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Protocolos aplicados à UTI na

assistência ao adolescente e ao
adulto: monitoramento, prevenção
e notificação de eventos adversos

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Manual de Habilitação e Qualificação em UTI:
•O Ministério da Saúde disponibiliza um manual de habilitação e
qualificação em UTI que estabelece os requisitos mínimos para o
funcionamento dessas unidades. Ele aborda aspectos como
infraestrutura, recursos humanos e processos de assistência.
•Além disso, há um manual específico para o Sistema de
Acompanhamento de Investimentos em Projetos de Saúde (SAIPS),
que detalha os critérios para habilitação e qualificação em UTI.

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Protocolo de Atendimento à Família em UTI Adulto:

•O atendimento à família em UTI adulto é fundamental para


lidar com as reações emocionais dos familiares durante a
internação. O protocolo de atendimento à família direciona
esse trabalho, enfatizando a importância da comunicação,
apoio e compreensão das necessidades dos familiares.
Resolução Nº 7/2010:

• A Resolução Nº 7/2010 do Ministério da Saúde


estabelece os requisitos mínimos para o
funcionamento de UTIs, visando à redução de
riscos aos pacientes e à melhoria da assistência
Os protocolos aplicados à UTI na assistência ao adolescente e ao
adulto envolvem uma série de medidas para garantir a segurança do
paciente e a qualidade do atendimento.

1.Monitoramento: O monitoramento contínuo do paciente é crucial


para identificar rapidamente qualquer mudança em seu estado de
saúde.
2. Prevenção: A prevenção de eventos adversos é uma parte
importante da assistência em UTI. Isso pode envolver medidas como
a higiene adequada das mãos, o uso de equipamentos de proteção
individual e a adesão a diretrizes clínicas.
3. Notificação de Eventos Adversos: Quando ocorrem eventos
adversos, é importante que sejam notificados e tratados
pontualmente. Isso permite que a equipe médica aprenda com esses
eventos e tome medidas para prevenir sua recorrência.
Além disso, o Ministério da Saúde do Brasil publicou um “Manual de
habilitação e qualificação em UTI” que pode fornecer mais
informações sobre os protocolos padrão aplicados nas UTIs.
Diretrizes clínicas
As diretrizes clínicas são um conjunto de recomendações baseadas
em evidências que orientam a prática clínica dentro de um campo
específico da medicina. Elas são desenvolvidas por organizações de
saúde e profissionais médicos para garantir que os pacientes
recebam o melhor cuidado possível. Aqui estão alguns exemplos de
diretrizes clínicas que podem ser aplicadas em uma Unidade de
Terapia Intensiva (UTI):
Medidas de segurança: contaminação,
infecção e infecção cruzada - conceitos e
responsabilidades; higienização das mãos
1.Higiene das mãos: A higiene adequada das mãos é fundamental
para prevenir a propagação de infecções.
Contaminação
É a que acontece por causa de
substâncias produzidas por
organismos vivos, ou seja,
humanos, roedores e
microrganismos. Pode
ser contaminação bacteriana,
viral ou parasitária, que afeta a
saúde por meio da saliva,
sangue ou fezes

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O que é contaminação na biologia?

Contaminação Biológica: Ocorre devido a substâncias


produzidas por organismos vivos – humanos, roedores,
microrganismos. Isso inclui contaminação bacteriana, viral,
ou parasitária, que pode ocorrer através de sangue, saliva
ou fezes

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Quais são os tipos de contaminação?

Embora existam muitos cenários que possam


ocasionar a contaminação de alimentos, a
maioria se enquadra nas seguintes categorias:
biológica, química, física ou cruzada.

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O que é contaminação e
infecção?
Contaminação e infecção têm significados diferentes:
Contaminação é a transmissão de impurezas ou de
elementos nocivos capazes de prejudicar a ação normal
de um objeto. Infecção é a invasão de tecidos corporais
de um organismo hospedeiro por parte de organismos
capazes de provocar doenças.
O que fazer para evitar contaminação?
Uma das maneiras mais fáceis de evitar
contaminação e transmissão de vírus e bactérias
é lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao
dia, principalmente antes e depois das refeições,
antes e depois de usar o banheiro e ao chegar em
casa.

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A PELE

Maior órgão do corpo;

Exerce papel estético;

Protege o corpo contra infecções, lesões ou traumas;

Faz termo-regulação;

Propicia a percepção;

Tem função secretória.


FLORA M I C R O B IA NA DA
PELE

▪ A pele alberga duas populações de microrganismos:

o Microbiota residente;

o Microbiota transitória.
MICROBIOTA
RESIDENTE

Vivem e se multiplicam na pele;

As bactérias dessa flora não são facilmente removidas por


escovação, entretanto, podem ser inativadas por anti-sépticos;

Localizam-se em maior quantidade em torno e sob as unhas;

▪ É de baixa virulência e raramente causa infecção:

➢ Imunodeprimidos e procedimentos invasivos.


MICROBIOTA
TRANSITÓRIA

É passageira e tem um curto tempo de sobrevivência;

São facilmente transmitidos por contato;

A lavagem correta das mãos remove as bactérias com facilidade;

Tem elevado potencial patogênico;

São mais frequentemente responsáveis pelas infecções


hospitalares.
M I C R O R G A N I S M O S DA
PELE
Staphylococcus aureus;

Staphylococcus epidermidis;

Enterococcus spp.;

Pseudomonas aeruginosa;

Klebsiella spp.;

Enterobacter spp.;

Candida albicans;
Acinetobacter spp.
O QUE É HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS ?
▪ A higienização das mãos é uma medida importante na
prevenção e controle das infecções no serviço de saúde;

▪ Apesar de ser uma medida simples, ela não é colocada em


prática adequadamente pelos profissionais.
O QUE É HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS ?
▪ É uma medida individual simples usada para evitar a propagação
de infecções no âmbito da assistência à saúde;

▪ O termo “higienização” envolve todas as técnicas de


higienização: simples, anti-sepsia, fricção anti-séptica e a anti-
sepsia cirúrgica das mãos.
PORQUE HIGIENIZAR AS
MÃOS ?

Os microrganismos estão por


toda a parte;

Alguns destes são fontes de


doenças;

As mãos estão entre os


principais veículos de
transmissão de
microrganismos.
PARA QUE HIGIENIZAR AS
MÃOS ?
▪ Permite a remoção de sujidade, suor, oleosidade, pelos, células
descamativas e da microbiota da pele, interrompendo a
transmissão de infecções veiculadas ao contato;

▪ Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões


cruzadas.
Q U E M DEVE HIGIENIZAR AS
MÃOS ?

Todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde;

Quem mantém contato direto ou indireto com os clientes;

Quem atua na manipulação de medicamentos, alimentos e


material estéril e contaminado.
IMPORTANTE

Antes de realizar a higienização das mãos é necessário a retirada


de todos os adornos (pulseiras, relógios, aneis);
A NR 32 (Saúde e Segurança em Serviços de Saúde), proíbe o uso
de adornos.
HI G I ENIZ AÇÃO SIMPLES: ÁGUA E
SABÃO
▪ Remove os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da
pele, suor, oleosidade e células mortas;

▪ Dura em torno de 40 a 60 segundos;

▪ Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com


sangue e outros fluidos corporais;

▪ Ao iniciar o turno de trabalho;

▪ Após ir ao banheiro;

▪ Antes de preparo e manipulação de medicamentos;


HI G I ENIZAÇÃO ANTI-SÉPTICA DAS
MÃOS

Promove a remoção das sujidades e de microrganismos reduzindo a


carga microbiana das mãos, com auxílio de um anti-séptico;

Duração do procedimento: 40 a 60 segundos;

A técnica é igual àquela utilizada para higienização simples das


mãos, substituindo-se o sabão por um anti-séptico:

✓ Ex.: anti-séptico degermante.


HIGIENIZAÇÃO ANTI-SÉPTICA DAS
MÃOS

▪Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes


portadores de microrganismos multirresistentes;

▪No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado


para toda equipe cirúrgica);

▪Antes da realização de procedimentos invasivos (suturas, endoscopias,


inserção de cateter central periférico, punções, drenagens torácicas).
ANTI-SÉPTICOS

▪ Álcoois

▪ Compostos de iodo

▪ Iodóforos

▪ Clorexidina

▪ Triclosan (Irgasan)
F R I C Ç Ã O ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS
(PREPARAÇÃO ALCOÓLICA)
▪ Reduz a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades);

▪ A utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-


3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão quando
as mãos não estiverem visivelmente sujas;

▪ Deve-se friccionar até secar e não utilizar papel-toalha;

▪ Duração do Procedimento: de 20 a 30 segundos.


F R I C Ç Ã O ANTI-SÉPTICA DAS M Ã O S
(PREPARAÇÃO A L C O Ó L I C A )

▪ Antes e após o contato com o paciente;

▪ Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular


dispositivos invasivos:

✓Ex.: administração de medicamentos pelas vias oftálmica e nasal,


realização de curativos

▪ Antes e após calçar luvas;


TÉCNICAS DE HIGIENIZAR AS
MÃOS
12. Desligar a torneira com o papel-toalha
usado e desprezar o mesmo na lixeira
para resíduos comuns.
PASSO A PASSO DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Oração da Higienização das Mãos
Oração da Higienização das Mãos
1. Papai do céu, me arrume um namorado que
(palma com palma)
2. Me cubra de joias (palma com dorso)
3. Ande de mãos dadas (dorso dos dedos vai e
vem)
4. Que seja legal (polegar)
5. Não seja murrinha (pontas digitais)
6. E tenha um Rolex (punhos)
IMPORTANTE
:
▪Após realizar a técnica completa, a secagem das mãos também
interfere na qualidade da higienização;

▪O papel-toalha deve ser suave, possuir boa propriedade de


secagem, ser esteticamente aceitável e não liberar partículas, dar
preferência aos papeis em bloco que possibilitam o uso individual,
folha a folha;

▪ Lembre-se de que na técnica ANTI-SEPSIA CIRÚRGICA e na


FRICÇÃO ANTI-SÉPTICA o papel toalha não é utilizado.
IMPORTANTE
:
▪ Mantenha as unhas naturais, limpas e curtas;

▪Não use unhas postiças quando entrar em contato direto com os


pacientes;

▪Evite utilizar aneis, pulseiras e outros adornos quando assistir ao


paciente;

▪Aplique creme hidratante nas mãos, diariamente, para evitar


ressecamento na pele.
2. Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI): O uso de EPI,
como luvas e máscaras, ajuda a proteger tanto os pacientes quanto
os profissionais de saúde

3. Adesão a diretrizes clínicas: Seguir as diretrizes clínicas


estabelecidas ajuda a garantir que os pacientes recebam o melhor
atendimento possível e que os riscos sejam minimizados.
4.Notificação de Eventos Adversos: Quando ocorrem eventos adversos, é
importante que sejam prontamente notificados. Isso permite que a equipe
médica responda rapidamente e tome medidas para tratar o paciente.

5. Educação Continuada em Estabelecimento de Saúde: Processo de


permanente aquisição de informações pelo trabalhador, de todo e qualquer
conhecimento obtido formalmente, no âmbito institucional ou fora dele.
6. Área Crítica: Área na qual existe risco aumentado para desenvolvimento de
infecções relacionadas à assistência à saúde, seja pela execução de processos
envolvendo artigos críticos ou material biológico, pela realização de
procedimentos invasivos ou pela presença de pacientes com susceptibilidade
aumentada aos agentes infecciosos ou portadores de microrganismos de
importância epidemiológica.
As diretrizes clínicas são criadas com base em um processo rigoroso que
envolve várias etapas:

1.Revisão sistemática da literatura científica: As diretrizes clínicas são


baseadas em evidências científicas. Portanto, a primeira etapa na criação de
diretrizes clínicas é realizar uma revisão sistemática da literatura científica para
avaliar a eficácia e segurança das diferentes abordagens terapêuticas
disponíveis.
As diretrizes clínicas são criadas com base em um processo rigoroso que
envolve várias etapas:

2.Avaliação dos benefícios e danos: As evidências coletadas durante a revisão


da literatura são usadas para avaliar os benefícios e danos de diferentes
opções de atenção à saúde.
As diretrizes clínicas são criadas com base em um processo rigoroso que
envolve várias etapas:

3. Revisão e aprovação: Após a elaboração das recomendações, o texto é


submetido à apreciação do Plenário da CONITEC, com posterior
disponibilização do documento em consulta pública para contribuição de toda
sociedade, antes de sua deliberação final e publicação
Referencias Bibliografia
• CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da
administração. SP. 2000. • GIL, A. L. Gestão da qualidade
empresarial.SP. Atlas,2007. • MAXIMIANO, A.C.A.Teoria geral
da administração. SP. Atlas, 1997. • WWW.ONA. Org. br.
Manual brasileiro de acreditação- ONA.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

BRASIL, Agência Nacional deVigilância Sanitária-


ANVISA. Manual de Higienização das Mãos em Serviços
de Saúde. Disponível em: <
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/manu
> Acesso em: 08/10/2023
OBRIGADA
PELA ATENÇÃO

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