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Unidade # 2 Processo saúde-doença

Sumário:
 Normas de biossegurança
 Riscos biológicos para o pessoal de enfermagem
 Precauções com o sangue, fezes, secreções e outros

Objectivos:
1. Explicar as normas de biossegurança para o pessoal de enfermagem
2. Mencionar as precauções e ter em conta no processamento de amostras

O surgimento da biossegurança como uma nova disciplina biológica e sua marcada


versatilidade fazem com que não exista uma única maneira de conceitualizar sua
essência e conteúdo.

Actualmente a nível internacional, coexistem muitas definições que sem ser


contrapostas umas das outras, são expressões da riquíssima interdisciplinaridade que a
nutre; expressão da necessária integração de diversos ramos do conhecimento. No
presente trabalho expõe-se um mapa conceitual actual de biossegurança desde as
diversas vertentes de especialidade que tenham sentido a necessidade de nomeá-la.

São de importância as medidas de segurança que se devem ter em todos os serviços


de saúde para evitar a transmissão de enfermidades entre o pessoal, os pacientes que ali
se atendem e o meio ambiente.

BIOSSEGURANÇA:
Conjunto de medidas científico organizativas e técnico-engenheiras que incluem
as físicas, destinadas a proteger ao trabalhador da instalação, à comunidade e ao
ambiente, dos riscos que entranham o trabalho com agentes biológicos ou a liberação de
organismos ao meio ambiente, quer sejam estes modificados geneticamente ou exóticos;
diminuir ao mínimo os efeitos que se possam apresentar e eliminar rapidamente suas
possíveis consequências em caso de contaminação, efeitos adversos, escapes ou perdas.

Os microorganismos transmitem-se no hospital por várias rotas e o mesmo


microorganismo pode ser transmitido por mais de uma rota.

As principais vias de transmissão são 5:


 Contacto
 Gotas
 Via aérea
 Veículo comum
 Vector
Risco biológico: Este pode trazer como consequência que a pessoa sofra uma
enfermidade infecciosa, mediante o contacto com um agente patógeno (bactérias,
fungos, virus, rickettsias) que esteja presente no material analizado

As causas de risco biológico são:


1. Acidentes por punção
2. Derrame de substâncias contaminadas
3. Produção de aerossóis
4. Cristalería rota contaminada
5. Aspiração oral com pipeta (pipetear)
6. Trabalho com centrífugas, de forma incorrecta
7. Má higiene pessoal
8. Contravenções das normas de segurança mais gerais
9. Inadequada disposição dos dejectos potencialmente contaminantes.

Vias de transmissão das enfermidades infecciosas

1.Transmissão por contacto: É o modo mais frequente e importante no hospital e


pode ser:
 Contacto directo: Produz-se pelo contacto directo com superfícies corporais
como ocorre ao apertar-se as mãos, ao banhar o paciente
 Contacto indirecto: Produz-se através de objectos inanimados, por exemplo.
Quando com as luvas que usamos num paciente não a trocamos e usamos nos
outros pacientes

2.Transmissão por gotas: produz-se quando o paciente fala, estornuda, tosse ou


durante certos procedimentos (sucção, endoscopia). As gotas que ali se geram têm um
tamanho de mais de 5 micras e não se desprendem a mais de 1 metro; estas depositam-
se na conjuntiva, boca ou mucosa nasal

3.Transmissão por via aérea: Esta produz-se pela disseminação de gotas que têm
um tamanho de menos de 5 micras, que contêm microorganismos e mantêm-se
suspensas por longos períodos no ar, ou partícula de pó destas mesmas dimensões com
agentes infecciosos incluídos.

Desta forma os microorganismos podem disseminar-se amplamente pelas


correntes de ar e a pessoa susceptível pode inalá-las e por seu pequeno tamanho penetrar
com facilidade na árvore respiratória e inclusive pode viajar a longas distâncias.

MEDIDAS DE SEGURANÇA QUE SE DEVEM TER EM CONTA

Lavagem das mãos: As mãos devem-se lavar com sabão normal depois de
atender a cada paciente, a não ser que esteja indicado o uso de um antisséptico em
particular

Uso de luvas: O uso de luvas é muito importante na prevenção e transmissão de


enfermidades, mas devemos ter presente que não substitue a lavagem das mãos
Depois de tirarmos as luvas devemos lavar as mãos, pois estas podem ter
defeitos não evidentes ou romperem-se durante seu uso. É importante trocar as luvas de
um paciente a outro

Batas e roupas protectoras: Utilizam-se para evitar a contaminação da nossa


roupa e para proteger a pele de salpicaduras de sangue e outras secreções do paciente

Dispositivos perfuro-cortantes: As agulhas e lâminas de bisturis devem ser


desprezadas nos contentores plásticos, rígidos não perfuráveis e nunca exceder sua
capacidade

Nasobucos: Nos casos em que possa aparecer salpicaduras

Com a roupa suja devem tomar todas as medidas de precauções para evitar a
contaminação, tanto do pessoal que a manipula, do paciente, como do meio ambiente

Nas áreas de trabalho não se deve ingerir alimentos, fumar, nem aplicar-se
cosméticos

Quando se manipule sangue, devem-se utilizar todas as medidas de precauções,


pois hoje em dia têm adquirido grande relevância pela frequência de exposição e sua
perigosidade intrínseca, os agentes patógenos capazes de transmitir-se por sangue

É válido destacar o cuidado a ter com a manipulação de fezes, secreções e outros


fluídos e pôr em prática as medidas enunciadas anteriormente pois em muitas destas
amostras encontram-se agentes infecciosos capazes de infectar-nos e se não tomar as
medidas necessárias pode trazer como consequência a provocação de um brote na
instituição de saúde como em nossos lugares

Bibliografia:
 Llop Hernández, A., Valdés-Dapena Vivanco M.M., Zuazo Silva, J.L.
Microbiología y Parasitología Médicas. Tomos I y III. Editorial Ciencias
Médicas. Ciudad de La Habana. 2001.

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