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BIOSSEGURANÇA

TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO DOS AGENTES


INFECCIOSOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Profa. Caroline
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
• As primeiras tentativas de isolamento em ambiente hospitalar resultou em
fracasso, devido ao agrupamento de pessoas com diversos tipos de
doenças contagiosas em condições precárias de higiene e limpeza onde, ao
contrário de proteger os doentes, ocorria maior disseminação das
enfermidades;
• Modificações...
• Práticas atuais
INTRODUÇÃO
• Precauções são medidas adotadas a fim de evitar a propagação de doenças
transmissíveis, evitando assim, a transmissão de micro-organismos dos
pacientes infectados para outros pacientes, visitantes ou mesmo para os
profissionais de saúde
MECANISMOS DE TRANSMISSÃO
• As recomendações sobre as práticas de isolamento e precauções vêm sendo
atualizadas, à medida que os mecanismos de transmissão das doenças
infecciosas são mais bem conhecidos;
• Um dos grandes riscos do hospital é a transmissão de bactérias e
outros
microrganismos entre pacientes;
MECANISMOS DE TRANSMISSÃO
CONTAT
O
• O microrganismo pode ser transmitido de uma pessoa para outra pessoa, esta
transmissão pode ocorre de contato direto e indireto;
• Por meio agente infeccioso ocorre a contaminação de uma pessoa ou objeto
intermediário;
• É o mais frequente e importante meio de transmissão de infecções
hospitalares;
• Pode ocorrer através das mãos dos profissionais;
• Através das luvas quando não trocadas entre um paciente e outro;
• Pelo contato entre pacientes e também através de instrumentos contaminados
CONTATO DIRETO
• Quando um microrganismo é transmitido de uma pessoa a outra ( pele com
pele);
• Sem a participação de um veículo inanimado;
• Exposição a sangue e outro liquido corpóreo como HIV, Hepatites virais;
• Contato direto (mesmo pele íntegra) com pacientes infestados com escabiose;
• Contato direto (mesmo pele íntegra) com pacientes portadores de lesão herpética.
CONTATO INDIRETO
• Através da transferência do microrganismo de um objeto contaminado para
um
indivíduo suscetível;
• A transmissão de um agente infeccioso ocorre por meio de uma pessoa
(mãos
contaminadas);
• Dispositivos para a assistência aos pacientes, como termômetro, estetoscópios
e outros objetos que devem ser uso individual;
• Caso não tenha uso individualizado estes equipamentos tem que
ser esterilizados.
GOTICULAS
• A transmissão por gotículas (perdigotos) ocorre através do contato
próximo com paciente;
• Gotículas de tamanho considerado grande (>5 micra) eliminadas pela
fala, tosse, espirros, e mesmo pela respiração;
• Atingem até um metro de distância, e rapidamente se depositam no chão;
• A transmissão não ocorre em distância maiores, por períodos prolongados
e
nem por partículas suspensas no ar.
AÉREO
• A transmissão por aerossóis é diferente da transmissão por gotículas;
• Algumas partículas eliminadas durante a respiração, fala, tosse ou espirro
se
ressecam e ficam suspensas no ar;
• Ou por procedimentos como aspiração traqueal e broncoscopia;
• Atinge ambientes diferentes, inclusive quartos adjacentes, pois são
carregadas por corrente de ar;
TIPOS DE PRECAUÇÃO
• Precauções padrão: a todos os pacientes;
• Precauções baseadas no modo de transmissão(suspeita ou
diagnóstico confirmado de infecção):
 Precauções de contato;
 Precauções para gotículas;
 Precauções para aerossóis.
PRECAUÇÕES DE ACORDO COM AS VIAS DE
TRANSMISSAO

CONTATO GOTICULA
S

AEROSSOIS
Luvas+ avental Mascara
Preferencialment comum
e quarto Quarto privativo
privativo
Mascara NR 95 Difteria faringea,
Escabiose,
Quarto privativo coqueluche e
diarreias,
caxumba
conjuntivite,
herpes simples Sarampo,
varicela,
tuberculose
PRECAUÇÕES PADRÃO, O QUE É
ISSO?
• Conjunto de medidas utilizadas para diminuir os riscos de transmissão de
microorganismos nos serviços de saúde;
• Aplicada por todos os profissionais;
• Aplicada para todos os pacientes independentemente, de suspeita ou
estado infeccioso confirmado, em qualquer local onde sejam prestados
cuidados à saúde;
VISTA-SE PARA A
OCASIÃO...
• Qual a vestimenta adequada para um
dia de praia?

• Qual a vestimenta adequada para um


dia de frio?

• Qual EPI indicado para o controle de


diurese de paciente com sonda
vesical de demora?
PRECAUÇÕES PADRÃO
• Primeira estratégia para prevenção da transmissão de patógenos
 São cuidados e EPIs usados na assistência à todos os pacientes antes de
procedimentos com risco de contato ao material biológico (sangue,
secreções e excreções);
PRECAUÇÕES PADRÃO
PRECAUÇÕES PADRÃO
PRECAUÇÕES PADRÃO
• Etiqueta ao tossir/espirrar
HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS
• Higienizar as mãos é a ação mais importante para eliminar germes e
prevenir a
infecção;
• É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a
propagação
das infecções relacionadas à assistência à saúde;
• Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização
das
mãos” devido à maior abrangência deste procedimento;
• De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, o termo
engloba a higiene simples, a higiene antisséptica, a fricção antisséptica das mãos
HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS
• Por que fazer?
 Principal via de transmissão de microorganismos;
 Microbiota residente / Microbiota transitória;
• Para que fazer?
 Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pelos, células descamativas e da microbiota
da
pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato.;
 Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas.
HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS
HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS
• Como e quando fazer?
 Uso de água e sabão
• Indicação
 Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos
corporais;
 Ao iniciar o turno de trabalho;
 Após ir ao banheiro;
 Antes e depois das refeições;
 Antes de preparo de alimentos;
 Antes de preparo e manipulação de medicamentos.
HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS
• Como e quando fazer?
 Uso de antissépticos.
• Indicação
 Higienização anti-séptica das mãos (precauções de contato,
surtos);
 Degermação da pele (procedimento cirúrgico)
HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS
HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS
HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS
• Como e quando fazer?
 Uso de preparação alcoólica.
• Higienizar as mãos com preparação alcoólica quando estas não estiverem visivelmente
sujas;
• Indicação
 Antes de contato com o paciente;
 Após contato com o paciente;
 Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos;
 Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo
cirúrgico;
HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL (EPI)
PRECAUÇÃO POR CONTATO
• Quando aplicar?
 Quando houver suspeita ou confirmação de doenças e microrganismos transmitidos
por contato.
 pacientes com diarreia, abcessos ou feridas com drenagem de secreção não contida;
 infecção respiratória - bronquiolite em lactentes e crianças;
 infecção ou colonização por microrganismos multirresistentes;
 Escabiose.
PRECAUÇÃO POR CONTATO
• luvas - contato com paciente,
• área ou material infectante
• avental - possibilidade de contato das roupas do profissional com
paciente;
• área ou material infectante;
• transporte do paciente - luvas para o contato com o paciente;
• artigos e equipamentos - uso exclusivo do paciente
PRECAUÇÃO POR CONTATO
COM INSTITUIR AS MEDIDAS DE
PRECAUÇÕES DE CONTATO NA SUSPEITA OU
CONFIRMAÇÃO?
• Identificação no quarto e no prontuário;
• Combinar a precaução durante o contato com a precaução padrão;
• Materiais individualizados disponíveis dentro do quarto;
• Recursos humanos, incentivo ao: desenvolvimento, qualidade da
assistência,
comprometimento, evitar a rotatividade;
• Descarte da roupa próximo ao uso;
• Limpeza e desinfecção do ambiente
PRECAUÇÃO POR GOTICULAS
• Quando aplicar?
 Em caso de suspeita ou confirmação de doenças transmitidas por
gotículas;
 Para impedir a disseminação de doenças transmitidas por gotículas.
PRECAUÇÃO POR GOTICULAS
PRECAUÇÃO POR AEROSSOIS
• Quando aplicar?
 Em caso de suspeita ou confirmação de doenças transmitidas por
aerossóis.
PRECAUÇÃO POR AEROSSOIS
POR QUANTO TEMPO DEVEM SER
MANTIDAS AS PRECAUÇÕES E
ISOLAMENTO?
• Precauções padrão:
 Durante todo o período de internação do paciente;
• Precauções baseadas na transmissão (contato, gotículas e
aerossóis):
 Durante o período de transmissibilidade do microrganismo.
MEDIDAS PREVENTIVAS
• Imunização:
 Dupla adulto;
 Hepatite B;
 Influenza;
 Triviral;
 Varicela
Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH)
• 1983 - Portaria MS, Nº 196 de 24 de Junho de 1983 “ Todos os hospitais do país,
independente da natureza mantenedora, devem manter Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar (CCIH)”;
• Portaria 930/92: Ações sistemáticas para reduzir a incidência e gravidade de IH;
• LEI FEDERAL N° 9431, DE 6 DE JANEIRO DE 1997:
 Artigo 1°: Obrigatoriedade dos hospitais manterem um PCIH;
 Artigo 2 °: Criação de Comissão de Controle de Infecções Hospitalares para a
execução deste controle.
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
- CCIH
• É um órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de
planejamento e normatização de ações de controle de infecção hospitalar,
que serão executadas pelo serviço de controle de Infecção Hospitalar
(SCIH);
• É responsável por uma série de medidas como o incentivo da
correta
higienização das mãos dos profissionais de saúde;
• O controle do uso de antimicrobianos, a fiscalização da limpeza
e
desinfecção de artigos e superfícies, etc.
OBJETIVOS DA CCIH
• Desenvolver ações na busca ativa das infecções hospitalares;
• Avaliar e orientar as técnicas relacionadas com procedimentos
invasivos;
• Participar da equipe de padronização de medicamentos;
• Prevenir e controlar as infecções hospitalares;
• Controlar a limpeza da caixa de água;
• Controlar o uso de antibiótico;
OBJETIVOS DA CCIH
• Implantar e manter o sistema de vigilância epidemiológica da
infecções
hospitalares;
• Elaborar treinamentos periódicos das rotinas do CCIH;
• Manter pasta atualizada das rotinas nas unidades;
• Executar busca ativa aos pacientes com infecção;
• Fazer análise microbiológico da água.
Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar - CCIH
• Formado por: enfermeiro, farmacêutico, médico Neonatologista e Infectologista
técnico de Enfermagem, técnicos em atividades administrativas.
• Constituído por: consultores e executores, sendo que o enfermeiro deve ser de
preferência um dos executores, com carga horária mínima diária de 6 (seis) horas e
4(quatro) horas para os demais profissionais;
• É preciso haver uma interação maior do setor de CCIH com os demais setores do
hospital, para que haja melhor desenvolvimento das atividades e uma assistência de
qualidade oferecida aos pacientes.

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