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SUMÁRIO

Biossegurança ............................................................................................................... 3
Conceitos e definições em biossegurança ........................................................................... 3
Higiêne ......................................................................................................................... 4
Higiêne no trabalho............................................................................................................ 4
Lavagem das mãos ............................................................................................................. 4
Higienização anti‐séptica das mãos..................................................................................... 7
Saúde do Trabalho ......................................................................................................... 8
Medicina do trabalho ......................................................................................................... 8
Acidente de trabalho .......................................................................................................... 8
Ginástica Laboral ......................................................................................................... 12
Objetivos: ........................................................................................................................ 12
Riscos Ambientais ........................................................................................................ 13
Principais doenças dos profissionais de saúde ................................................................ 16
Citologia Básica ........................................................................................................... 19
Introdução ....................................................................................................................... 19
Sistema locomotor ....................................................................................................... 22
Sistema nervoso .......................................................................................................... 37
DRENAGEM LINFÁTICA ............................................................................................... 44
Sistema Circulatório ......................................................................................................... 44
Anatomia e Fisiologia do Sistema Linfático .................................................................... 48
MASSOTERAPIA ........................................................................................................... 56
Definição.......................................................................................................................... 56
Objetivo ........................................................................................................................... 56
Massoterapia aplicada a estética .................................................................................. 58
MASSAGEM AYURVÉDICA ............................................................................................. 61
Introdução ...................................................................................................................... 61
Benefícios principais ....................................................................................................... 61
SHIATSU ...................................................................................................................... 63
Objetivos......................................................................................................................... 63
Quick Massagem ......................................................................................................... 66
Massagem Modeladora ................................................................................................ 69
REFLEXOLOGIA ........................................................................................................... 71

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Biossegurança
 Surgiu no século XX, a disciplina denominada biossegurança.
 Biossegurança, genericamente, segurança nas atividades que envoluem de organismos vivos.
Caracteriza‐se como vida com segurança.
 Surgiu para controlar e diminuir os riscos quando se praticam diferentes tecnologias, tanto aquelas
desenvolvidas em laboratórios, ambulatórios, como as envolvem o meio ambiente.
 Indústrias, hospitais, clínicas, saúde públicas, universidades e etc.
 Objetivo: reconhecer fontes de perigo, avaliar as situações de risco que essa fonte oferece e controlá‐
los, tomando decisões técnicas e/ou administrativas para promover mudanças.
 Podemos ainda entender que biossegurança é um termo que se aplica ao conjunto de ações voltadas
para prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção,
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços.
 Riscos que comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos
trabalhos desenvolvidos.
As metas específicas são:
 Reduzir o número de microorganismos patogênicos encontrados no ambiente de trabalho;
 Reduzir risco de contaminhação cruzada;
 Proteger a saúde dos pacientes e da equipe;
 Conscientizar a equipe;
 Aplicar técnicas adequadas de controle de infecção;
 Difundir entre a equipe o conceito de precauções;
 Estudar e atender às exigências dos regulamentos governamentais locais, estaduais e federais.

Conceitos e definições em biossegurança


 Anti‐sepsia: é a eliminação das formas vegetativas de bactérias patogênicas e grande parte da flora
residente da pele ou mucosa, através da ação de substâncias químicas (anti‐sépticos);
 Anti‐séptico: substância ou produto capaz de deter ou inibir a proliferação de microorganismo
patogênicos, à temperatura ambiente, em tecidos vivos;
 Assepsia: método empregado para impedir que um determinado meio seja contaminado. Quando este
meio for isento de bactérias chamamos de meio asséptico;
 Bactérias: forma vegetativa; quando estão realizando todas as suas atividades metabólicas, como
respiração, multiplicação e absorção. Os microrganismos, na cavidade bucal, estão na forma vegetativa;
 Degermação: é a remoção de detritos, impurezas, sujeira e microrganismo da flora transitória e alguns
da flora residente depositados sobre a pele do paciente ou das mãos através da ação mecânica de
detergente, sabão ou pela utilização de substâncias químicas (anti‐sépticos);
 Descontaminação: tem por objetivo a função dos microrganismos sem eliminação completa devido à
presença de matéria orgânica, realizado em instrumentais e superfícies;
 Desinfecção: é a eliminação de microrganismos patogênicos na forma vegetativa de consultório e
demais ambientes da clínica, geralmente é feita por meio químicos (desinfetantes);
 Desinfestação: exterminação ou destruição de insetos, roedores e outros seres, que possam transmitir
infecções ao homem;
 Desinfetantes: substâncias ou produto capaz de deter ou inibir a proliferação de microrganismos
patogênicos em ambientes e superfícies do consultório, à temperatura ambiente;
 Detergente: substância ou preparação química que produz limpeza;
 Equipamento de proteção individual (EPI’s): são equipamentos de proteção utilizados pelo profissional,
pessoal auxiliar, paciente e equipamentos, a fim de evitar contaminação e acidentes;
 Esterilização: é a destruição dos microrganismos nas formas vegetativas e esporuladas. A esterilização
pode ser meio físico (calor) ou químico (soluções esterilizantes)
 Esterilizante: agente físico (estufa, autoclave) ou químico (glutaraldeído 2%, formaldeído 38%) capaz de
destruir todas as formas de microrganismos, inclusive as esporuladas;

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 Infecção cruzada: é a infecção ocasionada pela transmissão de um microrganismo de um paciente para
outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento contaminado;
 Infecção endógena: é um processo infeccioso decorrente da ação de microrganismos já existentes,
naquela região ou tecido, de um paciente;
 Infecção exógena: causada por microrganismos estranhos ao paciente. Para impedir essa infecção, que
pode ser gravíssima, os instrumentos e demais elementos que são colocados na boca do paciente,
devem estar estéreis. A infecção exógena pode ser fatal, como é no caso da AIDS, hepatite B e C.
 Infecção nosocomial (hospitalar): toda infecção contraída em um estabelecimento hospitalar. São
adquiridas geralmente a partir do ambiente ou pessoal hospitalar, do equipamento esterelizado ou da
própria microflora do paciente.
 Infecção comunitária: infecções não originarias de ambiente hospitalar sendo adquiridas no meio social
da comunidade;
 Procedimento crítico: é todo procedimento em que existe a presença de sangue, pus ou matéria
contaminada pela perda de continuidade;
 Procedimento semicrítico: todo procedimento em que existe a presença de secreção orgânica (saliva)
sem perda de continuidade do tecido;
 Procedimento não‐crítico: todo procedimento onde não há presença de sangue, pus ou outra secreção
orgânica.

Higiêne
Do grego: hygieiné, scilicet téchne, a arte relativa à saúde; ramo da medicina que estuda a inter‐
relações entre o
homem e o meio ambiente, no sentido da preservação da saúde individual e comunitária. Limpeza. Ramo das
ciências médicas que se ocupa da prevenção das doenças e da manutenção da saúde.

Higiêne no trabalho
Saber que é preciso adotar normas de segurança não é o suficiente para a prevenção de acidentes e de
doenças ocupacionais. É necessário conhecer as normas e cumpri‐lás. Um dos conceitos existente que deixa
claro o porque da proteção do trabalhador é o de “higiêne e segurança do trabalho”.
A higiêne e segurança tem como objetivo:
 Eliminação das causas de doenças profissionais;
 Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou portadoras de
defeitos físicos;
 Prevenção do agravamento de doenças e lesões;
 Manutenção da saúde dos trabalhadores;
 Aumento da produtividade por meio do controle do ambiente de trabalho.
 Ambiente: clean, limpo, bem iluminado, organizado;
 Pessoal: cabelos presos, unhas curtas e limpas, jaleco, calçado fechado;
 Material: álcool, água e sabão.

Lavagem das mãos


Finalidade:
 A lavagem das mãos é uma prática de assepsia que remove microorganismos temporários e residentes
das mãos quando elas são friccionadas e/ou escovadas com sabão. Tem a finalidade de evitar
propagação de doenças, eliminar substâncias tóxicas e medicamentos e proteger contra agressões do
meio.

Material:
 São utilizados: pia, torneira, papel descartável e sabão líquido.
 Observação:

Como as mãos podem ressecar pela freqüência de lavagens, é conveniente a aplicação de creme ou

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loção para mãos, e o melhor momento para essa aplicação é quando não se tem que realizar algum
procedimento com cliente.
Planejamento:
 Explicar o propósito da lavagem ao cliente;
 Retirar jóias;
 Dobrar as mangas compridas.
 Realizar com toda a equipe, inclusive acompanhantes, familiares e cuidadores do paciente, e até mesmo
o paciente
As mãos devem ser lavadas:
 Antes e depois de qualquer cuidado ao paciente;
 Ao verificar sujeira visível nas mãos;
 Após tossir, espirrar, ou assoar o nariz;
 Após a utilização do banheiro;
 Antes de beber e comer;
 Antes e após calçar as luvas;
 Ao término do dia de trabalho.
Observações:
 Retirar jóias, pois sob tais objetos podem acumular‐se microrganismos;
 Torneiras com fechamento com contato manual utilizar papel‐toalha;
 Toalhas de tecido favorecem a proliferação de bactérias;
 Evitar água muito fria ou muito quente para prevenir ressecamento da mão.

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Higienização anti‐séptica das mãos

 Finalidade:
Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com
auxílio de um anti‐séptico.
 Técnica:
É igual a técnica da higienização simples apenas substituindo‐se o sabão por um anti‐séptico.

Fricção anti‐séptica das mãos


 Finalidade:
Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70%
ou de solução alcoólica a 70% com 1‐3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão quando as
mãos estiverem visivelmente sujas.
Observações:
 Para evitar ressecamento e dermatites, não higienize as mãos com água e sabão imediatamente antes e
depois de usar uma preparação alcoólica;
 Depois de higienizar as mãos com preparação alcoólica, deixe que elas sequem completamente.

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Saúde do Trabalho
 A saúde do trabalhador e um ambiente de trabalho saudável são valiosos bens individuais e
comunitários.
 Consiste de uma importante estratégia não somente para garantir a saúde dos trabalhadores, mas
também contribuir para a produtividade, qualidade dos produtos, motivação e satisfação do
trabalhador.

Medicina do trabalho
Especialidade médica que lida com as relações entre a saúde dos homens e mulheres trabalhadores e
seu trabalho, visando a prevenção das doenças e a dos acidentes de trabalho, e a promoção da saúde e
qualidade de vida, através de ações capazes de assegurar a saúde individual, nas dimensões física e mental,
propiciando um saudável inter‐relação das pessoas e destas com o ambiente social

Acidente de trabalho
É o que o ocorre pelo exercício de trabalho a serviço da empresa provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho permanente ou
temporária.

 A) Doença profissional: é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar à


determinada atividade;
 B) Doença do trabalho: é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que
o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente;
 C) Acidente de trajeto: é aquele sofrido no percurso da residência para o local de trabalho ou deste
para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção.

Ergonomia
É estudo científico de adaptação de instrumentos, condições e ambiente de trabalho ás capacidades
psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do homem. Sendo assim, a ciência que relaciona o homem e
seu trabalho, incluindo os fatores que afetam o uso eficiente da energia humana. Tem como objetivo o ajuste
confortável e produtivo entre o ser humano e o trabalho.

Ciência multidisciplinar com a base formada em outras ciências:


 Antropometria e a biomecânica;
 Anatomia e fisiologia aplicada;
 Psicologia;
 A medicina do trabalho;
 Sistema homem‐máquina‐ambiente;
 Prevenção de Ler/Dort.

No caso de ausência de investimento em ergonomia ocorrerá:


 Absenteísmos e perda de produtividade;
 Custos financeiros devido ao afastamento;
 Trabalhadores com restrições ao seu trabalho;
 Deterioração das relações humanas;
 Pressão sobre a empresa do fenômeno DORT.

 LER/DORT
 LER: Lesão por esforço repetitivo
 DORT: Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho.

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 São lesões relacionadas com o uso repetitivo de movimentos, posturas inadequadas e outros fatores
como a força excessiva.

 DORT:
 Relacionada com:
a) Uso repetitivo de movimentos;
b) Posturas inadequadas;
c) Outros fatores como a força excessiva.

Patologias desencadeadas pelas DORT:


 Tenossinovite ocupacional
 Tenossinovite estenosantes (dedos de gatilho);
 Tenossinovite estenosante (síndrome de quervain);
 Tendinite da cabeça longa do bíceps;
 Tendinite do supra espinhoso (síndrome do impacto);
 Epicondilite lateral e medial.

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Patologias nervosas compressivas:

 Síndrome do desfiladeiro toráxico;


 Síndrome do supinador;
 Síndrome do pronador redondo;
 Síndrome do túnel cubital;
 Síndrome do carpo;
 Síndrome do canal de Gyon.

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Fatores de Propensão a LER Relacionados ao Trabalho
1) Sobrecarga física;
2) Sobrecarga biomecânica e estática;
3) Sobrecarga biomecânica dinâmica ou de repetição;
4) Inexperiência;
5) Técnicas incorretas para execução da tarefas;
6) Espaço, ferramentas, acessórios, equipamentos e mobiliários inadequados;
7) Desrespeito postural a angulações, posicionamento e distâncias;
8) Utilização de instrumentos ou assentos de veículos que transmitem vibração excessiva;
9) Ambiente inadequado;
10) Sobrecarga metal;
11) Trabalho monótono;
12) Baixo suporte social e no trabalho.

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Fatores de Propensão a LER Relacionados a Carga Horária
1) Carga horária completa;
2) Trabalho noturno;
3) Trabalho monótono;
4) Excesso de jornadas de trabalho (horas extras);
5) Falta de intervalos apropriados.

Fatores de Propensão à LER Relacionados à Família


1) Baixo suporte familiar;
2) Lazer inadequado ou insuficiente;
3) Solidão;

As Principais Medidas de Prevenção


 Medidas estruturais:
1) Melhoria do espaço de trabalho e mobiliário;
2) Escolha de ferramentas e instrumentos adequados;
3) Diminuição dos erros de postura (ajustando o local do trabalho, alterando a posição das ferramentas,
orientando o trabalhador quanto aos erros de postura);

 Medidas de organização:
1) Projetando um trabalho ergonômico;
2) Promovendo pausas de trabalho;
3) Treinamento;
4) Informando os riscos específicos;
5) Orientando corretamente sobre os métodos de execução do trabalho;
6) Orientando as posturas corretas.

Ginástica Laboral
A ginástica laboral é uma atividade física diária realizada durante a jornada de trabalho com exercícios
de compensação. Além de exercícios físicos, consistem em alongamentos, relaxamento muscular e flexibilidade
das articulações. Procurando compensar as partes do corpo mais utilizadas durante o trabalho e ativar as
demais partes do mesmo.

Objetivos:
 Reduzir a tensão muscular;
 melhorar a circulação;
 reduzir a ansiedade, o estresse e a fadiga;
 melhorando a prontidão mental e facilitando o trabalho.

Tipos de ginástica laboral:


 Ginástica preparatória (no início do expediente);
 Ginástica compensatória (durante o expediente);
 Ginástica de relaxamento (no final do expediente).

Alongamento
 O alongamento é a habilidade de mover livremente e sem dor as articulações do corpo em todos os
tipos de movimentos.
 Objetivo: manter e desenvolver a flexibilidade.

 Os principais benefícios do alongamento são:


1) Redução das tensões musculares e sensação do corpo relaxado;
2) Melhoria da coordenação;
3) Aumento da amplitude movimento;
4) Prevenção de lesões;

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5) Facilidade nas atividades de desgate;
6) Desenvolve flexibilidade;
7) Desenvolve controle respiratório;
8) Melhora concentração;
9) Melhora contratilidade muscular;
10) Quando utilizado após uma atividade auxilia a remoção de ácido lático.

Como realizar o alongamento:


 De forma lenta e gradual;
 Sem dores, sensação de apenas aumentar um pouco o comprimento muscular;
 Duração de 30 segundos cada;
 Antes e após as atividades físicas;
 Respeitar o seu limite;
 Respirar;
 Pode associar outras técnicas.

A prática de alongamentos é indispensável aos profissionais massoterapeutas e esteticistas, para


prevenir lesões relacionadas ao trabalho. Devem ser realizados antes do início da jornada de trabalho, após cada
sessão e ao final do expediente. Assim, buscando o relaxamento e o reequilíbrio do corpo.

Riscos Ambientais
A maioria dos processos pelos quais o homem modifica os materiais extraídos da natureza, para transformá‐los
em produtos segundo as necessidades tecnológicas atuais capazes de dispensar no ambiente dos locais de
trabalho substâncias que, ao entrarem em contato com o organismo dos trabalhadores podem acarretar
moléstias ou danos a sua saúde.

Classificação dos riscos ambientais


 Riscos químicos: são diversas substâncias que podem penetrar na pele, em diversas formas como,
névoas, neblina, gases, poeiras e etc, que possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através
da pele ou por ingestão
 Riscos físicos: representam um intercâmbio brusco de energia entre o organismo e o ambiente, em
quantidade superior àquela que o organismo é capaz de suportar podendo acarretar uma doença
profissional:
 Temperatura extrema;
 Ruído;
 Vibrações;
 Pressões anormais;
 Umidade;
 Radiações ionizantes;
 Radiações não‐ionizantes;
 Iluminação deficiente;
 Ultra‐som
 Riscos Biológicos: são microorganismos que podem contaminar o trabalhador e são basicamente:
 Bactérias;
 Fungos;
 Bacilos;
 Parasitas;
 Protozoários;
 Vírus.

Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação,
hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc. Estes microorganismos podem provocar diversas
doenças, entre elas: tuberculose, brucelose, malária, febre amarela.

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Resíduos de serviço de saúde
Resíduos de Serviço de Saúde são todos os produtos ou rejeitos, em estado sólido ou semi‐sólido, que resultam
de atividades médicos‐assistenciais à saúde humana ou animal.

São divididos em categorias conforme o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).


 Grupo A – Infectantes;
 Grupo B – Químicos;
 Grupo C – Radioativos;
 Grupo D – Comuns e recicláveis.

Cuidados:
 Os resíduos são separados na unidade onde são gerados, em sacos brancos ou pretos;
 Todo funcionário da área da saúde deve saber separar os resíduos;
 O recipiente deve ser lacrado quando atingir 2/3 da sua capacidade;
 Os sacos plásticos são lacrados torcendo e passando fita, amarrando e dando nó;
 Deve‐se retirar o excesso de ar, tomando cuidado para não inalar o ar.
 Após o fechamento, deve ser retirado na unidade;
 Resíduos de alta densidade recebe precaução especial para evitar rompimento;
 Sacos Brancos: lixo infectantes – luvas, máscara, algodão, com presença de sangue, pus etc;
 Sacos Pretos: lixos recicláveis‐ papel toalha, papel lençol etc;
 Materiais perfurantes: agulhas, seringas, ampolas etc. Devem ser descartados em coletores
apropriados.

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Principais doenças dos profissionais de saúde
Várias são as doenças que os profissionais da área da saúde podem adquirir, porém que podem ser combatidas
ou evitas com vacinas e demais cuidados.

Erisipela:
 Erisipela é uma infecção cutânea causada geralmente pela bactéria Streptcoccus pyogenes do grupo A,
que penetra através de um pequeno ferimento (picada de inseto, frieiras, micoses de unha, etc.) na pele
ou na mucosa, dissemina‐se pelos vasos linfáticos e pode atingir o tecido subcutâneo e o gorduroso.
 Na maioria dos casos, a lesão tem limites bem definidos e aparece mais nos membros inferiores.
Embora menos frequente, ela pode localizar‐se também na face e está associada à dermatite
seborreica.
 Constituem grupo de risco para a infecção pessoas com excesso de peso, portadoras de diabetes não
compensado, de insuficiência venosa nos membros inferiores, as cardiopatas e nefropatas com inchaço
nas pernas, as imunossuprimidas ou com doenças crônicas debilitantes.
 Os primeiros sintomas – febre alta, tremores, mal‐estar, náuseas, vômitos – podem instalar‐se
precocemente. A lesão na pele vem acompanhada de dor, rubor (vermelhidão) e edema (inchaço) e, em
alguns casos, formam‐se bolhas ou feridas, sinal da necrose dos tecidos.
 O diagnóstico é essencialmente clínico. Às vezes, pode‐se recorrer à biópsia e ao exame de cultura, mas
esse não é o procedimento de rotina.
 Quando o paciente é tratado logo no início da doença, as complicações não são tão evidentes ou graves.
No entanto, os casos não tratados a tempo podem progredir com abscessos, ulcerações (feridas)
superficiais ou profundas e trombose de veias. A seqüela mais comum é o linfedema, que é o edema
persistente e duro (não forma uma depressão na pele quando submetido à compressão com os dedos),
localizado principalmente na perna e no tornozelo, resultante dos surtos repetidos de erisipela.

O tratamento consta de várias medidas realizadas ao mesmo tempo e só deve ser administrado pelo médico:
1 – Uso de antibióticos específicos para eliminar a bactéria causadora.
2 – Redução do inchaço, fazendo repouso absoluto com as pernas elevadas, principalmente na fase inicial. Pode
ser necessário o enfaixamento da perna para diminuir o edema mais rapidamente.
3 – Fechamento da porta de entrada da bactéria, tratando as lesões de pele e as frieiras.
4 – Limpeza adequada da pele, eliminando o ambiente adequado para o crescimento das bactérias.
4 – Uso de medicação de apoio, como antiinflamatórios, antifebris, analgésicos e outras que atuam na
circulação linfática e venosa.

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Riscos de infecção da massoterapia
 Feridas;
 Bolhas;
 Fístulas;
 Acnes;
 Lesões por fungos e/ou bactérias na pele, unhas, etc.;
 Exposição a secreções em mucosas (olho e boca);
 Infecção por HIV.

Principais doenças dos profissionais de saúde


Doença da imunodeficiência humana (HIV):
 O vírus HIV pode ser transmitido num ambiente de saúde, do doente para o profissional da saúde, de
doente para doente, ou do profissional para o doente.
 O HIV foi isolado em: sangue, sêmen, leite materno, liquido amniótico, sinovial, pericárdio e líquido
cefalorraquidiano.
 O sangue é o único líquido que está associado com a transmissão do HIV, no AMBIENTE DE SAÚDE.

A transmissão do HIV ocorre em condições que facilitam a troca de sangue ou de secreções orgânicas contendo
o vírus ou células por ele infectadas. As três principais vias de contaminação são: contato sexual, a inoculação
parenteral (contado com mucosa ou pele não íntegra) e a passagem do vírus de mães infectadas para seus fetos.

Riscos de transmissão para os profissionais da saúde:


 Perfuração da pele com agulha o qualquer instrumento perfurante contaminado;
 Por sangue ou outros fluidos corporais infectados;
 Pele rachada;
 Feridas abertas ou cortes a sangue;
 Respingos de sangue em mucosas.

HEPATITE B:
 É uma inflamação causada pelo vírus da hepatite B (HBV), sendo que no caso agudo não requer
tratamento medicamento específico.
 A principal medida de profilaxia é a vacinação, antes da exposição, sendo indicado para todos que
trabalham em locais de risco.
 Existem no mundo milhões de portadores assintomáticos. Para profissionais da saúde o risco é 100
vezes maior devido ao contato direto, pois o vírus pode permanecer até uma semana na superfície da
pele.

Hepatite C:
 É uma inflamação do fígado causada pelo vírus da hepatite C (HCV).
 Diferente da hepatite A e B, na maioria dos casos, a do tipo C, não apresenta sintomas na fase aguda, ou
se ocorrem, são muito leves e semelhantes ao da gripe.
 Não há tratamento medicamentoso por ser ocasionada por um vírus, e não existe vacina.

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 Em caso de contato direto é recomendada a dosagem de transminase glutâmica pirúvica (TGP), de seis
em seis meses.
 A transmissão pode ocorrer via mucosas ou percutâneas envolvendo sangue ou outro material
biológico.

Contaminação cruzada:
 Ocorre quando há interposição nos ciclos de contaminação entre um ou mais pacientes. Quando
transfere‐se microorganismo de um local para outro através de materiais, equipamentos e mãos, haverá
contaminação cruzada.

Cuidados do profissional da saúde em biossegurança e prevenção de contaminação cruzada


 Lavar as mãos e antebraços com água e sabão antes e após cada atendimento;
 Substituir toda roupa de cama em cada atendimento;
 Caso haja uso de cobertores e edredons, este não devem tocar o corpo do paciente, devem colocar um
lençol antes;
 Quando utilizar acessórios, os mesmos devem ser limpos antes e após o atendimento;
 O creme utilizado deve ser colocado em recipiente, como cubeta, e jamais recolocado o restante no
pote;
 Cubeta e espátula utilizado com creme no paciente deve ser lavados com água corrente e sabão antes
de serem reutilizados;
 A cabine de atendimento deve ser constantemente higienizada, com água, sabão e desinfetantes;
 A maca deve ser limpa com água, sabão e um pano com álcool;
 O profissional da saúde deve fazer uso de luvas durante o atendimento de pacientes com fungos ou
alguma lesão de pele infecciosa;
 O uso de máscaras é necessário caso o profissional esteja com gripe ou resfriados;
 Caso o profissional necessite assuar o nariz durante a sessão, deve ser feito no lado de fora da sala, com
toalha de papel e em seguida as mãos devem ser lavadas antes de retomar o atendimento;
 Não tossir ou espirrar em cima do paciente;
 Caso o profissional tem cabelos compridos, os mesmos devem ser bem presos antes do atendimento;
 As unhas devem ser curtas e bem lixadas, com cantos arredondados;
 Usas vestimentas apropriadas (CUIDADO com decotes, saias curtas e justas), confortáveis e de
preferência de cor clara.
 Jaleco indispensável;
 Calçado deve ser confortável, de preferência fechado;
 É vetado o uso de relógios, pulseiras e anéis. Caso utilize demais adornos devem ser discretos;
 A sala de atendimento deve ser bem arejada e limpa, obedecendo as normas da Vigilância Sanitária;
 Para prevenir DORT realizar alongamento antes, entre e termino do atendimento e do dia de trabalho;
 O profissional deve sempre zelar pelo seu posicionamento ergonômico durante o atendimento.
ATENÇÃO CONSTANTE!.

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Citologia Básica

Introdução
Todos os seres vivos são formados por células. Eles podem ser unicelulares (formados por apenas uma
célula) ou pluricelulares (formados por várias células).
Dividida em – procariontes (bactérias) e eucariontes (todos os outros seres vivos).

É a menor unidade do ser vivo. No corpo humano há diferentes tipos de células, e cada tipo,
desempenha uma função específica visando a manutenção da vida no organismo.
Quase todas as células possuem características comuns em relação a sua forma, tais como: membrana
plasmática, citoplasma e núcleo. Vale lembrar que estas características estão presentes tanto na célula animal
quanto na vegetal.

A Membrana Plasmática é o envoltório da célula, é através dela que a célula ganha sua forma e seleciona as
substâncias que entrarão ou sairão de seu interior (tudo que entra ou saí da célula tem que atravessar esta
membrana).

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O Citoplasma é composto por uma parte fluida onde ocorrem muitas reações químicas necessárias à
vida da célula, ele engloba tudo o que há na célula desde a membrana plasmática até o núcleo, incluindo as
organelas (órgãos das células).

Organelas presente no citoplasma


• Lisossomos: atuam na digestão de substâncias orgânicas e renovação das organelas celulares.

• Retículo endoplasmático liso: tem as funções de fazer a síntese de lipídios, além de transportar e
armazenar substâncias.
• Retículo endoplasmático rugoso: faz a síntese de proteínas.

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• Centríolos: atuam no processo de divisão celular além de originar flagelos e cílios.

• Complexo de Golgi: executa a secreção celular, além de formar o acrossoma e o lisossomo.

• Ribossomos: fazem a síntese de proteínas;

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• Mitocôndrias: realizam a respiração celular.

• Peroxissomos: processam reações oxidativas, atuando no processo de desintoxicação celular;

• Núcleo – caracterizado pela presença de um envoltório nuclear que contêm material genético (DNA) em
forma de cromossomos.

Núcleo
• A grande maioria das células do corpo tem apenas um núcleo; contudo, há células que não o possuem
(este é caso dos glóbulos vermelhos) e há ainda aquelas que possuem vários (células
musculoesqueléticas).

Sistema locomotor

CLASSIFICAÇÕES:
1) SISTEMA MUSCULO ESQUELÉTICO: (Osteo‐Muscular)
a) Sistema Muscular
b) Sistema Esquelético
c) Sistema Articular
→ músculos, ossos, articulações, tendões, ligamentos, cartilagens etc.

CONJUNTO DE 650 MÚSCULOS E 206 OSSOS

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MOVIMENTO E POSTURA

OSSOS
São tecidos vivos e estão em constante processo de crescimento e substituição, com seu auge aos 30 anos de
idade.
• MINERAL (cálcio) ► RIGIDEZ: suportar o peso. A cartilagem absorve o cálcio para compor o esqueleto
(ossos).
• PROTEÍNA (colágeno) ► ELASTICIDADE: aguentar diferentes níveis de tensões e esforços, sem ocorrer
fraturas.

FRATURAS: impacto/trauma
• IMOBILIZAÇÃO (engessar)
• DAR TEMPO PARA CALCIFICAÇÃO
• ‐ reconstituir o osso de forma correta, sem desvios
• EVITAR AUMENTO DA LESÃO E DOR

OSSOS FRACOS:
• sedentarismo
(não praticar atividade física)
• tabagismo
(fumar tabaco)
• etilismo
(consumo de bebida alcoólica em excesso)

23
FUNÇÕES DO ESQUELETO
1) SUSTENATAÇÃO DO CORPO
2) LOCOMOÇÃO
3) PROTEÇÃO DOS ÓRGÃO VITAIS
4) PRODUÇÃO DE CÉLULAS SANGUÍNEAS
5) RESERVA DE CÁLCIO

ESQUELETO:
Suporte e Proteção de órgãos

DIVISÃO DO CORPO HUMANO


 1) ESQUELETO AXIAL: eixo do corpo constituído por Cabeça, Pescoço e Tronco
 2) ESQUELETO APENDICULAR: segmento preso (apenso) ao eixo do corpo, constituindo os Membros
(Superiores e Inferiores)

CINTURAS
 1) PÉLVICA: faz a união, conexão, ligação dos Membros Inferiores ao Esqueleto.
 2) ESCAPULAR: faz a união, conexão, ligação dos Membros Superiores ao Esqueleto.

ESQUELETO AXIAL

24
ESQUELETO APENDICULAR

OSSOS DO ESQUELETO AXIAL

1 – OSSOS DO CRÂNIO
1 – FRONTAL
2 ‐ ZIGOMÁTICO
3 – PARIETAL
4 ‐ TEMPORAL

1 ‐ OCCIPITAL
2 ‐ ESFENÓIDE
3 ‐ VÔMER

25
2 ‐ OSSOS DA FACE
1 – NASAIS
2 ‐ LACRIMAL
3 – MAXILAR
4‐ CONCHAS NASAIS INFERIORES
5 – MANDÍBULA
6 ‐ ETMÓIDE

26
3 ‐ OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL

27
4 ‐ OSSOS DO TÓRAX

OSSOS DO ESQUELETO APENDICULAR

1 ‐ OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR


- CINTURA ESCAPULAR: ESCÁPULA E CLAVÍCULA
- BRAÇO: ÚMERO
- ANTEBRAÇO: ULNA E RÁDIO

28
‐ OSSOS DO CARPO: ESCAFÓIDE, SEMILUNAR, PIRAMIDAL, PISIFORME, TRAPÉZIO, TRAPEZÓIDE,
CAPITATO E HAMATO.
- METACARPOS: I, II, III, IV, V
- DEDOS DA MÃO: FALANGE PROXIMAL, FALANGE MÉDIA E FALANGE DISTAL

2 ‐ OSSOS DO MEMBRO INFERIOR


‐ CINTURA PÉLVICA:
OSSOS DO QUADRIL (ÍLIO, ÍSQUIO E PÚBIS)
- COXA: FÊMUR E PATELA
‐ PERNA: TÍBIA E FÍBULA

29
 OSSOS DO TARSO: TÁLUS, CALCÂNEO, NAVICULAR, CUBÓIDE E CUNEIFORMES ‐ MÉDIO, INTERMÉDIO
E LATERAL.
 METATARSOS: I, II, III, IV, V
 DEDOS DO PÉ: FALANGE PROXIMAL, FALANGE MÉDIA E FALANGE DISTAL

30
TENDÕES: fitas de proteína colágeno que fixam os músculos aos ossos.

LIGAMENTOS: tiras de proteína colágeno que prendem os ossos.

ARTICULAÇÕES: conexões entre dois ou mais ossos (função de dobradiças).

31
CARTILAGEM: é um tecido flexível que evita o atrito entre os ossos.

FATOR HORMONAL
HORMÔNIOS: são substâncias sinalizadoras, que levam informações, um comando de um lugar do corpo para
outro: “cresça osso!”
- DO CRESCIMENTO
- DA TIREOIDE
- SEXUAIS:
(testosterona e estrógeno)

A COLUNA VERTEBRAL
É um conjunto de 33 vértebras (pilhas de ossos), perfuradas no seu interior, onde fica a medula espinhal –
estrutura em que saem feixes de nervos.
É um eixo (pilar, viga) de sustentação do corpo, com função de permitir movimentos e amortecer impactos.

32
AS VÉRTEBRAS

MÚSCULOS
AÇÕES OPOSTAS:
 Para se obter um melhor controle dos movimentos.
 Um músculo contrai, enquanto o outro permanece relaxado.

AÇÃO OPOSTA:
FLEXÃO X EXTENSÃO

TÔNUS MUSCULAR: é a manutenção dos músculos em constante e suave contração pelos nervos (é a firmeza
dos músculos)

33
ATROFIA:
é a perda de massa muscular que resulta em fraqueza.

3 TIPOS DE MÚSCULOS:
• ESTRIADOS: que tem estrias, listras, raias, ranhuras.
• LISOS: sem estrias, planos.
• CARDÍACO: estriado, mas involuntário

34
ESTRIADOS: são voluntários

35
LISOS: são involuntários

MIOCÁRDIO: involuntário

INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS FISIOLÓGICOS DO CORPO EM UMA CORRIDA: MUSCULOESQUELÉTICO,


CARDIOVASCULAR, RESPIRATÓRIO, ENDÓCRINO ETC.

36
Sistema nervoso

• É UM SISTEMA QUE CONTROLA E COORDENA AS FUNÇÕES DE TODOS OS OUTROS SISTEMAS DO


ORGANISMO, BEM COMO INTERPRETA E DESENCADEIA RESPOSTAS A ESTÍMULOS EXTERNOS (DO
AMBIENTE).

37
NEURÔNIO
(É A MENOR UNIDADE FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO)

CORPO CELULAR
DENDRITO
BAINHA DE MIELINA
AXÔNIO

O SISTEMA NERVOSO É DIVIDIDO EM:


• SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
• SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
• SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA)

38
DIVISÃO
1) SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC):
‐ ENCÉFALO E MEDULA ESPINAL
2) SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO:
‐ NERVOS
3) SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO:
‐ SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO

ENCÉFALO
(SISTEMA NERVOSO CENTRAL)
É uma massa esbranquiçada que fica dentro do crânio.
É dividido em três partes:
1) O Cérebro
2) O Cerebelo
3) O Tronco Encefálico

1) CÉREBRO
Constitui a maior parte do Encéfalo e é responsável pela nossa capacidade de agir, falar, de pensar etc.
É o principal responsável por percebermos e interferirmos no mundo ao nosso redor.

2) CEREBELO
Localiza‐se abaixo do Cérebro e na parte posterior do crânio.
É responsável pelo equilíbrio do corpo e pela coordenação dos movimentos.

3) TRONCO ENCEFÁLICO
a) Bulbo
Compreende os núcleos do centro respiratório e circulatório, coordena a circulação, reflexos para
proteção dos olhos, do trato respiratório superior e da ingestão de alimentos. Estrutura onde ocorre o controle
de algumas funções do corpo que não dependem da nossa vontade

b) Ponte
Possui uma grande quantidade de tratos nervosos ascendentes e descendentes, os quais se direcionam
para o cerebelo.
c) Mesencéfalo
São determinadas pelos centros de reflexo para audição e visão. Desempenha importante papel na
coordenação do funcionamento motor voluntário.

MEDULA ESPINAL
(SISTEMA NERVOSO CENTRAL)
• É um conjunto de nervos que formam uma espécie de cordão branco.
• É protegida pela coluna vertebral e sua função é comunicar o encéfalo com o resto do corpo.

39
MEDULA ESPINAL

NERVOS
(SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO)
LIGAM O ENCÉFALO E A MEDULA ESPINHAL AO CORPO E SE RAMIFICAM POR TODOS OS ÓRGÃOS. POR ELES
CIRCULAM TODAS AS INFORMAÇÕES SENSORIAIS E MOTORAS (“SÃO COMO CABOS”).

NERVOS
(MOTORES EFERENTES)

40
Levam impulsos elétricos (informações) do SNC para o corpo, com a função de estimular ou ativar a musculatura
(estriada, lisa ou cardíaca).

NERVOS
(SENSITIVOS AFERENTES)
Trazem impulsos elétricos (informações) do corpo para o SNC, com a função de informar o cérebro sobre as
diversas sensações: audição, visão, tato, paladar e olfato.

Nervos Espinhais – (dermátomos)

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO


TAMBÉM CONHECIDO COMO S.N. INVOLUNTÁRIO, VEGETATIVO OU VISCERAL.
- ESSENCIAL PARA MANUTENÇÃO DO FUNCIONAMENTO ORGÂNICO NORMAL (HOMEOSTASE).

- SE REFERE A INERVAÇÃO MOTORA DOS MÚSCULOS LISOS DOS ÓRGÃOS INTERNOS E DOS VASOS
SANGUÍNEOS; ALÉM DE CONTROLAR A ATIVIDADE DAS GLÂNDULAS.

1) SNA SIMPÁTICO
NORADRENALINA

Estimulação resulta em aumento geral das funções vitais do corpo:


‐ Pressão sanguínea
‐ Frequência cardíaca e respiratória

41
‐ transpiração, ereção dos pelos e dilata a
pupila
‐ vasoconstrição

2) SNA PARASSIMPÁTICO
ACETILCOLINA

Estimulação possui um efeito restaurador:


‐ Frequências cardíaca e respiratória
‐ Constrição dos brônquios
‐ Constrição da pupila
‐ Intensifica o metabolismo

MENINGES
O SISTEMA NERVOSO ESTÁ ENVOLVIDO POR MEMBRANAS DE TECIDO MOLE – MENINGES: DURA‐MATER,
ARACNOIDE E PIA‐MATER.

42
MENINGES

LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LÍQUOR)

43
DRENAGEM LINFÁTICA

Sistema Circulatório
 Os vasos sanguíneos consistem num sistema fechado de tubos que transportam o sangue do coração
para todos as partes do corpo e o trazem de volta ao coração.
Abrange o Sist. Vascular sanguíneo e o Sist. Vascular linfático.

 Sist. Vasc. Sanguíneo é composto pelas estruturas – coração, artérias, capilares e veias.

 Coração – é uma bomba muscular, que se contrai ritmicamente enquanto bombea.


 Sua função primária é impulsionar o sangue através dos vasos sanguíneos que são uma rede de tubos
endoteliais simples, onde ocorre as trocas gasosas.

O coração é revestido por um saco fibrosseroso chamado:


 Pericárdio com seu liquido lubrifica as superfícies móveis do coração, mantendo‐o em posição e
evitando sua dilatação, constituindo assim um importante sistema hidrostático.

44
 O coração é composto por 2 átrios (recebe o sangue) e 2 ventrículos (impulsionam o sangue para as
artérias).

 Endocárdio – conecta o miocárdio à camada subendotelial, existe uma camada de tecido conjuntivo.
 Miocárdio – é uma espessa das túnicas do coração e consiste em células musculares cardíacas.
Organizadas em camadas que envolvem as câmaras do coração.

45
 Circulação pulmonar –Ventrículo direito
Válvula pulmonar Artéria pulmonar direita e esquerda Pulmão D e E Veia pulmonar D e E Átrio esquerdo
Válvula mitral ou bicúspide .
 Circulação sistêmica –Ventrículo esquerdo Válvula aórtica Artéria aorta ‐ art. carótida, art.
subclávia, art. coronária “Art. Aorta Ascendente” irriga cabeça, MMSS e coração. “Art. Aorta
Descendente” irriga tronco e MMII Veia cava inf. Veia cava sup. Átrio D Válvula tricúspide.

 Tipos de vasos sanguíneos ‐


 Artérias – uma série de vasos eferentes que se tornam menores à medida que se ramificam, cuja a
função é levar sangue, com nutrientes e oxigênio para os tecidos. Caracterizam‐se pela pulsação,
quando cortada o sangue é esguichado (centrífugas).

 Arteríolas – são as menores divisões das artérias. São responsáveis pela máxima resistência ao fluxo
sanguíneo e sua constrição serve para reduzir a pressão do sangue antes que este penetre nos capilares.
Suas paredes consistem predominantemente em musculatura lisa.
 Capilares – formam uma rede anastomotica na qual as arteríolas se esvaziam. Suas paredes atuam
como membranas semipermeáveis, permitindo a passagem de água, cristaloides e algumas proteínas
plasmáticas.
 Vênulas – recolhem o sangue dos plexos capilares e juntam‐se a vasos semelhantes para formar as
veias.
 Veias – carregam o sangue de volta ao coração. Normalmente não pulsam, e por isso a hemorragia não
ocorre em esguicho. Paredes mais finas e seu diâmetro é, em geral, maior que o das artérias
correspondentes (centrípidas).
 Válvulas – estão presentes em muitas veias. Quando fechadas, impedem o refluxo de sangue. Em geral
possuem de uma a 3 cúspides.

46
47
Anatomia e Fisiologia do Sistema Linfático

Sistema que transporta a linfa da periferia ao centro em sentido único.

Veia jugular e Subclávia


O líquido trazido pelas
artérias ao nosso corpo,
depois de cumprir o papel
de nutrir a célula, retorna
ao meio intersticial, onde é
removido através dos
capilares venosos ou
linfáticos.

48
CIRCULAÇÃO LINFÁTICA E O TRANSPORTE

SISTEMA CIRCULATÓRIO ‐ circulação fechada


SISTEMA LINFÁTICO ‐ circulação aberta

ESTRUTURA DO SISTEMA LINFÁTICO


• Capilares linfáticos ou linfáticos iniciais
• Pré‐coletores
• Vasos Coletores
• Troncos linfáticos:
– Ducto torácico
– Ducto linfático direito
• Linfonodos

49
LINFA
• Semelhante ao plasma sanguíneo, consiste
principalmente de:
– água, eletrólitos e quantidades variáveis de
proteínas plasmáticas que escapam do sangue
através dos capilares sanguíneos.
• A linfa difere do sangue principalmente pela
ausência de células sanguíneas.
Incolor e viscosa

Fluxo linfático total estimado:


120ml/h entre 2 a 3 litros/dia

CAPILARES LINFÁTICOS
• Tem formato de dedos de luva
• Não possuem capacidade contrátil
• Função – absorção das macromoléculas
Abrem‐se ou fecham‐se,
permitindo a entrada do
fluido intersticial em seu
interior

FILAMENTOS DE ANCORAGEM

50
Os capilares linfáticos desembocam nos pré‐coletores
• Os pré‐coletores tem um diâmetro maior que os capilares linfáticos.

Os pré‐coletores desembocam nos Vasos coletores

51
VASO COLETOR

DUCTOS LINFÁTICOS
• Vasos da porção final da drenagem linfática;
• Desembocam no sistema venoso;
• Recebem as denominações de:
– Ducto Linfático direito
– Ducto torácico

52
TRONCOS LINFÁTICOS

Toda a linfa do
organismo acaba
retornando ao
sistema vascular
sanguíneo através
destes dois grandes
troncos.

LINFONODOS

Filtrar as impurezas da
linfa e eliminar corpos
estranhos que ela possa
conter, como vírus e
bactérias.
atuam na defesa do
organismo

• O ser humano possui 500 a 600 linfonodos em todo o corpo


• Capacidade de regeneração
• Aumento do volume e da sensibilidade dos nodos linfáticos = íngua

53
Existem linfonodos distribuídos pelo organismo inteiro.
= Os 3 grupos linfonoidais mais importantes e concentrados são:

 Cervicais
 Axilares
 Inguinais

RESUMINDO
• Linfa absorvida na pele pelos capilares
linfáticos;
• Transportada para os vasos pré‐coletores e
depois para os coletores;
• Passa por vários linfonodos para ser filtrada.
• Chega até os vasos sanguíneos

54
FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO
• Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos
corporais ‐ (drenagem linfática);
• Produção de células imunes (como linfócitos,
monócitos, e células produtoras de anticorpos
conhecidas como plasmócitos ‐ (Imunidade);
• Absorção dos ácidos graxos e transporte
subsequente da gordura para o sistema
circulatório.

EDEMA
• Desequilíbrio/desarmonia de fluidos = edema
• Ocorre quando há desigualdade entre o volume de líquido filtrado do sangue e o volume do líquido
absorvido pelos
capilares linfáticos.

Anormalidade estrutural ou funcional nos vasos linfáticos

55
MASSOTERAPIA
Definição
É um grupo de técnicas e procedimentos terapêuticos naturais, não invasivos, e contemporâneos, como
objetivo tradicionais manter a saúde e prevenir desequilíbrios, contribuir na promoção do bem estar e da
melhor qualidade de vida, assim como, em ação conjunta e complementar com as técnicas terapêuticas da
medicina oficial, propiciar uma prática de cooperação em níveis e estágios diferenciados, visando maior eficácia
nos tratamentos de saúde.

Objetivo
- Prevenir doenças e promover a saúde;
- Maximizar a circulação da energia vital pelo corpo;
- Estimular a circulação de uma forma geral;
- Contribuir para a organização do tônus muscular e para a normalização das funções fisiológicas;
- Auxiliando no combate de dores, tensões, desequilíbrios e disfunções em geral e estresse.

Indicação da massagem
 Manter e promover a saúde;
 Prevenir desequilíbrios;
 Contribuir na promoção do bem estar e da melhor qualidade de vida;
 Recuperar ou aliviar determinado músculo, ou todo corpo;

56
Contra‐Indicação
É importante que o profissional tenha suficiente conhecimento sobre anatomia e patologia, a fim de tomar
decisões lúcidas sobre a adequação do tratamento de massagem. Nem em todos os casos ela pode ser aplicada.
Daí haver a necessidade de se fazer uma anamnese do paciente ou, às vezes, ter uma aprovação médica.

 Febres infecciosas;
 Hemorragias;
 Descalcificações graves (osteoporose severa);
 Flebite;
 Trombose;
 Fraturas (antes de solidificadas);
 Câncer;
 Feridas abertas;
Queimaduras recentes;

Massoterapeuta
 O profissional da área de Saúde com competência e habilidade para utilizar e indicar o uso da
Massoterapia na prevenção, tratamento e manutenção integrada da Saúde.
 Espera‐se que os terapeutas de massagem saibam quando e como se devem consultar com médicos e
outros profissionais da saúde.

Ética Profissional
 Conhecer o uso das técnicas;
 Qualidade na realização das técnicas;
 Facilidade de relacionamento com o cliente;
 Facilidade de relacionamento com a equipe;
 Educação: pedir licença, dizer obrigada;
 EVITAR COMENTÁRIOS SOBRE SITUAÇÕES PARTICULARES.

Princípios Básicos
 OBEDECER OS HORÁRIOS RIGOROSAMENTE;
 Cumprimentar com sorriso natural, recepção com cortesia e acomodação do cliente;
 Saber ouvir o cliente;
 Saber como oferecer uma sugestão;
 Ser sincero, franco e humilde;
 Falar olhando para o cliente;
 Usar de cortesia e respeito em relação a chefia e equipe;
 Evitar alterar tom de voz;
 Marketing e propaganda são importantes;
 Organização e limpeza do ambiente de trabalho;
 Organização e limpeza dos materiais e utensílios.

Preço depende de:


 Conhecimento das técnicas;
 Qualidade do serviço;
 Qualidade dos produtos;
 Experiência profissional;
 Ambiente e imagem do local de trabalho;
 Aperfeiçoamento da profissão.

57
Excelência na Profissão
 Ter total domínio dos produtos comercializados e dos serviços prestados;
 Entender e identificar as necessidades e desejos de seus clientes;
 Saber o funcionamento e a estrutura do local;
 Possuir confiança e determinação,
 Trabalhar com soluções para seus clientes;
 Manter‐se atualizado;
 Saber lidar com mudanças;
 Manter a palavra;
 Entender que a sorte é uma questão de trabalho;
 Assumir as responsabilidades.

Massoterapia aplicada a estética


Massagem é a forma mais antiga de terapia.
É o impulso instintivo de esfregar ou tocar a parte do corpo que exista dor.

Efeitos da massagem:
 Dor;
 Circulação sanguínea;
 Circulação linfática;
 Tecido muscular;
 Pele;

Requisitos da massagem
 Manter o mesmo ritmo;
 Frequência de movimentos harmônicos;
 Boa postura do terapeuta em relação ao paciente;
 Saber qual o tipo de pressão que deve ser aplicada em cada tecido

Local e Material:
 Sala arejada e limpa;
 Divã firme com segurança e boa altura;
 Lençol;
 Travesseiros;
 Rolo de massagem;
 Cremes específicos;
 Aparelho de som;
 Óleos essenciais;
 Escada para divã
 toalhas

58
Contra indicação
 Doenças da pele;
 Infecções superficiais supurativas;
 Presença de tumores malignos;
 Cicatrizes recentes, não curadas ou abertas;
 Fraturas recentes ou com fragmentos;
 Condições q favorecem hemorragia;
 outros

Componentes da massagem
 Direção
 Pressão
 Velocidade
 Duração
 Frequência
 Posição do paciente e do terapeuta

Cremes:
 Cremes de vitamina;
 Cremes evanescentes ( rápida absorção )

Tipos de massagem:
 Alisamento
 Effleurage ( deslizamento)
 Petrissage (amanssamento)
 Petrissage ( beliscamento )
 Petrissage ( torcedura )
 Petrissage (rolamento )
 Tapotament ( percussões )
 Cutiladas
 Socamento
 Vibração

Alisamento
 Toda superfície palmar
 Classifica‐se em superficial e profunda
 Velocidade: rápida: estimula ou lenta: relaxa
 Pressão: suave e profunda

Effleurage ( deslizamento)
 Mobiliza líquidos das veias e vasos
 Áreas grandes‐ 1 ou 2 mãos
 Áreas pequenas‐ dedos ou polegar
 Ritmo constante e com pausa no final da manobra
 Pressão suave no início e aumenta gradualmente

59
Petrissage (amanssamento)
 Movimentos que mobilizam tecido, músculo e pele
 Mãos se movimentam simultaneamente
 Utiliza palma das mãos e pontas dos dedos
 Ritmo uniforme
 Direção circular

Petrissage ( beliscamento )
 Um ou mais músculos são pinçados, erguidos, comprimidos e soltos
 Direção das fibras musculares
 Velocidade lenta
 Ritmo constante

Petrissage ( torcedura )

Os tecidos são levantados com as duas mãos e comprimidos alternadamente entre os dedos e pol
egares
das mãos em oposição
 Pressão profunda
 Ritmo constante

Petrissage (rolamento )
 A pele e o tecido subcutâneos são rolados sobre as estruturas mais profundas
 Velocidade lenta
 Ritmo constante
 Pressão suficiente p levantar a pele e tecido subjacente

Tapotament ( percussões )
 Mãos em conchas
 1 ou 2 mão
 Velocidade rápida
 Pressão suave
 Ritmo constante

Cutiladas
 1 ou 2 mão
 Bordas laterais dos dedos
 Estimular a pele, tecido e músculo
 Antebraço do terapeuta na horizontal a superfície cutânea do paciente
 Velocidade rápida/ movimentos alternados
 Pressão média

Socamento
 Similar as cutiladas, porém efetuadas com as bordas ulnares e punhos cerrados

Vibração

60
 1 ou 2 mãos
 Liberação de secreção pulmonar
 Direção sobre o segmento da secreção
 Aplicação durante a fase expiratória
 Velocidade rápida
 Pressão leve
 Ritmo constante

MASSAGEM AYURVÉDICA

Introdução
• A ciência da Ayurveda começou na Índia. AYUR significa vida e VEDA significa conhecimento ou
ciência, sendo assim Ayurveda pode ser traduzido como a ciência ou conhecimento da vida.
• A massagem ayurvédica é uma vigorosa massagem que estimula os músculos e a circulação, liberando
as toxinas presas aos músculos e tecidos. Através de toques profundos com as mãos, cotovelos e pés, a
massagem Ayurvédica propicia um realinhamento postural, alívio de tensões corporal, fortalece o sistema
imunológico, e tem efeitos anti‐stress e antidepressivos.
• Contando com alguns alongamentos, proporciona uma maior flexibilidade do corpo e mobilidade nas
articulações, possibilitando o circuito livre da energia vital. Tem efeito terapêutico também a nível dos corpos
emocional, mental e espiritual.
• É um poderoso sistema de tratamento para harmonização, balanceamento e vitalização do ser, além de
ter uma atuação específica em problemas crônicos e agudos localizados em diversas áreas do corpo, sempre de
uma forma natural e consciente.

O despertar pelo toque e os óleos


• Para administrar á tensão do dia a dia, o Ayurveda propõe técnicas que trabalham em todos os
níveis‐mental, espiritual e físico. Ajudando reduzir a ansiedade, melhoram as relações e o entusiasmo pelo
trabalho e pela vida. Como ferramentas terapêuticas, liberam as energias bloqueadas e aumentam a
vitalidade.

• Feita com óleos vegetais e essenciais puros. O óleo ao penetrar a pele nutre os tecidos e as toxinas
são liberadas.
• A quantidade e tipo de óleo empregado estão relacionados com a modalidade de massagem
aconselhada. Também pode‐se ou não acrescentar ervas ao óleo escolhido.


Esta técnica alcança efeitos curativos profundos, harmonizando naturalmente Corpo ‐ Mente & Esp
írito.
• Esta massagem é executada pelo massoterapeuta durante uma hora á uma hora e meia.

Benefícios principais
• Aumenta a força dos tecidos
• Melhora à circulação de sangue
• Rejuvenesce o corpo inteiro
• Diminui a celulite
• Embeleza a pele
• Retarda o envelhecimento
• Induz o sono restaurador

61
• Promove a vitalidade
• Reduz a tensão
• Remove as toxinas do organismo

BENEFÍCIOS
• A massagem ayurvédica deve ser uma prática regular e preventiva e seus efeitos benéficos são
excelentes em casos de dor de cabeça, ansiedade, irritabilidade, fraqueza, agitação, insônia, dores
musculares ou insônia.

TÉCNICA DA MASSAGEM AYURVÉDICA


É um deslizamento superficial e profundo das palmas das mãos e dos polegares, seguindo a direção da e
nergia e
com uma seqüência fixa. Estimulações de pontos específicos e alongamentos, também fazem parte da
massagem.

• A técnica começa a ser realizada pela coluna do paciente, que é a base de sustentação do corpo.
Depois disso, os movimentos são estendidos ao pescoço, ombros, pernas, barriga, braço e rosto.

OBJETIVO DA MASSAGEM
• Desbloquear e estimular as energias ou restaurar e manter o equilíbrio na circulação das mesmas.

PRINCIPAIS EFEITOS DA MASSAGEM


• Modela o corpo
• Corrige a postura corporal
• Aumenta a capacidade respiratória
• Auxilia nos processos de desintoxicação
• Estimula o desejo do auto‐conhecimento
• Drena o excesso de líquido corporal
• Auxilia nos processos de emagrecimentos
• Favorece a concentração e o rendimento no trabalho
• Melhora a circulação sanguínea, principalmente a venosa
• Desbloqueia as tensões musculares, diminuindo sensivelmente as dores.

62
INDICAÇÃO
• Prevenção dos desequilíbrios da circulação de energia
• Recupera o equilíbrio energético nas situações de desgaste psicofísico

Pode ser, um coadjuvante muito eficaz das terapias tradicionais, sendo indicada também para ame
nizar
problemas tais como asma, bronquite, desvios da coluna, artrites, hérnias, etc.

CONTRA‐INDICAÇÃO
• Câncer
• Infecção
• TVP (trombose venosa profunda)
• Doenças de pele
• Diabetes
• Hipertensão desconpensada, etc

SHIATSU

 Shiatsu é uma palavra de origem japonesa,


composta de dois caracteres:

Shi = dedo
Atsu = pressão

Objetivos
 Revisar os conceitos, a história, os benefícios, as indicações e as contra‐indicações do shiatsu.
 Revisar os conceitos de Yin e Yang, Cinco Elementos e Canais de Energias (Meridianos) da medicina
Tradicional Chinesa.
 Aprender e praticar uma seqüência básica de
massagem Shiatsu.
 A base do Shiatsu consiste em pressionar com os dedos os pontos específicos.
 Podem ser utilizados as palmas das mãos,
cotovelos, joelhos ou pés.
 A técnica é também composta por manobras de alongamento e manipulação corporal

História do Shiatsu
 Tokujiro Namikoshi :criador do Shiatsu
 1925: Shiatsu Institute Therapy em Hokkaido.
 1940: Japan Shiatsu Institute em Tóquio.
 1957: Japan Shiatsu School, a técnica foi

oficialmente pelo Ministério da Saúde e Previdência Social.

Tipos de pressão
 Sedação: movimentos harmônicos e lentos
(sustenta a pressão por pelo menos 5”).
 Tonificação: movimentos harmônicos e rápidos.

63
Pressão com as mãos

Pressão com o polegar

Pressão com o cotovelo

64
Região das costas
Região do pescoço
Região dos ombros
Região da escápula
Região lombar
Região do glúteo
Região lateral da perna
Região posterior da perna
Mobilização e alongamento das pernas

Benefícios do Shiatsu
 Melhora a circulação sanguínea
 Relaxa o sistema muscular
 Facilita as funções do sistema digestivo
 Melhora o controle do sistema endócrino
 Regula as funções do sistema nervoso

Indicações do Shiatsu
 Bom auxiliar no tratamento de problemas
respiratórios, digestivos, circulatórios,
musculares, cardíacos, neurológicos, renais,
distúrbios menstruais, dores de cabeça,
lombalgia, cervicalgia, nervo ciático, entre
outras.
 Pode ser auto‐ aplicado, produzindo
relaxamento até mesmo em ambiente de
trabalho.
 Auxilia na manutenção da saúde e na
prevenção de doenças.

Cuidados Especiais
 Em grávidas.
 Em caso de osteoporose, outras doenças
degenerativas musculares.
 Em caso de câncer e de doenças contagiosas,
avaliar muito bem antes para não promover a
disseminação da doença para outras áreas do
Corpo.

Contraindicações
 Sobre edema e varizes
 Debilidade física extrema
 Febre alta
 Imediatamente após cirurgia

Intensidade de pressão e Tempo da terapia


 Deve‐se realizar uma pressão que seja suportável ao cliente/paciente.
 O cliente/paciente não deve sentir dor durante e nem após a terapia.
 Uma sessão = 60 a 90 minutos

65
Região anterior do braço
Região da mão
Região posterior do braço
Mobilização do braço
Região anterior da perna
Região do dorso do pé
Mobilização da perna

Quick Massagem

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Massagem Modeladora

A palavra massagem tem origem grega e significa “amassar”, mas na prática da massagem é tão antiga
quanto o homem, que já na pré‐história apliacava a fricção como forma e proteção contra lesões, infecções
ou simplesmente o bem‐estar.

 O que é massagem modeladora?


 É um conjunto de manobras manuais, realizados de forma precisa, tendo o objetivo de prevenção,
tratamento e conservação da beleza da pele.
 Atua principalmente sobre a gordura localizada, celulite, flacidez, sistema circulatório de todo o
organismo, é uma maneira de eliminar gordura localizada e reduzir medidas, sem provocar dores.
 Nesta técnica não são utilizados aparelhos, mas apenas o trabalho manual e creme com propriedad
es ativas. A massagem auxilia a penetração do produto na pele, aumentando a capacidade de absorção
eatuação.

 Indicações:
 Gordura localizada;
 Celulite grau 1;
 Modelagem corporal;
 Retenção hídrica.

 Contra‐indicações:
 Flebite aguda;
 Cardiopatas descompensados;
 Tumores malignos;
 Dermatites;
 Após refeições pesadas;

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 Processos inflamatórios;
 gestantes;.

 Frequência e tempo de duração das sessões:


 Duração média de 45 minutos à 1 hora;
 Frequência de 1 a 3 vezes por semana.

 Efeitos terapêuticos da massagem modeladora:


 São 3 tipos básicos de efeitos sobre o tecido mole
 Mecânico;
 Fisiológico;
 Psicológico.

 Efeitos mecânicos:
 O efeito principal da massagem consiste em produzir estimulação mecânica dos tecidos por meio d
euma pressão e estiramento ritmicamente aplicados.
 O estiramento comprime os tecidos moles e distorce as redes de receptores nas terminações nervo
sas
 Ocorre aumento dos lumens dos vasos sanguíneos e espaços dos vasos linfáticos, afetando a circula
çãovenosa, arterial e linfática.

 Efeitos fisiológicos:
 Ocorre um considerável aumento no fluxo sanguíneo e linfático no tecido tratado;
 Mobilização do tecido gorduroso;
 Promove nutrição dos tecidos;
 Eliminação de resíduos;
 Promove o relaxamento muscular.

 Relaxamento físico:
 O conceito de relaxamento não é principalmente físico e sim tanto psicológico como físico.
 Para obter relaxamento muscular há a necessidade de conscientemente o paciente soltar.
 A aplicação da massagem corretamente com algumas sessões pode promover este relaxamento.

 Alguns benefícios secundários da massagem:


 Alívio da ansiedade e tensão;
 Estimulação da atividade física;
 Alívio da dor;
 Sensação geral de bem‐estar;
 Estímulo sexual.

 Movimentos básicos da massagem modeladora:


 Deslizamento superficial
 Deslizamento profundo;
 Amassamento;
 Fricção;
 Rolamento;
 Contorno;
 Drenagem;
 Trituramento.

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REFLEXOLOGIA
1. ELEMENTOS HIS TÓRICOS

A reflexologia foi redescoberta pelo Dr. William Fitzgerald, nascido em


Middlentown – EUA, em 1872. Médico graduado pela Universidade de Vermont,
especializou-se em otorrinolaringologia. Faleceu em Stanford – EUA, em 1942.

No início do século, ele começou a considerar a possibilidade de tratar o corpo por


meio de pontos de pressão identificados nos pés que poderia aliviar dores no corpo.
Em seu livro sobre terapia zonal ele afirma:
“ A Índia, a China e tribos indígenas conheciam, há cinco mil anos, uma forma de
tratamento por meio de pontos de pressão. Esse conhecimento, no entanto, parece
ter sido esquecido. Talvez ele tenha sido deixado de lado em favor da acupuntura,
que surgiu como o ramo mais forte da mesma raiz”.

Fazendo um retrospecto histórico, podemos encontrar provas do uso dessa técnica.


Afirma-se que Cellini (1500–1571), o grande escultor florentino, usou uma forte
pressão nos dedos dos pés e das mãos a fim de aliviar dores corporais com grande
sucesso. Do mesmo modo, W. Garfield(1831–1881), um dos presidentes americanos,
teria aliviado a dor decorrente de uma tentativa de assassinato aplicando pressão
em vários pontos dos pés. Ao que parece, todas as outras medicações prescritas
tinham fracassado.

As tribos de americanos nativos conheciam o relacionamento entre os pontos de


reflexo e os órgãos interiores do corpo, tendo empregado esse saber no
tratamento de enfermidades. Elas ainda o fazem nas reservas indígenas.

Em 1916, o Dr. Edwin Bowers descreveu publicamente o tratamento proposto pelo


Dr. Fitzgerald, dando-lhe o nome de “Terapia Zonal “.

No ano seguinte, o trabalho dos dois foi publicado no livro Zone Therapy. A obra
continha propostas e recomendações terapêuticas para clínicos, dentistas,
ginecologistas, otorrinolaringologistas e quiropráticos. Na primeira edição do livro
havia diagramas dos reflexos dos pés e a correspondente divisão das dez zonas do
corpo, e o Dr. Fitzgerald começou a ensinar esse método de tratamento a
praticantes dando-lhes cursos de instrução.

Uma massagista americana, Eunice Ingham, interessou-se pelo método e começou a


aprender mais sobre ele. Ela passou muitos anos fazendo experiências sobre o seu
modo de funcionamento e desenvolveu um método de massagem sutil especial
chamado Método Ingham de Massagem de Compressão. Ela o descreveu no livro
Histórias que os pés contam.

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Acredita-se que a reflexologia tenha sido levada para a Inglaterra por Doreen
Bayley, que fora discípula de Eunice Ingham e autora do livro Reflexology today.

Hanne Marquardt, da Alemanha, que começou a trabalhar com Eunice Ingham em


1967, também fez vários trabalhos importantes. Seu livro Foot zone massage as
Therapy (Massagem zonal dos pés como terapia ) e seus cursos contribuíram muito
para o reconhecimento internacional dessa forma especializada de medicina
alternativa.

Ele descobriu as dez zonas do corpo e a localização de cada órgão em cada uma
delas.

Na América Latina a Zonoterapia e a Reflexologia foram trazidas pela missionária


Margarida Gootath ao Paraguai. Esta teve a oportunidade de tratar o então
presidente Stroisner e em seguida foi convidada a ensinar no Instituto Conara,
dirigido pela esposa do presidente.

A teoria da Zonoterapia redescoberta dos chineses pelo Dr. Fitzgerald, indicava o


fato de que a massagem e a pressão realizada em certas zonas dos pés, tinham um
efeito definido em, proporcionar um funcionamento fisiológico normal em todas as
partes da zona tratada, não importando o quanto a área pressionada possa estar
distante da área submetida ao tratamento.

2. RELAÇÃ O CORPO – PÉS - MÃOS

A relação do corpo com os pés e as mãos é muito especial. Sendo estes órgãos
sensitivos, eles tocam e percorrem o mundo que nos rodeia, percebendo-o e
manipulando-o.
Após o nascimento, uma das grandes tarefas do ser humano é ficar ereto sobre
duas pernas e se movimentar sobre elas ( andar ).

Para o desenvolvimento dessa atividade é necessário o envolvimento e a combinação


de estiramentos musculares, angularidade de Juntas, comunicações nervosas e uma
forte pressão sobre os pés.

Pés e mãos desenvolvem os movimentos necessários para a manifestação no meio


externo e os órgãos internos fornecem o combustível. Cada movimento requer um
gasto energético.
Durante todo o dia ocorre um diálogo silencioso entre os órgãos internos e o de
locomoção. Cada movimento ou manifestação exige informações atualizadas e
ininterruptas.

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Caso ocorra uma interrupção dos sistemas energético ou sensório (de comunicação),
pode ocorrer um “tilt”, como uma queda por exemplo.

Os sinais sensoriais exercem impacto primordial sobre esses sistemas, bem como o
nível de tensão geral do corpo.

A tensão caracteriza-se como um estado de prontidão que envolve todo o


organismo.
M;aos e pés, por serem órgão sensitivos de locomoção, mantêm uma relação especial
com o corpo. Devido a essa relação, servem como meios de interação com o estado
de tensão e o consumo de energia de todo o corpo.

3. RELAÇÕES CORPORAIS

3.1 ZO N A I S

Guias que relacionam uma parte do corpo à outra. A relação zonal denota dez
zonas longitudinais, que se estendem ao longo do corpo, seguindo os dez
dedos das mãos e dos pés.

A premissa básica é a que qualquer porção de segmento afeta o todo,


portanto um estímulo aplicado a qualquer fração de uma zona, influi nela toda.

3.2 REITERATIVAS

Constitui uma relação em que o corpo todo se reflete numa parte dele, no
nosso caso, os pés e as mãos.

3.3 REFERENCIAIS

Oferecem uma forma adicional de associar as partes do corpo, em especial,


os membros ou seJa, um segmento da zona “ um “ do braço, relaciona-se com o
da mesma zona da perna.

4. A REFLEXOTERAPIA

A Reflexoterapia Já é usada e conhecida há séculos antes da civilização ocidental,


mas isso não significa que a ciência moderna possa encontrar uma teoria adequada
para explicar seu efeito.

Existe um duelo, na ciência ocidental, entre duas idéias; uma de que a realidade
está acima e além do ambiente material percebido por nossos sentidos e outra

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baseada em um sistema de lógica que pode ser determinado pela experiência
sensorial.

Apesar de todo o desenvolvimento da ciência médica ocidental, inúmeras vezes a


onipotência do pensamento racional esbarra contra um muro de novos fenômenos
que não podem ser explicados simplesmente pela lógica.

Para muitas pessoas, ainda nos dias atuais, algo que não pode ser provado não é
verdadeiro. Em reflexoterapia, entretanto, tudo o que temos como prova, apesar de
muitas teorias estarem sendo estudadas é a experiência baseada em resultados.

Todas as células do nosso corpo, assim como tudo o que nos rodeia, possui carga
elétrica. Essa carga elétrica é uma forma de energia e é influenciada pelo nosso
modo de vida.

Quando o nível de energia é baixo, nosso sistema motor trabalha lentamente. Ao


tratarmos as diversas partes do corpo, é possível influenciar essas formas de
energia.

O aspecto especial dos nossos pés, é que eles são aterrados o que aJuda a reduzir a
“interferência “ em nosso organismo.

Nossos pés fazem parte de um vocabulário especial, dentro do universo da


linguagem corporal, refletindo claramente o que o corpo tem a nos dizer.

A reflexologia é uma forma de terapia absolutamente segura. Ela tem como


obJetivos, normalizar as funções do corpo, diminuir a tensão, aliviar o estresse,
melhorar o funcionamento dos nervos e o fluxo sanguíneo por todo o corpo.

A reflexologia visa ainda corrigir os 3 fatores negativos presentes no processo da


doença:

1- Congestão - responsável pelo aparecimento de tumores e abscessos.


2- Inflamação - apresenta-se como colite, bronquite, sinusite entre outras
inflamações.
3- Tensão - responsável pela diminuição da eficiência do sistema imunológico.

O REFLEXO

Contração muscular involuntária decorrente de um estímulo externo e


produzida por um órgão central como a medula espinhal.

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O REFLEXOTERA PIA

Reflexão de todo o organismo, cabeça, pescoço e tronco, numa pequena tela


nos pés e nas mãos.

Sabemos que uma energia vital circula de maneira rítmica e equilibrada entre todos
os órgãos do corpo. Ela também permeia toda célula e tecidos vivos. Se essa energia
for bloqueada, o órgão relacionado ao bloqueio passará a sofrer algum mal estar
podendo ou não manifesta-lo claramente.

Do mesmo modo as doenças vinculadas com as bactérias e vírus podem perturbar o


equilíbrio energético do corpo de forma mais intensa Já que para ter ocorrido
qualquer acometimento por essa via, significa que o equilíbrio energético Já foi
anteriormente comprometido.

5. PRINCÍPIO DA ZONOTERA PIA

O sistema humano, que funciona de acordo com a lei da polaridade, tem dois pontos
principais. Um deles se situa no topo da cabeça e o outro, nos pés. Entre esses dois
pólos circulam dez correntes energéticas distintas, cinco em cada metade do corpo,
entre a cabeça e os dedos dos pés e das mãos. Essas correntes fluem em linhas
perpendiculares denominadas zonas, no interior das quais estão todos os órgãos e
músculos do corpo.

Se houver um bloqueio de energia em alguma zona, o paciente terá dor quando essa
área particular estiver sendo tratada nos pés.

Os bloqueios de energia nas zonas podem decorrer de muitas causas. Tensão, dieta
desequilibrada, um estilo de vida incorreto, pendências emocionais entre outras.

O mais importante em qualquer processo terapêutico, é identificarmos a causa que


pode estar guardada no fundo do subconsciente por ser demasiado doloroso ter que
encará-la.

Outras vezes se conhece a causa mas não se quer discutir sobre ela, por não
estarmos prontos para resolvê-la.

Mudar o padrão mental ou permanecer como se está é opção pessoal. Todos temos o
direito de escolher.

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Quando não se encontra a causa, o paciente voltará a bloquear a energia que foi
desbloqueada.

“Ao contrário da medicina convencional, onde é dada uma prescrição e


esta passa a ter a responsabilidade do bom êxito do tratamento, na
medicina alternativa espera-se que o paciente assuma esta
responsabilidade e trabalhe com o terapeuta no sentido de
encontrarem o caminho para a cura.”

Ao observarmos as ilustrações podemos perceber como são revelados os lados


direito e esquerdo do corpo em sincronismo com as dez zonas.

Temos ainda 3 linhas imaginárias dividindo os pés em quatro quadrantes


correspondendo a cabeça e pescoço; peito e abdômen; estomago e pélvis; membros
inferiores, mãos.

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6. MECA NIS MO DE A ÇÃO

Segundo Eunice Ingham, quando encontramos uma área no pé, cuJos terminais
nervosos mostram-se muito sensíveis, é porque existe uma formação parecida com a
de cristais, que interfere na circulação sanguínea do órgão correspondente aquela
área reflexa, impedindo-o de funcionar normalmente.

Com o estímulo dessa área, criamos a possibilidade do refugo ser levado embora e
da circulação ser restaurada e normalizada na parte ou partes afetadas.

É importante a manutenção do equilíbrio químico normal de nossa corrente


sanguínea a fim de livrarmos os delicados terminais nervosos dos depósitos
cristalinos.

7. REVELAÇÃ O PODA L

Quando tratamos os pés, alguns fatores merecem atenção especial antes de


iniciarmos o tratamento.

7.1 INSPEÇÃO
O que os pés mostram?

Pessoas com o arco dos pés altos, podem sofrer de lordose.


Pele dura, calosidades ou pele mais grossa que o normal, indicam uma
situação de desequilíbrio. Impedem o fluxo circulatório exercendo uma
pressão sobre um terminal nervoso, podendo resultar em preJuízo para
o órgão que depende desta fonte circulatória ( sanguínea ) para sua
energia nervosa.

7.1.1 Coloração:
o muito vermelha >> muita circulação
o branco >> pouca circulação
o púrpura >> congestão
o flocos secos >> falta ou interrupção no fluxo energético
o manchas ou pigmentações >> mesmo sendo de nascimento
indicam que o ponto reflexo correspondente constitui-se num
ponto fraco da sua constituição.
o Edemas nos tornozelos, próximos ao tendão calcâneo ou no
dorso do pé > sobrecarga cardíaca com envolvimento dos rins,
glândulas de secreção interna e linfáticos.

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7.2 PALPAÇÃO

A temperatura dos pés deve ser observada sempre.

o Pé muito quente - pode indicar condição febril.


o Pé pegaJoso por transpiração, frio e úmido, retendo matéria
residual -necessidade de uma desintoxicação geral(faxina corpórea)
o Pés muito tensos - observar a área em questão e investigar Junto ao
paciente, possíveis dados que mostrem a desarmonia.

7. 3 OLFA ÇÃO

O cheiro dos pés, embora cause sempre desagrado, também nos revela
as condições internas.

o Pés com cheiro de queiJo - grande quantidade de toxinas(matéria


residual )
o Pés com cheiro de acetona - desarmonia com envolvimento do
sistema urinário.

7. 4 DOR

A intensidade da dor é diretamente proporcional à quantidade e ao tamanho


dos cristais acumulados e ao tempo que levaram para se acumular.

Com a pressão exercida nas áreas, pressionamos os cristais contra o tecido


conJuntivo e muscular. A irritação ocorrida desse processo pode provocar
reações perceptíveis ou não, variando de pessoa para pessoa, com os mesmos
sintomas principais.

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8. TRATA MENTO

É possível um tratamento puramente sintomático?

Sim, é possível, embora os resultados não seJam tão satisfatórios pois, de poucas
horas a poucas semanas eles voltam a manifestar-se.

É sempre importante examinarmos os pés inteiros, zona por zona, área por área,
para completarmos um diagnóstico.

Devemos sempre considerar que:

”Estimulando a circulação, a vitalidade dos tecidos estimulados bem como do


corpo como um todo irá aumentando e ele mesmo terá vigor para sobrepuJar e
eliminar os venenos do sistema”.

O fato de preservarmos nossos pés dentro dos sapatos, muitas vezes apertados ou
desconfortáveis, impedimos uma série de movimentos e estímulos que a natureza
esperava que experimentássemos e seguíssemos.

Cada diminuta estrutura do corpo e também dos pés deve ser constantemente
suprida de sangue renovado, oxigenado, purificado, mas se permitirmos que se
forme uma condição de excesso de ácido na corrente sanguínea, aumentaremos os
depósitos de cálcio.

Esses cristais de cálcio assemelham-se a partículas de geada quando observadas ao


microscópio, e se formam nos terminais nervosos impedindo a circulação normal.

À medida que esses cristais são dissolvidos pelo processo da massagem, o sangue os
leva embora gradualmente a cada grande circulação (circuito dos pés para o
coração) que ocorre aproximadamente 3 vezes por minuto.

9. CONS TITUIÇÃ O ÓSSEA DOS PÉS

Constitui-se de ossos irregulares articulados entre si chamado tarso.

Tarso >> articula-se com 5 ossos longos » em conJunto são denominados metatarso.

Metatarso >> articula-se com as falanges dos dedos.

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Tálus >> termina anteriormente numa
proJeção arredondada » cabeça do
tálus unida ao corpo do tálus por uma
porção estreitada » o colo do tálus.

A parte superior do corpo >>


apresenta
superfícies articulares que no cJto,
constituem a tróclea do tálus. Estas
superfícies se articulam com a tíbia e
a fíbula.

Restante do corpo >> apóia-se sobre o


calcâneo que para recebe-lo,
apresenta uma proJeção medial »
sustentáculo do tálus , (visível numa
vista inferior do esqueleto do pé).

Entre a cabeça do tálus e o calcâneo


(porção anterior), apresenta-se um
canal » seio do tarso.

Cabeça do tálus >> articula-se com o


osso navicular.

Navicular >> articula-se com os 3


cuneiformes( medial, intermédio e
lateral ).

Calcâneo >> articula-se com o cubóide.

Os ossos metatársicos apresentam: base (extrem.proximal), corpo e cabeça


(extrem. distal).

Metatarso I >> mais volumoso dos cinco denuncia sua participação direta com o
suporte do peso do corpo.

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Falanges

Hálux >> 2 falanges » proximal e distal.

Demais artelhos >> 3 falanges » proximal, medial e distal.

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10. A RTICULA ÇÕES DO PÉ

Constituem um conJunto de articulações que podem ser classificadas em 4


grupos:

10.1 A RTICULAÇÃ O TORNOZELO-PÉ-PERNA S


Articulação sinovial tipo gínglimo, permite desenvolver movimentos de
flexão e extensão.

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10.2 A RTICULA ÇÕES INTERTÁ RS ICA S

O ligamento calcâneo navicular plantar esta relacionado com a manutenção


dos arcos do pé.

10. 3 A RTICULA ÇÃ O TA RS O-METATA RSICAS E


INTER-METATARS ICOS

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11. MUSCULOS

11.1 MUSCULOS INTRÍNSECOS DO PÉ


Encontram-se no dorso e na planta dos pés.
Músculo Intrínseco do Dorso – músculo extensor curto dos dedos.

11.2 MUSCULOS INTRÍNSECOS PLANTARES


São todos os outros. Estão dispostos em quatro camadas.

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11.3 MÚS CULOS INTERÓSSEOS

Tem a função de fletir as art. metatarsofalângicas. Podem também aduzir e


abduzir ( ações que são irrelevantes ). O mais importante é o fato de que,
devido à inserção dos interósseos em metatarsos adJacentes, eles mantêm
Juntos os ossos, reforçando o arco metatársico. ( Fig. 17.98 A, B e C )

11.4 APONEUROSE PLA NTA R

A fascia muscular se torna espessada e resistente na planta do pé. Ela se


estende do calcâneo até o hálux para servir de suporte ligamentar do eixo
longitudinal do pé.

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12. MOVIMENTOS DO PÉ

Os principais movimentos do pé são a dorsiflexão, flexão plantar, a inversão, e a


eversão. Entretanto também é possível realizar outros movimentos adicionais.
O que realmente importa é saber que nenhum movimento do pé acontece em
forma pura, isto é, cada movimento é sempre uma combinação.

13. POS TURA

O sistema osteoligamentar do corpo humano, auxiliado por contrações e


relaxamentos de músculos, coordenado pelo sistema nervoso, mantêm a postura
ereta e é responsável pelo deslocamento do corpo no espaço.

Na sustentação do peso do corpo, os diversos arcos do pé desempenham importante


função, agindo como mola e distribuindo o peso para o calcanhar e as cabeças dos
ossos metatársicos.

13.1 Pé plano ou Pé chato


Nomenclatura que refere-se a um simples abaixamento do arco longitudinal, o
que pode não ser patológico e é bastante comum.

13.2 Pé cavo
Inverso ao pé plano, onde o arco longitudinal é excessivamente alto.

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13.3 Pé torto
O termo pé torto (talípede) é usado para um pé que se mostra retorcido,
deformado ou fora de posição.
Causas congênitas do pé torto
Falta de crescimento muscular no acompanhamento ao crescimento
esquelético e o desequilíbrio no desenvolvimento de diferentes grupos
musculares ou tendões.

13.4 Pé eqüino (talipes eqüinos)


Quando o pé estiver fixado em posição de flexão plantar.

13.5 Pé calcâneo(talipes calcaneus)


Quando o pé estiver fixado em posição de dorsiflexão.

13.6 Pé varo (talipes varus)


Quando o pé estiver fixado em inversão.

13.7 Pé valgo (talipes valgus)


Quando o pé estiver em eversão.

13.8 Pé equinovaro (talipes equinovarus)


O paciente anda sobre a borda lateral da parte anterior do pé.

Quando é patológico ?

Nos casos em que o tendão calcanear é curto e associado com defeitos de


articulações do tarso pode causar incapacidades.
Nos casos de anomalias ósseas, espasmos de músculos ou alterações artríticas.

Entorses. . .

São freqüentes em qualquer das articulações do pé e, quase sempre, envolvem pelo


menos uma ruptura parcial de ligamentos (no tornozelo) e pode resultar em
incapacidade grave.

Fraturas
o No tornozelo, geralmente envolvem a extremidade inferior da tíbia e fíbula e
são, tipicamente produzidos por torção.
o No tálus e no calcâneo, é mais comumente produzida por uma queda de
altura.
o Nos ossos do tarso, por uma queda que faça torcer o pé.
o Nos metatarsos e falanges, geralmente ocorrem por trauma direto.

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14. INÍCIO DO TRATAMENTO

1º) Posicionar sempre o paciente confortavelmente de modo que ele possa relaxar.

2º) Limpar os pés do paciente com lenços umedecidos para refrescá-los e retirar
impurezas. Secar com uma toalha de mão. ( de tecido )

3º) Efetuar a rotação dos pés a partir do tornozelo, iniciando pelo pé direito.

4º) Efetuar a rotação dos dedos, tendo o cuidado de proteger as Juntas, puxando-
os levemente a seguir.

5º) Rotacionar o hálux para aliviar rigidez no pescoço, relaxando ainda mais o
paciente, auxiliando o fluxo energético para a cabeça.

6º) Não utilizar nenhum tipo de creme ou óleo, o que diminuiria o contato com o
ponto, impedindo-o de perceber os bloqueios.

“Esses movimentos simples ajudam a relaxar os pés e o paciente e a aumentar


o fluxo de energia”.

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14. 1 ÁREA S REFLEXA S NA PLA NTA DOS PÉS - PÉ DIREITO

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14. 2 ÁREA S REFLEXA S NA PLA NTA DOS PÉS - PÉ ES QUERDO

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14. 3 ÁREA S REFLEXA S - LATERAIS INTERNA E EXTERNA

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14. 4 ÁREA S REFLEXA S DOS PÉS - DORS O DOS PÉS

15. TÉCNICAS BÁ S ICA S

o Utilizam-se basicamente os dedos polegar e indicador com fricção ou


movimento de minhoca.

o A direção deve ser do calcanhar para a ponta.

o A parte dos dedos a ser usada é a polpa e não a ponta.

o Quanto à pressão: a pressão a ser utilizada é a suportável pelo paciente,


devendo ser firme mas não exagerada a ponto de causar desconforto ou
dor intensos.

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o Quanto aos movimentos: estes devem ser lentos, firmes e profundos.

o Trabalhando com o pé direito, segure-o com a mão esquerda e use o


polegar D.

o Trabalhando com o pé esquerdo, segure-o com a mão direita e use o


polegar E.

16. QUA NDO S E NECESS ITA DE ES TÍMULO EXTRA

Pode-se usar as seguintes técnicas:


Gancho - comprimir o ponto com o polegar e em seguida dobrá-lo na forma
de um gancho.

Movimentos rotatórios - colocar a parte macia do polegar no ponto.


Fazer movimentos rotatórios com o pé, ou a mão ao redor do polegar.

Quando posso usar um creme ou óleo?


Depois de terminada a inspeção das áreas e do tratamento, posso utili
zar um creme ou óleo para massagear ( acariciar ) os pés do paciente, a
fim de novamente relaxá-lo e também para aumentar a circulação nessa
área o que prolonga os benefícios obtidos pela reflexologia.

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