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Sistema

Circulatório

Amanda Pinheiro
SB01AVBH22
Sopro
A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) esquerda é um proble-
ma que acomete principalmente os cães maduros ou idosos de
pequeno porte. Ele ocorre por conta de uma falha na valva mitral
(uma “portinha”, que separa o átrio do ventrículo esquerdo), que
permite que o sangue volte de um compartimento para outro
do coração. A causa dessa falha pode variar bastante: pode ser
um problema genético, pode ser uma doença degenerativa, ou
até mesmo uma infecção (comumente causada por bactérias
que se deslocam dos dentes com doença periodontal para o co-
ração).

Os cães que têm essa falha apresentam o chamado “sopro cardí-


aco“, que é um ruído diferente que o veterinário ouve enquanto
examina o coração, e que ocorre por conta do barulho que
sangue faz quando volta de uma câmara para outra. Em condi-
ções normais, o sangue flui apenas dos átrios para os ventrículos,
no caso destes pacientes, parte do sangue do ventrículo esquer-
do volta para o átrio. O sopro indica apenas que o coração está
doente, mas não necessariamente insuficiente.

É importante ressaltar que este problema não tem cura; o trata-


mento apenas retarda a sua progressão, e dá conforto respirató-
rio ao animal. Os medicamentos usados no tratamento da insufi-
ciência cardíaca infelizmente possuem efeitos colaterais, e
podem acabar afetando os rins.
Endocardite
A endocardite bacteriana (EB) é a infecção do endocárdio valvu-
lar e/ou mural de baixa prevalência em cães e rara em gatos.
É caracterizada pela alta morbidade e mortalidade.
Os mais acometidos são cães machos, adultos e raças de médio a
grande porte.
É necessário que haja um quadro de bacteremia, persistente ou
transitório, para que ocorra a infecção do endocárdio.
Assim sendo, algumas afecções cutâneas, orais, urinárias, prostá-
ticas ou em outros órgãos podem resultar em bacteremia e evo-
luir para a infecção do endocárdio.
As válvulas mais comumente afetadas em cães e gatos são a
mitral e a aórtica.
Na maioria das vezes, a lesão é decorrente da colonização das
válvulas por bactérias. Contudo, há relatos de infecções por
fungos, riquétsias e clamídias.

Existem três formas de endocardite infecciosa, sendo elas a


aguda, subaguda e crônica. A primeira pode resultar na morte
do animal em poucos dias e ocorre devido a uma alta carga bac-
teriana em valvas cardíacas normais, enquanto que as formas
subaguda e crônica evoluem por semanas ou até meses, ocor-
rendo quando as valvas cardíacas já apresentam algum tipo de
lesão pré-existente. Porém, a degeneração mixomatosa da válvu-
la mitral não apresentou maior risco para o desenvolvimento de
endocardite infecciosa em cães nos estudos realizados.
Endocardiose
A endocardiose é uma doença progressiva muito comum nos
cães, principalmente com o avanço da idade.
Geralmente, acomete mais a valva mitral, no lado esquerdo do
coração.
Ocorre o espessamento da valva que resulta em uma insuficiên-
cia cardíaca, ou seja, o sangue não estará sendo bombeado
como deveria, além de causar um aumento de pressão atrial.
Esse aumento de pressão, resulta em aumento da câmara cardía-
ca e com o avanço da doença o paciente poderá apresentar
tosse, intolerância a exercícios, cansaço fácil, edema pulmonar
(acúmulo de líquido no pulmão, impedindo a oxigenação), difi-
culdade respiratória, que pode levar o paciente a óbito.

A endocardiose valvar é mais comum em raças (além das mistu-


ras das mesmas!) de pequeno e médio porte, como Poodle, Sch-
nauzer, Chihuahua, Fox Terrier, Cocker Spaniel e Boston Terrier.
Acomete principalmente animais de meia idade a idosos.

Em felinos, a endocardiose apresenta baixa incidência. Porém,


em cães, é uma doença com características progressivas, que se
desenvolve com o cão já adulto, a partir dos 5 a 6 anos de vida.
Geralmente, o animal começa a apresentar sintomas 2 anos
depois, a partir dos sete ou oito anos de idade.

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