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Controle de Infecção Professor Carlos

Alberto Rodrigues de
Relacionada a Assistência Oliveira
Flora residente e Flora Transitória
A Microbiota Residente: É constituída por microrganismos de
baixa virulência, como estafilococos, corinebactérias e micrococos,
pouco associados às infecções veiculadas pelas mãos. É mais difícil
de ser removida pela higienização das mãos com água e sabão,
uma vez que coloniza as camadas mais internas da pele.

A Microbiota Transitória: coloniza a camada mais superficial da pele, o


que permite sua remoção mecânica pela higienização das mãos com água
e sabão, sendo eliminada com mais facilidade quando se utiliza uma
solução antisséptica. É representada, tipicamente, pelas bactérias Gram-
negativas, como enterobactérias (Ex: Escherichia coli), bactérias não
fermentadoras (Ex: Pseudomonas aeruginosa), além de fungos e vírus.
Higienização das Mãos em Serviços de Saúde

A higienização das mãos apresenta as


seguintes finalidades

• Remoção de sujidade, suor, oleosidade,


pêlos, células descamativas e da microbiota
da pele, interrompendo a transmissão de
infecções veiculadas ao contato;

• Prevenção e redução das infecções


causadas pelas transmissões cruzadas.
Higienização das Mãos em Serviços de Saúde
HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS: É A LAVAGEM DAS MÃOS PELA FRICÇÃO
COM ÁGUA E SABÃO LÍQUIDO COMUM (I.E., SABÃO NÃO MEDICAMENTOSO)
DURANTE 40 A 60 SEGUNDOS.

Finalidade

Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a
oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de
microrganismos.

Higienização antisséptica das mãos: Esta técnica é realizada de forma idêntica à higienização
simples das mãos, substituindo-se o sabão líquido por preparações antissépticas degermantes a base
de digluconato de clorexidina a 2% ou 4% ou de polivinilpirrolidona-iodo a 10%, com 1% de iodo ativo.

Finalidade

Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com
auxílio de um anti-séptico.

Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.


Higienização das Mãos em Serviços de Saúde
FRICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS COM PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS: É FEITA COM
PREPARAÇÃO ALCOÓLICA NA FORMA LÍQUIDA OU DE GEL, CONTENDO GERALMENTE ÁLCOOL
ETÍLICO A 70% (CONCENTRAÇÃO EM PESO), COM OBJETIVO DE REDUZIR A CARGA
MICROBIANA DAS MÃOS (NÃO HÁ REMOÇÃO DE SUJIDADES).

Finalidade

Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel
alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a
higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas.
Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos.

A higienização das mãos com preparações alcoólicas é indicada quando as mãos não
estiverem visivelmente sujas, em todas as situações a seguir:
Antes de contato com o paciente, após contato com o paciente, Antes de realizar
procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos, antes de calçar luvas para a
inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico, após risco de
exposição a fluidos corporais, ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo,
durante o cuidado ao paciente, após contato com objetos inanimados e superfícies
Higienização das Mãos em Serviços de Saúde
ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS: É O PROCEDIMENTO QUE TEM COMO OBJETIVO
ELIMINAR A MICROBIOTA TRANSITÓRIA DA PELE E REDUZIR A MICROBIOTA RESIDENTE,
ALÉM DE PROPORCIONAR EFEITO RESIDUAL NA PELE DO PROFISSIONAL.

Finalidade

Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de


proporcionar efeito residual na pele do profissional.
As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e
descartáveis, impregnadas ou não com anti-séptico e de uso exclusivo em leito ungueal e
subungueal.
Para este procedimento, recomenda-se:
Anti-sepsia cirúrgica das mãos e antebraços com anti-séptico degermante.
Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as
cirurgias subseqüentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante).
USO DE ÁGUA E SABÃO
• Quando as mãos estiverem visivelmente
sujas ou contaminadas com sangue e
outros fluidos corporais.
• Ao iniciar o turno de trabalho.
• Após ir ao banheiro.
• Antes e depois das refeições.
• Antes de preparo de alimentos.
• Antes de preparo e manipulação de
medicamentos.
USO DE PREPARAÇÃO ALCOÓLICA
Antes de contato com o paciente Antes de realizar procedimentos
Objetivo: proteção do paciente, assistenciais e manipular dispositivos
evitando a transmissão de invasivos
microrganismos oriundos das mãos Objetivo: proteção do paciente, evitando a
do profissional de saúde. transmissão de microrganismos oriundos
das mãos do profissional de saúde.

Após contato com o paciente Antes de realizar procedimentos


assistenciais e manipular dispositivos
Objetivo: proteção do profissional e invasivos
das superfícies e objetos
imediatamente próximos ao Objetivo: proteção do paciente, evitando a
paciente, evitando a transmissão de transmissão de microrganismos oriundos das
microrganismos do próprio mãos do profissional de saúde.
paciente.
USO DE PREPARAÇÃO ALCOÓLICA
Após risco de exposição a fluidos Após contato com objetos inanimados e
corporais superfícies imediatamente próximas ao
Objetivo: proteção do profissional e paciente
das superfícies e objetos Objetivo: proteção do profissional e das
imediatamente próximos ao superfícies e objetos imediatamente próxi-
paciente, evitando a transmissão de mos ao paciente, evitando a transmissão de
microrganismos do paciente a outros microrganismos do paciente a outros
profissionais ou pacientes. profissionais ou pacientes.

Ao mudar de um sítio corporal Antes e após remoção de luvas


contaminado para outro, limpo, (sem talco)
durante o cuidado ao paciente
Objetivo: proteção do paciente,
evitando a transmissão de Objetivo: proteção do profissional e
microrganismos de uma das superfícies e objetos
determinada área para outras áreas imediatamente próximos ao
de seu corpo. paciente, evitando a transmissão de
microrganismos do paciente a
outros profissionais ou pacientes.
Os 05
Momentos
de
Higienização
das Mãos
Técnica de
lavagem
das Mãos
Técnica de Higienização das Mãos com solução Alcoólica
Precaução Padrão: É a mais importante e está
designada para o cuidado de todos os pacientes. São
planejadas para, qualquer que seja o diagnóstico do
paciente, reduzir o risco de transmissão de
Tipos de Precaução microrganismos através do sangue e de outros
fluídos corpóreos, secreções e excreções, exceto
suor, independentemente de haver sangue visível ou
não.
Precaução de Contato: Os microrganismos
podem ser transmitidos de uma pessoa a outra
através do contato com a pele ou mucosa.
Podemos classificar este modo de transmissão
em duas categorias:

Contato direto:
Ocorre quando um microrganismo é transmitido
de um paciente a outro, através do contato
direto da pele, sem que haja a participação de
um veículo inanimado ou fômite como por
exemplo, KPC, Herpes simples, Pseudomonas
aeruginosa, Acinetobacetr baumanii,
Staphylococcus.
Contato indireto:
Quando a transmissão ocorre pelo contato da
pele e mucosas com superfícies ambientais e
nos artigos e equipamentos de cuidados aos
pacientes contaminados por microrganismos,
como por exemplo, Enterococo resistente à
vancomicina.

Tipos de Precaução
• Transmissão por gotículas: Ocorre através do contato próximo com o paciente, por
gotículas eliminadas pela fala, tosse, espirros e realização de procedimentos como a
aspiração de secreções. As gotículas de tamanho considerado grande (>5m), atingem
até um metro de distância e rapidamente se depositam no chão. Exemplos: Doença
meningocócica, Gripe, Coqueluche, Difteria, Caxumba e Rubéola.

• Transmissão por aerossóis: Ocorre por partículas eliminadas durante a respiração,


fala, tosse ou espirro que quando ressecados permanecem suspensos no ar, podendo
permanecer por horas, atingindo outros ambientes, inclusive áreas adjacentes, pois
podem ser carreadas por correntes de ar. Como exemplos temos: M. tuberculosis,
Sarampo e Varicela.

Tipos de Precaução
0 Programa de Controle de
Infecções Hospitalares (PCIH)
é um conjunto de ações
desenvolvidas deliberada e
sistematicamente, com vistas
à redução máxima possível
da incidência e da gravidade
das infecções hospitalares.

Portaria nº 2.616, de
12 de maio de 1998
A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde,
de nível superior, formalmente designados.

Os membros consultores serão representantes, dos


seguintes serviços:
• serviço médico;
• serviço de enfermagem;
• serviço de farmácia;
• laboratório de microbiologia;
• administração.
Os membros executores da CCIH representam o Serviço de Controle
de Infecção Hospitalar e, portanto, são encarregados da execução
das ações programadas de controle de infecção hospitalar;

Um dos membros executores deve ser,


preferencialmente, um enfermeiro.

Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos,


a CCIH deverá ser acrescida de outros profissionais de
nível superior da área de saúde. Os membros executores
terão acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho
para cada 10 (dez) leitos ou fração;
São considerados
pacientes Críticos

• Pacientes de terapia intensiva


(adulto, pediátrico, e neonatal);
• Pacientes de berçário de alto risco;
• Pacientes queimados;
• Pacientes submetidos a transplantes
de órgãos;
• Pacientes hemato-oncológicos;
• Pacientes com Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida.
• Elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de infecção
hospitalar, adequado às características e necessidades da instituição,
contemplando, no mínimo, ações relativas a:
• Implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções
Hospitalares, de acordo com o Anexo III,
• Adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas técnico-
operacionais, visando à prevenção e controle das infecções hospitalares;
• Capacitação do quadro de funcionários e profissionais da instituição, no que
diz respeito à prevenção e controle das infecções hospitalares;
• Uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-
hospitalares;
• Avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo Sistema
de Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares e aprovar as
medidas de controle propostas pelos membros executores da CCIH;

COMPETÊNCIAS • Elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar, periodicamente, à


autoridade máxima de instituição e às chefias de todos os setores do
hospital a situação do controle das infecções hospitalares, promovendo seu
DA CCIH amplo debate na comunidade hospitalar,
• Elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas
técnico-operacionais, visando limitar a disseminação de agentes presentes
nas infecções em curso no hospital, por meio de medidas de precaução e
de isolamento;
• Adequar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas
técnico-operacionais, visando à prevenção e ao tratamento das infecções
hospitalares;
• Definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, política
de utilização de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-
hospitalares para a instituição;
• Cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo
treinamento, com vistas a obter capacitação adequada do quadro de
funcionários e profissionais, no que diz respeito ao controle das infecções
hospitalares;
Infecção comunitária (IC)
É aquela constatada ou em incubação no ato de
admissão do paciente, desde que não relacionada
com internação anterior no mesmo hospital.
São também comunitárias:
• A infecção que está associada com complicação ou
extensão da infecção já presente na admissão, a
menos que haja troca de microrganismos com
sinais ou sintomas fortemente sugestivos da
aquisição de nova infecção;
• A infecção em recém-nascido, cuja aquisição por
via transplacentária é conhecida ou foi comprovada
e que tornou-se evidente logo após o nascimento
(exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubéola,
citomegalovirose, sífilis e AIDS);
• As infecções de recém-nascidos associadas com
bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas.
Infecção É aquela adquirida após a admissão do paciente e
que se manifeste durante a internação ou após a
alta, quando puder ser relacionada com a
hospitalar (IH) internação ou procedimentos hospitalares.
Obs: quando, na mesma topografia em que foi
diagnosticada infecção comunitária, for isolado um
germe diferente, seguido do agravamento das
condições clínicas do paciente, o caso deverá ser
considerado como infecção hospitalar;
Quando se desconhecer o período de incubação do
microrganismo e não houver evidência clínica e/ou
dado laboratorial de infecção no momento da
internação, convenciona-se infecção hospitalar
toda manifestação clínica de infecção que se
apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas
após a admissão;
São também convencionadas infecções hospitalares
aquelas manifestadas antes de 72 (setenta e duas)
horas da internação, quando associadas a
procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticas,
realizados durante este período;
As infecções no recém-nascido são hospitalares,
com exceção das transmitidas de forma
transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota
superior a 24 (vinte e quatro) horas;
Os pacientes provenientes de outro hospital que
se internam com infecção, são considerados
portadores de infecção hospitalar do hospital de
origem infecção. Nestes casos, a Coordenação
Estadual/Distrital/Municipal e/ou o hospital de
origem deverão ser informados para computar o
episódio como infecção hospitalar naquele
hospital.
Quanto ao seu potencial de
contaminação, as cirurgias
podem ser classificadas

Cirurgias Limpas - são aquelas realizadas em


tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação,
na ausência de processo infeccioso e inflamatório
local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas
com cicatrização de primeira intenção e sem
drenagem aberta. Cirurgias em que não ocorrem
penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou
urinário;
Artoplastia do quadril, cirurgia cardíaca,
herniorrafia de todos os tipos, neurocirurgia,
procedimentos cirúrgicos ortopédicos (eletivos),
anastomose portocava, esplenorenal e outras,
mastoplastia, mastectomia parcial e radical;
Quanto ao seu potencial
de contaminação, as
cirurgias podem ser
classificadas
Cirurgias Potencialmente Contaminadas:
são aquelas realizadas em tecidos
colonizados por flora microbiana pouco
numerosa ou em tecidos de difícil
descontaminação, na ausência de processo
infeccioso e inflamatório e com falhas
técnicas discretas no transoperatório.
Cirurgias com drenagem aberta enquadram-
se nesta categoria. Ocorre penetração nos
tratos digestivo, respiratório ou urinário
sem contaminação significativa.
Histerectomia abdominal, cirurgia do
intestino delgado (eletiva), cirurgia das vias
biliares sem estase ou obstrução biliar,
cirurgia gástrica e duodenal em pacientes
normo ou hiperclorídricos, feridas
traumáticas limpas - ação cirúrgica até dez
horas após traumatismo, colecistectomia +
colangiografia, vagotomia + operação
drenagem, cirurgias cardíacas prolongadas
com circulação extracorpórea;
Quanto ao seu potencial
de contaminação, as
cirurgias podem ser
classificadas
Contaminadas: são aquelas realizadas em
tecidos recentemente traumatizados e abertos,
colonizados por flora bacteriana abundante, cuja
descontaminação seja difícil ou impossível, bem
como todas aquelas em que tenham ocorrido
falhas técnicas grosseiras, na ausência de
supuração local. Na presença de inflamação
aguda na incisão e cicatrização de segunda
intenção, ou grande contaminação a partir do
tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária
também se incluem nesta categoria.
Cirurgia de cólon, debridamento de
queimaduras, cirurgias das vias biliares em
presença de obstrução biliar, cirurgia intranasal,
cirurgia bucal e dental, fraturas expostas com
atendimento após dez horas, feridas traumáticas
com atendimento após dez horas de ocorrido o
traumatismo, cirurgia de orofaringe, cirurgia do
megaesôfago avançado, coledocostomia,
anastomose bilio-digestiva, cirurgia gástrica em
pacientes hipoclorídicos (câncer, úlcera gástrica),
cirurgia duodenal por obstrução duoenal;
Quanto ao seu potencial
de contaminação, as
cirurgias podem ser
classificadas

Cirurgias infectadas: são todas as


intervenções cirúrgicas realizadas em
qualquer tecido ou órgão, em presença
de processo infeccioso (supuração
local) e/ou tecido necrótico.
Cirurgia do reto e ânus com pus,
cirurgia abdominal em presença de pus
e conteúdo de cólon, nefrectomia com
infecção, presença de vísceras
perfuradas, colecistectomia par
colecistite aguda com empiema,
exploração das vias biliares em
colangite supurativa
Perioperatória
Período de tempo que vai desde
que o cirurgião decide indicar a
operação e comunica ao
paciente até que este último
retorne, depois da alta
hospitalar, às atividades
normais.

Perioperatória
Pré-operatória Transoperatório Pós-operatório
Mediata Imediata CC-SRPA Imediato Mediato Tardio
Decisão- 24 h 24 h- CC Intra-operatória: Cirurgia SRPA-24h 24h-Alta Domicílio
Período Perioperatório
Pré-operatório:
Mediato: Esta fase corresponde do momento da indicação da
cirurgia e termina 24 horas antes de seu início, geralmente
neste período o paciente ainda não se encontra internado.
Neste período, sempre que possível, o paciente deve:
• Passar por uma avaliação médica geral;
• Fazer exames clínicos detalhados (exames de sangue, RX,
eletrocardiograma);
• Solicitar de equipamentos e materiais especiais;
• Esclarecer a família e auxiliá-la a entender o processo da
cirurgia;
• Iníciar do preparo do paciente para o período pós
operatório;
• Identificar e corrigir distúrbios que possam aumentar o
risco cirúrgico.
Imediato: corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia e tem
por objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os
seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal,
esvaziamento vesical, preparo da pele e aplicação de
medicação pré-anestésica.
Período Perioperatório

Transoperatório:
Começa quando o paciente é transferido para a mesa da sala de cirurgia e
termina na Sala de recuperação pós- anestésica.

Intraoperatório consiste na intervenção propriamente dita,


realizada dentro do centro cirúrgico.
Período Perioperatório

Pós-operatório: Começa com a admissão do paciente na SRPA e termina com


uma avaliação de acompanhamento clínico ou em casa.
Imediato: até às 24 horas posteriores à cirurgia
Mediato (enfermaria): Compreende o período que decorre após 24 horas da
cirurgia até o momento da alta hospitalar
Tardio (domicílio): O pós-operatório tardio é o tempo de cicatrização e
prevenção das complicações, este período pode durar semanas ou meses após
cirurgia.
O desafio para Segurança em cirurgias tem
4 grandes objetivos

• Prevenir as infecções de sítio cirúrgico por meio de:

1. Lavagem das mãos


2. Uso apropriado e sensato de antimicrobianos
3. Preparação antisséptica da pele
4. Cuidado atraumático da ferida
5. Limpeza, desinfecção e esterilização do instrumental
Checklist para cirurgia segura
Identificação ou Sign in: (antes da indução anestésica)
quando se verifica verbalmente a identidade do paciente, o procedimento e o local da cirurgia, e
se o consentimento para o procedimento foi assinado. O coordenador da lista observa se o lado
correto da cirurgia foi sinalizado e confere se o oxímetro de pulso foi colocado corretamente no
paciente e está funcionando. Deve rever verbalmente, com a equipe de anestesia, se o paciente
possui vias aéreas de difícil acesso, risco de perda sanguínea ou de reação alérgica, de modo a
garantir a segurança durante o procedimento anestésico
Confirmação ou Timeout (antes da incisão na pele - pausa cirúrgica)
todos os profissionais presentes na sala de operações e que irão participar ativamente do
procedimento se apresentam (nome e função); faz-se a conferência, em voz alta, da identidade do
paciente, do procedimento e da parte do corpo que será operada. Em seguida, o cirurgião, o
anestesiologista e o membro da equipe de enfermagem, verbalmente, revisam os pontos críticos
para a cirurgia, fazendo uso do checklist e confirmando o uso profilático de antibióticos nos
últimos 60 minutos; além disso, certificam-se da disponibilidade dos exames de
imagem;
Registro ou Sign out (antes do paciente sair da sala cirúrgica)
em conjunto com a equipe, o coordenador da lista analisa o procedimento, contam-se as
compressas e os instrumentos, rotulam-se as peças anatômicas ou outras amostras obtidas,
checam-se informações sobre quaisquer danos nos equipamentos, assim como outros problemas
a serem resolvidos; finalizam traçando os planos de cuidados em relação ao pós-operatório, antes
do encaminhamento do paciente à sala de recuperação anestésica
TERMINOLOGIA CIRÚRGICA
•Tomia: significa incisão, corte, abertura de parede ou órgão (toracotomia,
laparotomia).
•Stomia: significa fazer uma nova boca; comunicar um órgão tubular ou oco com
o exterior ( traqueostomia, jejunostomia).
Ectopia: significa extirpar parcial ou totalmente um órgão (esofagectomia,
esplenectomia).
Plastia: significa reparação plástica da forma ou função do segmento afetado
(rinoplastia, queiloplastia).
•Rafia: significa sutura (herniorrafia, gastrorrafia).
•Pexia: significa fixação de uma estrutura corpórea (nefropexia, mamopexia).
•Scopia: significa visualizar o interior de um órgão cavitário ou cavidade com o
auxílio de aparelhos especiais (broncoscopia, colonoscopia).
TERMINOLOGIA CIRÚRGICA
Adeno..........Glândula
Blefaro.........Pálpebra
Cisto.............Bexiga
Colo..............Cólon
Cole..............Vesícula
Colpo............Vagina
Entero...........Intestino
Gastro...........Estômago
Histero..........Útero
Nefro............Rins
Oftalmo........Olho
Ooforo..........Ovário
Orqui............Testículo
Osteo............Osso
Oto................Ouvido
Proto.............Reto
Rino..............Nariz
Salpingo........Trompa
Traqueo........Traquéia
Classificação quanto ao Tratamento Cirúrgico
Momento operatório
• Urgência
• Emergência
• Eletivo
Quanto a Finalidade
• Paliativo
• Radical
• Plástica ( reparação ou reconstrução)
• Diagnóstico
• Curativa
Vigilância epidemiológica e
indicadores epidemiológicos das
infecções hospitalares
CCIH deverá escolher o método de Vigilância Epidemiológica mais
adequado às características do hospital à estrutura de pessoal e à natureza
do risco da assistência, com base em critérios de magnitude, gravidade,
redutibilidade das taxas ou custo.
São indicados os métodos prospectivos, retrospectivos e transversais,
visando determinar taxas de incidência ou prevalência.
São recomendados os métodos de busca ativos de coleta de dados para
Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares.
Todas as alterações de comportamento epidemiológico deverão ser objeto
de investigação epidemiológica específica.
Os indicadores mais importantes a serem obtidos e analisados
periodicamente no hospital e, especialmente, nos serviços de Berçário de
Alto Risco, UTI (adulto/pediátrica/neonatal) Queimados, são;
Taxa de Infecção Hospitalar, calculada tomando como numerador o número
de episódios de infecção hospitalar no período considerado e como
denominador o total de saídas (altas, óbitos e transferências) ou entradas
no mesmo período;
CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO
UPME
RDC-15 de 15/03/2012
Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o
processamento de produtos para saúde

O Centro de Material Esterilizado é


uma unidade voltada à prestação de
serviços, onde é realizado o trabalho
de limpeza, montagem, embalagem,
esterilização e armazenamento de
materiais necessários ás atividades de
assistência, diagnóstico e tratamento
desenvolvidos em uma instituição de
saúde.
Classificação da CME
• O CME Classe I é aquele que realiza o processamento de produtos para a
saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa,
passíveis de processamento.

OBS: Produto para saúde crítico de conformação complexa: produtos para


saúde que possuam lúmem inferior a cinco milímetros ou com fundo cego,
espaços internos inacessíveis para a fricção direta, reentrâncias ou válvulas

• O CME Classe II é aquele que realiza o processamento de produtos para a


saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não
complexa passíveis de processamento.

OBS: Produto para saúde de conformação não complexa: produtos para


saúde cujas superfícies internas e externas podem ser atingidas por
escovação durante o processo de limpeza e tenham diâmetros superiores
a cinco milímetros nas estruturas tubulares
Responsabilidade

• A responsabilidade pelo processamento dos produtos no


serviço de saúde é do Responsável Técnico. (Nível superior
com atuação exclusiva no CME classe II durante sua
jornada)

• A responsabilidade pelo processamento dos produtos na


empresa processadora é do Representante Legal.
CPPS Comitê de Processamento de
Produtos para Saúde

Quinhentas cirurgias/mês, excluindo partos;

• I - da diretoria do serviço de saúde;


• II - responsável pelo CME;
• III - do serviço de enfermagem;
• IV - da equipe médica;
• V - da CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar)
Cirurgias Experimentais

No CME e na empresa processadora destinadas à


assistência humana é proibido processar produtos
para saúde oriundos de procedimentos realizados em
animais, incluindo cirurgias experimentais
Classificação do Produto x Escolha do Processo

Produtos para saúde classificados como críticos devem ser submetidos ao


processo de esterilização, após a limpeza e demais etapas do processo.

Produtos para saúde classificados como semicríticos devem ser submetidos,


no mínimo, ao processo de desinfecção de alto nível, após a limpeza.

Produtos para saúde classificados como não-críticos devem ser submetidos,


no mínimo, ao processo de limpeza.

O processamento de produtos devem seguir um fluxo direcionado sempre da


área suja para a área limpa.
Assistência Ventilatória
• Produtos para saúde semicríticos utilizados na
assistência ventilatória, anestesia e inaloterapia
devem ser submetidos à limpeza e, no mínimo, à
desinfecção de nível intermediário, com produtos
saneantes em conformidade com a normatização
sanitária, ou por processo físico de
termodesinfecção, antes da utilização em outro
paciente;

• Produtos para saúde utilizados na assistência


ventilatória e inaloterapia, não poderão ser
submetidos à desinfecção por métodos de imersão
química líquida com a utilização de saneantes a
base de aldeídos.
Empresa Processadora Contratada
• Regularizada junto aos órgãos sanitários;
• Contrato de prestação de serviço;
• O Serviço de Saúde é co-responsável pela segurança do processamento dos produtos para
saúde, realizado por empresa processadora por ele contratada.
• Parágrafo único. O serviço de saúde responde solidariamente por eventuais danos ao paciente
causados pela empresa processadora contratada, no que se refere às atividades relacionadas ao
processamento dos produtos para saúde.
• Os produtos para saúde devem ser encaminhados para processamento na empresa
processadora após serem submetidos à pré-limpeza no serviço de saúde, conforme
Procedimento Operacional Padrão (POP), definido em conjunto pela empresa e o serviço de
saúde contratante.
• A limpeza, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição de produtos
para saúde devem ser realizados pelo CME do serviço de saúde e suas unidades satélites ou
por empresa processadora.
• O processamento de produtos para saúde não críticos pode ser realizado em outras unidades
do serviço de saúde desde que de acordo com Procedimento Operacional Padronizado - POP
definido pelo CME.
• Todos os produtos para saúde que não pertençam ao serviço e que necessitem de
processamento antes da sua utilização devem obedecer às determinações do CME.
Segurança do Trabalho

O trabalhador do CME e da empresa processadora deve utilizar vestimenta


privativa, touca e calçado fechado em todas as áreas técnicas e restritas

• Luvas de proteção térmica impermeável - descarga de secadoras e


termodesinfetadoras e autoclave
• Na sala de recepção e limpeza, o protetor facial pode substituir o uso de
máscara e óculos.
ARTIGOS CRÍTICOS

Destinados aos procedimentos invasivos na


pele e mucosas adjacentes, nos tecidos sub-
epiteliais e no sistema vascular. Estes requerem
esterilização para satisfazer os objetivos a que se
propõem. Exemplo: agulhas , cateteres
intravenosos, implantes etc.
ARTIGOS SEMICRÍTICOS

São artigos que entram em contato com a pele


não-íntegra ( porém, restritos às camadas da pele ) ou
com mucosas íntegras. requerem desinfecção de médio
ou de alto nível, ou esterilização, para ter garantida a
qualidade do seu múltiplo uso. exemplo: cânula
endotraqueal, equipamentos respiratórios, espéculo
vaginal, sonda nasogástrica etc.
Pinças de campo

Pinças de campo:
destinam-se a fixação
dos campos cirúrgicos.
A mais conhecida e
usada é a Backhaus.
MOMENTOS CIRÚRGICOS

• Diérese
• Hemostasia
• Cirurgia propriamente dita ou exérese
• Síntese cirúrgica
DIÉRESE
Consiste na separação dos planos anatômicos
ou tecidos para possibilitar a abordagem de
um órgão ou região.

Instrumental para diérese compreendem os


bisturis e as tesouras.
INSTRUMENTAIS DE DIÉRESE
Bisturi e Lâminas
INSTRUMENTAIS DE DIÉRESE
Tesouras
Tesouras de Metzenbaum (A) e Mayo (B)
HEMOSTASIA
• A hemostasia é o processo através do qual se
previne, detém ou impede o sangramento

• Métodos utilizados para a realização da


hemostasia são:
1. Hemostasia prévia ou pré-operatória;
2. Hemostasia temporária;
3. Hemostasia definitiva;
Hemostasia prévia ou
pré-operatória
• Este método de hemostasia é realizado antes da
intervenção cirúrgica, visa interromper, em
caráter temporário, o fluxo de sangue para a
ferida cirúrgica e, com isso prevenir ou diminuir
a perda sanguínea.

➢Faixa de esmarch,
➢Compressão digital de artéria.
Hemostasia temporária
• É aquela efetuada durante a intervenção
cirúrgica, com a finalidade de deter ou
impedir, temporariamente, o fluxo de
sangue ao campo operatório.

➢Pinça Bulldog atraumática


Hemostasia definitiva

• É o método pelo qual se obtém a obliteração do


vaso sanguíneo em caráter permanente.

• A hemostasia por laqueadura e pinçamento é o


método mais utilizado no ato cirúrgico e obtido
por meio da utilização de pinças hemostáticas do
tipo kelly, halstead e rochester, e fios de sutura.
Tipos de hemostasia definitiva
• Por pinçamento;
• Por cauterização;
• Por transfixação;
• Por ligadura;
• Por tamponamento
• Por produto químico.
Hemostáticas Pinça
Rochester
Pinça Kelly

Pinça Kocher

Pinça
Halstead

Pinça Mixter
CIRURGIA PROPRIAMENTE DITA
Trata-se do principal tempo de cirurgia, pois
é nessa fase que pode ocorrer a retirada
total ou parcial de um órgão ou tecido.
Nesse tempo são utilizados instrumentos
cirúrgicos específicos de acordo com a
cirurgia
CIRURGIA PROPRIAMENTE DITA
INSTRUMENTAL DE PREENSÃO
São aqueles destinados a prender vísceras
e a manipular tecidos. Os dois tipos
básicos são as pinças elásticas e os
instrumentos com anéis e cremalheiras.
INSTRUMENTAIS DE PREENSÃO
Elásticas

Pinça anatômica Pinça dente de rato


Duval Allis

Instrumentais de
Preensão
Collin oval
INSTRUMENTAL DE SEPARAÇÃO
São os afastadores ou separadores. Classificam-
se em auto-estáticos e dinâmicos.

• Afastadores auto-estáticos: são aqueles que se


mantém abertos e na posição por si sós.
Exemplo: Gosset e Balfour.

• Afastadores dinâmicos: são aqueles


manuseados pelos auxiliares e com possibilidade
de mudarem de posição sempre que a
necessidade do campo cirúrgico a isso
obrigarem.
Afastadores de
separação
auto- estáticos
Afastadores dinâmicos
Afastador Farabeuf Afastador de Doyen
INSTRUMENTAL DE SEPARAÇÃO

Espátulas: outro tipo de


afastador de uso diverso,
também conhecidas como
sapatas (forma de sola de
sapato) ou as laminares,
rígidas ou maleáveis.
SINTESE

Porta-agulhas: instrumentos
através dos quais se
manuseiam agulhas e fios na
síntese dos tecidos.
• Os dois tipos básicos são o
porta-agulhas de Hegar e o
Mathieu.
Instrumentação Cirúrgica
ARRUMAÇÃO NA MESA DE
INSTRUMENTAIS

Afastadores Especial Síntese

Hemostasia Preensão Diérese


Mesa cirúrgica
Fios de Sutura
• Os fios de sutura são utilizados para obtenção
de hemostasia (ligadura vascular) e para
aproximação de tecidos. Surgiram e
foram desenvolvidos ao longo dos séculos em
função da necessidade de controlar
hemorragias e também de favorecer a
cicatrização de ferimentos ou incisões.
Classificação quanto a Categoria,
Absorvíveis
Origem animal: EX: Catgut
Origem sintético
Não absorvível ou inabsorvíveis
Origem animal: seda cirúrgica
Origem vegetal: algodão e linho cirúrgico
Origem sintética: nailon, perlon, poliester,
polipropileno
Origem mineral: aço cirúrgico
Fios Cirúrgicos - Absorvíveis
• São aqueles que, após colocados nos tecidos,
sofrem a ação dos líquidos orgânicos, sendo
absorvidos após algum tempo.
Catgut – fabricado de colágeno puro, extraído da
camada serosa do intestino delgado dos bovinos,
a qual passa por processo de limpeza manual e
purificação química.
Fios Cirúrgicos - Absorvíveis
Catgut Simples:
Ao ser preparado não houve alteração no seu tempo de absorção
quando em contato com os tecidos orgânicos.
Perda da resistência tênsil nos tecidos se dá em torno de 5 a 6 dias,
Absorção total, em 2 a 3 semanas.
Indicado para tecidos de rápida cicatrização
Fios Cirúrgicos - Absorvíveis
Catgut Cromado:
É preparado com sais de ácidos crômico ou tânico,
o que lhe confere maior tempo para ser
absorvido,
Perda da resistência se dá em torno de 2 a 3
semanas, e a absorção total, em 6 meses.
Fios Cirúrgicos – Não absorvíveis ou inabsorvíveis

• São aqueles que, mesmo sofrendo a ação dos


líquidos orgânicos, não são absorvidos e
permanecem envolvidos por tecidos fibroso
(encapsulados) quando utilizados em
estruturas internas, ou necessitam ser
removidos, se utilizados nas suturas da pele.
ARTIGOS NÃO CRÍTICOS

São aqueles destinados ao contato com apele


íntegra e também os que entram em contato direto
com o paciente. Requerem limpeza ou desinfecção
de baixo ou médio nível, dependendo do uso a que
se destinam ou do último uso realizado. Exemplo:
termômetros, estetoscópios, roupas de cama do
paciente etc.
ÁREAS CRÍTICAS

São assim consideradas devido a presença


de pacientes com depressão da resistência anti-
infecciosa ou devido ao risco aumentado do
ambiente de transmissão de infecções. Exemplos:
sala cirúrgica, sala de parto, uti etc.
ÁREAS SEMICRÍTICAS

São todas as áreas ocupadas por pacientes de


doenças não-infecciosas de baixa transmissibilidade.
Exemplo: unidades de internação e corredores internos
de circulação.
ÁREAS NÃO-CRÍTICAS

São todas as áreas hospitalares não-ocupadas por


pacientes

Exemplo: Almoxarifado, setor administrativo etc


Assepsia, antissepsia e Degermação
Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração
de microrganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um
ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.

Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de


microrganismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou
não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes.

Degermação: significa a diminuição do número de microrganismos patogênicos


ou não, após a escovação da pele com água e sabão.
LIMPEZA
Remoção de sujidade visível orgânica e inorgânica e por conseguinte de
sua carga microbiana

• Iniciar quanto mais cedo – bioburden (carga microbiana)


• Medida aceita internacionalmente é de 106 UFC (Unidade Formadora de
Colônia)– para segurança do processo de esterilização
OBJETIVOS
• Remover sujidades;
• Remover ou reduzir a quantidade de microrganismos;
• Remover resíduos (químicos, orgânicos, endotoxinas -
lipopolissacarídeos da parede celular de bactérias gram-negativas -
biofilmes – cj. de células microbianas associadas á superfície)
• Garantir a eficácia do processo de desinfecção e esterilização.
Limpeza manual
• Fricção com escovas e dos uso de soluções de limpeza
• Restringir aos artigos delicados, desmontáveis
• Preferencial solução enzimática - constituem combinações
de detergentes e enzimas utilizados comumente em
instrumentos de difícil acesso e lumens estreitos
• Utilizar EPI apropriado: luva grossa de borracha
antiderrapante de cano longo, avental, bota, gorro,
protetor facial, máscara e óculos de proteção.
• Friccionar artigos sob a água para evitar aerossóis
Limpeza mecânica

• Lavadora Ultra-Sônica: convertem ondas sonoras de ultra-


alta frequência em vibrações mecânicas que se movem na
água, criando bolhas microscópicas. Ideal para artigos de
conformação complexa
• Lavadora Pasteurizadora: inativação de bactérias
patogênicas por 0meio de calor, relativamente a baixas
temperaturas (66 C)
• Lavadora Termodesinfetadora: limpam e desinfetam, por
meio térmico ou químico (detergente é aplicado sob
pressão por meio de bicos ou braços rotativos)
Limpeza Concorrente

É o procedimento de limpeza realizado, diariamente, em


todas as unidades dos estabelecimentos de saúde com a
finalidade de limpar e organizar o ambiente, repor os
materiais de consumo diário (por exemplo, sabonete líquido,
papel higiênico, papel toalha e outros), recolher os resíduos e
detectar materiais e equipamentos não funcionantes. Nesse
procedimento estão incluídas a limpeza de todas as
superfícies horizontais, de mobiliários e equipamentos, portas
e maçanetas, parapeitos de janelas, e a limpeza do piso e
instalações sanitárias.
Limpeza Terminal

Trata-se de uma limpeza mais completa, incluindo


todas as superfícies horizontais e verticais, internas e
externas. É realizada na unidade do paciente após
alta hospitalar, transferências, óbitos (desocupação
do local) ou nas internações de longa duração
(programada).
Desinfecção
É o processo de eliminação e destruição de microrganismos,
patogênicos ou não, em sua forma vegetativa

Níveis de desinfecção:

• Alto nível: destrói todos os microrganismos na forma vegetativa e alguns esporulados, bacilo
da tuberculose, fungos e vírus. Requer enxágue do material com água estéril e
manipulação com técnica asséptica.
Indicado: lâminas de laringoscópio, equipamento respiratório e de anestesia e endoscópio
Glutaraldeído 2% (20 – 30 minutos). Portaria n0 3/2006. EPI ( Máscara de filtro químico,
avental impermeável, óculos, luva de borracha cano longo, botas) – vapores: irritação nos
olhos, nariz e garganta/ corrosivo para alguns artigos de metal. Validade 14 ou 28 dias.
Ácido Peracético 0,2% - 10 minutos. (Atóxico e sem efeito residual) Não corrosivo/ EPI.
Validade 30 dias.
VOXILON AN - DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL EM 10 MINUTOS
Desinfecção

• Médio nível: Elimina bactérias vegetativas, a maioria dos vírus, fungos,


micobactérias inclusive contra o bacilo da tuberculose, porém não destrói
esporos
Hipoclorito de sódio 1% - 30 minutos. EPI, . Indicada para artigos não críticos
(contato com pele íntegra) e para a desinfecção de superfícies.
• Baixo nível: elimina as bactérias na forma vegetativa, porém não age contra
esporos, vírus não lipídicos e o bacilo da tuberculose.
Indicado para a desinfecção de superfícies.
Álcool a 70% - 30 segundos.
Tipos de embalagens
Tecido de algodão
• Estrutura produzida pelo entrelaçamento de um conjunto de fios dispostos no sentido
longitudinal, com outro no sentido transversal forma um ângulo de 900
• Indicado: vapor saturado sob pressão ( validade 10 dias)
• Problema: baixa barreira microbiana, ausência de resistência à umidade, padrão de
alinhamento das fibras, baixa vida útil
Papel Crepado
• - Composto de 100% de celulose
• - Eficiência diante da esterilização por vapor e óxido de etileno
• - Validade: 60 dias no vapor e 12 meses no ETO
Papel Grau Cirúrgico
• Permeável ao agente esterilizante e impermeável aos microrganismos;
• Pode se apresentar com duas faces de papel ou uma de papel e a outra de filme
transparente;
• Esterilização à vapor (30 dias) e Óxido de Etileno
TyveK
• Constituída de poliolefinas expandidas e mylar (polietileno em tripla camada)
• Não contém celulose ( não absorve o peróxido de hidrogênio)
• Recomendado para o plasma de peróxido de hidrogênio
Esterilização
Processo de destruição completa de todas as formas de vida microbiana,
incluindo vírus e esporos
1- Processos físicos - Esterilização por vapor saturado sob pressão

Vapor (esporos necessitam de


calor e umidade), temperatura e
pressão (121 °C a 1340 C; P= 1
atm a 1,80 atm) e tempo ( 3 a 30
minutos)
Esterilização
1- Processos Químicos - ETO (físico-químico), Plasma
de peróxido de hidrogênio – Sterrad Autoclave de
formaldeído

A utilização de soluções esterilizantes está proibida,


devido às dificuldades de operacionalização e não
garantia de eficácia do processo.
Esterilização
ESTERILIZAÇÃO POR ÓXIDO DE ETILENO
O óxido de etileno C2H4O é um gás incolor à temperatura ambiente, é altamente
inflamável. Em sua forma líquida é miscível com água, solventes orgânicos comuns,
borracha e plástico.
Mecanismo de ação
O óxido de etileno reage com a parte sulfídrica da proteína do sítio ativo no núcleo do
microrganismo, impedindo assim sua reprodução.
Indicações:
A utilização do óxido de etileno na esterilização é hoje principalmente empregada em
produtos médico-hospitalares que não podem ser expostos ao calor ou a agentes
esterilizantes líquidos: instrumentos de uso intravenoso e de uso cardiopulmonar em
anestesiologia, aparelhos de monitorização invasiva, instrumentos telescópios
(citoscópios, broncoscópios, etc.), materiais elétricos (eletrodos, fios elétricos), máquinas
(marcapassos, etc.), motores e bombas, e muitos outros.
Toxicidade:
O óxido de etileno é irritante da pele e mucosas, provoca distúrbios genéticos e
neurológicos. É um método, portanto, que apresenta riscos ocupacionais.
Esterilização
ESTERILIZAÇÃO POR PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO.
O plasma é produzido através da aceleração de moléculas de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) e ácido
peracético, por uma forte carga elétrica produzida por um campo eletromagnético (microondas ou
radiofrequência). Os elétrons dessas moléculas são então "jogados" fora de seus átomos, aceleram partículas
carregadas, recombinam-se com outros átomos ou elétrons, retornam para a baixa energia e produzem brilho
visível.

Ação: Ocorre interação entre os radicais livres gerados pelo plasma e as substâncias celulares como enzimas,
fosfolipídeos, DNA, RNA e outros, impedindo o metabolismo ou reprodução celular.
Este método de esterilização é utilizado como alternativa para artigos sensíveis a altas temperaturas e à umidade e
vem sendo estudada sua característica ecologicamente viável, pois é um sistema de esterilização atóxico, com
processo ambiental saudável.
Este processo pode ser aplicado em materiais como alumínio, bronze, látex, cloreto de polivinila (PVC), silicone, aço
inoxidável, teflon, borracha, fibras ópticas, materiais elétricos e outros. Não é oxidante.
Este processo tem como vantagens o fato de realizar a reação química com as unidades celulares muito
rapidamente, viabilizando o processo de esterilização em curto espaço de tempo; o fato de a ativação do gás de
peróxido se dar por alguns minutos e depois voltar ao estado normal sem deixar resíduos e, no final do processo,
ter como produtos de degradação oxigênio e água, não necessitando de período de aeração. Além disso, o
processo não requer equipe específica, nem controle exaustivo de monitorização.
Esterilização
ESTERILIZAÇÃO POR FORMALDEÍDO
O formaldeído é um gás incolor, possui odor irritante característico, cáustico para a pele. Quando em concentrações
superiores a 20mg/l polimeriza-se formando o paraformaldeído, um precipitado branco. Este, quando aquecido, libera
formaldeído. Comercialmente é encontrado em solução aquosa a 38-40% em peso, e contém de 8-15% de metanol
como estabilizante (para evitar a polimerização).
Mecanismo de ação: A atividade germicida do formaldeído se deve à aquilação de radicais amino, carboxil, oxidril e
sulfidril de proteínas e ácidos nucléicos microbianos, formando pontes metilênicas ou etilênicas, o que impedem que
esses compostos celulares realizem suas funções.
O formaldeído tem ação lenta. Quando em concentração de 5%, necessita de 6 a 12 horas para agir como bactericida
e de 18 horas, a 8%, para agir como esporicida. O formaldeído tem função fungicida, viruscida e bactericida. Se agir
por 18 horas tem ação esporicida.

Indicações: É utilizado para esterilização de artigos críticos:


•cateteres, drenos e tubos de borracha, náilon, teflon, PVC e poliestireno - em ambas as formulações;
•laparoscópio, artroscópio e ventriloscópios, enxertos de acrílico - apenas na formulação aquosa
Desvantagens
O uso do formaldeído tem como desvantagens:
•perde atividade com a presença de matéria orgânica;
•odor forte e irritante;
•a formulação alcoólica corrói metais, danifica lentes, instrumentos ópticos, artigos plásticos e de borracha;
•deixa resíduos tóxicos em equipamentos;
•possui alta toxicidade. No ar sua concentração máxima permitida é de 1ppm por 30 minutos, podendo após
esse limite provocar irritação de mucosas, dermatite, asma, bronquite e pneumonite;
Tipos de autoclave

• Gravitacional: A injeção do vapor na câmara força a saída do ar frio por


meio de uma válvula localizada na parte inferior.
Desvantagens: formação de bolhas de ar no interior do pacote e tempo mais longo
para penetração do vapor

• Pré-vácuo: por meio de uma bomba de vácuo contida no equipamento, o ar é


removido do artigo e da câmara. Pode ser um pulso ou em três ciclos pulsáteis –
favorece a penetração mais rápida do vapor. Após a esterilização, a bomba de vácuo
faz a sucção do vapor e da umidade interna da água – para secagem mais rápida
Mecanismo de ação
• Transformação das partículas de água em vapor sob
a mesma temperatura.
• Vapor saturado + superfície fria dos artigos =
condensação – libera o calor latente aquecendo e
molhando simultaneamente os materiais

Morte celular pela coagulação das proteínas


bacterianas por meio do calor
Controle do processo de esterilização:
Monitoramento físico, químico e
biológico.
INDICADORES FÍSICOS: Deve ocorrer a cada ciclo

• Tempo;
• Temperatura;
• Pressão;
Ocorre por impressora ou manualmente
Indicadores Químicos
Dispositivos usados para monitorar a presença ou o alcance de um
ou mais parâmetros requeridos para um processo de esterilização
satisfatório ou para uso em testes específicos de equipamentos de
esterilização.

Classe 1 – Indicador de Processo


Classe 2 – Teste de Bowie & Dick
Classe 3 – Indicador Único Parâmetro
Classe 4 – Indicador Multi parâmetro
Classe 5 – Indicadores Integradores
Classe 6 – Indicadores Emuladores
Indicadores Químicos

Classe I: Indicadores de processo: Tiras impregnadas


termoquímica que muda de coloração quando
com tinta
exposto a
temperatura. (fita zebrada) amarelo p/ marrom geralmente

Indicam materiais processados e os diferenciam dos não processados. São indicadores


externos.
Indicadores Químicos

Classe II: Teste de BOWIE & DICK – Indicadores para uso em testes específicos -
testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo.

 verifica a eficiência da bomba de vácuo


 espera-se mudança uniforme da cor do papel, em toda sua extensão
 recomenda-se que seja feito no primeiro ciclo do dia, com equipamento pré-
aquecido e com a câmara vazia.
 caso não haja homogeneidade na revelação, efetuar revisão imediata do
equipamento

Falha no teste
Teste OK
Indicadores Químicos

Classe II: Teste de BOWIE & DICK – Indicadores para uso em testes específicos -
testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo.
• Cada dia que o esterilizador é usado
• Após ciclo de aquecimento
• Antes do primeiro ciclo com carga
• Pacote teste na câmara vazia, sobre o dreno
• 10 a 20 cm acima 134 C – 3,5 minutos – máximo de 4 minutos, sem Secagem
• Não recomendado para autoclaves gravitacionais

Se o resultado apresentar falha?

• Repetir o teste
• Se persistir, parar o equipamento
• Acionar a manutenção. Fazer novo teste.
• Em grandes reparos: realizar a qualificação de desempenho- 03 testes consecutivos
Indicadores Químicos

Classe III: Indicador de parâmetro único

 controla um único parâmetro: A temperatura pré-estabelecida.

Classe IV:
Indicador multiparamétrico – dois ou mais parâmetros críticos
Controla a Temperatura e o Tempo necessários para o processo
Indicadores Químicos
Integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do vapor.
Classe V: Reagem com todos os parâmetros

Indicadores de simulação: Integrador mais preciso por oferecer margem de segurança


Classe VI: maior. Reage quando 95% do ciclo é concluído.
Indicadores Biológicos

• Preparação padronizada de esporos bacterianos


autocontidos, com suspensões de 106 esporos por
unidade de papel filtro.

• Indicam se a esterilização foi efetiva

• Esporos Geobacillus stearothermophilus

Não testa itens individualmente


Rotina diária
Autoclave com carga
Indicadores Biológicos

Primeira geração: Tiras de papel inoculadas com esporos


acondicionadas em Envelopes;
Tempo: 07 dias

Segunda geração: Tiras de papel inoculadas com esporos, auto-contidas


com meio de cultura
Tempo: 48 horas

Terceira geração: Tiras de papel inoculadas com esporos, auto-contidas


com meio de cultura, Baseada em identificação de enzimas
Tempo: 03 horas
ROTINA DE MONITORIZAÇÃO

Ciclo padrão para aquecimento


• Ciclo específico com pacote pronto Bowie&Dick;
• Registros de Temperatura, Tempo e Pressão – impressora;
• 1º ciclo com carga com IB e IQ em pacote desafio;
• IQ nas cargas subsequentes em pacote desafio;
• IQ dentro de todos os pacotes críticos;
• IB em todas as cargas contendo implantes;
• Indicador de processo em todos os pacotes;
• Manutenção preventiva semanal
• Registro dos resultados dos indicadores em impresso próprio.
Indicadores de Processo e Estrutura para a Prevenção de
Infecção do Sítio Cirúrgico (Pré e Intra-Operatório)

• Cirurgia eletiva com tempo de internação pré operatória ≤ 24h.


• Tricotomia com intervalo ≤ 2h.
• Tricotomia com aparador ou tesoura.
• Antibioticoprofilaxia realizada até 1 hora antes da incisão
• Antissepsia do campo operatório
• Duração da antibioticoprofilaxia
RDC ANVISA nº 33 de 9 de maio de 2011
A prescrição de medicamentos antimicrobianos deverá ser realizada em receituário
privativo do prescritor ou do estabelecimento de saúde, não havendo, portanto modelo
de receita específico.
A receita de antimicrobianos é válida em todo o território nacional, por 10 (dez) dias a
contar da data de sua emissão.
A receita poderá conter a prescrição de outras categorias de medicamentos desde que
não sejam sujeitos a controle especial.
Em situações de tratamento prolongado a receita poderá ser utilizada para aquisições
posteriores dentro de um período de 90 (noventa) dias a contar da data de sua emissão
Na situação descrita no caput deste artigo, a receita deverá conter a indicação de uso
contínuo, com a quantidade a ser utilizada para cada 30 (trinta) dias

No caso de tratamentos relativos aos programas do Ministério da Saúde que exijam


períodos diferentes do mencionado no caput deste artigo, a receita/prescrição e a
dispensação deverão atender às diretrizes do programa.
NR-32
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

Riscos Biológicos: Para fins de


aplicação desta NR, considera-se Risco
Biológico a probabilidade da exposição
ocupacional a agentes biológicos.
Os agentes biológicos são classificados em

Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa
probabilidade de causar doença ao ser humano.

Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de
disseminação para a coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem
meios eficazes de profilaxia ou tratamento.

Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de


disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano,
para as quais nem sempre existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.

Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de
disseminação para a coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um
indivíduo a outro. Podem causar doenças graves ao ser humano, para as quais não existem
meios eficazes de profilaxia ou tratamento.
Os agentes biológicos são classificados em

A: possíveis efeitos alérgicos


E: agente emergente e oportunista
O: agente oncogênico de baixo risco
O+: agente oncogênico de risco moderado
T: produção de toxinas
V: vacina eficaz disponível
Transporte, armazenamento de resíduos

O transporte dos resíduos para a área de armazenamento externo deve atender aos seguintes requisitos:
a) ser feito através de carros constituídos de material rígido, lavável, impermeável, provido de tampo
articulado ao próprio corpo do equipamento e cantos arredondados;

b) ser realizado em sentido único com roteiro definido em horários não coincidentes com a distribuição de
roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas.32.5.3 A segregação
dos resíduos deve ser realizada no local onde são gerados, devendo ser observado que: os recipientes
sejam identificados e sinalizados segundo as normas da ABNT;

c) Para os recipientes destinados a coleta de material perfuro cortante, o limite máximo de enchimento deve
estar localizado 5 cm abaixo do bocal.

d) Os recipientes existentes nas salas de cirurgia e de parto não necessitam de tampa para vedação.

e) Os sacos plásticos utilizados no acondicionamento dos resíduos de saúde devem atender ao disposto na
NBR 9191 e ainda ser:

• Preenchidos até 2/3 de sua capacidade;


• Fechados de tal forma que não se permita o seu derramamento, mesmo que virados com a abertura
para baixo;
• Retirados imediatamente do local de geração após o preenchimento e fechamento;
• Mantidos íntegros até o tratamento ou a disposição final dos resíduos
Das Medidas de Proteção

• Todo local onde exista possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter
lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de água corrente, sabonete
líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato
manual.

• Os quartos ou enfermarias destinados ao isolamento de pacientes portadores


de doenças infectocontagiosas devem conter lavatório em seu interior.

• O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve
ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas.

• Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem


iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de
documento de liberação para o trabalho.
O empregador deve vedar:

a) a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos;

b) o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de


contato nos postos de trabalho;

c) o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho;

d) a guarda de alimentos em locais não destinados para este fim;

e) o uso de calçados abertos.

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