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QUEBRANDO A BANCA

COVID - 19:
Biossegurança
Prof. Cintia lobo
Você Vai Aprender Nesse Módulo
 Aspectos Históricos
 Ações preventivas
 Tipos de precaução
 Técnicas do procedimento
 Tipos de transporte
 Cuidados durante o transporte
Em 31 de dezembro, o escritório da OMS na China recebeu alerta
epidemiológico sobre casos de uma pneumonia com causa
desconhecida na cidade de Wuhan. Pesquisadores chineses isolaram
uma cepa SARS-COV-2 da família coronavírus, que ainda não havia
sido detectada em humanos.

Brasil, no dia 22 de janeiro de 2020, ativou o Centro de Operações de


Emergências em Saúde Pública para o novo coronavírus (COE Covid-
Introdução 19). Naquele momento, estava claro que se tratava de um novo vírus
com forte capacidade para lotar os leitos das unidades de terapia
intensiva.

No dia 30 de janeiro de 2020, no Diário Oficial da União, foi publicado


o Decreto Nº 10.211, que trata do Grupo Executivo Interministerial de
Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e
Internacional.
Epidemias
passadas

1 - A primeira teve início em 2002 na China, quando foi


identificado o SARS-COV.

2 - Na segunda epidemia, na Arábia Saudita, o MERS-COV foi


identificado em 2012 e denominado como Síndrome Respiratória
do Oriente Médio.
Em 11 de março de 2020 a OMS declarou a pandemia diante da existência de
mais de 118 mil casos, em 114 países e 4,2 mil óbitos por Covid-19.

No Brasil, o primeiro caso de Covid-19 foi notificado no dia 26 de fevereiro


de 2020. A partir dessa data, a vigilância entre as autoridades sanitárias foi
intensificada, pois a disseminação do vírus SARS-COV-2 só aumentaria.

Sua capacidade de contágio: cada pessoa doente contagia em média


mais de duas pessoas.

No dia 20 de março de 2020 foi publicado o Decreto legislativo nº 6, que


reconheceu o estado de calamidade pública no país.

A partir da gravidade da situação, as entidades de saúde: OMS, MS, Anvisa,


COFEN e demais entidades de classe regulamentaram ações preventivas com
recomendações para identificar as demandas que surgiam da pandemia Covid-
19.
Ações
preventivas
Apoiar e estimular a adesão de medidas institucionais e governamentais de prevenção e
controle para o Covid-19 (Ministério da Saúde, Anvisa, Secretaria da Saúde).

Estimular a equipe de enfermagem e manter-se atualizado sobre o cenário global e


nacional da infecção pela Covid-19 por meio de fontes oficiais.

Orientar, apoiar e seguir o uso, remoção e descarte de EPIs de acordo com o protocolo de
manejo clínico da Anvisa para a infecção por Covid-19.

Evitar exposições desnecessária entre pacientes, profissionais e visitantes dos serviços de


saúde.

Reforçar a importância da comunicação e notificação imediatas de casos suspeitos para


infecção humana por Covid-19.
Ações
preventivas

Higienizar as mãos antes e depois do contato com pacientes ou


material suspeito e antes de colocar e remover os EPIs.

Realizar a limpeza e desinfecção de objetos e superfícies tocados


frequentemente por pacientes e equipes assistenciais.

Etiqueta da respiração: ao espirrar ou tossir, use o antebraço ou ombro


como barreira de distribuição das gotículas de sua respiração.
Recomendações da Anvisa para serviços de saúde da chegada à assistência:

• Etiqueta da respiração: ao espirrar ou tossir, use o antebraço ou ombro como barreira de


distribuição das gotículas de sua respiração.
Ações
preventivas
Etiqueta da respiração: ao espirrar ou tossir, use o antebraço ou ombro
como barreira de distribuição das gotículas de sua respiração.

Aos casos suspeitos ou confirmados, ofereça a pacientes e acompanhantes


máscara cirúrgica e oriente-os a usar lenços de papel (em casos de tosse,
Recomendações da Anvisa espirros, secreção nasal).
para serviços de saúde da
chegada à assistência:
Indique a frequente higiene das mãos com água e sabonete líquido ou
preparação alcoólica a 70%.

Utilize os EPIs (óculos de proteção ou protetor facial, máscara cirúrgica ou


máscara N95/PFF2, avental, luvas de procedimento e gorro) durante
procedimentos geradores de aerossóis.
Ações
preventivas
Instrua o isolamento domiciliar ou hospitalar dos casos sintomáticos por até 14
dias.

Estimule a prescrição de medicações de uso contínuo com validade ampliada,


justamente para reduzir circulação de pessoas nos ambientes de saúde.
Recomendações da Anvisa
para serviços de saúde da
chegada à assistência: Reforce a higienização e limpeza das superfícies de contato (piso, maçaneta,
corrimão banheiros, bancadas) com álcool na concentração 70% ou solução
sanitária.

Realize a higiene das mãos frequente com água e sabonete líquido ou


preparação alcoólica a 70%.
Ações
preventivas
Ações
preventivas São adornos: alianças, anéis, pulseiras, relógios, colares,
brincos, broches, piercings expostos, gravatas e crachás
pendurados com cordão.

Barba e pelos faciais como são zonas de contato com a


máscara podem comprometer a vedação e proteção. O
ideal é que se retire ou apare para maior segurança.
Recomendações do COFEN sobre o
uso de adornos (Norma
Regulamentadora 32 (NR32):
Sapatos devem ser fechados, confortáveis e com solado
de borracha para evitar escorregões e barulho.

Cabelos: prender os fios no caso de cabelos longos. Usar


toucas apropriadas no caso de contato com pacientes
com suspeita de Covid-19.
Ações
preventivas

Óculos: devem ser regularmente higienizados. Cordões


ou correntes utilizadas nos óculos devem ser vedados
para aqueles trabalhadores expostos a riscos biológicos.

Unhas: curtas e limpas com esmalte claro.


Gestantes e Puérperas:

Para reduzir o risco de


O mesmo deve ser observado
contaminação, deve-se
durante a internação para o
organizar o fluxo de
parto. Ressalta-se a
atendimento hospitalar de
importância de se ofertar
gestantes e parturientes de
espaço privativo para essas
forma que não haja contato
parturientes para o seu
com outros pacientes e com
trabalho de parto e parto.
diversos profissionais de saúde.
Contágio por gotículas
e aerossóis + contato
de mãos com rosto
(facilidade de
contaminação e efeitos
graves da doença).
II - Bases de controle de infecção, biossegurança
em saúde e enfermagem e riscos ocupacionais
para a equipe de enfermagem
Medidas de
Biossegurança:

Risco 3: agente
biológico de alto risco
individual e moderado
Conhecer a classe de
risco para a
Conhecer o conceito risco de agentes
comunidade, incluindo
biológicos
agentes biológicos que
possuem capacidade de
transmissão.
Classificação de
risco dos agentes
biológicos
Implementação de medidas
de Biossegurança

O novo Coronavírus (SARS-CoV-2) pode ser enquadrado como agente biológico


classe de risco 3, isto é, alto risco individual e moderado risco para a
comunidade.

Para os profissionais e equipe de apoio é


recomendado realizar a higiene das mãos Os profissionais de saúde e equipes de apoio
frequente com água e sabonete líquido ou devem evitar o uso de EPI’s fora da área de
preparação alcoólica a 70% e utilizar os EPI’s assistência aos pacientes, exceto a máscara
(óculos de proteção ou protetor facial, máscara cirúrgica. Os EPIs devem ser imediatamente
cirúrgica ou máscara N95/PFF2, durante removidos após a saída do quarto, enfermaria
procedimentos geradores de aerossóis, avental, ou área de isolamento.
luvas de procedimento e gorro.
Implementação de medidas
de Biossegurança
Uma medida importante para o controle é reforçar a equipe de apoio da necessidade
de intensificação da limpeza e desinfecção de objetos e superfícies, principalmente
aquelas mais tocadas, como maçanetas, interruptores de luz, corrimões e botões dos
elevadores, mantendo os ambientes ventilados (se possível, com as janelas abertas).

Eliminar ou restringir o uso de itens compartilhados por pacientes como canetas,


pranchetas e telefones, realizando sempre a limpeza e desinfecção destes após o uso.

Deve-se providenciar o rápido isolamento de pacientes com sintomas de infecção


respiratória, em área exclusiva dentro da unidade ou em estrutura auxiliar externa
(tendas, barracas, containers e similares), garantindo que não fiquem esperando
atendimento entre os outros pacientes.
Implementação de medidas
de Biossegurança
A sala de espera deve ser um espaço separado e bem ventilado que permita que os
pacientes sintomáticos, em espera, fiquem afastados e com fácil acesso a suprimentos
de higiene respiratória e das mãos, permanecendo nessa área até a consulta ou
internação.

Para organizar a equipe no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, o COFEN


(2020) recomenda a criação de escala de profissionais de saúde (nível superior e/ou
médio), para identificação de pessoas com sintomas respiratórios e integrar a equipe de
resposta rápida para a chegada de casos de pessoas com sintomas respiratórios.

As escalas de atendimento aos pacientes devem ter revezamento semanal das equipes
de enfermagem, e os profissionais com 60 anos ou mais, gestantes ou lactantes, e
portadores de doenças crônicas ou imunossuprimidos não devem ser designados para
estas funções.
Tipos de
precaução
Tipos de
precaução
Tipos de
precaução
Tipos de
precaução
Observação
Os casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo Coronavírus devem ser isolados, preferencialmente
em quarto privativo, com porta fechada e bem ventilado (janelas abertas). Caso não seja possível, deve ser
estabelecida a acomodação em coorte, no qual é fundamental que seja mantida a distância mínima de 1
metro entre os leitos, restringindo ao máximo o número de acessos à área, inclusive visitantes.

Já os procedimentos que podem gerar aerossóis devem ser realizados, preferencialmente, em unidade de
isolamento respiratório com pressão negativa e filtro HEPA. Esses tem por finalidade eliminar contaminantes
biológicos do ar exaurido e devem ser instalados no sistema de exaustão. Sua vida útil varia conforme as
características do ar filtrado. Importante lembrar que o filtro HEPA não pode ser descartado em qualquer
lugar

Equipamentos utilizados na assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo
coronavírus devem ser de uso exclusivo, como estetoscópios, esfigmomanômetro e termômetro. Caso não
seja possível, todos os equipamentos utilizados nos pacientes devem ser limpos e desinfetados
imediatamente após o uso.
Observação
Equipamentos utilizados na assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo
Coronavírus devem ser de uso exclusivo, como estetoscópios, esfigmomanômetro e termômetro. Caso não
seja possível, todos os equipamentos utilizados nos pacientes devem ser limpos e desinfetados
imediatamente após o uso.

A entrada do quarto, enfermaria ou área de coorte deve permanecer com as portas fechadas e dispor de
sinalização com alerta sobre as medidas de precaução a serem adotadas (padrão, gotículas, contato,
aerossóis).

A responsabilidade e ações dos serviços de saúde na assistência aos casos suspeitos ou confirmados de
infecção pelo novo coronavírus devem ter um serviço de controle dos profissionais que direta ou
indiretamente prestam assistência.

Levar em consideração: fluxo de pacientes; colocação e retirada de EPIs; roupas de cama; limpeza e
desinfecção de superfície; remoção de resíduos.
III - Diretrizes para coleta, manuseio e teste de amostras
clínicas de pessoas ou suspeitas da Covid-19
Testes sorológicos com identificação de anticorpos IgM e IgG (teste
rápido em amostras de sangue, soro ou plasma / naso e orofaringe).

Detecta RNA viral: Testes molecular RT-PCR. Coletado por swab da


cavidade nasal e orofaringe / Coletado por aspirado de secreção da
nasofaringe ou de vias aéreas inferiores.

OBS 1: O teste molecular RT-PCR é o teste padrão-ouro para o diagnóstico de infecção por
coronavírus, que detecta o RNA viral em amostras coletadas por swab da cavidade nasal e
orofaringe, por aspirado de secreção da nasofaringe ou até de vias aéreas inferiores.
OBS 2: Nos testes rápidos os resultados também são rápidos para o direcionamento da
decisão da conduta. É importante salientar que o teste rápido não detecta
especificamente o novo Coronavírus, mas sim os anticorpos produzidos pelo organismo
depois da infecção ter ocorrido.

o Novo Coronavírus, mas sim


os anticorpos produzidos pelo
organismo depois da infecção
ter ocorrido.

A exclusão do diagnóstico de
Covid-19 não deve ser feita
apenas pela avaliação dos
Principais pontos que você Alguns testes, como os de
resultados dos exames
deverá ficar em alerta, caso identificação de anticorpos
laboratoriais, pois no estágio
surjam durante a avaliação: lgM e lgG, não são
inicial da infecção, falsos
febre; ter estado em regiões recomendados para
negativos são esperados em
epidêmicas; sintomas diagnóstico de pacientes com
razão da ausência ou de
respiratórios. sintomas de início recente.
baixos níveis dos anticorpos e
dos antígenos de SARS-CoV-2
na amostra.
NEGATIVO:
POSITIVO:

O paciente não tem lgM e IgG IgG positivo e lgM lgM positivo e IgG
lgM nem lgG positivos: negativo: negativo:
específicas para o
SARS-CoV-2,
indicando que não
foi infectado ou está
numa fase inicial da
Indica doença em
infecção e ainda não
fase
desenvolveu
Indica resposta convalescente ou Indica resposta
anticorpos. Refazer o
imune específica, possível imune recente,
teste em alguns dias,
infecção há pelo imunização do infecção há 7 dias
levando em
menos 7 dias. paciente. Deve ou menos.
consideração o
ser avaliado junto
quadro clínico.
ao quadro clínico.
N95

Óculos

Biossegurança
Luvas de
para coleta de
procedimento
amostras:

Avental Comprido

Gorro.
Técnicas do procedimento
As secreções serão coletadas utilizando-se
swabs de rayon de haste flexível.

Não utilizar swabs contendo alginato e com


Técnicas para a haste de madeira, pois estes materiais podem
inativar o vírus e inibir a reação de PCR em
coleta de amostras tempo real.
clínicas:

1º na narina direita;

Serão utilizados três


2º na narina esquerda e o
swabs:

3º na orofaringe.
Técnicas do procedimento

O terceiro Swab será utilizado na coleta de secreção


respiratória da parte posterior da orofaringe
evitando contato com a língua para minimizar
contaminação.

Técnicas para a coleta


de amostras clínicas:
Os três Swabs deverão ser acondicionados em um
único tubo de rosca estéril tipo Falcon, contendo 3
(três) mL de solução fisiológica a 0,9% estéril ou em
meio de transporte viral cedido pelo LACEN, e
deverão ser transportados na posição vertical para
garantir que o swab fique imerso na solução
fisiológica.
Aspirado da nasofaringe

No caso de secreções espessas, recomenda-se proceder à


nebulização ou instilação com gotas de solução fisiológica
estéril 0,9%, em ambas as narinas a fim de promover a fluidez
do muco, facilitando a aspiração. Utilizar coletor de aspirado
de orofaringe. As secreções respiratórias serão enviadas ao
laboratório no interior das sondas utilizadas para a aspiração.
Acondicionamento, transporte e envio de
amostra para diagnósticos
Dentro de 24 a 72 horas após a coleta: Gelo e mantida a temperatura de 4
a 8 °C.

Acima de 72hs: Congelamento das amostras a -70 °C em gelo seco ou


nitrogênio líquido.

Swabs acondicionados em tubo com menos de 3mL de soro fisiológico estéril;

Swabs contendo alginato; hastes de madeira (inibem a reação de PCR em tempo


real).
Importante

Testar precocemente os pacientes suspeitos de Covid-19 com o


uso de PCR, tem sido uma medida importante adotada para
indicar o isolamento social e monitorar os pacientes
sintomáticos. Durante todo o processo, desde a coleta de
material biológico até a análise laboratorial, é imprescindível a
adoção de medidas de biossegurança, visando diminuir os riscos
envolvidos e impactos frente a assistência prestada.
COVID
Notificação compulsória
III - Notificação
compulsória

É a comunicação oficial feita As notificações compulsórias Para o diagnóstico e


às autoridades sanitárias representam um importante notificação dos casos
sobre a ocorrência de uma precursor dos serviços de suspeitos ou confirmados de
doença ou agravo à saúde, vigilância em Saúde Pública, Covid-19, recomenda-se uma
realizada por qualquer sendo utilizadas como investigação detalhada do
profissional de saúde ou estratégia para melhorar o histórico do paciente para
cidadão, visando a conhecimento do determinar o nível de risco e
implementação de medidas comportamento de doenças avaliar a possibilidade de
de intervenção pertinentes. na comunidade outras causas.
Casos
Suspeitos
Os casos suspeitos possuem duas definições,
podendo ser distintas em crianças, adultos e idosos.
Síndrome Gripal (SG):
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG):

Consiste na situação em que o indivíduo apresenta um quadro respiratório agudo,


caracterizado por sensação febril, ou febre, mesmo que relatada, acompanhada de
tosse OU dor de garganta OU coriza OU dificuldade respiratória. Destacando-se
algumas características específicas em crianças e idosos.
considera-se também obstrução nasal, na
Em crianças: ausência de outro diagnóstico específico.

a febre pode estar ausente. Deve-se


considerar também critérios específicos de
Em idosos: agravamento como síncope, confusão
mental, sonolência excessiva, irritabilidade e
inapetência.
Síndrome da Angustia respiratória
Aguda (SRGA)

Consiste na situação em que o indivíduo apresenta um quadro respiratório agudo,


caracterizado por sensação febril, ou febre, mesmo que relatada, acompanhada de
tosse OU dor de garganta OU coriza OU dificuldade respiratória. Destacando-se
algumas características específicas em crianças e idosos.

Consiste na Síndrome Gripal que apresente os seguintes sinais e sintomas:


dispneia/desconforto respiratório OU pressão persistente no tórax OU saturação de
O2 menor que 95% em ar ambiente OU coloração azulada dos lábios ou rosto. Em
crianças, além destes sinais e sintomas, podem ser observadas outras alterações.

Batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem


intercostal, desidratação e
inapetência.
Por critério Laboratorial: Caso suspeito de SG ou SRAG com teste de RT – PCR ; IGM/IGG.

Por critério clínico-epidemiológico: Caso suspeito de SG ou SRAG com histórico de contato


próximo ou domiciliar, nos últimos 7 dias antes do aparecimento dos sintomas, com caso
confirmado laboratorialmente para Covid-19 e para o qual não foi possível realizar a investigação
laboratorial específica.

Caso descartado de doença pelo coronavírus 2019 (Covid-19): Caso suspeito de SG ou SRAG com
resultado laboratorial negativo para coronavírus (SARS-COV-2 não detectável pelo método de RT-PCR
em tempo real), considerando a oportunidade da coleta OU confirmação laboratorial para outro
agente etiológico.
Notificação...
A notificação de casos confirmados e suspeitos de COVID-19 é compulsória e deve ser realizada em até 24 horas a
partir da suspeita ou ocorrência da doença.

Deverão ser notificados os casos de síndrome gripal e de síndrome respiratória aguda grave hospitalizados ou
óbito desta mesma natureza, independente da hospitalização, que atendam a definição de caso.

Todos os profissionais e instituições de saúde do setor público ou privado, em todo o território nacional. O que
acontece é que em muitas instituições de saúde existe uma determinada rotina preestabelecida para a realização
das notificações, mas isso não significa que apenas os profissionais deste setor é que podem ou devem notificar.

Ela deve ser feita dentro do prazo de 24 horas a partir da suspeita inicial do caso ou óbito.

As notificações devem ser realizadas via formulário do e-SUS vigilância epidemiológica por meio do endereço
eletrônico: https://notifica.saude.gov.br/
A notificação compulsória é
obrigatória a todos os
profissionais de Saúde.
Transporte Intra- É aquele realizado entre as unidades internas (de internação e de apoio
diagnóstico e cirúrgico) podendo contemplar a unidade de emergência, unidade
de terapia intensiva, unidade de terapia semi-intensiva, enfermarias e salas de
hospitalar exames.
Transporte Inter-hospitalar

Refere-se à transferência de pacientes entre


unidades não hospitalares ou hospitalares,
unidades de diagnóstico, terapêutica e
outras unidades de saúde que funcionem
como bases de estabilização para pacientes
graves, de caráter público ou privado.
Transporte Intra-hospitalar ao
paciente com covid-19
confirmado ou suspeito
Fase
preparatória

Nesta fase são observados os requisitos


necessários no processo de transporte
seguro aos pacientes com Covid-19 suspeitos
Para tanto, procure avaliar a condição atual
ou confirmados. De acordo com o COFEN
do paciente, caso perceber que a situação
(2018), a fase preparatória envolve a
clínica do paciente está se agravando, deve
comunicação entre os locais de origem e
realizar a transferência precoce para a UTI e,
destino. Portanto, nessa etapa a equipe de
se necessário, fazer o processo da intubação
enfermagem deve considerar as informações
antes da transferência.
sobre a situação clínica do paciente,
continuidade da assistência e liberação do
setor de destino.
Alerta profissional

Conferir equipamentos e medicamentos necessários à assistência durante o transporte,


como: ventilador mecânico, se em uso; cilindro de oxigênio; ressuscitador com
reservatório e máscara facail coxim inflável; fluxômetro e intermediário; monitorização
portátil; maleta com medicações (COFEN, 2018; UFSC, 2020).

A equipe de enfermagem deve prever a necessidade de vigilância e intervenção durante


o transporte, por meio do monitoramento contínuo da pressão arterial, frequência
cardíaca, oximetria de pulso. Já em pacientes intubados, a equipe deve, ainda, monitorar
continuamente o nível de CO2 no final da expiração. Bem como, não esqueça de colocar
máscara cirúrgica no paciente durante o transporte, se possível.
A fase de transferência tem como
propósito garantir a integridade do paciente
durante o transporte. Assim, é necessário
utilizar a rota de transporte anteriormente
planejada para cada destino do paciente,
além de monitorar durante essa etapa o
nível de consciência e as funções vitais, de
acordo com o estado geral do paciente.

Fase de
transferência
Atenção...
Evite o uso de circuitos de respiração aberto ou oxigenação nasal de alto fluxo e
pressão positiva não invasiva durante o transporte, pois esses meios são potenciais
causadores de produção de aerossol e contaminação do ambiente e dos
profissionais.

Outro procedimento importante é adicionar filtros HEPA aos tubos endotraqueais, a


fim de evitar a infecção cruzada entre o paciente e o ventilador mecânico, bem
como, adicionar filtros HEPA aos membros expiratórios dos circuitos respiratórios
dos pacientes.

Durante o transporte, procure evitar a desconexão desnecessária do circuito


respiratório e ainda manter a conexão de tubos e cateteres, garantindo o suporte
hemodinâmico, ventilatório e medicamentoso ao paciente.
Fase Pós-
Transporte

Na fase do pós-transporte, após o profissional de enfermagem observar a estabilidade clínica do


paciente transportado, deve iniciar os processos para realizar a limpeza terminal da rota e
elevadores por onde o paciente foi transportado.

Os profissionais da higiene e limpeza devem utilizar máscara cirúrgica, capote, luvas de trabalho
pesado, proteção ocular (se houver risco de respingo de materiais orgânicos ou químicos), botas ou
sapatos de trabalho fechados.

Todos os artigos respiratórios e instrumentais utilizados devem ser encaminhados ao Centro de


Materiais e Esterilização (CME) sem limpeza prévia, ensacados em saco branco leitoso e rotulado, e
preferencialmente em caixas plásticas com tampa. Recomenda-se que os resíduos sejam
acondicionados em saco branco leitoso. Eles devem ser armazenados em lixeira com tampa e pedal.
Fase
preparatória

Na fase preparatória, cabe as equipes das


Nesta fase, a Central de Regulação (CR) deve
unidades móveis realizar o checklist da
entrar em contato com o hospital referenciado
ambulância, observando, ao retirar e guardar
para informar as condições clínicas do
em compartimento fechado ou proteger com
paciente e confirmar a transferência.
plástico, os materiais que não serão utilizados.
Tipos de Equipamentos
de proteção individual

Profissional de
Saúde

Proteção
Máscara Capote Luvas
ocular
Tipos de Equipamentos
de proteção individual

Paciente

Máscara
cirúrgica
se
tolerado
Tipos de Equipamentos
de proteção individual

Motorista

Ao dar assistência no embarque


de pacientes deve usar: máscara, Se ao transportar o paciente o
capote, luvas e proteção ocular. veículo não possuir separação
Ao dar assistência no embarque Se ao transportar o paciente o entre a cabine do motorista e o
de pacientes deve usar: máscara, veículo possuir compartimento compartimento do paciente e não
capote, luvas e proteção ocular. isolado para o motorista com houver contato direto com o
distância especial de pelo menos paciente, o motorista deve usar
um metro, não é obrigatório o máscara cirúrgica
uso de EPI requerido.
Tipos de Equipamentos
de proteção individual

Motorista

Deve-se averiguar o uso recomendado de EPIs


pelo motorista, conforme as circunstâncias do
contexto e situação do transporte móvel. Assim, é
recomendado encobrir os bancos de tecido O ar-condicionado ou a ventilação nos
(motorista e carona) com plástico antes do veículos deve ser configurado para
atendimento e envelopar com plástico filme os extrair o ar e não recircular dentro do
equipamentos de suporte avançado que poderão veículo.
ser utilizados no atendimento (oxímetro,
desfibrilador, ventilador, etc.).
Fase de
transferência

A fase de transferência inter-hospitalar é o transporte


propriamente dito. Constitui-se de dois momentos, que devem
ser observados pelo profissional de enfermagem que prestará
assistência ao paciente, tais como: durante o transporte e a
chegada à unidade de saúde receptora.
Os cuidados que devem ser
considerados durante o
transporte

Monitorar o paciente e prestar assistência quando necessária

Se oxigenoterapia for indicada utilizar máscara não reinalante. Na absoluta


ausência, utilizar cateter tipo óculos e colocar máscara cirúrgica no paciente

Caso utilize o respirador, deve-se utilizar filtro de barreira biológica com


eficiência de filtração de 95%.
Os cuidados que devem ser
considerados durante o
transporte

Além dos cuidados com o paciente durante o transporte, orientamos manter as janelas abertas durante
todo o percurso de transferência, para aumentar a ventilação e troca de ar do paciente pela equipe e
identificar os materiais que entraram em contato diretamente com o paciente.

Na chegada à unidade de saúde receptora, toda a equipe de enfermagem deverá entrar paramentada
com máscara cirúrgica, capote, luvas e proteção ocular. Antes de sair da viatura, a equipe deve calçar
luvas limpas para abrir as portas da unidade hospitalar. Recomenda-se também que as equipes pré-
hospitalares não fiquem circulando pela unidade hospitalar de forma desnecessária.

Assim que transferir o paciente para outra maca, deve retirar o lençol descartável e desprezar no lixo
infectante da unidade hospitalar. Caso o lençol for de tecido, dobrá-lo devagar, com a parte de cima para
dentro, e posteriormente, envolver em saco plástico para colocar no hamper da base.
Fase pós-transporte

Na fase pós-transporte, após cada atendimento a equipe de saúde deverá fazer a limpeza e a
desinfecção da viatura/veículo utilizado no transporte do paciente. Recomenda-se a limpeza
imediatamente após a transferência do paciente, ainda na unidade de destino, para reduzir a
exposição dos profissionais. Salientamos que para a segurança da equipe é obrigatório o uso
de EPI padronizado durante os procedimentos de limpeza.

Se houver a ausência de procedimentos geradores de aerossóis, a limpeza concorrente deve


ser conforme Protocolos Nacionais do SAMU (PE 24). Mas, se houver procedimentos geradores
de aerossóis, realizar limpeza terminal conforme Protocolos Nacionais do SAMU.
Fase pós-transporte

Importante destacar que além dos Protocolos Nacionais do SAMU, você pode fazer o uso de
protocolos locais utilizando álcool 70%, hipoclorito ou outro desinfetante padronizado ou outro
produto indicado. Para reduzir o risco de explosão, recomendamos que os cilindros sejam lavados
apenas com água e sabão.

Outra recomendação importante é para que os profissionais tenham um uniforme adicional para a
necessidade de troca durante o plantão, além da retirada dos adornos como anéis, colares, relógios
e brincos. Usar sempre máscara com proteção respiratória (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3),
proteção ocular, gorro, avental e luvas.

É importante que todos os EPIs descartáveis usados sejam descartados como resíduos infectantes e
desprezados ao final do atendimento. E, caso seja possível, faça a limpeza e desinfecção da
viatura/ambulância no hospital de destino.
Fase pós-transporte
No transporte de pacientes em aeronaves de asa fixa ou rotativa, todos devem
utilizar EPIs padrão.

O transporte aeromédico deve ser realizado apenas com o paciente em maca


de isolamento tipo bolha.

Para limpeza e higienização dessa maca, deve-se utilizar quaternário de amônia


e biguanida padronizado no serviço.
QUESTÕES
1. (CONTEMAX – 2020) A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou para "muito alto", o maior possível, o risco mundial
da epidemia de Covid-19, a infecção causada pelo novo coronavírus. Nesta sexta-feira (28), a agência de Saúde da ONU
disse que há, além de China, casos registrados da doença em outros 49 países.
(https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/02/28/oms-eleva-risco-para-epidemia-de-coronavirus-no-mundo-
paramuito-alto.ghtml).

Visto a epidemia do novo Covid-19, e sua repercussão mundial, o Ministério da Saúde lançou uma série de publicações
direcionadas aos profissionais da saúde, com vistas à assistência adequada de possíveis casos. Sobre alguns conceitos
centrais, sobre o tema, considere a alternativa incorreta:

(A) Definimos como transmissão local, a confirmação laboratorial de transmissão do 2019-nCoV entre pessoas com vínculo
epidemiológico comprovado.
(B) Os coronavírus causam infecções respiratórias e intestinais em humanos e animais; sendo que a maioria das infecções
por coronavirus em humanos são causadas por espécies de baixa patogenicidade, levando ao desenvolvimento de sintomas
do resfriado comum, no entanto, podem eventualmente levar a infecções graves em grupos de risco, idosos e crianças.
(C) A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARS-CoV é em média de 7 dias após o início dos sintomas. No
entanto, dados preliminares do Novo Coronavírus (2019-nCoV) sugerem que a transmissão possa ocorrer, mesmo sem o
aparecimento de sinais e sintomas.
(D) O espectro clínico da infecção por coronavírus é muito amplo, podendo variar de um simples resfriado até uma
pneumonia severa. No entanto, neste novo coronavírus, está definido a infecção respiratória aguda grave, como sintoma,
predominante, dos casos.
(E) É recomendável que em todos os casos de síndrome gripal seja questionado o histórico de viagem para o exterior ou
contato próximo com pessoas que tenham viajado para o exterior.
1. (CONTEMAX – 2020) A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou para "muito alto", o maior possível, o risco mundial
da epidemia de Covid-19, a infecção causada pelo novo coronavírus. Nesta sexta-feira (28), a agência de Saúde da ONU
disse que há, além de China, casos registrados da doença em outros 49 países.
(https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/02/28/oms-eleva-risco-para-epidemia-de-coronavirus-no-mundo-
paramuito-alto.ghtml).

Visto a epidemia do novo Covid-19, e sua repercussão mundial, o Ministério da Saúde lançou uma série de publicações
direcionadas aos profissionais da saúde, com vistas à assistência adequada de possíveis casos. Sobre alguns conceitos
centrais, sobre o tema, considere a alternativa incorreta:

(A) Definimos como transmissão local, a confirmação laboratorial de transmissão do 2019-nCoV entre pessoas com vínculo
epidemiológico comprovado.
(B) Os coronavírus causam infecções respiratórias e intestinais em humanos e animais; sendo que a maioria das infecções
por coronavirus em humanos são causadas por espécies de baixa patogenicidade, levando ao desenvolvimento de sintomas
do resfriado comum, no entanto, podem eventualmente levar a infecções graves em grupos de risco, idosos e crianças.
(C) A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARS-CoV é em média de 7 dias após o início dos sintomas. No
entanto, dados preliminares do Novo Coronavírus (2019-nCoV) sugerem que a transmissão possa ocorrer, mesmo sem o
aparecimento de sinais e sintomas.
(D) O espectro clínico da infecção por coronavírus é muito amplo, podendo variar de um simples resfriado até uma
pneumonia severa. No entanto, neste novo coronavírus, está definido a infecção respiratória aguda grave, como sintoma,
predominante, dos casos.
(E) É recomendável que em todos os casos de síndrome gripal seja questionado o histórico de viagem para o exterior ou
contato próximo com pessoas que tenham viajado para o exterior.
2. (CONTEMAX – 2020) Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções
respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos
registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).De acordo
com o Ministério da Saúde, a infecção humana pelo 2019-nCoV é uma Emergência de
Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), segundo anexo II do Regulamento
Sanitário Internacional. Portanto, trata-se de um:

(A) Agravo de saúde pública sociocomunitário.


(B) Evento de saúde pública de caráter endêmico.
(C) Evento de saúde pública de notificação imediata.
(D) Agravo de saúde pública epidemiossanitário.
(E) Evento de saúde pública de vigilância sentinela.
2. (CONTEMAX – 2020) Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções
respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos
registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).De acordo
com o Ministério da Saúde, a infecção humana pelo 2019-nCoV é uma Emergência de
Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), segundo anexo II do Regulamento
Sanitário Internacional. Portanto, trata-se de um:

(A) Agravo de saúde pública sociocomunitário.


(B) Evento de saúde pública de caráter endêmico.
(C) Evento de saúde pública de notificação imediata.
(D) Agravo de saúde pública epidemiossanitário.
(E) Evento de saúde pública de vigilância sentinela.

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