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Eletroterapia-Correntes elétricas

Corrente Russa:
Técnica de corrente elétrica usada para melhorar o tônus muscular e circulação sanguínea.
O estímulo elétrico produz contração muscular no local em que é aplicada, o que ajuda combater a flacidez, celulite e
fortalecera a musculatura.
OBS: Serve para potencializar o músculo inervado (normal)
Diferença da corrente FES e RUSSA:
As duas tem resultados semelhantes, porém a FES trabalha com músculos desenervados (por ser de baixa frequência) e a
RUSSA com músculos enervados (normais- por ser de média frequência).
Orientações para o uso da corrente
 A musculatura deverá conservar o circuito de inervação motora entre a membrana e o músculo.
 SE existir denervação motora entre a membrana e a área, é impraticável a eletroestimulação.
 As áreas anatômicas proximais devem conservar sua integridade morfológica e funcional.
 Pacientes devem ter ausência de alterações cardíacas e outras enfermidades metabólicas, devido ao intenso trabalho
muscular.
 Pacientes devem ter certo nível intelectual, pois é importante a preparação psicológica para prevenir falsa esperanças.
Especialização da corrente
Corrente alternada de 2500 HZ de frequência (média frequência), formada por trens de pulsos de correntes retangulares
ou senoidais, bipolar, simétrica, modulada por uma onda que varia de 50 a 80 HZ.
Frequência baixa- até 20 HZ: Fibras lentas, vermelhas, resistentes á fadiga- fibras tipo l
Frequência alta- até 100 HZ: Fibras rápidas, branca-Fibras tipo ll
* Para atingir os dois tipos de fibra a frequência pode variar de 50 a 80 HZ.
Algumas indicações de uso
5 a 10 min: Contrações moderadas para aquecer a musculatura.
10 a 15 min: Contrações intensas para trabalhar musculatura rápida.
5 min: Vibrações musculares para relaxamento.
Outro método:
3 ou 4 séries de 10 repetições com trens de 10 seg e 20 seg de relaxamento (descanso), primeiro com frequência de 20 HZ
e depois com 80 HZ
Colocação do eletrodo
Deve estar orientada para conseguir a melhor resposta muscular. Para isso o ideal é buscar a estimulação mista, colocando
um eletrodo próximo ao nervo que rege o grupo muscular e a partir daí dispensar canais para os pontos motores do
músculo.
Algumas formas de usar a corrente
Músculos fracos após inatividade:
Objetivo: Aumentar força sem causar fadiga
Intensidade: Suficiente para produzir um estímulo “gatilho”, para auxiliar o início do movimento;
Tempo ON: Variável- para conseguir iniciar e completar o movimento.
Tempo OFF: Grande- para não causar fadiga no paciente;
Duração da sessão: Máximo 15 minutos;
Colocação do eletrodo: No músculo agonista que está fraco;
Indicações: Hemiplegias, traumatismos cranianos, traumas raquimedulares, pacientes ortopédicos com musculatura
submetida a desuso prolongado.
* Paciente deve visualizar a ação muscular, pois sua colaboração é obrigatória e determinante no tratamento.

Eletroestimulação estática para tratar encurtamento muscular- Eletrotretching


Objetivo: Trabalhar alongamento com a técnica FNP;
Intensidade: Suficiente para produzir contração;
Frequência: 50 HZ;
Tempo ON: +/- 6 segundos
Tempo OFF: +/- 30 segundos;
Duração da sessão: 3 séries de 3 repetições;
Colocação do eletrodo: No músculo agonista que se quer alongar;
Indicações: Limitações e contraturas articulares;
Cuidados: Evitar produzir contrações excessivas, nos limites funcionais das articulações. Pode provocar edema, inflamação
e dor articular.

Fortalecimento muscular combinado com a corrente


Objetivo: Fortalecer um músculo ou grupo muscular quando já se tem um grau de força;
Intensidade: Suficiente para vencer carga adequada;
Frequência: 50 HZ;
Tempo ON: 4 a 6 segundos;
Tempo OFF: 12 a 18 segundos;
Relação ON/OFF: 1/3
Duração da sessão: 30 minutos;
Colocação do eletrodo: Próximos aos pontos motores dos músculos;
Indicações: Atrofias por desuso e fraqueza causadas por problemas ortopédicos;
Cuidados: Evitar fadiga muscular. A cooperação ativa do paciente é fundamental.

Estimulação associada a propriocepção


Objetivo: Aumentar o grau de dificuldade aos exercícios proprioceptivos;
Intensidade: Moderada;
Frequência: 50 HZ;
Tempo ON: 10 a 15 segundos;
Tempo OFF: 40 a 60 segundos:
Relação aproximada ON/OFF: 1 / 4
Duração da sessão: 30 minutos;
Colocação dosa eletrodos: nos músculos agonistas;
Indicações: Para pacientes aptos a realizar exercícios proprioceptivos.
Precauções:
 Queimaduras químicas
 Interferências com marcapassos
 Desconforto se existe preservação sensitiva
 Dermatite alérgica a gel de contato
 Crises hipertensivas
Contraindicações:
 Osteoporose severa
 Calcificações ativas
 Lesões
 Alterações visuais
 Instabilidade emocional
 Baixo QI
 Intolerância ao estímulo elétrico
 Epilepsia
Corrente AUSSIE
A corrente AUSSIE, também conhecida como corrente australiana, é uma corrente elétrica terapêutica alternada com
frequência na faixa de KHZ; tem relações com a corrente interferencial e Russa, porém sua diferença está na frequência
portadora da corrente que é (KHZ) ao invés de (HZ), na duração dos Bursts (que são de curta duração, que faz com que a
estimulação proporcionada pela corrente seja mais eficiente em comparação asa demais) e na forma de onda.
Tradicionalmente, a corrente interferencial é modulada em amplitudes de forma senoidal e a corrente Russa é formada a
partir de bursts com 50% de ciclo de trabalho (ON e OFF).
A corrente AUSSIE possui duas possibilidades de frequência: 1 KHZ e 4 KHZ.
1KHZ: Para estimulação motora (Fortalecimento e tonificação muscular);
4KHZ: Para estimulação sensorial.
A corrente apresenta Busrts de curta duração (2 ms na corrente de 1 KHZ e 4 ms na corrente de 4 KHZ) e sua frequência é
variável de 1 a 120 HZ e intensidade de 1 a 180 mA.
Timer: Permite selecionar o tempo de aplicação;
Frequência de Bursts: Frequência dos trens de pulso- pode ser selecionada pelo terapeuta na faixa de 1 a 120 HZ;
Duração dos Bursts: pode ser em 2 ms e 4 ms;
Rise: Tempo de subida do pulso;
Decay: Tempo de descida do pulso;
Tempo ON: Tempo máximo de contração muscular;
Tempo OFF: Tempo de repouso de contração muscular
 No modo sincronizado o tempo Rise, ON, Decay e OFF funcionam os 4 ao mesmo tempo.
 No modo recíproco os canais 1 e 3, 2 e 4 funcionam simultaneamente
Parâmetros da corrente
Estimulação motora: 50 HZ
Drenagem Linfática: 10 HZ
Analgesia: 100 HZ
Estimulação Sensorial
Frequência portadora: 4 KHZ;
Duração dos Bursts: 4 ms
Frequência moduladora dos Bursts: 10 HZ (drenagem) e 100 a 120 HZ (analgesia)

Estimulação motora (fortalecimento muscular)


Frequência portadora: 1 ou 2 KHZ
Duração dos Burts: 2 ms
Frequência de modulação: 50 HZ

Corrente Interferencial
Corrente de média frequência;
Efeitos da corrente: Diminuição da dor pela teoria das comportas e pela normalização do balanço neurovegetativo
aumentando a microcirculação.
Analgesia e reparo tecidual.
A corrente pode ser: Bipolar e tetrapolar
Bipolar: 1 cabo (2 eletrodos) - Heterógena (fora, no aparelho)
Tetrapolar: 2 cabos (4 eletrodos) - Endógena (dentro do tecido).
 A corrente que sai do canal 1 é fixa em 4000 HZ;
 A corrente que sai de F2 será a somatória de F1 mais a frequência terapêutica que o fisioterapeuta escolher.
 O resultado de F1+F2 é chamado de AMF (amplitude moduladora de frequência) a qual sempre será uma corrente de
baixa frequência, não ultrapassando 150 HZ.
F1= 4000 HZ F2= 4080 HZ AMF= 80 HZ
Método Bipolar
Interferência produzida no próprio equipamento/ a modulação sai pronta nos eletrodos.
Em alguns aparelhos libera corrente com tempo ON e OFF.
Método Tetrapolar
Interferência dentro do corpo
Local da lesão deverá estar a 45 graus dos eletrodos de canais diferentes.
Estático- Lesão localizada
Dinâmico- Autovetor ou varredura- dor generalizada.
Programa de sweep identifica a possibilidade de variação de frequência ( AMF)
A variação de AMF é no máximo 50% AMF
EX: AMF= 80 HZ AMF= 40 HZ
A variação no espectro será de 80 HZ até 120 HZ
Programa de slope determina a forma como será essa variação
Triangular- 6:6 (aguda) - AMF= 90 a 150 HZ
Quadrado- 1:1 (crônica) - AMF= 5 a 30 HZ
Trapezoidal- 1:5:1 (subaguda) AMF= 40 a 80 HZ

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