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Professora: Priscilla Paiva

Portaria GM/MS n° 2616 de


12/05/98

A lavagem das mãos é,


isoladamente, a ação mais
importante para a prevenção e
controle das infecções
hospitalares.
The Inanimate Environment Can
Facilitate Transmission

Contaminated surfaces increase cross-transmission ~


Abstract: The Risk of Hand and Glove Contamination after Contact with a VRE (+)
Patient Environment. Hayden M, ICAAC, 2001, Chicago, IL
A HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS É A MEDIDA MAIS
ANTIGA,
EFICAZ E BARATA DE
PREVINIR A INFECÇÃO
RELACIONADA
A ASSISTÊNCIA A SAÚDE
(IRAS)
COUTO, R; PEDROSA,T, 2009
Histórico
Observou se que partos que eram auxiliados
por estudantes e médicos apresentavam
taxas de mortalidade mais elevadas do que
os assistidos por parteiras.

Ignaz P hilipp
Semmelweis FEBRE
PUERPERAL
Olha a enfermagem!
Flora Bacteriana da Pele
Flora Transitória Flora Residente

Coloniza camadas Coloniza camadas


superficiais da pele , mas profundas da
é removida mais pele , é mas
facilmente pela resistentes á
lavagem das mãos. remoção pela
lavagem das mãos.
Flora Transitória: Formada por
microorganismos que estão mais presentes
nas IRAS. São adquiridas durante o contato
direto com o paciente ou contato com
superfícies contaminadas.

Mas Fácil ser removida


pela HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS!

Flora Residente: Está menos propensa á


associação com as IRAS.
Interação de Microorganismo -
Hospedeiro
Agente infeccioso em
número suficiente

Via de acesso ao
PROCESSO
Hospedeiro

Porta de Entrada INFECCIOSO


Hospedeiro susceptível

Se ocorrer a quebra do processo,


diminui o processo de infeccioso!
Prof. Dr. Lia Galvão
Agente Porta de
Via de
Infeccioso Entrada
acesso

ONDE PODEMOS
INTERVIR?

Hospedeiro
Suscetível
HIGIENIZAÇÃO
DAS
MÃOS
Finalidade da Higienização das Mãos
 Remoção de sujidade;
 Remoção de suor;
 Remoção de oleosidade;
Remoção pelos;
Remoção de células descamativas;
Remoção de micro biota da pele;
Interrompendo a transmissão de infecções
veiculadas ao contato;
Prevenção e redução das infecções causadas
pelas transmissões cruzadas.
Recomendações:
Mantenha as unhas naturais, limpas e curtas;
Não use unhas postiças;
 Evite o uso de esmaltes nas unhas;
 Evite utilizar anéis, pulseiras e outros adornos
quando assistir ao paciente;
Aplique creme hidratante nas mãos (uso
individual), diariamente, para evitar ressecamento
na pele.
CDC, 2002/ NR 32
Tipos de Higienização das Mãos:

Lavagem das Mãos Simples, utilizando ÁGUA E


SABÃO COMUM;

 Lavagem das Mãos , utilizando Agentes anti-


sépticos como ÁLCOOL; CLOREXIDINA;
IODOFOROS ( PVPI)

Manual Segurança do paciente, 2010


Lavagem simples das mãos
Quando Utilizar:
Quando as mãos estiverem visivelmente sujas
ou contaminadas com sangue ou outros fluidos
corporais;
ƒAo iniciar o turno de trabalho;
ƒAntes e após remoção de luvas;
ƒAntes e após uso do banheiro.;
ƒ Antes e depois das refeições;
ƒ Após término do turno de trabalho;
ƒApós várias aplicações consecutivas de
produto alcoólico para as mãos.
Sabões comuns
têm atividade
antimicrobiana
mínima ou
nenhuma.
Os sabonetes
líquido podem
está
contaminados
causando
colonização das
mãos.
Antes de iniciar qualquer
s técnica,
e necessário retirar joias
(anéis, pulseiras, relógio),
pois sob tais objetos
podem acumular
microrganismos. CDC, 2002
Técnica de lavagem das mãos:
Fricção das mãos com agente anti-séptico
Quando utilizar:

Quando estas não estiverem visivelmente sujas;


Antes de contato com o paciente;
Após contato com o paciente;
 Antes de realizar procedimentos assistenciais e
manipular dispositivos invasivos;
 Antes de calcar luvas para inserção de
dispositivos invasivos que não requeiram preparo
cirúrgico;
 As mãos devem ser lavadas na possibilidade do risco
ou após a exposição a fluidos corporais;
Ao mudar de um sitio corporal contaminado para
outro, limpo, durante o cuidado ao paciente;
Após contato com objetos inanimados e superfícies
imediatamente próximas ao paciente;
Antes e após remoção de luvas.
Fricção com
álcool apresenta
efeito rápido,
porem sem
atividade
residual
NUNCA UTILIZAR
FRICÇÃO COM
PREPARAÇÕES
ALCÓOLICAS
QUANDO AS MÃOS
ESTIVEREM
VISIVELMETE
SUJAS.
Técnica de fricção das mãos com
substância álcoolica
Higienização antisséptica das mãos

Nos casos de precaução de contato


recomendados para pacientes portadores de
microrganismos multirresistentes;
 Nos casos de surtos.
LAVAGEM DAS MÃOS

Podem ser divididas em:

• Higienização simples das mãos.


• Higienização antisséptica das mãos.
• Fricção de antisséptico nas mãos.
• Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das
mãos.
LAVAGEM DAS MÃOS

A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação


mais importante para a prevenção e controle das
infecções hospitalares.
Higienização simples das mãos

Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

• Deve-se evitar água muito quente ou muito fria


na higienização das mãos, a fim de prevenir o
ressecamento da pele.
Higienização antisséptica das mãos

Finalidade: Promover a remoção de sujidades e de micro-


organismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com
auxílio de um antisséptico.

Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.


Fricção antisséptica das mãos (com
preparações alcoólicas)

Duração do procedimento: 20 a 30 segundos.

Para evitar ressecamento e dermatites, não higienize as


mãos com água e sabão imediatamente antes ou depois
de usar uma preparação alcoólica.
Fricção antisséptica das mãos (com
preparações alcoólicas)

Depois de higienizar as mãos com preparação alcoólica,


deixe que elas sequem completamente (sem utilização de
papel toalha).
Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-
operatório das mãos

Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a


primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias
subsequentes.
Grupo Gram- Gram- Micobactéria Fungos Vírus Velocidade de Comentários
Positiva Negativa Ação
Alcoóis +++ +++ +++ +++ +++ Rápida Concentração:
70%; ótima
não apresenta
efeito
residual.
Clorexidina +++ ++ + + +++ Intermediária Apresenta
(2 ou 4 %) efeito
residual; raras
reações
alérgicas.
Legislação

Portaria 2616 de 12 de maio de 1998 – Dar


diretrizes e normas para a execução destas ações,
adequando-as à nova legislação.
Infecção comunitária: constatada ou em
incubação no ato de admissão do paciente, desde
que não relacionada com internação anterior no
mesmo hospital.

1. As infecções associadas a complicações ou


extensão da infecção já presente na admissão, a
menos que haja troca de microrganismo ou sinais
ou sintomas
2. Infecção em recém-nascido, por via
transplacentária é conhecida ou foi comprovada e
que se tornou evidente logo após o nascimento
(ex: Herpes simples, toxoplasmose, rubéola,
citomegalovirose, sífilis e AIDS).

Comunitárias todas as infecções de recém-


nascidos associadas com bolsa rota superior a 24
horas.
Constatada ou
Incubada no ato
da admissão
COMUNITÁRIA Associada a extensão
ou complicação de
INFECÇÃO infecção já presente
Port 2616/98
Infecção de RN
HOSPITALAR
adquirida de forma
transplacentária ou
bolsa rota > 24h
Infecção Hospitalar: “É qualquer infecção adquirida após a
internação do paciente e que se manifesta durante a
internação ou mesmo após a alta.

1. Quando na mesma topografia em que foi diagnosticada


infecção comunitária for isolado um germe diferente.
2. Quando se desconhecer o período de incubação
do microrganismo e não houver evidência clínica
e/ou dado laboratorial de infecção no momento da
admissão, considera-se infecção hospitalar toda
manifestação clínica de infecção que se apresentar
72 horas após a admissão.
2- Também são consideradas hospitalares aquelas
infecções manifestadas antes de se completar 72
horas da internação, quando associadas à
procedimentos invasivos
Infecção Hospitalar

3. As infecções no recém-nascido são hospitalares,


com exceção das transmitidas de forma
transplacentária e aquelas associadas à bolsa rota
superiores a 24 horas.
COMUNITÁRIA Adquirida durante a internação
ou após a alta, quando se
puder correlacionar.
Quando na mesma topografia
de uma IC surgir novo germe
INFECÇÃO e sinais de piora clínica
Portaria Após 48h de internação
2616/98
Toda infecção de RN é
Hospitalar, exceto aquisição por
HOSPITALAR via transplacentária e bolsa
rota > 24h.
Aumento da morbidade, da mortalidade e do
tempo de internação, além de custos elevados à
instituição hospitalar e prejuízos físicos, psicológicos,
sociais e espirituais às pacientes.
Infecção puerperal é qualquer infecção do trato
genital ocorrida durante o puerpério.

Sinais e Sintomas:

Febre puerperal conceituada por temperatura axilar


maior igual a 38º C* manifestada após 24 horas do parto
com duração mínima de 02 dias
Principais agentes etiológico:

Polimicrobiana e os agentes etiopatogênicos são


microrganismos anaeróbios e aeróbios da flora do trato
geniturinário e intestinal.
As infecções pós-parto, quando não causam a morte, podem
levar a outras complicações, como a doença pélvica inflamatória e a
infertilidade.

Cerca de 10% das mortes maternas no mundo são atribuídas


à sepse, que é considerada a terceira causa direta de mortalidade
nesta população, sendo superada apenas pelas complicações
hemorrágicas e pela hipertensão.
Infecção puerperal é qualquer infecção do trato
genital ocorrida durante o puerpério.

Sinais e Sintomas:

Febre puerperal conceituada por temperatura axilar


maior igual a 38º C* manifestada após 24 horas do parto
com duração mínima de 02 dias
ISC Incisional Superficial

Critério 1: Ocorre até 30 dias subsequentes ao ato cirúrgico;

Critério 2: Envolve apenas pele e tecido subcutâneo.

Critério 3: Atende a pelo menos 1 dos seguintes critérios:


Drenagem purulenta da incisão superficial; Cultura positiva de
secreção ou tecido superficial obtido assepticamente;
Microrganismo isolado em cultura de secreção ou tecido
endometrial, obtido durante cirurgia por aspiração ou biópsia;
ISC Incisional Superficial

 Incisão superficial aberta pelo cirurgião na vigência de pelo


menos um dos seguintes sinais e sintomas: dor,
hipersensibilidade, edema local, calor, hiperemia e cultura
positiva ou não realizada; Desconsiderar cultura negativa.

 Diagnóstico de infecção superficial feita pelo médico assistente.

Nota 3: não notificar mínima inflamação e drenagem de secreção


limitada aos pontos de sutura
ISC Incisional Profunda –

Critério 1: Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia;

Critério 2: Envolve tecidos moles profundos à incisão (ex: fáscia


e/ou músculos);

Critério 3: Com pelo menos UM dos seguintes critérios:


Drenagem purulenta da incisão profunda, mas não de
órgão/cavidade; Deiscência parcial ou total da parede abdominal ou
abertura da ferida pelo cirurgião;
 Quando o paciente apresentar pelo menos um dos seguintes
sinais ou sintomas: temperatura axilar ≥
38ºC, dor ou aumento da sensibilidade local, exceto se a cultura for
negativa;

 Presença de abscesso ou outra evidência que a infecção envolva


os planos profundos da ferida, identificada em reoperação,
exame clínico, histocitopatológico ou exame de imagem;

 Diagnóstico de infecção incisional profunda pelo médico


assistente.
ISC Órgão / Cavidade

Critério 1: Ocorre até 30 dias após ato cirúrgico.

Critério 2: Envolve qualquer órgão ou cavidade que tenha


sido aberta ou manipulada durante cirurgia.

Critério 3: Com pelo menos UM dos seguintes: Cultura


positiva de secreção ou tecido do órgão/cavidade obtida
assepticamente;
 Abscesso ou qualquer evidência de que a infecção envolva
planos profundos da ferida identificada em reoperação, exame
clínico, histocitopatológico ou de imagem;

 Diagnóstico feito pelo médico assistente.

Sinais clínicos (febre, hiperemia, dor, calor,


calafrios) ou laboratoriais (leucocitose, aumento de PCR
quantitativa ou VHS) são inespecíficos, mas podem
sugerir infecção.
Recomendações para prevenção de ITU

Técnica apropriada de inserção

1. Inserir o cateter apenas quando necessário para o


cuidado do paciente e manter o dispositivo somente
enquanto a indicação persistir;

2. Considerar outros métodos de manejo, incluindo


cateter tipo condon ou cateterização intermitente, quando
apropriado;
Recomendações para prevenção de ITU

3. Higienizar as mãos antes e após a inserção do cateter e


qualquer manuseio do sistema ou do sítio
4. Utilizar técnica asséptica e material estéril para
inserção;
5. Utilizar luvas, campo e esponja; solução estéril ou
antisséptica para limpeza do meato uretral; bisnaga de gel
lubrificante estéril de uso único
6. Utilizar cateter de menor calibre possível para evitar
trauma uretral.
Manuseio correto do cateter
1. Após a inserção, fixar o cateter de modo seguro e que
não permita tração ou movimentação;

2. Manter o sistema de drenagem fechado e estéril;

3. Não desconectar o cateter ou tubo de drenagem,


exceto se a irrigação for necessária;

4. Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão,


quebra da técnica asséptica ou vazamento;
Fatores de risco

Parto Vaginal: Menor risco de infecção

origem exógena - contaminação externa, relacionada ao


procedimento propriamente dito e condições locais de higiene)

Origem endógena - relacionada a própria flora genital da paciente.


 Tempo de ruptura de membranas amnióticas ≥ 18h

 Presença de qualquer infecção, em especial do trato


geniturinário

 Realização de procedimentos invasivos prévios, tais como


procedimentos de medicina fetal e circlagem.

 Toques vaginais, sobretudo após ruptura de membranas


amnióticas.
IMPORTANTE

A OMS recomenda um intervalo mínimo de 4 horas entre toques


vaginais para o acompanhamento da primeira fase ativa do trabalho
de parto em mulheres de baixo risco.

Evitar a realização de toques vaginais na mesma parturiente por


múltiplos profissionais
 Comorbidades maternas: obesidade, diabetes, anemia,
imunossupressão.
 Presença de restos ovulares
 Episiotomia
 Extração manual da placenta
 Laceração perineal
 Hemorragia pós-parto
 Tricotomia com lâmina
 Baixo nível socioeconômico
 Má condição de higiene
 Alimentação inadequada
 Falta de acesso a serviços de saúde
 Pré-natal não realizado ou realizado de forma precária.
Fatores de risco

Parto cesariana: maior risco de infecção. Devido ao risco de infecção


a relacionadas ao sítio cirúrgico. Além dos fatores comuns
relacionados a complicações infecciosas na gestação.

 Tempo prolongado de cirurgia


A duração média estimada da cirurgia cesariana é de 56 minutos,
acima desse tempo o risco aumenta.
 Lesão acidental de órgão;
 Cesariana de emergência;
 Cesariana após início de trabalho de parto;
 Antibioticoprofilaxia não realizada no tempo e dose indicados.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE PRÉ-NATAL

 Higiene das mãos antes e após cada procedimento/consulta;

 Avaliação multidisciplinar para identificação de fatores de risco e


instituição de medidas preventivas;

 Detecção e tratamento de infecções, principalmente de trato


geniturinário;

 Controle e tratamento das comorbidades maternas.


MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE PARA O PARTO VAGINAL

 O manual de normas e rotinas técnicas dos procedimentos deve


estar atualizado e disponível em local de fácil acesso;

 O serviço de saúde deve estabelecer uma rotina própria para


garantir a limpeza e desinfecção dos seguintes materiais
utilizados para alívio não farmacológico da dor e de estímulo à
evolução fisiológica do trabalho de parto humanizado
Banheira:

Instalação opcional com largura mínima de 0,90m e com


altura máxima de 0,43m. No caso de utilização de banheira de
hidromassagem, deve ser garantida a higienização da tubulação de
recirculação da água. Quando isso não for possível, não deve ser
ativado o modo de hidromassagem.”
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE NO PRÉ-PARTO

A- Recomendação sobre o uso de luvas para toque vaginal.

 As luvas devem ser acondicionadas em local apropriado, seco e


limpo.

 O profissional de saúde deve higienizar as mãos antes e após


cada exame.

 As luvas utilizadas para este procedimento podem ser de plástico


ou de procedimentos
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE NO PRÉ-PARTO

B- Higiene perineal

 Como não há evidência que suporte o uso de antisséptico com a


finalidade de redução de infecção puerperal, o mesmo não é
recomendado
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE NO PRÉ-PARTO

C- Higiene das mãos

 Seguir o passo a passo da publicação Segurança do Paciente em


Serviços de Saúde: Higienização das Mãos.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE NO PRÉ-PARTO

D- Realizar procedimentos invasivos somente quando houver


indicação e com produtos para saúde devidamente esterilizados.

E- Realizar menor número possível de toques vaginais:


Os toques vaginais devem ser restritos às avaliações do progresso
do trabalho de parto e em menor número possível, sobretudo em
mulheres com ruptura de membranas amnióticas.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE NO PRÉ-PARTO

F- Paramentação

A seleção de equipamento de proteção individual deve ser


baseada na avaliação do risco de transmissão de microrganismos
para a mulher e o risco de contaminação das vestimentas e pele dos
profissionais de saúde por sangue, fluidos corporais, secreções ou
excreções.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE NO PRÉ-PARTO

G- Tricotomia
A tricotomia não deve ser realizada com finalidade de
prevenção de infecção. O uso de lâmina para remoção de pelos
aumenta o risco de infecção puerperal.
Havendo necessidade de realizar tricotomia, usar tricotomizadores
elétricos ou tesouras (tonsura).

H- Enteroclisma

É contraindicada a realização de enteroclisma.


MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE INTRA-PARTO

A- Profilaxia para parto vaginal

Não há evidências suficientes para indicar


antibioticoprofilaxia para parto vaginal, inclusive instrumental,
sendo exceções as seguintes situações:

 Remoção manual da placenta;


 Lacerações de períneo;
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE PÓS-PARTO

A- Fazer vigilância epidemiológica de infecção pós-operatória;

B- Orientar à puérpera sobre sinais e sintomas de infecção;

C- Orientar que as relações sexuais com penetração vaginal podem


ser restabelecidas por volta de 20 dias após o parto, quando já tiver
ocorrido a cicatrização;

D- Higiene perineal com água e sabonete no mínimo 3 (três) vezes


ao dia e após as eliminações fisiológicas, diurese e evacuação.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE PRÉ-PARTO

A- Banho pré-operatório

Banho de aspersão (chuveiro) pré-operatório antes da


cirurgia;

Não está recomendado o uso de antisséptico.


B- Preparo cirúrgico da pele

 Realizar degermação do local próximo da incisão cirúrgica antes


de aplicar solução antisséptica;

 Realizar a antissepsia no campo operatório no sentido centrífugo


circular (do centro para a periferia) e ampla o suficiente para
abranger possíveis extensões da incisão.
C- Embrocação ginecológica com produto antisséptico aquoso

As evidências apontam que a limpeza vaginal com


iodopovidona imediatamente antes da cesariana previnem
endometrite pós cirurgia cesariana. O procedimento deve ser feito
imediatamente antes da cirurgia devido ao risco de exposição fetal
ao iodo.
D- Antissepsia cirúrgica das mãos

Elimina a microbiota transitória e reduz a microbiota


residente da pele das mãos e dos antebraços dos profissionais que
participam das cirurgias. Proporciona efeito residual na pele do
profissional.
E- Usar check list de segurança cirúrgica da OMS e de nascimento
seguro da OMS
E- Usar check list de segurança cirúrgica da OMS e de nascimento
seguro da OMS
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE INTRA-OPERATÓRIO

Antibioticoprofilaxia

1ª escolha: Cefalosporina de primeira geração: Cefazolina 2g


até 120kg e 3g acima de 120kg. Deve ser administrada nos 60
minutos que antecedem a incisão, em dose única 1-6. Em caso de
duração da cirurgia maior que 4 horas, sangramento maior que 1,5
L, nova dose deve ser administrada.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE INTRA-OPERATÓRIO

Antibioticoprofilaxia

1ª escolha: Cefalosporina de primeira geração: Cefazolina 2g


até 120kg e 3g acima de 120kg. Deve ser administrada nos 60
minutos que antecedem a incisão, em dose única 1-6. Em caso de
duração da cirurgia maior que 4 horas, sangramento maior que 1,5
L, nova dose deve ser administrada.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE INTRA-OPERATÓRIO

D- Evitar remoção manual da placenta.

Recomenda-se a retirada da placenta pela tração do cordão


umbilical.

E- Redução do tempo cirúrgico. Técnica operatória


MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE INTRA-OPERATÓRIO

F- Não utilizar adornos (anéis, pulseiras, relógios, etc). Uso de


paramentação completa pela equipe de campo cirúrgico (avental
estéril, touca, óculos, máscara, etc)

G- Paramentação adequada pela equipe circulante.

H- Circulação de pessoas
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE PÓS-OPERATÓRIO

A- Usar check list de cirurgia segura;

B- Fazer vigilância epidemiológica de infecção pós-operatória;

C- Curativo (orientações específicas): manter curativo


cirúrgico/estéril por até 24h após o ato cirúrgico;

D- Abstinência sexual de acordo com orientação médica.


• Prover feedback dos índices de infecção aos profissionais de
saúde;

• Capacitação da equipe sobre prevenção da infecção;

• Capacitação da paciente e familiares;

• Realizar busca ativa das infecções cesarianas


 Higienização da mãos

 Não utilizar adornos (anéis, pulseiras, relógios, etc)


• Prover feedback dos índices de infecção aos profissionais de
saúde;

• Capacitação da equipe sobre prevenção da infecção;

• Capacitação da paciente e familiares;

• Realizar busca ativa das infecções cesarianas


 Higienização da mãos

 Não utilizar adornos (anéis, pulseiras, relógios, etc)


FATORES DE RISCO

• Infecções maternas, com destaque para as do trato urinário;

• Comorbidades materna: anemia, diabetes, obesidade,


imunossupressão;

• Condições sociais desfavoráveis: higiene prejudicada, alimentação


inadequada e falta de acesso a serviços de saúde;

• Ausência ou baixa qualidade da assistência ;

• Presença de agentes etiológicos associados à ocorrência de


Amniorrexe Prematura e Febre Puerperal
FATORES DE RISCO

• Vulvovaginites por Chlamydia trachomatis e Trichomonas


vaginalis.

• Vaginoses bacterianas, principalmente por bactérias anaeróbias,


como Gardnerella vaginalis, Bacteroides sp., Mobiluncus sp.,
Mycoplasma hominis, Peptoestreptococos sp.

• Doenças sexualmente transmissíveis: Gonorreia, Sífilis e HIV.


A – Medidas de Prevenção:

• Início precoce do acompanhamento pré-natal;

• Controle dos fatores de risco acima mencionados, com destaque


para a avaliação nutricional, ginecológica e dos resultados dos
exames de rotina no pré-natal, como Hemoglobina e Hematócrito;
Glicemia em jejum, Urina tipo I (EAS), Urocultura e antibiograma,
Teste rápido para sífilis ou VDRL

Ressalta-se a importância do rastreamento da bacteriúria


assintomática por meio da urocultura (resultado é positivo quando
há mais de 100 mil colônias por ml) e do exame ginecológico para
avaliação das queixas de corrimento vaginal.
PÓS PARTO:

A – Medidas de diagnóstico precoce:

• Investigação da história da assistência ao parto, sobretudo para as


ocorrências dos fatores de risco.

• Alerta para relato materno de:


 Febre
 Lóquios amarelados/acastanhados e mal cheirosos
 Dor no local da sutura cirúrgica (cesariana e episiotomia)
 Drenagem de secreção nos pontos da cesárea ou da episiotomia
Verificação dos sinais vitais e exame físico criterioso, com
especial atenção para os seguintes sinais e sintomas:

 Dor durante a palpação da região suprapúbica.


 Dor, calor e rubor na região dos pontos da cesariana ou da
episiotomia.
 Drenagem de secreção purulenta com ou sem deiscência de
pontos.
 Febre materna constatada durante a consulta (temperatura
axilar acima de 38ºC).
Recomendações para prevenção de ITU

Técnica apropriada de inserção

1. Inserir o cateter apenas quando necessário para o


cuidado do paciente e manter o dispositivo somente
enquanto a indicação persistir;

2. Considerar outros métodos de manejo, incluindo


cateter tipo condon ou cateterização intermitente, quando
apropriado;
Recomendações para prevenção de ITU

3. Higienizar as mãos antes e após a inserção do cateter e


qualquer manuseio do sistema ou do sítio
4. Utilizar técnica asséptica e material estéril para
inserção;
5. Utilizar luvas, campo e esponja; solução estéril ou
antisséptica para limpeza do meato uretral; bisnaga de gel
lubrificante estéril de uso único
6. Utilizar cateter de menor calibre possível para evitar
trauma uretral.
Manuseio correto do cateter
1. Após a inserção, fixar o cateter de modo seguro e que
não permita tração ou movimentação;

2. Manter o sistema de drenagem fechado e estéril;

3. Não desconectar o cateter ou tubo de drenagem,


exceto se a irrigação for necessária;

4. Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão,


quebra da técnica asséptica ou vazamento;
5. Exame de urina, coletar pequena amostra através de
aspiração de urina com agulha estéril após desinfecção do
dispositivo de coleta:
a. Levar a amostra imediatamente ao laboratório para
cultura.

6. grandes volumes de urina para exames específicos (não


urocultura), obtenha a amostra da bolsa coletora de
forma asséptica;
b. Manter o fluxo de urina desobstruído;
7. Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando
recipiente coletor individual e evitar contato do tubo de
drenagem com o recipiente coletor;

8. Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da


bexiga;
9. Limpar rotineiramente o meato uretral com soluções
antissépticas é desnecessário, mas a higiene rotineira do
meato é indicada;

10. Não é necessário fechar previamente o cateter antes


da sua remoção;
Avaliar os riscos e benefícios associados com o uso de
cateter urinário

1. Usar cateter urinário em pacientes operados somente


quando necessário, em vez de rotineiramente;

2. Evitar o uso de cateteres urinários em pacientes para a


gestão de incontinência;

3. Alternativas para cateterização vesical crônica, tais


como cateterismo intermitente, em pacientes com lesão;
4. Considerar cateterismo intermitente em crianças com
mielomeningocele e bexiga neurogênica para reduzir o
risco de deterioração do trato urinário;

5. Minimizar o uso e duração de cateter urinário em todos


os pacientes, que possuem maior risco para infecção de
trato urinário relacionado a cateter, tais como mulheres,
idosos e pacientes com imunidade comprometida;
6. Minimizar o uso e duração de cateter urinário em
todos os pacientes que possuem maior risco de
mortalidade, tais como os idosos e pacientes com doença
grave;

7. Considerar o uso de cateteres externos como uma


alternativa para cateteres uretrais em pacientes do sexo
masculino cooperativos, sem retenção urinária ou
obstrução do trato urinário;
8. O cateterismo intermitente é preferível a cateteres
uretrais de demora ou suprapúbica em pacientes com
disfunção de esvaziamento vesical;

9. Se utilizar cateterismo intermitente, realizar a intervalos


regulares para evitar hiperdistensão da bexiga;

10. No contexto de cuidados não agudos, a utilização de


técnica limpa (não estéril) para cateterismo é uma
alternativa aceitável e mais prática para os pacientes
crônicos que necessitam de cateterismo intermitente;
11. cateteres hidrofílicos apresentam benefícios em
termos de segurança (redução de bacteriúria e micro
hematúria) e qualidade de vida para pacientes.

12. Silicone pode ser preferível a outros materiais para


reduzir o risco de incrustação de cateteres de longo prazo
em pacientes cateterizados que têm obstrução frequente;

13. Sistemas de sonda vesical com junções tubo-cateter


preconectado são sugeridos para o uso;
PRECAUÇÕES E ISOLAMENTOS

PRECAUÇÕES-PADRÃO: As precauções-padrão são um


conjunto de medidas utilizadas para diminuir os riscos de
transmissão de micro-organismos nos hospitais e devem
ser aplicadas a todos os pacientes, independentemente
da presença ou ausência de doenças transmissíveis
comprovada.
PRECAUÇÕES E ISOLAMENTOS

PRECAUÇÕES-PADRÃO: As precauções-padrão são um


conjunto de medidas utilizadas para diminuir os riscos de
transmissão de micro-organismos nos hospitais e devem
ser aplicadas a todos os pacientes, independentemente
da presença ou ausência de doenças transmissíveis
comprovada.
PRECAUÇÕES BASEADAS NO MODO DE
TRANSMISSÃO

Transmissão aérea por gotículas: ocorre pela


disseminação por gotículas maiores do que 5 micra. Pode
ser gerada durante tosse, espirro, conversação ou
realização de diversos procedimentos (broncoscopia,
inalação, etc.).
Por serem partículas pesadas e não permanecerem
suspensas, não são necessários sistemas especiais de
circulação e purificação do ar. As precauções devem ser
tomadas por aqueles que se aproximam a menos de 1
metro da fonte.
PRECAUÇÕES COM GOTÍCULAS: Indicações:
Pacientes portadores ou com infecção por micro-
organismos transmissíveis por gotículas, que podem ser
geradas por tosse, espirro, conversação. Exemplos:
parotidite, coqueluche, difteria, rubéola, meningite por
meningococos, síndrome aguda respiratória grave
(pneumonia asiática).
PRECAUÇÕES COM GOTÍCULAS: Indicações:
Pacientes portadores ou com infecção por micro-
organismos transmissíveis por gotículas, que podem ser
geradas por tosse, espirro, conversação. Exemplos:
parotidite, coqueluche, difteria, rubéola, meningite por
meningococos, síndrome aguda respiratória grave
(pneumonia asiática).
Transmissão aérea por aerossol: quando
ocorre pela disseminação de partículas, cujo tamanho é
de 5 micra ou menos. Tais partículas permanecem
suspensas no ar por longos períodos e podem ser
dispersas a longas distâncias. Medidas especiais para se
impedir a recirculação do ar contaminado e para se
alcançar a sua descontaminação são desejáveis.
Consistem em exemplos os agentes de varicela, sarampo e
tuberculose.
C. PRECAUÇÕES COM AEROSSÓIS:
Indicações: Infecção respiratória suspeita ou confirmada
por micro-organismos transmitidos por aerossóis
(partículas de tamanho menor ou igual a 5 micra), que
permanecem suspensas no ar e podem ser dispersadas a
longas distâncias - como varicela, sarampo e tuberculose,
herpes zoster disseminado (concomitante com a
precaução de contato).
C. PRECAUÇÕES COM AEROSSÓIS:
Indicações: Infecção respiratória suspeita ou confirmada
por micro-organismos transmitidos por aerossóis
(partículas de tamanho menor ou igual a 5 micra), que
permanecem suspensas no ar e podem ser dispersadas a
longas distâncias - como varicela, sarampo e tuberculose,
herpes zoster disseminado (concomitante com a
precaução de contato).
Transmissão por contato: é o modo mais comum
de transmissão de infecções hospitalares. Envolve o
contato direto (pessoa-pessoa) ou indireto (objetos
contaminados, superfícies ambientais, itens de uso do
paciente, roupas, etc.) promovendo a transferência física
de microorganismos epidemiologicamente importantes
para um hospedeiro susceptível.
PRECAUÇÕES DE CONTATO: Indicações:
Infecção (ou suspeita de infecção) ou colonização por
bactérias multirresistentes ou micro-organismos
epidemiologicamente importantes (rotavírus, vírus
sincicial respiratório, herpes simples localizado, diarreia
aguda, furunculose, infecção de ferida operatória,
escabiose, pediculose), passíveis de transmissão por
contato direto.
PRECAUÇÕES DE CONTATO: Indicações:
Infecção (ou suspeita de infecção) ou colonização por
bactérias multirresistentes ou micro-organismos
epidemiologicamente importantes (rotavírus, vírus
sincicial respiratório, herpes simples localizado, diarreia
aguda, furunculose, infecção de ferida operatória,
escabiose, pediculose), passíveis de transmissão por
contato direto.
Qualquer paciente
independente do
Padrão diagnóstico

Precaução Contato
Baseada na
forma de Gotícula
transmissão
Aerossol
EPI
Luva, capote,
Precaução Padrão Máscara comum,
óculos.
Contato
rotavírus, vírus sincicial
respiratório, herpes
Baseada na simples localizado,
Precaução forma de diarreia aguda,
transmissão furunculose, infecção
de ferida operatória,
escabiose, pediculose.
GOTÍCULA maiores do que 5
micra
As precauções devem ser
tomadas por aqueles que se
aproximam a menos de 1
Baseada na
Precaução metro da fonte.
forma de
Ex.: parotidite, coqueluche,
transmissão difteria, rubéola, meningite
por meningococos, síndrome
aguda respiratória grave
(pneumonia asiática).
Aerossol menor ou igual a
5 micra
Partículas ficam suspensas
Baseada na no ar.
Precaução forma de Ex.: varicela, sarampo e
transmissão tuberculose, herpes zoster
disseminado
(concomitante com a
precaução de contato).
EPI: Luva, capote, Máscara
Padrão
comum, óculos.

Precaução Contato: Luva e


capote

Gotícula: Luva, capote,


Baseada na
Forma de máscara comum e óculos
transmissão
Aerossol: Máscara PFF2
(ou N95), luva, capote,
óculos

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