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23/02/2022

 INTRODUÇÃO

Os cirurgiões-dentistas e seus pacientes são expostos diariamente a


uma variedade de microrganismos da flora bucal que apresentam
potencial para transmissão de doenças infectocontagiosas

CIRURGIA:
Biossegurança em Cirurgia Bucomaxilofacial VIROSES AIDS
(Conceitos e Rotas de Transmissão) HERPES GRIPE
HEPATITE B HEPATITE C
Prof. Nelson Pereira Marques
TUBERCULOSE CONJUTIVITE

CIRURGIA

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 INTRODUÇÃO  INTRODUÇÃO

Esse contágio na maioria das vezes é provocado por aerossóis O emprego de medidas de controle da infecção pode prevenir e
vindo principalmente da seringa tríplice e da caneta de alta impedir a transmissão desses microrganismos patógenos durante
rotação, que contêm um número exagerado de microrganismos do nossos procedimentos.
biofilme da cavidade oral.

- Equipamentos de proteção individual (EPI)


- Esterilização do instrumental
- Desinfecção do equipamento e do ambiente
- Antissepsia da face e cavidade oral do paciente
- Lavagem de mãos
- Paramentação cirúrgica

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 CONCEITOS  CONCEITOS

A partir do momento em que o cirurgião-dentista atende e


manipula seus pacientes com instrumentos e equipamentos no
Biossegurança pode ser definida como o conjunto de ações
consultório ou em ambiente cirúrgico, existe a possibilidade da
voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos
contaminação.
inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino,
desenvolvimento, tecnologia e prestação de serviço, visando à
saúde do homem, dos animais, à preservação do meio ambiente e à Portanto, todo profissional deve estar informado e treinado para
qualidade dos resultados empregar as técnicas e os procedimentos que visam ao respeito
pela chamada cadeia asséptica e à bioproteção.

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 CONCEITOS  CONCEITOS

Terminologia utilizada em Biossegurança Terminologia utilizada em Biossegurança


➤ Acidentes de trabalho. Todos os acidentes que ocorrem no exercício da
atividade laboral ou no percurso de casa para o trabalho e vice-versa.

➤ Aerossóis. Partículas pequenas que permanecem suspensas no ar durante horas


e podem ser dispersas a longas distâncias, carreadas por corrente de ar.

➤ Antissepsia. Procedimento que tem como objetivo o controle do número de


microrganismos e, consequentemente, da infecção, a partir do uso de substâncias
bactericidas ou bacteriostáticas em tecidos vivos, como, por exemplo, pele ou
mucosa.

➤ Assepsia. Origem grega: a = não, sepsis = putrefação. Portanto, define-se


assepsia como o conjunto de medidas utilizadas para promover a destruição
completa de microrganismos presentes nos instrumentais, materiais ou locais.

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 CONCEITOS  CONCEITOS

Terminologia utilizada em Biossegurança Terminologia utilizada em Biossegurança


➤ Áreas críticas. Locais onde se realizam procedimentos invasivos, ou
manipulam-se produtos e materiais com alto risco de contaminação.

➤ Áreas não críticas. Locais onde não se realizam procedimentos de risco de


infecção ou de contaminação.

➤ Áreas semicríticas. Locais onde se realizam procedimentos de baixo risco de


infecção ou de contaminação.

➤ Antissepsia extra-oral com PVPI

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 CONCEITOS  CONCEITOS

Terminologia utilizada em Biossegurança Terminologia utilizada em Biossegurança


➤ Artigos críticos. rompem barreiras naturais por meio da penetração na pele ou ➤ Degermação. Tipo de antissepsia que consiste em remoção ou redução de
em mucosas (p. ex., agulhas, lâminas de bisturi, entre outros). São instrumentos que microrganismos existentes na pele, detritos, impurezas e sujidade, seja por meio de
obrigatoriamente devem estar estéreis ou ser de uso único (descartáveis). limpeza mecânica com sabões, detergentes e escovagens ou por agentes químicos
antissépticos.
➤ Artigos não críticos. entram em contato apenas com pele íntegra do paciente (p.
ex., refletor, macas, cadeiras, piso e mobiliário). Exigem limpeza e desinfecção ➤ Descontaminação. Processo que tem por objetivo a redução, sem a eliminação
intermediária. completa, dos microrganismos que se encontram sobre o instrumental ou em
superfícies com presença de matéria orgânica, tornando os instrumentais mais
➤Artigos semicríticos. entram em contato com mucosas íntegras e exigem, pelo seguros para serem manipulados.
menos, máxima desinfecção (espátulas, afastadores etc.).
➤ Desinfecção. É a destruição de alguns microrganismos patógenos, não
necessariamente eliminando os esporos. A desinfecção é realizada em pisos,
paredes, superfícies dos equipamentos, móveis hospitalares e utensílios sanitários.

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 CONCEITOS  CONCEITOS

Terminologia utilizada em Biossegurança Terminologia utilizada em Biossegurança


➤ Esterilização. É a eliminação total dos microrganismos, ➤ Infecção. Processo de invasão de microrganismos no hospedeiro, que pode
destruição dos esporos e vírus. A esterilização é a técnica utilizada apresentar ou não a doença manifestada.
nos instrumentos e aparatos cirúrgicos.
➤ Infecção cruzada. É uma forma de infecção em que o agente infeccioso é
transmitido de um paciente a outro por meio das mãos dos dentistas ou de sua
equipe, ou ainda pelo equipamento e/ou instrumental contaminados.

➤ Infecção direta. Forma de infecção em que o agente infeccioso é transmitido


pelo profissional de saúde ou pela sua equipe ao paciente, ou do paciente para os
profissionais da saúde. Esta transmissão é feita por intermédio das mãos ou por
instrumentos contaminados ou mediante secreções orgânicas do paciente.

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 PREVENÇÃO DA INFECÇÃO CRUZADA E DIRETA

Rotas gerais de transmissão dos agentes microbianos

Aerossóis e gotículas: Micromotores, Alta-rotação, Profilaxia.

Mãos do C.D.: Sangue

Instrumentais: Sangue e saliva Rotas gerais de transmissão dos


agentes microbianos
Adoção do sistema de IMUNIZAÇÃO E BEDA

➤ IMUNIZAÇÃO. Vacinas de maior importância para os profissionais da Odontologia.

➤ BEDA. Barreira, esterilização, desinfecção e antissepsia.

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 Rotas gerais de transmissão dos agentes microbianos Agente Infeccioso


É o micro-organismos que pode causar uma doença infecciosa, existem
vários tipos:
- Bactérias
Individuo possui - Vírus
algum grau de - Fungos
susceptibilidade
- Parasitas

 Bactérias
 Vírus
Trato respiratório
Trato gastrointes.
Trato urinário Hospedeiro  Fungos
Pele não íntegra contaminado
Mucosas  Parasitas
 Príons

- Trato respiratório
- Trato gastrointes.
- Trato urinário
- Sangue
- Pele
- Mucosas.

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Fonte ou Reservatório Porta de Saída


- É o local onde o agente infeccioso se encontra.
É a via pela qual os micro-organismos saem da fonte humana para atingir uma
- Neste local, ele consegue viver, crescer e se multiplicar fonte ambiental ou um hospedeiro susceptível.
- Pode ser uma pessoa, um objeto, um ambiente, um animal.

Fontes humanas Fontes ambientais Fontes animais Exemplos de porta de saída:


Quando essa fonte é uma pessoa, - Superfícies de materiais O animal pode estar apenas
não necessariamente precisa colonizado pelo micro-organismo. - Trato respiratório
estar doente. Pode estar: - Superfícies de móveis
Exemplos: bactérias em boca, - Trato geniturinário
- período de incubação (o - Superfícies de equipamentos pelos ou unhas de cães ou gatos
agente ainda não causou - Trato gastrintestinal
sintomas) - Solos A doença pode ser normalmente - Sangue
transmitida de animal a animal,
- sintomas inespecíficos, muitas - Água tendo o ser humano como - Pele
vezes leves hospedeiro acidental, estas são as
- Mucosas.
- Ar chamadas zoonosis.
- Apenas colonizada (o
organismo vive nela, sem - Soluções e medicamentos
causar nenhuma doença)

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Forma de transmissão Forma de transmissão


É o modo com que o agente infeccioso atinge um hospedeiro susceptível. Transmissão de doenças infecciosas – direta por contato:
É a forma de transmissão do micro-organismo que definirá o tipo de Micro-organismo é transmitido diretamente de pessoa para pessoa: Pele-a-pele,
isolamento. beijo, contato sexual.

Exemplos:

Contato de sangue e fluídos corporais do paciente diretamente com mucosa


ou pele não íntegra como HIV, Hepatites virais.

Contato direto (mesmo pele íntegra) com pacientes infestados com escabiose

Contato direto (mesmo pele íntegra) com pacientes portadores de lesão


herpética

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Forma de transmissão Forma de transmissão


Transmissão de doenças infecciosas – direta por gotas (respiratória) Transmissão de doenças infecciosas – indireta pelo Ar
Quando espirramos, tossimos, ou mesmo falamos, emitimos pequenas partículas Transferência de um agente infeccioso desde um reservatório até um hospedeiro
que saem por nossa boca ou nariz. através de núcleos de poeira ou gotículas suspensas no ar.

Essas partículas são dispersadas por uma certa distância até caírem no chão. Núcleos de poeira se instalam em superfícies e depois viajam pelo ar através do
vento ou queimadas.

Existem dois tipos de transmissão direta por gotas ou transmissão respiratória:


Gotículas são partículas muito pequenas e leves que conseguem ficar suspensas no
ar por mais tempo e alcançam distancias maiores que os núcleos de poeira e se
Transmissão por gotícula: são partículas muito pequeninas que medem menos que 5 μm
(não podem ser vistas a olho nu) e saem do corpo do doente através de tosse, espirro ou fala.
dispersam mais facilmente.

Transmissão por aerossol: núcleos goticulares ou de pequenas partículas. Essas partículas


contêm agentes infecciosos que permanecem infectantes por períodos prolongados e podem
percorrer longas distâncias.

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Forma de transmissão Forma de transmissão


Transmissão de doenças infecciosas – indireta por vetores
Transmissão de doenças infecciosas – indireta por veículo
Transferência de um agente infeccioso desde um reservatório até um hospedeiro
por vias como: Transferência de um agente infeccioso desde um reservatório até um hospedeiro
por intermediários animados (animais).
Os vetores podem transportar os agentes infecciosos por meios puramente
- Material biológico (como o sangue)
mecânicos ou participarem do ciclo de vida do micro-organismo.
- Comida
- Água Moscas ( bactérias causadoras de diarreias infecciosas)
- Fômites (objetos inanimados: como luvas, roupas, materiais cirúrgicos, etc) Carrapatos (Borreliose – doença de lyme)
Mosquitos Aedes aegypti (Dengue, Zika, Chikungunya, Febre Amarela)
Mosquitos do gênero Anopheles (Malária)
Roedores (Leptospirose)
Morcegos (Raiva, Histoplasmose)
Pombos (Paracoco)
Gatos (Toxoplasmose, Raiva)

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Porta de entrada Hospedeiro Susceptível


É a via pela qual o agente infeccioso atinge o hospedeiro susceptível. Todos os indivíduos possuem algum grau de susceptibilidade, a depender das
condições individuais e do tipo de patógeno.
Nem toda pessoa que entra em contato com algum micro-organismo ficará
doente. A maioria dos agentes infecciosos com os quais temos contato, não
Exemplos: nos causa doenças.

- Trato respiratório, Pessoas com maior risco de desenvolver doenças infecciosas uma vez que entram em
- Trato gastrointestinal, contato com o agente:

- Trato urinário,
- Pacientes imunossuprimidos
- Pele não íntegra,
- Recém Nascidos
- Mucosas.
- Queimados
- Idosos
- Paciente recém operados

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CONTROLE DE INFECÇÃO CRUZADA IMUNIZAÇÃO PARA OS


E DIRETA PROFISSIONAIS DE SAÚDE

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CONTROLE DE INFECÇÃO CRUZADA E DIRETA CONTROLE DE INFECÇÃO CRUZADA E DIRETA

- Durante um tratamento odontológico, o profissional de saúde e sua equipe estão expostos a Vacina contra hepatite B

diversas possibilidades de aquisição de doenças infectocontagiosas. Deve ser administrada em três doses (zero, um e 6 meses).

É orientado que após 2 meses da realização do esquema de vacinação sejam realizados testes
sorológicos para avaliar a manutenção da imunidade.
- Por tal motivo é preconizada a imunização com diversas vacinas.
Caso não ocorra a imunidade, deve ser refeito o esquema de revacinação

- A indicação das principais vacinas pode variar conforme o local de atuação do profissional e
as características da população que está sendo atendida. Vacina contra febre amarela

Existem estados no Brasil que correspondem a áreas endêmicas para febre amarela e nessas regiões é
recomendada a vacinação, sendo necessária a dose de reforço a cada dez anos.
- Essas informações devem ser checadas com as equipes de saúde da sua região.

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CONTROLE DE INFECÇÃO CRUZADA E DIRETA CONTROLE DE INFECÇÃO CRUZADA E DIRETA

Vacina COVID-19
Vacina tríplice viral | Sarampo, rubéola e caxumba
O Plano Nacional do Ministério da Saúde de Vacinação contra a Covid-19, é uma medida adicional de
É administrada em dose única. resposta ao enfrentamento da doença.

Vacina contra tuberculose (BCG) Até o momento são recomendadas 3 doses da vacina para os profissionais da saúde.

Deve ser administrada em dose única em caso de o profissional não ser reagente ao teste tuberculínico As vacinas tem demonstrado uma importante eficácia contra a evolução para casos mais graves da
doença.

Vacina dupla adulto | Difteria e tétano


Deve ser realizada em três doses no esquema básico e uma dose de reforço a cada 10 anos.
A dose de reforço deve ser antecipada para 5 anos em caso de gravidez ou acidente com lesões graves.

Vacinas contra influenza e contra pneumococos


Referem-se a vacinas contra gripe e pneumonia. A vacina contra a gripe deve ser administrada
anualmente, e a de combate à pneumonia deve ser reforçada a cada 5 anos

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CONTROLE DE INFECÇÃO CRUZADA E DIRETA

Sistema de utilização de barreiras, esterilização, desinfecção e antissepsia e é bastante efetivo na


busca do controle de infecções na área.

SISTEMA BEDA

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SISTEMA BEDA

Luvas
As luvas constituem uma das barreiras mais importantes na proteção do profissional e da equipe auxiliar.

Impedem o contato direto das mãos desnudas com saliva, sangue ou membranas mucosas, evitando a retenção
dessas substâncias e também a contaminação por microrganismos.

Impedem a contaminação do cirurgião e também evitam a contaminação do paciente por meio das mãos do
cirurgião.

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SISTEMA BEDA

Máscaras
O uso de máscaras é uma barreira para proteção das vias respiratórias superiores, evitando o contato com
pequenas partículas no ar e aerossóis.

Toda pessoa que entre em áreas semirrestritas e restritas, como centro cirúrgico, em que contenha material estéril
exposto, deve usar máscaras; isto também inclui procedimentos no consultório.

A máscara facial deve promover conforto e boa adaptação, não irritar a pele, não embaçar o protetor ocular.

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SISTEMA BEDA SISTEMA BEDA

Gorros Calçados
O gorro é uma medida de proteção individual tanto do profissional quanto do paciente.
Devem ser fechados e com sola antiderrapante.
Os cabelos são grandes fontes de contaminação, pois nestes podem ser encontrados microrganismos como o S.
aureus, além de macroorganismos. Evitam impactos aos pés em caso de queda de objetos, choques elétricos, agentes térmicos.

O gorro deve prender e envolver todo o cabelo, sem deixar mechas pendentes; ao retirá-lo, deve ser puxado pela
parte central superior e descartado no lixo contaminado, devendo ser trocado a cada atendimento.

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SISTEMA BEDA SISTEMA BEDA

Sapatilhas (propés) Óculos de proteção


Medida para controle da transmissão de microrganismos entre diferentes ambientes. Os olhos são a porta de entrada de vários microrganismos e têm uma vascularização relativamente limitada,
facilitando a sua infecção.
Nunca devem ser usadas fora do centro cirúrgico ou na área de atendimento do consultório odontológico, devendo
ser retiradas no vestiário e a lavagem das mãos após sua colocação e retirada é imprescindível. Devem ser usados por todos os membros da equipe, inclusive pelo paciente.

Os óculos de proteção deverão ser os mais fechados possíveis e de boa qualidade óptica

Nunca devem ser usadas fora do centro cirúrgico ou na área de atendimento do consultório odontológico, devendo
ser retiradas no vestiário e a lavagem das mãos após sua colocação e retirada é imprescindível.

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SISTEMA BEDA SISTEMA BEDA

Jaleco não cirúrgico Capote cirúrgico


De preferência deve ter gola do tipo “gola de padre”, com mangas longas, punhos com elásticos e comprimento O capote cirúrgico é parte do uniforme empregado para a realização de procedimentos críticos.
cobrindo os joelhos.
Deve ser vestido sobre o uniforme (conjunto de calça e blusa não estéril) ao entrar no centro cirúrgico ou em
Pode ser confeccionado em pano tipo algodão ou polipropileno. clínicas odontológicas que tenham esta estrutura.

Deve ser sempre usado nos atendimentos odontológicos. O capote cirúrgico deve estar estéril e ser trocado a cada procedimento.

Retirar todas as vezes em que sair da sala clínica e, ao transportá-lo, deverá estar em um saco plástico fechado. Pode ser de material descartável (polipropileno) ou algodão, e os capotes em algodão deverão receber cuidados
especiais no processamento de lavagem para nova esterilização.
Não é necessário que esteja estéril para procedimentos semicríticos, porém deve ser trocado diariamente ou após
contaminação. O capote cirúrgico é vestido após o profissional estar devidamente paramentado com óculos de proteção, gorro e
máscara e ter realizado previamente a degermação das mãos.
Os jalecos, quando molhados ou contaminados por secreções como saliva e sangue, devem ser trocados
imediatamente, pois aumentam a possibilidade de contaminação, facilitando a passagem de microrganismos. Após a colocação do capote cirúrgico, as luvas cirúrgicas devem ser calçadas de forma a cobrir o punho do capote.

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SISTEMA BEDA SISTEMA BEDA

Campos cirúrgicos de mesa


São coberturas de materiais esterilizáveis que deverão ser utilizadas em superfícies passíveis de contaminação.

Poderão ser confeccionadas de tecidos descartáveis ou não e deverão ser impermeáveis ou de dupla camada.

Evitando o contato com a superfície caso o campo seja molhado e evitar que instrumentos perfurocortantes
acidentalmente perfurem o campo e toquem na mesa.

Geralmente devem exceder em 30 cm o tamanho da mesa nas laterais.

Campos para o paciente


O campo confeccionado para o paciente poderá ser um campo simples, cobrindo o tórax do paciente ou um campo
tipo fenestrado, de tamanho que cubra toda a cabeça do paciente.

Excedendo em 30 cm a lateral da cadeira odontológica.


Posicionamento de gorro, óculos de proteção e máscara.
Apresenta aproximadamente 1 metro de largura por 1,5 metro de comprimento
As mãos devem estar posicionadas superiormente após o calçamento das luvas.

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SISTEMA BEDA SISTEMA BEDA

Campo protetor da caneta de alta rotação


Campo utilizado para cobrir a mangueira da caneta de alta rotação.

Apresenta-se com 0,5 metro de comprimento e 5 cm de diâmetro, possuindo elástico em uma das pontas para prender na caneta de
alta rotação, evitando a contaminação da bandeja cirúrgica com a mangueira não estéril.

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 CONCEITOS

Terminologia utilizada em Biossegurança

CIRURGIA:
Biossegurança em Cirurgia Bucomaxilofacial
(Técnicas de assepsia)
Prof. Nelson Pereira Marques

CIRURGIA

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SISTEMA BEDA SISTEMA BEDA

Ao se tratar de esterilização em Odontologia, deve-se atentar à necessidade do preparo prévio adequado do Ao se tratar de esterilização em Odontologia, deve-se atentar à necessidade do preparo prévio adequado do
instrumental, que inclui descontaminação, lavagem, secagem e empacotamento. instrumental, que inclui descontaminação, lavagem, secagem e empacotamento.

A limpeza dos instrumentais deve ser cuidadosa e pode ser feita de forma manual ou mecânica.

Para que a esterilização tenha eficácia é também importante uma adequada embalagem, a ser escolhida de acordo com
o processo que será utilizado e com o tipo do material que será esterilizado.

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SISTEMA BEDA SISTEMA BEDA

Descontaminação
Secagem e embalagem do instrumental
Após o atendimento, os instrumentais devem ser submetidos a processo de descontaminação, podendo ser realizado de A secagem do instrumental pode ser realizada manualmente ou ar comprimido.
diversas formas, de acordo com as normas publicadas pela Anvisa, como a seguir:
A secagem manual deve ser realizada cuidadosamente para evitar acidentes perfurocortantes.
•Fricção manual com escovas ou esponjas
Os instrumentais deverão ser embalados de acordo com o método de esterilização a ser empregado.
•Pressão de jato de água com temperatura entre 60 e 90°C durante 15 min
É importante lembrar que as caixas metálicas perfuradas para autoclave deverão estar envoltas em um papel grau
•Imersão dos artigos em água em ebulição cirúrgico, para que não haja contaminação após sua remoção da autoclave.
•Autoclavagem prévia do instrumental ainda contaminado, sem o ciclo de secagem

•Imersão completa do instrumental em solução desinfectante, acompanhada ou não de fricção com escova ou esponja.

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SISTEMA BEDA SISTEMA BEDA

A desinfecção é definida como a destruição de alguns microrganismos patógenos, não necessariamente Todo procedimento de desinfecção do ambiente de trabalho deve ser precedido por uma limpeza geral para
eliminando os esporos. É dividida em três níveis: alto, intermediário e baixo. remoção da sujidade por meio de água e sabão.

Diversos produtos apresentam registro junto ao Ministério da Saúde para realização de desinfecção. Devemos Superfícies fixas como paredes, janelas, portas, tetos e pisos, se mantidos limpos não apresentam risco de
ponderar o custo/benefício do seu uso para a escolha do melhor produto. infecção.

Deve-se estabelecer uma rotina de limpeza periódica, de acordo com a área ou quando houver sujidade visível.
a) Desinfecção de Alto Nível
Os equipamentos odontológicos, como a cadeira e os mochos obrigatoriamente devem ser desinfetados com
É aquela em que há a inativação de esporos bacterianos resistentes e todas as outras formas de microrganismos (bacterianos, fúngicos e
virais) vegetativos e patogênicos. Ex. Glutaraldeído a 2%, que com um tempo de exposição de 30 minutos age como desinfetante. Álcool 70% a cada troca de paciente.

b) Desinfecção de Médio Nível


Ocorre pelo uso de desinfetantes que não conseguem matar esporos, mas apenas algumas formas bacterianas.
Exemplos de desinfetantes de médio nível são os compostos iodados, os fenólicos e os álcoois.

c) Desinfecção de Baixo Nível


Neste caso os produtos têm pouca capacidade bactericida, inativando alguns tipos de vírus e fungos.

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SISTEMA BEDA

Biossegurança em Cirurgia Bucomaxilofacial


1. Antissepsia Cirúrgica das mãos (Antissepsia)
2. Paramentação cirúrgica (Barreira)
3. Técnica de antissepsia do paciente cirúrgico

Prof. Nelson Pereira Marques

CIRURGIA

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 CONCEITOS SISTEMA BEDA


Terminologia utilizada em Biossegurança

Antissepsia Cirúrgica das mãos

Uma das principais medidas para o controle da infecção cruzada no consultório e deve ser realizada antes e após
o contato com o paciente

Antissepsia do paciente cirúrgico

Consiste na diminuição de carga microbiológica da pele do paciente para preparo da região a ser operada.

Antissepsia extraoral: Face e pescoço.

Antissepsia intraoral: Mucosa oral e dentes.

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SISTEMA BEDA SISTEMA BEDA

Antissepsia Cirúrgica das mãos Antissépticos

Uma das principais medidas para o controle da infecção cruzada no consultório e deve ser realizada antes e após Um antisséptico adequado deve exercer a atividade germicida sobre a flora cutaneomucosa em presença de
o contato com o paciente sangue, soro, muco ou pus, sem irritar a pele ou as mucosas.

Antissepsia do paciente cirúrgico Os agentes que melhor satisfazem as exigências para aplicação em tecidos vivos são os IODOS e o
DIGLUCONATO DE CLOREXIDINA.
Consiste na diminuição de carga microbiológica da pele do paciente para preparo da região a ser operada.
Para a antissepsia cirúrgica das mãos e da face:
Antissepsia extraoral: Face e pescoço.
Soluções antissépticas com detergentes (degermantes) e se destinam à degermação da pele, removendo detritos e
Antissepsia intraoral: Mucosa oral e dentes. impurezas e realizando antissepsia parcial.

Como exemplos:

- Solução detergente de PVPI a 10% (1% de iodo ativo)


- Solução detergente de Digluconato de clorexidina a 2 %
- Solução de Clorexidina degermante a 4 %

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SISTEMA BEDA

Antissépticos

Um antisséptico adequado deve exercer a atividade germicida sobre a flora


cutaneomucosa em presença de sangue, soro, muco ou pus, sem irritar a

PASSO A PASSO CIRÚRGICO


pele ou as mucosas.

Os agentes que melhor satisfazem as exigências para aplicação em tecidos


vivos são os IODOS e o DIGLUCONATO DE CLOREXIDINA.

Para a antissepsia cirúrgica intraoral:

O Digluconato de clorexidina a 0,12% é a forma preconizada para a


redução de microrganismos da cavidade oral e se destina entre outras
indicações a ANTISSEPSIA PARCIAL DA CAVIDADE ORAL através de
bochechos de 1 minuto realizado pelo paciente.

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1. Antissepsia cirúrgica das mãos

Com o paciente pronto para o procedimento cirúrgico (aferir pressão arterial) e com a desinfecção das
superfícies e equipamentos, passamos a fase de antissepsia das mãos.

A lavagem de mãos tem por finalidade reduzir a flora bacteriana das mãos a um nível aceitável, e esse

Antissepsia cirúrgica das mãos


procedimento deve ser realizado por toda a equipe.

A simples lavagem das mãos é capaz de reduzir em 80% as infecções cruzadas, removendo boa parte da sua
microflora.

No entanto, existe todo um protocolo a ser seguido para a lavagem das mãos e essa higienização poderá ser
realizada com auxílio de escovas ou não.

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1.Antissepsia cirúrgica das mãos 1.Antissepsia cirúrgica das mãos

Esta técnica deverá ser realizada antes de procedimentos semicríticos e como técnica inicial da lavagem das
mãos para procedimentos críticos (Realizada nas clínicas odontológicas I, II e III do UNILAVRAS).
A técnica de lavagem cirúrgica das deve ser realizada com sabão degermante antisséptico, visando reduzir a
flora bacteriana residente, assim como remover oleosidade, sujeiras, pelos e células descamativas.
•Primeiramente retirar todos os adornos (anéis, pulseiras, relógios e JALECO)

•Posicionar-se, próximo à pia, de modo confortável


Antes de qualquer lavagem das mãos deve-se remover anéis, pulseiras, relógios ou qualquer tipo de adorno.
•Não tocar na pia com o corpo, pois esta se apresenta contaminada e poderá molhar a roupa, facilitando a contaminação
É importante lembrar que o profissional já deverá estar sem o Jaleco de uso comum, com a máscara, os óculos
de proteção e o gorro previamente colocados antes da degermação das mãos. •Abrir a torneira com a mão dominante, com o cotovelo ou, em casos de circuito elétrico, acioná-la com o pé

•Umedecer mãos e antebraços em água corrente


Quando houver ferimentos, estes deverão ser cobertos com curativos impermeáveis e o profissional deve utilizar
luvas duplas. •Colocar quantidade suficiente de sabão líquido na palma da mão e espalhar pelas mãos e antebraços

•Friccionar uma palma da mão contra a outra e também friccionar o dorso da mão

•Abrir os dedos e friccionar os de uma das mãos contra os da outra, higienizando as regiões interdigitais (Figura 1.10)

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1.Antissepsia cirúrgica das mãos 1.Antissepsia cirúrgica das mãos

Esta técnica deverá ser realizada antes de procedimentos semicríticos. (Realizada nas clínicas odontológicas I, II
e III do UNILAVRAS).

•Friccionar as pontas dos dedos de uma das mãos na palma da mão oposta

•Dobrar os dedos e friccionar a região articular contra a palma da mão oposta

•Friccionar a região lateral da mão contra a da oposta

•Finalmente friccionar o polegar e sua região interdigital na mão oposta fechada

•Enxaguar as mãos em água corrente.

•Finalmente enxugar as mãos com a compressa ou toalha estéril incluída no kit cirúrgico estéril.

•Fechar a torneira com o cotovelo ou, em casos de torneiras convencionais, solicitar o fechamento ao auxiliar.

O tempo de fricção das mãos não deve ser inferior a 1 minuto.

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1.Antissepsia cirúrgica das mãos

Esta técnica tem a mesma sequência da técnica básica de lavagem das mãos, no entanto, em vez de sabão comum
líquido, utilizam-se soluções degermantes e escova plástica estéril para as unhas.

As soluções aplicadas mais comumente são: polivinilpirrolidona (PVPI) a 10% (iodo degermante) e, em casos de
pessoas alérgicas a iodo, podemos usar clorexidina degermante a 4 % ou o Digluconato de Clorexidina a 2%.

O tempo de higienização das mãos não deverá ser inferior a 3 minutos.

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1.Antissepsia cirúrgica das mãos 1.Antissepsia cirúrgica das mãos

Esta técnica deverá ser realizada antes de procedimentos críticos. (Realizada no CENTRO CIRÚRGICO do Esta técnica deverá ser realizada antes de procedimentos críticos. (Realizada no CENTRO CIRÚRGICO do
UNILAVRAS). UNILAVRAS).

Primeiramente retirar todos os adornos (anéis, pulseiras, relógios e JALECO) •Dobrar os dedos e friccionar a região articular contra a palma da outra mão

•Posicionar-se próximo à pia, de forma confortável •Friccionar a região lateral da mão contra a da oposta

•Não tocar na pia com o corpo, pois esta apresenta-se contaminada e poderá molhar a roupa, facilitando a contaminação •Friccionar o polegar e sua região interdigital na mão oposta fechada

•Abrir a torneira com a mão dominante, com o cotovelo ou, em casos de circuito elétrico, acioná-la com o pé •Escovar as unhas com auxílio de escova plástica estéril e solução degermante por 1 min

•Umedecer as mãos e os antebraços em água corrente •Enxaguar as mãos e antebraços em água corrente e repetir o procedimento.

•Colocar quantidade suficiente de solução degermante na palma da mão e espalhá-la pelas mãos e antebraços •A posição das mãos deve estar superior aos antebraços

•Friccionar uma palma da mão contra a outra e também o dorso da mão e o antebraço •Finalmente, enxugar as mãos com compressa estéril, sempre no sentido da mão para o antebraço

•Abrir os dedos e friccionar os de uma das mãos contra os da outra, higienizando as regiões interdigitais •Fechar a torneira com o cotovelo ou, nos casos de circuito elétrico, ela fechar-se-á automaticamente

•Friccionar as pontas dos dedos de uma das mãos na palma da mão oposta •Vestir o capote estéril e calçar a luva cirúrgica estéril de acordo com a técnica que será descrita mais adiante.

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1.Antissepsia cirúrgica das mãos 1.Antissepsia cirúrgica das mãos

Friccionar as pontas dos dedos de uma das Friccionar a região lateral da mão contra a palma da mão oposta. Friccionar o polegar e a região interdigital.
mãos sobre a palma da mão oposta.
Umidificar mãos e antebraços Higienização das regiões interdigitais Colocar solução degermante e
espalhar em mãos e antebraços

Escovação das unhas. Enxágue das mãos e antebraços. Este deve ser Secagem das mãos com compressa estéril.
realizado sempre no sentido mão–antebraço.

A. Friccionar a palma das mãos. B. Friccionar o dorso das mãos. C. Friccionar as mãos contra o antebraço em movimentos circulares, do punho em direção ao cotovelo

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2. Paramentação cirúrgica (Barreira)

Como vestir o capote cirúrgico

O capote cirúrgico deve ser vestido após a degermação das


mãos.

É importante lembrar que o profissional já deverá estar com a

Paramentação cirúrgica
máscara, os óculos de proteção e o gorro previamente
colocados antes da degermação das mãos.

Solicitar ao auxiliar para abrir o kit contendo o capote


cirúrgico e os campos estéreis.

a/b. Com o máximo de cuidado, sem tocar em nada (mesa,


outros capotes, instrumentos), pegar o capote pela gola, com o
indicador e o polegar, e levantá-lo, sem encostar em nada

c. Desdobrar lentamente sem encostar no restante do capote,


devendo permanecer o lado interno do capote voltado para o
profissional
c

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2. Paramentação cirúrgica (Barreira) 2. Paramentação cirúrgica (Barreira)

Como vestir o capote cirúrgico Como vestir o capote cirúrgico

Em nenhum momento deve-se tocar na face externa do e/f. Em seguida, o cirurgião calça a luva estéril (os passos
capote cirúrgico, somente a parte interna da gola deve ser serão descritos a seguir) e apresenta os cadarços
considerada contaminada. existentes na cintura do capote para o auxiliar, que os
amarra na cintura
d. A seguir, deve-se introduzir o braço na manga do lado
correspondente. e
A partir desse momento o cirurgião deve posicionar-se de
Uma vez introduzidos os braços o mais profundamente modo a evitar contato com qualquer pessoa ou objeto
possível nas mangas do capote, aguardar que o assistente contaminado.
de sala o puxe pela gola, permitindo acomodar melhor o
braço e introduzir as mãos ainda sem luvas
As mãos deverão estar sempre acima da cintura. Em
Após puxar o capote pela gola, o auxiliar amarra o muitos capotes temos bolsas na região anterior do tórax,
cadarço existente na parte posterior do capote localizado ideais para a acomodação das mãos enluvadas.
atrás do pescoço

d f

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2. Paramentação cirúrgica (Barreira) 2. Paramentação cirúrgica (Barreira)

Calçamento das luvas cirúrgicas

O calçamento das luvas cirúrgicas deverá ser feito após a


degermação cirúrgica das mãos e a colocação do avental
Calçamento das luvas cirúrgicas
estéril.
Pega-se uma das luvas pelo punho, com a aba dobrada
O auxiliar deve abrir a embalagem da luva pelas abas pelo lado externo, que é calçada pela mão oposta, estando
facilitando o acesso para o cirurgião. a palma voltada para cima

O cirurgião deve desembalar as luvas cuidadosamente, de Importante NUNCA TOCAR A FACE EXTERNA DA
forma a não tocar sua face externa. LUVA COM A MÃO SEM LUVA ESTÉRIL

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2. Paramentação cirúrgica (Barreira) 2. Paramentação cirúrgica (Barreira)


Calçamento das luvas cirúrgicas

Após se calçarem as duas luvas, ajustam-se as mãos,


iniciando-se pelos dedos e depois cobrindo-se o punho do
Calçamento das luvas cirúrgicas avental com a luva

Em seguida pega-se a outra luva com a aba dobrada pelo


lado interno, com a mão que já está enluvada, e calça-se a
outra mão

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2. Paramentação cirúrgica (Barreira) 2. Paramentação cirúrgica (Barreira)

Montagem dos campos estéreis e equipamentos cirúrgicos


1 Após a paramentação completa do cirurgião o mesmo deve iniciar a 1
montagem dos campos de mesa e mesa cirúrgica.

Solicitar ao auxiliar a abertura do kit cirúrgico estéril e seguir a


sequência de montagem:

1. Colocar o campo de mesa na mesa cirúrgica (campo maior)


2. Colocar o campo de mesa auxiliar (campo menor)
2 3. Colocar o campo de proteção do refletor
2
4. Montar a mesa cirúrgica completa

Montagem dos campos estéreis e equipamentos 3cirúrgicos 3

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MESA CLÍNICA 2. Paramentação cirúrgica (Barreira)


4

Montagem dos campos estéreis e equipamentos cirúrgicos

5. Montar os protetores de mangueira da peça reta e do alta rotação e


apoia-los sob a mesa auxiliar (mesa da seringa tríplice já coberta por
campo estéril)

6. Montar o protetor de mangueira para o sugador cirúrgico (bomba a


vácuo)

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2. Paramentação cirúrgica (Barreira) 2. Paramentação cirúrgica (Barreira)

Montagem dos campos estéreis e equipamentos


cirúrgicos

6. Solicitar ao auxiliar para chamar o paciente e posiciona-lo


na cadeira odontológica.

7. O auxiliar deve dar o bochecho com CLOREXIDINA 9


0,12% ao paciente e solicitar que o mesmo realize bochechos
rigorosos por 1 minuto (técnica de antissepsia intraoral).

8. O Cirurgião deve realizar a técnica de antissepsia


extraoral.

9. Após a antissepsia completa, posicionar o campo


fenestrado sob o paciente.

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2. Paramentação cirúrgica (Barreira)

Montagem dos campos estéreis e equipamentos cirúrgicos

10. Montar com a ajuda do auxiliar, tomando cuidado para não

Técnica de antissepsia do paciente


contaminar, a Mangueira de borracha de silicone para o sugador
descartável estéril.

cirúrgico
11. Com todos os passos finalizados, posicionar corretamente o
refletor, posicionar o paciente e a cadeira odontológica e aguardar
a paramentação cirúrgica completa do auxiliar.
10
12. O auxiliar deve seguir todos os passos de antissepsia das mãos e
paramentação da mesma forma que o cirurgião.

13. A cirurgia só inicia quando todos estiverem prontos.

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3. Técnica de antissepsia do paciente cirúrgico 3. Técnica de antissepsia do paciente cirúrgico


Preparo extrabucal (Antissepsia extraoral)

A antissepsia extrabucal da pele do paciente deve ser feita com produtos antissépticos degermantes à base de PVPI a 10%
Preparo da boca (Antissepsia intraoral) ou solução degermante à base de clorexidina a 4%, com o auxílio de compressas estéreis (gazes estéreis).

O preparo da boca tem por objetivo a redução da carga O objetivo é diminuir a flora residente e transitória da pele, evitando a possibilidade de contaminação da ferida cirúrgica.
microbiana dos aerossóis produzidos durante os
procedimentos.

Deve-se iniciar por meio de escovação dental (solicitar ao


paciente) e profilaxia com substâncias antissépticas.

Este preparo deve ser feito por bochecho por 1 minuto com
uma solução antisséptica aquosa de Digluconato de
clorexidina a 0,12%.

A solução deve ser fornecida ao paciente pelo auxiliar em um


copo descartável.

Após esse procedimento, o paciente segue para a antissepsia


extraoral.

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3. Técnica de antissepsia do paciente cirúrgico 3. Técnica de antissepsia do paciente cirúrgico


Preparo extrabucal (Antissepsia extraoral)
Preparo extrabucal (Antissepsia extraoral)
•Movimentos de dentro para fora (centro labial > ramo da mandíbula) na região peribucal, iniciando acima do lábio
O procedimento é realizado da seguinte forma: superior e finalizando abaixo do base da mandíbula, SEM VOLTAR com a mesma gaze nas porções já pintadas

•Remoção de resíduos e cosméticos pela lavagem do rosto com água e sabão (solicitar ao paciente) •Procede-se com a mesma manobra até cobrir toda a área

•Preparar a gaze montada (gazes previamente esterilizadas presas em pinças collin) •Repetir os movimentos com a gaze no lado oposto

•A gaze montada é embebida com solução degermante (Clorexidina 4% no UNILAVRAS) •Após todos esses procedimentos descritos, dá-se início ao atendimento clínico/cirúrgico do paciente.

•Delimita-se o campo para degermação (em cirurgia oral o limite é abaixo dos olhos até a altura da clavícula) •Sabe-se que este será atendido dentro dos melhores padrões de esterilização e degermação existentes.

•Ao final do atendimento devem-se iniciar os processos de descontaminação e esterilização de materiais e superfícies, a
partir de critério rigoroso e com os materiais adequados para cada etapa.

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DESCARTE DE MATERIAIS DESCONTAMINAÇÃO E


PERFUROCORTANTES ESTERILIZAÇÃO

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PROCEDIMENTOS DIANTE DE ACIDENTES


COM MATERIAL BIOLÓGICO
Protocolo para atendimento de acidentes com material biológico

•Notificar o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar sobre o acidente, e encaminhar o profissional acidentado e
paciente-fonte a um hospital de referência credenciado mais próximo

•Testes virológicos de resultado rápido deverão ser solicitados: hepatite B e sorologia para HIV do paciente-fonte e
recomenda-se também a coleta de sangue do profissional acidentado. Este exame deve ser realizado até duas horas após
ocorrido o acidente

•No hospital de referência realiza-se coleta de sangue do paciente e do profissional acidentado para a realização dos
exames de rotina para HIV, HBSag, HCV e VDRL (Sífilis)

•A medicação profilática para HIV para o profissional acidentado deve ser iniciada em até duas horas de decorrido o
acidente, de acordo com o resultado do teste rápido e orientado pelo médico infectologista responsável pelo caso

•Encaminhar o profissional acidentado e o paciente-fonte para a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar para
acompanhamento clínico e laboratorial.

É necessário realizar novos exames por, no mínimo, 6 meses.

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Prof. Nelson Pereira Marques


neomarques@hotmail.com

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