Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NOÇÕES DE ANATOMIA
A anatomia macroscópica pode ser estudada de duas formas: (1) anatomia sistem ática ou
descritiva, que estuda os vários sistemas separadamente e (2) anatomia topográfica ou cirúrgica,
que estuda todas as estruturas de uma região e suas relações entre si.
ORIGEM EMBRIOLÓGICA
Quanto à origem, os órgãos podem ser classificados em homólogos ou análogos. Diz-se que dois
órgãos são homólogos quando possuem a mesma origem embriológica mas diferentes funções,
como, por exemplo, os membros superiores do homem e as asas dos pássaros. A analogia, por
sua vez, acontece quando dois órgãos têm funções semelhantes e diferentes origens
embriológicas, como ocorre com os pulmões humanos e as guelras dos peixes.
MÉTODOS DE ESTUDO
1.inspeção: analisando através da visão. A análise pode ser de órgãos externos (ectoscopia) ou
internos (endoscopia);
2.palpação: analisando através do tato é possível verificar a pulsação, os tendões musculares e
as saliências ósseas, dentre outras coisas;
3.percussão: através de batimentos digitais na superfície corporal podemos produzir sons
audíveis, que ajudam a determinar a composição de órgãos ou estruturas (gases, líquidos ou
sólidos);
4.ausculta: ouvindo determinados órgãos em funcionamento (Ex.: coração, pulmão, intestino);
5.mensuração: permite a avaliação da simetria corporal e de eventuais megalias;
6.dissecção: consiste na separação minuciosa dos diferentes órgãos para uma melhor
visualização;
7. métodos de estudo por imagem: inclui o raioX, ecografia, ressonância nuclear magnética e
tomografia computadorizada.
DENOMINAÇÃO SISTEMA ESTUDADO
estesiologia sensorial
neuroanatomia nervoso
esplancnologia visceral
osteologia ósseo
miologia muscular
artrologia articular
angiologia vascular
TIPOS DE ASSIMETRIA
Os órgãos pares podem ser assimétricos quanto à forma ou quanto à posição.
ASSIMETRIA EXEMPLOS
PLANOS ANATÔMICOS
O corpo humano é dividido por três eixos imaginários:
1. o eixo vertical ou longitudinal (Y), que une a cabeça aos pés, classificado como heteropolar;
2. o eixo de profundidade ou ântero-posterior (Z), que une o ventre ao dorso, classificado como
heteropolar;
3. o eixo de largura ou transversal (X), que une o lado direito ao lado esquerdo, classificado como
homopolar.
No momento em que projetamos um eixo sobre outro temos um plano. Existem quatro planos
principais:
1. o plano sagital, formado pelo deslocamento do eixo ântero-posterior ao longo do eixo
longitudinal;
2. o plano sagital mediano, formado pelo deslocamento do eixo ântero-posterior ao longo do eixo
longitudinal na linha mediana, dividindo o corpo em duas metades aparentemente simétricas,
denominadasantímeros;
3. o plano transversal ou horizontal, formado pelo deslocamento do eixo de largura ao longo do
eixo ântero-posterior. Uma série sucessiva de planos transversais divide o corpo em segmentos
denominadosmetâmeros;
4. o plano frontal ou coronal, formado pelo deslocamento do eixo de largura ao longo do eixo
longitudinal, dividindo o corpo em porções chamadas de paquímeros.
MUDANÇAS NA NOMENCLATURA
As mudanças - Dezessete exemplos de partes do corpo humano que os anatomistas mudaram o
nome:
1) De: corpo pineal - Para: glândula pineal
Antes se usavam os dois nomes porque havia dúvidas se era mesmo uma glândula. Estudos
comprovaram que é.
2) De: osso malar - Para: osso zigomático
Malar vem do nome popular maçã do rosto. Preferiu-se agora o nome científico zigoma.
3) De: pomo-de-adão - Para: proeminência laríngea
Ao contrário do que o nome dava a entender, essa proeminência existe em homens e mulheres.
Pomo significa um tipo de fruta polpuda, como a maçã. Passou a designar esse caro ço porque se
dizia que um pedaço da maçã do pecado original ficou engasgado no pescoço de Adão e seus
descendentes.
4) De: artéria mamária interna - Para: artéria torácica interna
Essa artéria dá ramos para a mama, mas também irriga outros órgãos. Optou-se, então. por um
nome genérico.
5) De: aparelho digestivo - Para: sistema digestório
Aparelho é a soma de dois ou mais sistemas. Na digestão, há apenas um envolvido. digestivo
significa que facilita a digestão. O certo é digestório, onde se dá a digestão.
6) De: trompa de Falópio - Para: tuba uterina
Tuba é uma descrição mais próxima da realidade anatômica do que trompa, inspirada no
instrumento musical. O nome do cientista que a descreveu é substituído pela localização.
7) canal anal. É um órgão novo. Antes era tratado apenas como a porção final do reto. Mas como
tem morfologia e fisiologia diferentes, decidiu-se considerá-lo como órgão.
8) sistema imunitário. Não existia. Foi incluído porque estudos da imunologia avançaram tanto
que comprovaram tratar-se de um sistema.
9) De: tendão de Aquiles - Para: tendão calcâneo. A mitologia foi trocada pelo cientificismo.
Calcâneo é o osso ao qual o tendão se prende.
10) De: perônio - Para: fíbula. Perônio é o diminutivo de peroné, que em francês quer dizer
cravelha, o botão que ajusta as cordas do violino. Nenhuma relação com o osso. Fíbula significa
união. E a fíbula une a parte superior com a inferior da tíbia.
11) De: rótula - Para: patela. Rótula em latim significa rodinha. Patela, disco chato. O novo nome
corresponde melhor ao formato do osso.
12) De: válvula ileocecal - Para: papila ileal
O órgão que fica na passagem do intestino delgado para o grosso não se parece e não tem a
função de válvula. ficou papila porque se parece com os mamilos e ileal para precisar melhor a
localização.
13) De: cúbito - Para: ulna
Tinha esse nome porque cúbito quer dizer cotovelo, e o osso sai do dedo mínimo e vai até o
cotovelo. Mas não é o único que chega até lá. O rádio também.
14) De: músculo cucular - Para: músculo trapézio
O nome antigo é inspirado no capuz (cuculo, em latim) usado pelos frades. O capuz caído sobre
as costas delineia o formato do músculo. Tamanha imaginação foi preterida pela simplicidade de
trapézio.
15) De: amídala - Para: tonsila palatina
Antes havia duas amigdalas. Agora, amigdalas é apenas um órgão do sistema nervoso. A da
garganta mudou de nome.
16) De: osso maxilar inferior e maxilar superior - Para: mandíbula e maxila. Era errado considerar
a mandíbula como maxilar inferior.
17) De: trompa de Eustáquio - Para: tuba auditiva. Mesmo motivo da tuba uterina.
OSTEOLOGIA
SISTEMA ÓSSEO:
Aparelho de sustentação e “moldura” protetora dos órgãos. Ajuda na formação do sangue
(hematopoese).
É a “estrutura” do nosso corpo, formado normalmente por 206 ossos, que se ligam através de
articulações que tornam possível o movimento.
Esqueleto axial: consiste dos ossos do crânio e face, coluna vertebral e tórax.
Face - 14 ossos angulares e irregulares. A estrutura do nariz é em grande parte formada por
cartilagem. Ossos principais: 2 maxilares superiores, 1 maxilar inferior (ou mandíbula), 2
zigomaticos (ou malares, ossos da maçã do rosto), 2 nasais, 2 lacrimais, etc.
Coluna vertebral - é o suporte do esqueleto. Dá apoio aos órgãos internos e abriga a medula
espinhal, que se liga a todo o corpo através do sistema nervoso periférico. Lesões na coluna
podem interferir nos movimentos do corpo e, através do sistema nervoso autônomo, no
funcionamento dos órgãos.
Esqueleto apendicular: bem mais móvel que o esqueleto axial, consiste nos ombros e quadris,
membros superiores e inferiores. Liga-se ao esqueleto axial através das cinturas - escapular
(ombros) e pélvica (quadris). Fraturas nos ossos do esqueleto apendicular são mais comuns,
porém bem menos sérias do que nos do esqueleto axial.
Membros superiores - (do braço) úmero, (do antebraço) ulna (ou cúbito - lado do dedo mínimo),
rádio (lado do polegar), (do punho) carpo (8 ossos), (da mão) 5 metacarpos, (dos dedos) 14
falanges (1a ou proximal, 2a medial e 3a distal)
Os metacarpos são numerados de 1 o a 5 o, sendo o 1o o que se articula com a falange proximal do
polegar.
Cintura pélvica (pelve ou quadris) - A pelve feminina é mais larga que a masculina, para ser capaz
de abrigar o feto em desenvolvimento.
É composta pelos 6 ossos ilíacos: 2 ílios, 2 ísqueos, 2 púbis
Cada ílio se articula com o sacro na sua parte superior, e com 1 ísqueo e 1 púbis na sua parte
inferior. O ílio, o ísquio e o púbis formam o osso do quadril.
O osso do quadril do lado esquerdo se articula com o lado direito na frente do corpo, através da
sínfise púbica (articulação entre os púbis, mais elástica nas mulheres para permitir a passagem
do feto no momento do parto)
Membros inferiores - (da coxa) fêmur, (da perna) tíbia e fíbula (ou perônio), (do joelho) patela (ou
rótula), (do pé) tarso (7 ossos, entre eles o calcâneo), 5 metatarsos, (dos dedos) 14 falanges.
A numeração dos metatarsos e falanges dos pés é similar à dos metacarpos e falanges das mãos.
Exercício: use lápis de cor e identifique os grupamentos ósseos principais.
8
a regiões do osso: a
b
c
b
9
c
10
Regiões da 11
coluna vertebral
e número de vértebras:
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
10
30
ARTROLOGIA
MIOLOGIA
SISTEMA MUSCULAR:
Com o termo "músculo" nos referimos a um conjunto de células musculares organizadas, unidas
por tecido conectivo. Cada célula muscular se denomina fibra muscular.
Os tendões são feixes de fibras em que terminam os músculos. Ligam os músculos aos ossos.
São alongados, fortes e flexíveis.
Músculos principais:
FACE - Masseter : músculo da mastigação. Pode se apresentar tenso e dolorido. Frontal: músculo
delicado, de expressão facial, situado na testa. Orbicular dos olhos: músculo de fechamento dos
olhos. Temporal: músculo mastigador, situado nas têmporas.
NUCA E OMBROS - Trapézio: outro músculo de grande importância. Acumula grande tensão.
Cobre a nuca, os ombros e parte das costas (região torácica). Ligado às doze vértebras torácicas
e à 7a cervical, ao occipital, à escápula e à clavícula. Atua nos movimentos do ombro e da cabeça.
Esplênico da cabeça: situa-se na nuca, sob os músculos trapézio e esternocleidomastóideo, e
entre eles. Atua em movimentos da cabeça, em conjunção com o esternocleidomastóideo.
COSTAS - Longo: é a longa faixa muscular que podemos sentir correndo paralela à coluna
vertebral. Faz parte da musculatura profunda das costas, situando-se embaixo do trapézio, do
grande dorsal, e de outros músculos. Forma, com o iliocostal e o espinhal, o músculo eretor da
espinha. Grande dorsal: responsável também pelo movimento de rotação interna do braço.
Rombóide (superior e inferior): músculos estabilizadores da escápula.
REGIÃO LOMBAR E DOS QUADRIS - Psoas-ilíaco: ilíaco, grande psoas e pequeno psoas são
importantes músculos posturais. São músculos profundos, ligados às vértebras lombares, à última
torácica, ao osso ilíaco e ao fêmur. Agem como flexores dos quadris e estabilizadores da região
lombar, tanto na posição sentada quanto de pé.
TÓRAX - Grande peitoral: origina-se na clavícula, no esterno e nas costelas, terminando na ponta
superior do úmero (osso do braço). Atua em movimentos do braço (adução e rotação interna). Em
algumas pessoas a musculatura peitoral se apresenta muito tensa.
ABDÔMEN - Reto abdominal: atua na flexão do tronco. Situado embaixo dos oblíquos abdominais
interno e externo.
NÁDEGAS - Glúteo (máximo, médio e mínimo): tem funções de extensão, flexão, abdução e
rotação do fêmur. São importantes músculos posturais, que atuam na estabilização dos quadris
quando ficamos de pé, andamos, corremos, escalamos etc. Podem acumular grande tensão,
tornando-se rígidos e doloridos.
COXAS - Quadríceps crural ou femural: compõe a larga massa muscular da face anterior da coxa.
Constitui-se de quatro músculos que convergem para um único tendão que se insere na tíbia. São
eles: o retrocrural, o vasto externo, o vasto intermediário e o vasto interno. Atuam na extensão do
joelho. O retrocrural também atua na flexão da articulação coxofemural (entre o fêmur e a pelve).
Adutores: situados na face interna da coxa. Temos 3 adutores (longo, curto e grande adutor), o
grácil (ou reto interno) e o pectíneo. Além da adução atuam na flexão, extensão e rotação da
articulação coxofemural.
Bíceps crural e semitendinoso: parte posterior da coxa. Ativos na flexão do joelho e na extensão
da articulação coxofemural. Esses músculos são os que se contraem quando nos inclinamos para
frente tentando tocar os pés com as mãos. Atrás dos joelhos dobrados podemos facilmente sentir
os tendões desses músculos, que vão se inserir na fíbula e na tíbia, respectivamente.