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Infecção hospitalar e os tipos de

isolamentos
Os profissionais de saúde estão expostos
frequentemente a material biológico, por isso
os riscos de contaminação podem ser altos a
depender da atividade realizada.
Os acidentes com esses profissionais
geralmente envolvem ferimentos com agulhas
ou outro material cortante e contato direto
com sangue ou materiais contaminados.
Dentre os mais envolvidos com esses
acidentes, destacam-se os profissionais
de enfermagem.
INFECÇÃO:É uma ação exercida no organismo
por um agente patogênico, causando danos ao
mesmo.
Exemplo: bactérias, vírus,protozoários e
fungos.
O que é infecção hospitalar? Para fins de
classificação epidemiológica, a infecção
hospitalar é toda infecção adquirida durante a
internação hospitalar (desde que não incubada
previamente à internação) ou então
relacionada a algum procedimento realizado
no hospital (por exemplo, cirurgias), podendo
manifestar-se inclusive após a alta.
Infecção cruzada é um termo utilizado para
referir-se à transferência de microrganismos de
uma pessoa (ou objeto) para outra pessoa,
resultando necessariamente em uma infecção.
FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO
Extremos da idade
Doença de base
Desnutrição / Desidratação
Uso prolongado de medicamentos
Tempo de hospitalização
Quantidade de procedimentos invasivos
Técnica, uso ou processamento de materiais de
forma indevida
Infecção endógena é aquela causada por microrganismos que já
estavam presentes no organismo hospedeiro, sendo, portanto
uma autoinfecção.

Infecção exógena é uma infecção adquirida de fora para dentro é


causada por microrganismos adventícios que estavam presentes
anteriormente no organismo hospedeiro. Na transmissão de
microrganismos de fontes exógenas hospitais temos,
segundo Oliveira, três fontes:
o ambientes hospitalar como um todo,
seus dispositivos e equipamentos e
profissionais da saúde
Transmissão por contato
Segundo Fernandes et al (2000), a infecção por
contato é a forma de transmissão mais
comum. Pode ser dividida em:
• Transmissão por contato direto: ocorre
quando os micro-organismos são
transportados de uma pessoa para outra sem
que haja a participação de um objeto ou
indivíduo intermediário contaminado.

• Transmissão por contato indireto: ocorre


quando o patógeno é transmitido ao paciente
através de um objeto ou indivíduo
intermediário contaminado. Um exemplo
importante é a contaminação das mãos dos
prestadores de saúde, outro, a falta de
desinfecção de materiais de uso contínuo
como termômetros, esfigmomanômetro, etc.,
utilizados em diversos pacientes. Além desses,
os uniformes, brinquedos, mobiliário
hospitalar infectado, também são exemplos na
transmissão por contato indireto.
Transmissão pelo ar
São infecções transmitidas pelo ar por meio
de:

• Gotículas: ocorre a passagem dos


microrganismos através das partículas
liberadas durante a tosse, espirro ou fala. Essas
gotículas (>5 micra) podem se depositar a
curta distância (1 a 1,5 metro) nos olhos, na
boca ou nariz (CARDOSO, et al, 2005).

• Exemplos de doenças transmitidas por


gotículas: Caxumba, Gripe, Meningite,
Rubéola, etc.
• Aerossóis: dispersão de partículas muito
pequenas pelo paciente contaminado.
• Exemplos de doenças transmitidas por
aerossóis: Tuberculose pulmonar, Sarampo,
Varicela, etc.
Transmissão por vetores
Todos sabem que os Hospitais devem ser locais
exemplares em relação à limpeza. Porém,
muitas vezes, essa não é a realidade que temos
atualmente, verificamos locais sujos, com
acúmulo de materiais inutilizados ou com
guarda indevida de lixo, sem telas de proteção
em janelas, dentre outros. Esses locais podem
ser atrativos de insetos e roedores, causadores
de transmissão de doenças por meio de
vetores de infecção.
Transmissão por fonte comum
A Transmissão por fonte comum é aquela em
que diversos pacientes são contaminados por
uma única fonte de transmissão. Exemplos
deste tipo de contaminação: nutrição
parenteral contaminada, soluções como soros
contaminados hemoderivados, soluções de
diálise e hemodiálise contaminadas, dentre
outros. Nesse caso, as medidas tomadas
devem ser imediatas na tentativa da
descoberta do foco causador, bem como
medidas de controle do surto.
Tipos de isolamento e precaução

Precaução respiratória 
São indicadas para pacientes portadores de microrganismos
transmitidos por gotículas de tamanho superior a 5 microns, que
podem ser geradas durante tosse, espirro, conversação ou realização
de diversos procedimentos. (Exemplo: coqueluche, difteria,
streptococos pneumoiae, neisseria meningitides e caxumba). 
Estas precauções consistem em: 
1. Quarto privativo ou corte de pacientes com
o mesmo agente etiológico. A distância mínima
entre dois pacientes deve ser de 1 metro. A
porta pode permanecer aberta; 
2. Máscara deve ser utilizada se houver
aproximação ao paciente, numa distância
inferior a um metro. Por questões
operacionais, as máscaras podem ser
recomendadas para todas as vezes que o
profissional entrar no quarto. Devem-se incluir
os visitantes e acompanhantes; 
3. O transporte dos pacientes deve ser limitado
ao mínimo indispensável e, quando for
necessário, o paciente deve usar máscara.
Precauções com aerossóis
São indicadas para pacientes com suspeita ou
infecção comprovada por microrganismos
transmitidos por aerossóis (partículas de
tamanho < 5 microns) que ficam suspensos no
ar e que podem ser dispersos a longas
distâncias. (Exemplo: varicela, sarampo,
tuberculose). 

Consistem em: 
1. Quarto privativo (ou coorte, que deve ser
evitada) que possua pressão de ar negativa em
relação às áreas vizinhas; um mínimo de 06
trocas de ar por hora; e, cuidados com o ar que
é retirado do quarto (filtragem com filtros
HEPA) antes da recirculação em outras áreas
do hospital. As portas devem ser mantidas
fechadas; 
2. Proteção respiratória com máscara que
possua capacidade adequada de filtração e boa
vedação lateral, máscara nº 95. Indivíduos
suscetíveis a sarampo e varicela não devem
entrar no quarto de pacientes com suspeita ou
portadores destas infecções; 

3. O transporte dos pacientes deve ser


limitado, mas se for necessário eles devem
usar máscara (a máscara cirúrgica é
suficiente). 
Precauções de contato
Estão são indicadas para pacientes com
infecção ou colonização por microrganismos
com importância epidemiológica e que são
transmitidos por contato direto (pele-a-pele)
ou indireto (contato com itens ambientais ou
itens de uso do paciente). (Exemplo: infecções
gastrintestinais, respiratória, pele e ferida
colonizada, entéricas e grandes abscessos).

Consistem em:
1. Quarto privativo ou coorte, quando os
pacientes estiverem acometidos pela mesma
doença transmissível. Os recém-nascidos
podem ser mantidos em incubadora. Crianças
e outros pacientes, que não deambulam, não
requerem quarto privativo, desde que as
camas tenham um afastamento maior do que
1metro entre elas;
2. Uso de luvas quando entrar no quarto do
paciente. Após o contato com material que
contenha grande concentração de
microrganismos (por exemplo: sangue, fezes e
secreções), as luvas devem ser trocadas e as
mãos lavadas. Após a lavagem das mãos, deve-
se evitar o contato com superfícies ambientais
potencialmente contaminadas;

3. Uso de avental limpo, não estéril, quando


entrar no quarto, se for previsto contato com o
paciente que possa estar significativamente
contaminando o ambiente (diarréia,
incontinência, incapacidade de higienização,
colostomia, ileostomia, ferida com secreção
abundante ou não contida por curativo). O
avental deve ser retirado antes da saída do
quarto, e deve-se evitar o contato das roupas
com superfícies ambientais potencialmente
contaminadas;
. O transporte de pacientes para fora do quarto
deve ser reduzido ao mínimo. As precauções
devem ser mantidas durante o transporte;

5. Os itens que o paciente tem contato e as


superfícies ambientais devem ser submetidas à
limpeza diária;

6. Equipamentos de cuidado com os pacientes


e materiais como estetoscópio,
esfigmomanômetro ou cômoda ao lado do
paciente, sempre que possível, devem ser
usados somente por um único paciente. Se não
for possível, a desinfecção deste material é
recomendada entre o uso em um e outro
paciente.
USO DO JALECO
A ANVISA, através da NR-32, considera o jaleco um
Equipamento de Proteção Individual.
E orienta: "O trabalhadores não devem deixar o local de
trabalho com equipamentos de proteção individual e
vestimentas utilizadas em suas atividades laborais.

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