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ANATOMIA APLICADA A MASSOTE RAPIA


Estudo Topográfico da Anatomia Humana. Treinamento prático de identificação das regiões do
corpo. Conhecimento geral das estruturas corporais.
Identificar os locais de referências anatômicas do corpo humano
Relacionar e definir a terminologia de anatomia dos sistemas do corpo
Listar e descrever os componentes dos sistemas corporais por região
Identificar a terminologia de um antigo modelo de anatomia oriental

NOÇÕES DE ANATOMIA

A anatomia é o estudo da forma e da constituição do corpo, pré-requisito indispensável para o


estudo da fisiologia dos órgãos. Seu estudo compreende tanto a evolução do indivíduo desde a
fase de zigoto até a velhice (ontogenia), como o desenvolvimento de uma estrutura no reino
animal (filogenia).
A unidade fundamental do corpo é a célula. A união de diversas células de mesma função dá
origem aos tecidos. A união de diversos tecidos origina os órgãos, que por sua vez originam os
sistemas.
Sistema Tegumentar(epitelial) Função: suporte externo e proteção do corpo.
Sistema endócrino Função: secreção de hormônios para regulação química.
Sistema circulatório Função: transporte de substancias nutritivas para as células do corpo;
remoção de resíduos metabólicos das células.
Sistema esquelético Função: suporte interno e estrutura flexível para movimentos do corpo;
produção de células sangüíneas; armazenamento de minerais.
Sistema urinário Função: filtra ção do sangue; manutenção do volume e composição química do
sangue; remoção de resíduos metabólicos do corpo.
Sistema digestório Função: digestão e absorção do material alimentar.
Sistema muscular Função: movimento do corpo; produção de calor no corpo.
Sistema respiratório Função: trocas gasosas entre o meio externo e o sangue.
Sistema genital feminino Função: produção da célula sexual feminina (óvulo); receptáculo para o
esperma masculino; local da fertilização do óvulo, implantação do ovo, desenvolvimento do
embrião e feto; parturição.
Sistema genital masculino Função: produção de célula sexual masculina (espermatozóide);
transferência do esperma para o sistema genital feminino.
Sistema linfático Função: ação imunológica; absorção de gorduras; drenagem de líquidos
tissulares.
Sistema nervoso Função: controle e regulação de todos os outros sistemas do corpo.

A anatomia macroscópica pode ser estudada de duas formas: (1) anatomia sistem ática ou
descritiva, que estuda os vários sistemas separadamente e (2) anatomia topográfica ou cirúrgica,
que estuda todas as estruturas de uma região e suas relações entre si.

ORIGEM EMBRIOLÓGICA
Quanto à origem, os órgãos podem ser classificados em homólogos ou análogos. Diz-se que dois
órgãos são homólogos quando possuem a mesma origem embriológica mas diferentes funções,
como, por exemplo, os membros superiores do homem e as asas dos pássaros. A analogia, por
sua vez, acontece quando dois órgãos têm funções semelhantes e diferentes origens
embriológicas, como ocorre com os pulmões humanos e as guelras dos peixes.

MÉTODOS DE ESTUDO
1.inspeção: analisando através da visão. A análise pode ser de órgãos externos (ectoscopia) ou
internos (endoscopia);
2.palpação: analisando através do tato é possível verificar a pulsação, os tendões musculares e
as saliências ósseas, dentre outras coisas;
3.percussão: através de batimentos digitais na superfície corporal podemos produzir sons
audíveis, que ajudam a determinar a composição de órgãos ou estruturas (gases, líquidos ou

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sólidos);
4.ausculta: ouvindo determinados órgãos em funcionamento (Ex.: coração, pulmão, intestino);
5.mensuração: permite a avaliação da simetria corporal e de eventuais megalias;
6.dissecção: consiste na separação minuciosa dos diferentes órgãos para uma melhor
visualização;
7. métodos de estudo por imagem: inclui o raioX, ecografia, ressonância nuclear magnética e
tomografia computadorizada.
DENOMINAÇÃO SISTEMA ESTUDADO
estesiologia sensorial
neuroanatomia nervoso
esplancnologia visceral
osteologia ósseo
miologia muscular
artrologia articular
angiologia vascular

TIPOS DE ASSIMETRIA
Os órgãos pares podem ser assimétricos quanto à forma ou quanto à posição.
ASSIMETRIA EXEMPLOS

o pulmão direito possui 3


forma
lobos;o esquerdo apenas 2

o rim direito é mais baixo que o


posição
esquerdo

Embriologicamente, os órgãos ímpares são ditos anormais quando possuem distúrbios de


crescimento ou de deslocamento. Os distúrbios de deslocamento são chamados de distopias.

VARIAÇÕES ANATÔMICAS NORMAIS


Existem algumas circunstâncias que determinam variações anatômicas normais e que devem ser
descritas:
1. idade: os testículos no feto estão situados na cavidade abdominal, migrando para a bolsa
escrotal e nela se localizando durante a vida adulta;
2. sexo: no homem a gordura subcutânea se deposita principalmente na região tricipital, enquanto
na mulher o depósito se dá preferencialmente na região abdominal;
3. raça: nos brancos a medula espinhal termina entre a primeira e segunda vértebra lombar,
enquanto que nos negros ela termina um pouco mais abaixo, entre a segunda e a terceira
vértebra lombar;
4. tipo morfológico constitucional: é o principal fator das diferenças morfológicas. Os principais
tipos são:
4.a- longilíneo (ectomorfo): indivíduo alto e esguio, com pescoço, tórax e membros longos.
Nessas pessoas o estômago geralmente é mais alongado e as vísceras dispostas mais
verticalmente;
4.b- brevilíneo (endomorfo): indivíduo baixo com pescoço, tórax e membros curtos. Aqui as
vísceras costumam estar dispostas mais horizontalmente;
4.c- mediolíneo (mesomorfo): características intermediárias.
A identificação do tipo morfológico é importante devido às diferentes técnicas de abordagem
semiológica, avaliação das variações da normalidade e até mesmo maior incidência de doenças,
como por exemplo a hipertensão, que é sabidamente mais comum em brevilíneos.

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PLANOS ANATÔMICOS
O corpo humano é dividido por três eixos imaginários:
1. o eixo vertical ou longitudinal (Y), que une a cabeça aos pés, classificado como heteropolar;
2. o eixo de profundidade ou ântero-posterior (Z), que une o ventre ao dorso, classificado como
heteropolar;
3. o eixo de largura ou transversal (X), que une o lado direito ao lado esquerdo, classificado como
homopolar.
No momento em que projetamos um eixo sobre outro temos um plano. Existem quatro planos
principais:
1. o plano sagital, formado pelo deslocamento do eixo ântero-posterior ao longo do eixo
longitudinal;
2. o plano sagital mediano, formado pelo deslocamento do eixo ântero-posterior ao longo do eixo
longitudinal na linha mediana, dividindo o corpo em duas metades aparentemente simétricas,
denominadasantímeros;
3. o plano transversal ou horizontal, formado pelo deslocamento do eixo de largura ao longo do
eixo ântero-posterior. Uma série sucessiva de planos transversais divide o corpo em segmentos
denominadosmetâmeros;
4. o plano frontal ou coronal, formado pelo deslocamento do eixo de largura ao longo do eixo
longitudinal, dividindo o corpo em porções chamadas de paquímeros.

TERMOS DIRECIONAIS E DE RELAÇÃO ANATÔMICA

Inferior ou caudal: mais próximo dos pés; mais baixo ou abaixo.

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Superior ou cranial: mais próximo da cabeça; mais alto ou acima.


Anterior ou ventral: mais próximo do ventre; na frente de ou em direção à frente.
Posterior ou dorsal: mais próximo do dorso; atrás, nas costas ou na parte posterior.
Proximal: mais próximo do ponto de origem; mais próximo do tronco ou do ponto de origem.
Distal: mais afastado do ponto de origem; situado distante do tronco ou da linha média do corpo;
distante da origem.
Medial: mais próximo do plano sagital mediano; refere-se ao centro ou linha média.
Lateral: mais afastado do plano sagital mediano; no lado ou para o lado, para fora, para longe da
linha média.
Interno: Uma superfície do lado de dentro, ou a parte de dentro do corpo.
Externo: A superfície do lado de fora do corpo.
Superficial: mais próximo da pele; em direção à superfície ou sobre ela.
Profundo: mais afastado da pele; dentro ou longe da superfície.
Homolateral ou ipsilateral: do mesmo lado do corpo;
Contra-lateral: do lado oposto do corpo;
Volar (palmar): O lado da palma da mão.
Plantar: O lado da sola do pé.
Varo: Extremidades inclinadas para dentro; angulação de uma parte do corpo para dentro em
direção à linha média: ><
Valgo: Extremidades inclinadas para fora; por exemplo, inclinadas em direção à parede:<>
Destro: Direito.
Sinistro: Esquerdo.
Holotopia: localização geral de um órgão no organismo. Ex.: o fígado está localizado no abdômen;
Sintopia: relação de vizinhança. Ex.: o estômago está abaixo do diafragma, a direita do baço e a
esquerda do fígado;
Esqueletopia: relação com esqueleto. Ex.: coração atrás do esterno e da terceira, quarta e quinta
costelas;
Idiotopia: relação entre as partes de um mesmo órgão. Ex.: ventrículo esquerdo adiante e abaixo
do átrio esquerdo.

DENOMINAÇÃO DAS PRINCIPAIS REGIÕES DO CORPO HUMANO

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REGIÕES (VENTRAL) REGIÕES (DORSAL) REGIÕES CABEÇA E REGIÕES CABEÇA E


PESCOÇO (VENTRAL) PESCOÇO (LATERAL)
dorso da mão r calcanear (calcaneo)
dorso do pé dorso do pé fossa supraclavicular fossa supraclavicular
regi ão abdominal lateral r palmar da mão (palma da menor menor
r antebraquial anterior mão) r bucal r cervical anterior
r antebraquial posterior r plantar do pé (planta do r cervical anterior r cervical lateral
r axilar pé) r cervical lateral r cervical posterior (r nucal)
r braquial anterior r anal r frontal r deltoidea
r cervical anterior r antebraquial anterior r infraorbital r frontal
r cervical lateral r antebraquial posterior r mental r infraorbital
r crural anterior r axilar r nasal r mental
r crural posterior r braquial posterior r oral r nasal
r cubital anterior r cervical posterior (r nucal) r orbital r occiptal
(fossa cubital) r crural anterior r esternocleidomastodeia r oral
r deltoidea r crural posterior r temporal r orbital
r epig ástrica r cubital posterior r zigomática r parietal
r femural anterior r deltoidea trigono carotideo r esternocleidomastodeia
r genus anterior r femural posterior trigono muscular r temporal
(joelho) r geno posterior (fossa (omotraqueal) r zigomatica
r hiponcondriaca popl ítea) trigono omoclavicular trigono carotideo
r inframamaria r gluteal (fossa supraclavicular trigono muscular
r inguinal r infraescapular maior) (omotraqueal)
r mamaria r lombar trigono submandibular trigono omoclavicular
r peitoral r occiptal trigono submental (fossa supraclavicular
r preesternal r parietal maior)
r púbica (hipogastrica) r sacral trigono submandibular
r esternocleidomastoidea r escapular
r umbilical r vertebral
r urogenital r sural
trigono clavipeitoral
trigono femural

MUDANÇAS NA NOMENCLATURA
As mudanças - Dezessete exemplos de partes do corpo humano que os anatomistas mudaram o

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nome:
1) De: corpo pineal - Para: glândula pineal
Antes se usavam os dois nomes porque havia dúvidas se era mesmo uma glândula. Estudos
comprovaram que é.
2) De: osso malar - Para: osso zigomático
Malar vem do nome popular maçã do rosto. Preferiu-se agora o nome científico zigoma.
3) De: pomo-de-adão - Para: proeminência laríngea
Ao contrário do que o nome dava a entender, essa proeminência existe em homens e mulheres.
Pomo significa um tipo de fruta polpuda, como a maçã. Passou a designar esse caro ço porque se
dizia que um pedaço da maçã do pecado original ficou engasgado no pescoço de Adão e seus
descendentes.
4) De: artéria mamária interna - Para: artéria torácica interna
Essa artéria dá ramos para a mama, mas também irriga outros órgãos. Optou-se, então. por um
nome genérico.
5) De: aparelho digestivo - Para: sistema digestório
Aparelho é a soma de dois ou mais sistemas. Na digestão, há apenas um envolvido. digestivo
significa que facilita a digestão. O certo é digestório, onde se dá a digestão.
6) De: trompa de Falópio - Para: tuba uterina
Tuba é uma descrição mais próxima da realidade anatômica do que trompa, inspirada no
instrumento musical. O nome do cientista que a descreveu é substituído pela localização.
7) canal anal. É um órgão novo. Antes era tratado apenas como a porção final do reto. Mas como
tem morfologia e fisiologia diferentes, decidiu-se considerá-lo como órgão.
8) sistema imunitário. Não existia. Foi incluído porque estudos da imunologia avançaram tanto
que comprovaram tratar-se de um sistema.
9) De: tendão de Aquiles - Para: tendão calcâneo. A mitologia foi trocada pelo cientificismo.
Calcâneo é o osso ao qual o tendão se prende.
10) De: perônio - Para: fíbula. Perônio é o diminutivo de peroné, que em francês quer dizer
cravelha, o botão que ajusta as cordas do violino. Nenhuma relação com o osso. Fíbula significa
união. E a fíbula une a parte superior com a inferior da tíbia.
11) De: rótula - Para: patela. Rótula em latim significa rodinha. Patela, disco chato. O novo nome
corresponde melhor ao formato do osso.
12) De: válvula ileocecal - Para: papila ileal
O órgão que fica na passagem do intestino delgado para o grosso não se parece e não tem a
função de válvula. ficou papila porque se parece com os mamilos e ileal para precisar melhor a
localização.
13) De: cúbito - Para: ulna
Tinha esse nome porque cúbito quer dizer cotovelo, e o osso sai do dedo mínimo e vai até o
cotovelo. Mas não é o único que chega até lá. O rádio também.
14) De: músculo cucular - Para: músculo trapézio
O nome antigo é inspirado no capuz (cuculo, em latim) usado pelos frades. O capuz caído sobre
as costas delineia o formato do músculo. Tamanha imaginação foi preterida pela simplicidade de
trapézio.
15) De: amídala - Para: tonsila palatina
Antes havia duas amigdalas. Agora, amigdalas é apenas um órgão do sistema nervoso. A da
garganta mudou de nome.
16) De: osso maxilar inferior e maxilar superior - Para: mandíbula e maxila. Era errado considerar
a mandíbula como maxilar inferior.
17) De: trompa de Eustáquio - Para: tuba auditiva. Mesmo motivo da tuba uterina.

OSTEOLOGIA

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SISTEMA ÓSSEO:
Aparelho de sustentação e “moldura” protetora dos órgãos. Ajuda na formação do sangue
(hematopoese).
É a “estrutura” do nosso corpo, formado normalmente por 206 ossos, que se ligam através de
articulações que tornam possível o movimento.

Agrupamentos ósseos principais:

Esqueleto axial: consiste dos ossos do crânio e face, coluna vertebral e tórax.

Crânio - os ossos do crânio são em número de 8. Suas articulações são rígidas.


1 occipital, 1 frontal, 2 parietais, 2 temporais, 1 esfenóide (encravado no meio dos ossos na parte
da frente da base do crânio), 1 etmóide (encravado no osso frontal)

Face - 14 ossos angulares e irregulares. A estrutura do nariz é em grande parte formada por
cartilagem. Ossos principais: 2 maxilares superiores, 1 maxilar inferior (ou mandíbula), 2
zigomaticos (ou malares, ossos da maçã do rosto), 2 nasais, 2 lacrimais, etc.

Coluna vertebral - é o suporte do esqueleto. Dá apoio aos órgãos internos e abriga a medula
espinhal, que se liga a todo o corpo através do sistema nervoso periférico. Lesões na coluna
podem interferir nos movimentos do corpo e, através do sistema nervoso autônomo, no
funcionamento dos órgãos.

A coluna é formada pelas vértebras. Temos:


7 cervicais (grupo flexível de vértebras, de articulações delicadas que, no conjunto, permitem boa
amplitude de movimentos. A 1a , 2 a e 7a vértebras apresentam formatos singulares. São
chamadas respectivamente atlas, áxis e proeminente)
12 torácicas ou dorsais (grupo bastante rígido de vértebras. Articulam-se com as 24 costelas.
Com elas e com o esterno formam a caixa torácica)
5 lombares (grupo com as maiores vértebras da coluna, cujas articulações permitem razo ável
mobilidade. Suportam uma grande carga de peso, sendo especialmente sacrificadas pelo fato do
homem ter se tornado bípede)
sacro (formado por 5 vértebras fundidas. Se articula com os ossos dos quadris, ossos ilíacos,
formando com eles a bacia)
cóccix (formado por pequenasvértebras fundidas, cujo número normalmente varia em torno de 4)
Tórax - a caixa torácica abriga o coração e os pulmões. É uma estrutura de certa flexibilidade,
capaz de se contrair e expandir acompanhando a respiração.
Ossos: 24 costelas, esterno.
As costelas se dividem em verdadeiras, falsas e flutuantes. As verdadeiras (7 pares) se prendem
diretamente ao esterno. As falsas (3 pares) se ligam ao esterno de forma indireta. As flutuantes (2
pares) não se prendem ao esterno, só à coluna. O esterno é um osso ímpar, localizado na parte
da frente do tórax. Apresenta três partes fundidas: punho ou manúbrio, corpo e processo xif óide.

Esqueleto apendicular: bem mais móvel que o esqueleto axial, consiste nos ombros e quadris,
membros superiores e inferiores. Liga-se ao esqueleto axial através das cinturas - escapular
(ombros) e pélvica (quadris). Fraturas nos ossos do esqueleto apendicular são mais comuns,
porém bem menos sérias do que nos do esqueleto axial.

Cintura escapular (ombros) - escápula (ou omoplata), clavícula.


A escápula só se prende ao esqueleto axial através de músculos. Por isto em algumas pessoas
ela parece tão “solta”.

Membros superiores - (do braço) úmero, (do antebraço) ulna (ou cúbito - lado do dedo mínimo),
rádio (lado do polegar), (do punho) carpo (8 ossos), (da mão) 5 metacarpos, (dos dedos) 14
falanges (1a ou proximal, 2a medial e 3a distal)
Os metacarpos são numerados de 1 o a 5 o, sendo o 1o o que se articula com a falange proximal do
polegar.

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Cintura pélvica (pelve ou quadris) - A pelve feminina é mais larga que a masculina, para ser capaz
de abrigar o feto em desenvolvimento.
É composta pelos 6 ossos ilíacos: 2 ílios, 2 ísqueos, 2 púbis

Cada ílio se articula com o sacro na sua parte superior, e com 1 ísqueo e 1 púbis na sua parte
inferior. O ílio, o ísquio e o púbis formam o osso do quadril.
O osso do quadril do lado esquerdo se articula com o lado direito na frente do corpo, através da
sínfise púbica (articulação entre os púbis, mais elástica nas mulheres para permitir a passagem
do feto no momento do parto)

Membros inferiores - (da coxa) fêmur, (da perna) tíbia e fíbula (ou perônio), (do joelho) patela (ou
rótula), (do pé) tarso (7 ossos, entre eles o calcâneo), 5 metatarsos, (dos dedos) 14 falanges.
A numeração dos metatarsos e falanges dos pés é similar à dos metacarpos e falanges das mãos.
Exercício: use lápis de cor e identifique os grupamentos ósseos principais.

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a regiões do osso: a
b
c

b
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c
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Regiões da 11
coluna vertebral
e número de vértebras:

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ARTROLOGIA

Uma articulação é a conexão (junção) entre dois ossos ou elementos cartilaginosos.


As articulações são classificadas pelo tipo de tecido que une os dois ossos, podendo ou não
permitir movimentos entre eles.
Articulação fibrosa (sinartrodial) a união dos ossos se dá por tecido fibroso, que apresentam
pouco movimento (p. ex. suturas do crânio).
Articulação cartilaginosa (anfiartrose) é unida por fibrocartilagem (p. ex. sínfise púbica), pelos
discos intervertebrais da coluna vertebral e apresenta movimentos discretos.
Articulação sinovial (diartrose) é a mais comum no corpo, os ossos não estão unidos. A
articulação apresenta uma cavidade articular preenchida com líquido sinovial, e os dois ossos são
circundados por uma cápsula articular e caracterizada por ter livre movimento.
O tipo de articulação que oferece maior mobilidade é a sinovial. Nas articulações sinoviais
encontramos os ligamentos. São tecidos fibrosos, fortes e flexíveis, que ligam os ossos - ajudando
a manter a estabilidade, e limitando a amplitude dos movimentos articulares. No interior das
articulações sinoviais encontramos uma substância chamada líquido sinovial que ajuda a lubrificar
as articulações evitando o desgaste por contato. E, às vezes, também encontramos uma
cartilagem com essa mesma finalidade.
Denominação de algumas articulações: Articulação temporo-mandibular, Articulação escapulo-
umeral, Articulação acrômio-clavicular, Articulação coxo-femural, Articulação tíbio-talar

Exercício: use lápis de cor e identifique os componentes da articulação.

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Exercício: use lápis de cor e identifique as principais articulações.

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MIOLOGIA
SISTEMA MUSCULAR:
Com o termo "músculo" nos referimos a um conjunto de células musculares organizadas, unidas
por tecido conectivo. Cada célula muscular se denomina fibra muscular.

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Classifica ção dos músculos - temos três tipos básicos de músculos:


1) Estriados - são músculos de controle voluntário, ligados ao esqueleto. Sua função é agir sobre
os ossos do corpo, produzindo movimento. Somam mais de 500.
2) Lisos - são músculos de controle involuntário. São encontrados nas paredes dos vasos
sangüíneos e órgãos internos. Operam os movimentos viscerais. Exceção: musculatura da
bexiga - lisa, porém voluntária.
3) Músculos cardíacos - são estriados, porém de controle involuntário.
obs. o músculo diafragma, responsável pela respiração, é controlado pelas duas vias de
inervação : voluntária e involuntária.
Os músculos e os movimentos do corpo
As articulações móveis do esqueleto formam um sistema de alavancas. Os músculos atuam sobre
estas alavancas. Os movimentos são produzidos basicamente por grupos musculares, e não por
músculos isolados. Grupos musculares de funções complementares se colocam em oposição, e
agem em conjunto. Assim, na parte interna do antebraço temos flexores, e na externa extensores
; na face anterior da coxa encontramos extensores , e na posterior flexores, etc. Quando dizemos
que um músculo é um flexor, estamos nos referindo à sua ação principal, já que cada músculo
participa em diferentes movimentos. Por sua vez, mesmo os movimentos mais simples são
complexos e envolvem a ação de vários músculos.
flexor: o que faz dobrar
extensor : o que faz estender
adutor: o que traz
abdutor: o que afasta
rotator : produz movimento de rotação em torno de um eixo.

Os tendões são feixes de fibras em que terminam os músculos. Ligam os músculos aos ossos.
São alongados, fortes e flexíveis.

Músculos principais:

FACE - Masseter : músculo da mastigação. Pode se apresentar tenso e dolorido. Frontal: músculo
delicado, de expressão facial, situado na testa. Orbicular dos olhos: músculo de fechamento dos
olhos. Temporal: músculo mastigador, situado nas têmporas.

PESCOÇO - Esternocleidomastóideo: importante músculo da face lateral do pescoço. Atua na


rotação e flexão da cabeça.

NUCA E OMBROS - Trapézio: outro músculo de grande importância. Acumula grande tensão.
Cobre a nuca, os ombros e parte das costas (região torácica). Ligado às doze vértebras torácicas
e à 7a cervical, ao occipital, à escápula e à clavícula. Atua nos movimentos do ombro e da cabeça.
Esplênico da cabeça: situa-se na nuca, sob os músculos trapézio e esternocleidomastóideo, e
entre eles. Atua em movimentos da cabeça, em conjunção com o esternocleidomastóideo.

COSTAS - Longo: é a longa faixa muscular que podemos sentir correndo paralela à coluna
vertebral. Faz parte da musculatura profunda das costas, situando-se embaixo do trapézio, do
grande dorsal, e de outros músculos. Forma, com o iliocostal e o espinhal, o músculo eretor da
espinha. Grande dorsal: responsável também pelo movimento de rotação interna do braço.
Rombóide (superior e inferior): músculos estabilizadores da escápula.

REGIÃO LOMBAR E DOS QUADRIS - Psoas-ilíaco: ilíaco, grande psoas e pequeno psoas são
importantes músculos posturais. São músculos profundos, ligados às vértebras lombares, à última
torácica, ao osso ilíaco e ao fêmur. Agem como flexores dos quadris e estabilizadores da região
lombar, tanto na posição sentada quanto de pé.

TÓRAX - Grande peitoral: origina-se na clavícula, no esterno e nas costelas, terminando na ponta
superior do úmero (osso do braço). Atua em movimentos do braço (adução e rotação interna). Em
algumas pessoas a musculatura peitoral se apresenta muito tensa.

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MÚSCULOS DA RESPIRAÇÃO - Diafragma: é o “chão” da cavidade torácica, separando-a da


cavidade abdominal. É o principal músculo da respiração. Contrai-se quando inspiramos e relaxa
na expiração. Músculos intercostais: situam-se entre as costelas. São importantes músculos da
respiração.

ABDÔMEN - Reto abdominal: atua na flexão do tronco. Situado embaixo dos oblíquos abdominais
interno e externo.

OMBRO - Deltóide: atua em vários movimentos do braço.

ESCÁPULA - Supra-espinhal, infra-espinhal, redondo (pequeno e grande) e subescapular:


movimentos do braço.

BRAÇOS - Bíceps braquial: flexão do braço. Tríceps: extensor do braço.

ANTEBRAÇO - Na face interna do antebraço encontramos um grupo de músculos flexores e na


face externa um grupo de extensores, que atuam nos movimentos do punho, da mão e dos
dedos.

NÁDEGAS - Glúteo (máximo, médio e mínimo): tem funções de extensão, flexão, abdução e
rotação do fêmur. São importantes músculos posturais, que atuam na estabilização dos quadris
quando ficamos de pé, andamos, corremos, escalamos etc. Podem acumular grande tensão,
tornando-se rígidos e doloridos.

COXAS - Quadríceps crural ou femural: compõe a larga massa muscular da face anterior da coxa.
Constitui-se de quatro músculos que convergem para um único tendão que se insere na tíbia. São
eles: o retrocrural, o vasto externo, o vasto intermediário e o vasto interno. Atuam na extensão do
joelho. O retrocrural também atua na flexão da articulação coxofemural (entre o fêmur e a pelve).
Adutores: situados na face interna da coxa. Temos 3 adutores (longo, curto e grande adutor), o
grácil (ou reto interno) e o pectíneo. Além da adução atuam na flexão, extensão e rotação da
articulação coxofemural.
Bíceps crural e semitendinoso: parte posterior da coxa. Ativos na flexão do joelho e na extensão
da articulação coxofemural. Esses músculos são os que se contraem quando nos inclinamos para
frente tentando tocar os pés com as mãos. Atrás dos joelhos dobrados podemos facilmente sentir
os tendões desses músculos, que vão se inserir na fíbula e na tíbia, respectivamente.

PERNAS - Tibial anterior: atua em movimentos do pé e tornozelo. Gêmeos ou gastrocnêmicos:


músculos da panturrilha (batata da perna), atua nos movimentos dos pés e joelhos.

Exercício: use lápis de cor e identifique os grupamentos musculares principais.

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