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Cardiopatias Congênitas

MARCELO SILVA FANTINATI


Cardiopatias Congênitas

 O que é?

Ocorre uma
malformação no
coração do bebê ainda
na barriga da mamãe

Pode estar associada a


outras malformações
na criança (fase
embrionária)
Cardiopatias Congênitas

Como saber ?

A criança cardíaca pode apresentar vários sinais e

sintomas que podem ser percebidos pelos pais e

familiares ou pelo pediatra acompanhante.

Na presença de qualquer um deles o cardiologista

pediátrico deve ser consultado.


Cardiopatias Congênitas

 Qual a suspeita clínica?


 No período neonatal pode ser levantada pela
presença de quatro achados principais

SOPRO CIANOSE
É o som que faz o É a cor da pele ou dos CANSAÇO
sangue ao passar pelo lábios azulada ou roxa,
coração quando gera pode ocorrer sempre ou (Taquipneia)
uma turbulência, como a quando a criança mama
água quando passa por ou chora.
um cano estreito... Pode Pode ser um sinal de
ser normal ou significar insuficiência cardíaca e
doença cardíaca e só um também pode ser
cardiologista pode TAQUICARDIA constante ou só surgir
definir. quando a criança
Coração batendo acelerado, mama, chora ou faz
pulsação forte. algum esforço.
Cardiopatias Congênitas

 O coração

O coração direito
recebe o sangue
pobre em oxigênio
que vem do corpo e O coração esquerdo
envia para os recebe o sangue
pulmões para receber oxigenado dos
mais O2. pulmões e envia para
todo o corpo.

No coração normal, o
sangue do lado direito
( pobre em O2) não se
mistura com o sangue do
lado esquerdo (rico em
O2).
Cardiopatias Congênitas

 As Cardiopatias congênitas estão divididas

Acianóticas: Cianóticas:
Desvio de sangue E  D Desvio de sangue D  E
(sem passar no pulmão)
Comunicação Interventricular (CIV)
Comunicação Interatrial (CIA) Estenose Aórtica (EAo)
Persistência do Canal Arterial (PCA) Tetralogia de Fallot (TF)
Estenose Pulmonar (EP) Transposição das grandes vasos (TGV)
Coarctação da Aorta (CA) Persistência do Tronco Arterial (PTA)
Atresia Tricúspide (AT)
Cardiopatias Congênitas

 Acianóticas
 Comunicação Interventricular (CIV)
 A mais comum das cardiopatias congênitas, correspondendo a 10%
de todos os casos
 Uma lesão que se modifica gradativamente com o correr dos anos
 As alterações pulmonares ocorrem por transmissão direta dos altos
níveis de pressão da circulação sistêmica para a circulação
pulmonar
 O desvio de sangue do VE para VD através da CIV (shunt) causa
hiperfluxo pulmonar, sobrecarga de volume do átrio esquerdo e
aumento do trabalho do ventrículo esquerdo
 Trinta por cento das CIVs irão fechar espontaneamente (1 ano de vida)
Cardiopatias Congênitas

 Acianóticas

Comunicação Interatrial (CIA)


 Existe um desvio de sangue da esquerda para direita ao nível atrial
e sobrecarga de volume do VD.
 Na infância o desvio de sangue é pequeno, porque o ventrículo
direito é relativamente não complacente.
 À medida que o ventrículo esquerdo torna-se complacente e a
resistência vasculo periférica diminui, o desvio de sangue aumenta.
 Pode não haver sintomatologia na infância, mas se houver grandes
desvios de sangue podem ocorrer dispnéias, infecção pulmonar
recorrente e palpitações
Cardiopatias Congênitas

 Acianóticas
 Persistência do Canal Arterial (PCA)
 É uma comunicação entre os dois maiores vasos do organismo, a
aorta e a artéria pulmonar
 Comunicação presente em todos os bebês antes do nascimento e
normalmente se fecha espontaneamente logo após o nascimento
 Se mantiver aberta, é chamada de persistência do canal arterial e
causa um aumento do fluxo de sangue que vai para os pulmões
 O hiperfluxo pulmonar resulta em hipertensão pulmonar, aumento
da água pulmonar e elevado trabalho respiratório.
 Representa 12% das cardiopatias congênitas, comum no sexo
feminino
 É a seqüela mais freqüente da rubéola durante a gravidez materna
Cardiopatias Congênitas

 Acianóticas
 Estenose Pulmonar (EP)
 É a oclusão da artéria pulmonar
 Constitui 10% das cardiopatias congênitas
 Na maioria das vezes é congênita e só, muito raramente, ocorre
como seqüela reumática
 Alguns casos de estenose de ramo da artéria pulmonar estão
ligados a infecções maternas por rubéola no primeiro trimestre da
gravidez
 Pode ser assintomática e até compatível com 70 anos de idade
 Sintomas: taquipnéia, hepatomegalia e edema periférico
 A endocardite bacteriana ou a insuficiência do VE devida a uma
estenose grave podem levar à morte
Cardiopatias Congênitas

 Acianóticas
 Coarctação da Aorta (CA)
 É o aperto ou estreitamento da aorta
 Constitui 7% das cardiopatias congênitas, mais comum no sexo
masculino
 Pode estar associada a PCA e CIV
 50% dos pacientes que sobrevivem à infância morrem ao atingir 32
anos, e 75% destes falecem aos 46 anos
 A coartação causa um relativo aumento de fluxo e pressão na
extremidade superior do corpo
 Retornos sanguíneos a dificuldade de ejeção do ventrículo
esquerdo causa insuficiência cardíaca congestiva, e acidose
metabólica
 Pode ocorrer grave hipertensão arterial, com insuficiência do
ventrículo esquerdo e hipertensão pulmonar
Z.. Zz.
Zzzz...

Fuuuuu
uuu!
Calma gente !

Não durmam,

já está

acabando...
Cardiopatias Congênitas

 Cianóticas
 Estenose Aórtica (EAo)
 Constitui uma obstrução ao fluxo sanguíneo do ventrículo
esquerdo para a aorta
 Como lesão isolada representa 5% das cardiopatias
congênitas, podendo estar associada à Coarctação da Aorta
ou PCA
 Sendo que 50% dos pacientes morrem até os 40 anos
 A mortalidade clínica da EAo na primeira infância é de 20%.
 Morte súbita (12% dos casos)
 Pode ocorrer endocardite bacteriana e calcificação das
válvulas aórticas
Cardiopatias Congênitas

 Cianóticas
 Tetralogia de Fallot (TF)
 Consiste na associação de
 Comunicação Interventricular (CIV)
 Obstrução da via de saída pulmonar
 Hipertrofia do ventrículo direito
 Deslocamento da posição da aorta para direita
 A TF é a cardiopatia congênita mais freqüente após o primeiro ano
de vida
 Os pacientes que sobrevivem, desenvolvem progressiva restrição
física, agravamento da cianose e, raramente, ultrapassam a
adolescência
 Complicações: trombose cerebral, abscessos cerebrais e
endocardite bacteriana e hipodesenvolvimento físico
Cardiopatias Congênitas

 Cianóticas
 Transposição dos grandes vasos (TGV)
 Ocorre a mudança de posição das grandes artérias
 A aorta emergindo do ventrículo direito, recebe sangue venoso de
retorno
 A artéria pulmonar, saindo do ventrículo esquerdo, recebe sangue
arterial
 Esta situação seria incompatível com a vida se não
houvesse um desvio de sangue (CIA, CIV, PCA)
 Faz a mistura entre as duas circulações e é desta mistura
que depende a vida da criança
 É responsável por 20% dos óbitos por cardiopatias
congênitas nos recém-nascido
 As não tratadas cirurgicamente 85% morrem em 6 meses.
 A insuficiência cardíaca ou anóxia são as principais causas
Cardiopatias Congênitas

 Cianóticas
 Persistência do Tronco Arterial (PTA)
 Caracteriza-se anatomicamente pela presença de um vaso
calibroso, tronco arterioso persistente, originando-se da base de
ambos os ventrículos através de uma única válvula
 Representa menos de 1% de todas as cardiopatias congênitas
 Fluxo sanguíneo pulmonar comprometido
 Haverá hiperfluxo pulmonar, que acarreta sobrecarga das
cavidades esquerdas, podendo levar a insuficiência cardíaca,
cianose e morte na primeira infância
Cardiopatias Congênitas

 Cianóticas
 Atresia Tricúspide (AT)
 Não há passagem do sangue venoso para o ventrículo
direito com desvio obrigatório de sangue da direita para
esquerda, através de uma CIA
 Ocorre aumento do átrio esquerdo e do ventrículo por
sobrecarga de volume
 O fluxo pulmonar depende da presença de um PCA ou uma
CIV
 Constitui 2 a 3% das cardiopatias cianóticas após o primeiro
ano de vida
 Ocorre cianose ao nascer, intensa dispnéia
 Cinqüenta por cento dos pacientes falecem no primeiro ano
de vida se não forem encaminhadas para estudo
hemodinâmico e tratamento cirúrgico
Cardiopatias Congênitas

 Conclusão
 Avaliação do recém nascido com suspeita de cardiopatia deve
ser realizada de maneira bastante elaborada e cuidadosa

 Presença de um pediatra e cardiologista

 Encontra-se disponíveis, hoje em dia, recursos farmacológicos,


terapêuticos e cirúrgicos especificamente criados para
tratamento das cardiopatias congênitas

 A cardiopatia deve precocemente ser suspeitada pelo clínico e


rapidamente tratada
UFA!!
Acabou !!
!

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