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Enf.

Jéssica Oliveira de Lima


Curitiba/2020
Na prestação de serviços de saúde que envolvam contato com o corpo
humano e suas excretas (urina, fezes, vômitos), a exposição a sangue e fluídos
corporais aumentam consideravelmente o risco de transmissão de
microorganismos patogênicos.
Por esse motivo, é necessário empregar boas práticas em relação a
biossegurança nos locais de trabalho, a fim de minimizar os riscos de
contaminação decorrentes da atuação profissional.
 As normas e recomendações dos órgãos
competentes precisam ser seguidas,
mesmo que muitos profissionais considerem
na prática, que elas dificultem o trabalho.

 O não cumprimento das regras básicas


de biossegurança (como uso de EPI,
higienização das mãos, por exemplo), pode
acarretar em problemas graves, como
epidemias e transmissão de doenças em
populações vulneráveis;
A disseminação de uma
infecção/doença depende de três
elementos: uma fonte infectante, uma
pessoa suscetível, e um meio de
transmissão do microorganismo;

 Por esse motivo é necessário


implementar de forma contínua um
conjunto de medidas, para impedir a
disseminação de um agente infeccioso;

Precauções padrão e específica;


PRECAUÇÕES PADRÃO

Devem ser aplicadas no atendimento a


todos os pacientes, na presença de risco
de contato com sangue, fluídos corpóreos,
secreções e excreções (exceção: suor),
pele com solução de continuidade, e
mucosas.
PRECAUÇÕES PADRÃO

 Higienização das mãos – Com água e sabão ou álcool 70%, usa-se após: contato com fluidos
corporais, manipulação de materiais e equipamentos contaminados, retirada das luvas antes e após
contato com qualquer paciente;
 Luvas – Se houver risco de contato com sangue ou outros fluidos corpóreos ou com secreções
contaminantes;
 Avental/Capote – Se houver risco de respingo ou contato de pele ou roupas do profissional com fluidos,
secreções de paciente.
 Máscara, óculos, protetor facial – Quando houver exposição do profissional a respingos de sangue,
saliva, escarro ou outros fluidos e secreções;
 Prevenção de acidentes com perfurocortantes: Não reencapar a agulha. Não desconectar a agulha
da seringa antes do descarte. Disponibilizar caixas de descarte em locais de fácil acesso;
 Descontaminação do ambiente: Realizar limpeza do mobiliário e bancadas com frequência, e na alta,
óbito ou transferência do paciente realizar limpeza detalhada.
 Artigos e equipamentos: Artigos e equipamentos devem ser submetidos à limpeza e desinfecção ou
esterilização antes de serem usados para outro paciente.
PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS

Aplicadas na assistência a pacientes


suspeitos ou comprovadamente infectados
ou colonizados por agentes infecciosos,
que requerem medidas adicionais de
controle a fim de evitar a disseminação para
outros indivíduos. As medidas são instituídas
de acordo com o agente infeccioso, quando
esse é conhecido.
PRECAUÇÕES DE CONTATO

São aplicadas na suspeita ou confirmação de doença transmitida pelo


contato, ou colonização por microorganismos;

Indicações: Infecção ou colonização por microrganismos multirresistentes,


infecções de pele e tecidos moles com secreções não contidas no curativo,
impetigo, herpes zoster, etc;
PRECAUÇÕES PARA GOTÍCULAS

A transmissão por gotículas ocorre por meio do


contato próximo com a pessoa contaminado
com alguma doença de transmissão
respiratória. Gotículas de tamanho considerado
grande (>5 micras) são eliminadas durante a fala,
respiração, tosse, e procedimentos em vias
aéreas. Podem atingir até um metro de distância, e
rapidamente se depositam no chão, cessando a
transmissão.

Exemplos de doenças transmitidas por gotículas:


Doença Meningocócica, Rubéola, H1N1.
PRECAUÇÕES PARA AEROSSÓIS

A transmissão por aerossóis é diferente da transmissão por gotículas, algumas partículas


eliminadas durante a respiração, fala ou tosse se ressecam e ficam suspensas no ar,
permanecendo durante horas e atingindo ambientes diferentes, inclusive quartos adjacentes,
pois são carreadas por correntes de ar.

Destinam-se às situações de suspeita ou confirmação de Tuberculose pulmonar ou laríngea;


Sarampo; Varicela; Herpes zoster; Situações especiais como influenza aviária ou influenza A
H1N1 nos casos de procedimentos que geram aerossóis (ex: intubação, aspiração e
nebulização).

Máscara N95 (PFF2) está indicada para os profissionais de saúde que realizam
procedimentos com risco de eliminação de aerossóis pelo paciente.
Todo cadáver tem potencial infeccioso e, por entrar em processo de
decomposição, as bactérias se intensificam e podem causar infecções sérias,
principalmente em pessoas que já estão com o sistema imunológico debilitado.

Alguns grupos ou classes de agentes infecciosos podem sobreviver e serem


eliminados pelo cadáver até 48 horas depois do óbito. Não chega a ser
uma porcentagem alta, mas por serem resistentes, oferecem riscos de
transmissão de doenças (exemplos: H1N1, tuberculose, raiva, hepatite B e C e
o HIV, ).
REFERÊNCIAS

http://www.consaude.org.br/wp-content/uploads/2017/07/Protocolo-de-Precau%C3%A7%C3%B5es-
Padr%C3%A3o-e-Adicionais-Isolamentos-HRLB.pdf

http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/ccih/precaucoes_no_servico_de_saude.pdf

http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Precau%2B%C2%BA%2B%C3%81es+e+isolamento+
8.pdf/d40238e5-0200-4f71-8ae3-9641f2dc7c82

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4371248/mod_resource/content/1/Aula%20ISOLAMENTO.pdf

http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2020/03/cartilha_epi.pdf

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