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ENDOCARDITE

Causas, diagnóstico e tratamento

ENFERMAGEM FLORENCE

MARCYH FLORENCE

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O que é endocardite?
A endocardite é uma infecção que atinge o músculo que reveste internamente o
coração, denominado endocárdio.

Mas essa infecção geralmente ocorre quando bactérias específicas adentram a


corrente sanguínea e se instalam na região já afetada do endocárdio.

Portanto, alguns procedimentos, como cirurgias ou até mesmo atendimentos


odontológicos, precisam ser bem supervisionados e é necessário a prescrição de antibiótico
antes do tratamento.

De fato, esse procedimento é chamado de antibioticoterapia profilática e é


extremamente necessário em caso de pacientes que já apresentaram alguns problemas em
estruturas cardíacas.

Tipos de endocardite
Existem três tipos mais comuns de endocardite: a endocardite aguda, endocardite
subaguda e endocardite não infecciosa.
Aguda
Desenvolve-se em curto espaço de tempo e pode levar o paciente a óbito.

Subaguda
Esse tipo de endocardite leva mais tempo, desenvolvendo-se gradualmente, podendo
levar semanas ou até meses, mas também pode levar o paciente a óbito.

Não-infecciosa
Nesse caso, aglomerados de coágulos sanguíneos podem se instalar no endocárdio,
levando a esse tipo de endocardite.

Causas da endocardite
Bactérias vão, por meio da corrente sanguínea, até válvulas cardíacas ou tecido
cardíaco já previamente comprometido.

De fato, é mais comum a ocorrência de endocardite quando já há um tecido


previamente afetado no coração ou válvulas cardíacas com problemas.
Mas, tecido saudável do coração pode vir a apresentar problemas se o paciente for
acometido por uma infecção de bactérias agressivas.

Essas bactérias, tanto no caso de pacientes com problemas no coração prévios, quanto
bactérias agressivas em pacientes saudáveis, não são encontradas normalmente na
corrente sanguínea.

Elas acabam indo parar no sangue após um procedimento cirúrgico ou um


atendimento odontológico.

Portanto, há bactérias bucais que podem levar à endocardite bacteriana.

Outra causa é a sepse, que ocorre quando o número de bactérias na corrente


sanguínea é muito grande e essas bactérias podem se instalar no tecido cardíaco e se
multiplicar ali, levando à endocardite.

Em caso de usuários de drogas, ou em pacientes com uso prolongado de cateter, a


válvula cardíaca mais afetada é a válvula tricúspide.

Já nos outros casos, é a válvula mitral ou válvula aórtica que se encontra mais
infeccionada.
Fatores de risco
Algumas pessoas que apresentam risco mais elevado de desenvolver endocardite são:

 Usuário de drogas injetáveis;

 Indivíduos com sistema imunológico comprometido;

 Pessoas com válvulas cardíacas artificiais ou marcapassos;

 Pacientes com danos nas válvulas cardíacas decorrentes de febre reumática.

Sintomas
Os sintomas de endocardite inciam-se com febre alta, como a maioria das infecções
bacterianas graves.

Além disso, há aumento da frequência cardíaca e sintomas parecidos com insuficiência


cardíaca.

No caso de endocardite bacteriana subaguda, há presença de febre baixa a moderada,


frequência cardíaca moderadamente acelerada e fadiga.

Há também outros sintomas, tais como calafrios, confusão e palidez, por exemplo.
Na pele, podem aparecer pequenas manchas, chamadas de hemorragias em
estilhaços, podendo também aparecer sob as unhas e também na parte branca dos olhos.

Diagnóstico
Para diagnóstico de endocardite bacteriana, é necessário colher informações sobre os
sinais e sintomas do paciente.

De fato, muitos sintomas são vagos, portanto, pode haver dificuldade de obter o
diagnóstico.

Alguns sintomas, como as manchas na pele e na parte branca dos olhos, são bastante
característicos.

O eletrocardiograma é excelente para se obter informações sobre o comportamento


cardíaco.

Além disso, culturas bacterianas do sangue são elementos importantes para o


diagnóstico.
Tratamento
O tratamento da endocardite se resume na administração de antibióticos de alto
espectro por meio intravenoso.

Em caso de válvulas cardíacas extremamente danificadas, há também a indicação da


cirurgia para reposição dessas válvulas.

É também necessário remover qualquer fonte de infecção do paciente, tais como


cateteres ou alguma infecção dentária, os quais podem ter sido a causa do desenvolvimento
da patologia.

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