos:
• Remover sujeira, oleosidade, micro organismos
• Evitar transmissão cruzada entre pacientes
• Água e sabão
• Preparação alcóolica
• Antissépticos específicos
• Mão é principal meio de transmissão durante a
assistência prestada aos pacientes
• A pele é um possível reservatório de diversos micro
organismos que podem se transferir de uma superfície
para a outra por contato direto (pele com pele) ou
indireto (objetos e superfícies)

Estrutura básica da pele:


• Epiderme: poros, pelos, camada de queratina
• Derme: glândulas sudoríparas e sebáceas
• Hipoderme

Flora transitória: localiza na superfície da pele e é formada


por micro adquiridos no contato com o ambiente
• Bacilos gram negativos (E coli e pseudomonas) e cocos
gram + (Staphylococcus)
• Tem curto tempo de sobrevivência, um elevado
potencial patogênico e são facilmente transmitidos
por contato
Ø A lavagem das mãos com sabão simples remove-os
com facilidade

Flora residente: normalmente na epiderme; pode colonizar a


flora transitória
• Bacilos e cocos gram + e anaeróbios
• Raramente causa doença a não ser quando introduzida
traumaticamente
Ø Necessário a escovação

Ideal higiene das mãos: antes do contato com paciente;


antes de procedimento asséptico; após risco de exposição a
fluidos corporais após o contato; após contato com áreas
próximas ao paciente (cama)

Desinfecção das mãos: 1 minuto


1. Abrir torneira
2. Sabão
3. Palma
4. Dorso
5. Entre dedos
6. Polegares
7. Unhas
8. Articulações
9. Punho
10. Enxague mãos e antebraço
11. Seque as mãos com papel toalha (2 folhas)
12. Álcool gel

Produtos alcoólicos:
• Fácil disponibilização no ponto de assistência
• Menos prejudicial à pele que sabonete
• Mais rápido e mais prático na utilização
• Eficácia antimicrobiana
• Higiene das mãos se sujidade visível

Água e sabão:
• No início do turno de trabalhos
• Antes e depois das refeições, preparo de alimentos e
manipulação de medicamentos

Álcool:
• Antes e após contato com paciente
• Contato com mucosas
• Contato com pele não intacta (curativos, injeções)
• Dispositivos invasivos (cateter tubo endotraqueal,
punções)
• Pré operatório
• Indivíduos com bactérias multirresistentes

Tipos de Antissépticos
• Álcool etílico a 70%=70%
Nemantes e após contato
• Gluconato de Clorexidina
○ 0,2%= antissepsia para cateterismo vesical,
procedimentos invasivos em RN prematuros
onde há riscos de queimaduras com uso de
soluções alcoólicas
○ 0,5%=antissepsia complementar da pele no
campo operatório, curativo de acesso venoso
central e procedimentos invasivos (cateter
venoso central, drenagem de tórax, biópsia,
punção lombar)
○ 2%=áreas de internação, Degermação da pele,
antes de procedimentos invasivos, banho de RN
infectado (sthaphylo aureus)
Palma, dedos e unhas também

EPI- equipamento de proteção individual


O hospital é obrigado a fornecer
Máscara PFF2 (n-95)= precaução por aerossol; filtra 95% dos
micro organismos; doenças transmitidas pelo ar

Máscara cirúrgica= precaução por gotícula e nos pacientes


com suspeita ou confirmação de doenças transmitidas de
forma respiratória

Luva:
Cirúrgica= estéril, cirurgia, nutrição parenteral, agentes
quimioterápicos, acesso vascular
Não cirúrgica= procedimento
• Exposição direta ao paciente ou indireta
• Usados quando indicado
• Antes de contato com sangue, líquidos corporais,
mucosa, pele não intacta e outros materiais
potencialmente infectantes
• Técnica correta de remoção de luva
• Seu uso não substitui a higiene das mãos

SITUAÇÃO CLÍNICA- o que o médico deve fazer?


• Sangue, líquidos corpóreos, secreções e excreções
• Contato com pacientes independente do estado

Nesse caso deve-se fazer a Precaução Padrão: higiene das


mãos, luvas e avental, óculos e máscara, caixa perfuro
cortante (depende da situação!!!!)
• Precaução que faz no primeiro contato (você não
conhece o paciente) se tiver algum material exposto
• Luva= sangue, secreções, mucosa
• Óculos, máscara e avental= risco de contato com
sangue e secreção
• Etiqueta de tosse= cobrir boca/nariz quando espirrar;
usar máscara se quadro respiratório; distância de 1m
(gripe, vírus sincicial respiratório, SARS)

SITUAÇÕES CLÍNICAS
Criança 2 anos com encefalopatia crônica não evolutiva e
múltiplas internações, endocardite comprovada; cultura de
Enterococcus (gram+) resistente a vancomicina,
pseudomonas multirresistente
• Médico faz precaução padrão
• Sem máscara
nãoéquadra respiratória
• Avental e luva
• Entra a prevenção de contato

SITUAÇÃO CLÍNICA
Criança com ferimento corto contuso com sangramento
após queda de bicicleta
• Padrão
• Luva
• Sem máscara

Precaução de Contato: higiene das mãos, avental, luvas,


quarto privativo
A prevenção de contato entra dentro da padrão mas como
não tem quadro respiratório não tem luva por isso cria-se a
vertente da prevenção de contato
• Uso de avental e luva pois não é respiratório
• Lesão de pele (bactérias multirresistentes)

Indicação: infecção ou colonização por organismos


multirresistentes ou vindos de outro hospital, varicela (lesão
de pele), infecções de pele e tecidos moles com secreções
não contidas no curativo, impetigo, herpes zoster
disseminado ou em imunossuprimido
• No caso da "situação clínica" temos culturas que
comprovam a infecção mas ao receber um paciente de
outro hospital ele está contaminado por outros micro
por isso fazer swab anal para ver se não está trazendo
outros germes hospitalares de outros serviços
• Até saber o que o indivíduo de outro hospital tem usar
a precaução
• Bronquiolite= é respiratória mas a maior transmissão é
contato por isso deve ter prevenção de contato (luva e
avental) - exceção

Isolamento de contato- usar luvas e avental ao cuidar de


pacientes com:
• AIDS com sangramento
• Rubéola congênita
• Cólera (durante a doença)
• Diarréia Infecciosa (durante a doença)
• Escabiose
• Febre Paratifoide (até 3 coproculturas negativas)
• Febre tifóide ( até 3 coproculturas negativas)
• Hepatite com sangramento
• Hepatite tipo A (até 7 dias após icterícia)
• Herpes simples congênito (até formar crostas)
• Herpes disseminado (até crosta)
• Infecção cutânea por bactéria resistente a múltiplas
drogas (até exame - )
• Infecção do TGI por bactéria resistente a múltiplas
drogas (até exame - )
• Infecção ou colonização por germe multirresistente

Precaução de Contato por Multirresistentes


• Quadro privativo (priorizar quem transmite mais fácil)
e tempo não definido
• Coorte = colocar no mesmo quarto pacientes com
mesma patologia (quando não houver disponibilidade
de quarto privativo deve manter 1M de distância)
• Identificação no leito do paciente e /ou na porta e
prontuário
• Orientar família sobre higiene de mãos, manipulação
cuidadosa do paciente e a contra indicação para visitar
outros
• Uso de antimicrobiano com o agente
• Evitar tratar colonização
• Contato com laboratório
• Sempre deve realizar a higiene das mãos com álcool
em gel ou clorexidina antes e após o contato com
paciente; luvas não estéreis e avental

SITUAÇÃO CLÍNICA
Criança com febre, vomito e cefaleia, rigidez de nuca- como
colher o líquor?
• Hipótese = meningite que transmite por via
respiratória
• Usar máscara após exame físico (pois a princípio o
paciente não estava íntegro)
• Prevenção de contato= luva e avental
• O pediatra deve usar precaução padrão pois não se
sabe como está o líquor
• Considerando a hipótese de meningite deve se usar
prevenção de gotícula

Precaução para Gotículas: higiene das mãos, máscara


cirúrgica (profissional e paciente durante transporte), quarto
privativo
• Meningite bacteriana (Haemophilus influenzae,
Neisseria meningitidis: 24h )- pneumococo não precisa
de isolamento
• Meningococcemia
• Coqueluche
• Difteria
• Caxumba
• Influenza
• Rubéola

Se líquor der:
• Diplococo gram + = pneumococo
• Diplococo gram - = meningococo
• Bacilo gram - = Haemophilus

SITUAÇÃO CLÍNICA
Criança internado com pneumonia e broncoespasmo.
Aparecimento de lesões sugestivas de varicela. Criança está
em um quarto com 4 leitos
• Isolamento da criança pela lesão
• Devido a varicela fazer prevenção de contato e
respiratória (aerossóis)

Precaução para aerossóis: máscara N95, higiene das mãos,


quarto privativo, máscara cirúrgica (paciente durante
transporte)
• Sarampo
• Herpes zoster em imunossuprimido
• Tuberculose pulmonar e laríngea (suspeita ou
confirmada)
• Varicela
• Herpes zoster localiza em paciente imunossuprimido/
disseminado
• SARS (sd respiratória aguda grave)
• COVID

Varicela: os comunicantes só apresentam viremia no 8 dia de


contato = isolados no 8 dia até 21 dias (mesmo com vacina
pós exposição; se tiver tomado vacina antes não)

Precauções empíricas
Precaução de aerossóis- se paciente chegar com

Gotículas:

Contato:

EXEMPLO
• TB meníngea sem acometimento pulmonar= padrão
• Meningite meningocócica= gotícula
• Colonização por bactéria multirresistente= contato
• Varicela = aerossóis + contato
• TB pulmonar= aerossóis
• Transporte do paciente com TB bacilífera= máscara
cirúrgica pelo paciente
• Aspiração de pacientes sob ventilação mecânica=
avental, luva, máscara, óculos
• Assistência a paciente com infecção multirresistente=
avental e luva
• TB ganglionar supurada= contenção da secreção com
curativo
• Coleta de líquor= avental, luva, máscara (pois não sabe
o agente)

Resposta= A
15 dias de tratamento pode negativar

Resposta= E

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