INSTITUTO SCHNEERSOHN 1

SAÚDE DO IDOSO
ABRAHAM NUNES CEZAR SCHNEERSOHN and ANA CAROLINE MELO DOS SANTOS

Resumo—O artigo apresenta uma explanação a respeito das da saúde a depender das comorbidades, medicações em uso,
principais morbidades presentes em moradores de uma entidade história patológica pregressa e familiar e fatores de risco
para idosos, bem como as medicações em uso e seus efeitos individualizados. Dessa forma, com a avaliação médica e
colaterais. As afecções mais frequentes identificadas foram
hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, Doença de multidisciplinar, torna-se possível realizar uma assistência
Alzheimer, Doença de Parkinson e transtornos psiquiátricos. detalhada e eficaz, possibilitando uma melhor qualidade de
Tendo as medicações direcionadas ao tratamento específico, foi vida, além de manter o histórico de afecções acessível para
realizado um breve levantamento dos principais efeitos adversos elucidação de cada categoria profissional, tendo sempre o foco
e potenciais riscos medicamentosos. Visando a necessidade de um no paciente.
acompanhamento completo e multidisciplinar, o Conecte SUS foi
a ferramenta mais adequada para efetuação de um método de Visando manutenção dessa linha de abordagem e acom-
coalisão e universalização do prontuário do paciente, considerando panhamento, seguirá uma proposta direcionada ao acesso
a situação atual do país. multidisciplinar ao prontuário laboratorial desses pacientes.
Palavras-chave—Hipertensão Arterial; Doença de Alzheimer; Considera-se que a observância pregressa e o levantamento
Doença de Parkinson; Conecte SUS de dados prospectivos a respeito das alterações detectadas
Abstract—The article presents an explanation about the main em exames anteriores possibilitam a aplicação de medidas
morbidities present in residents of an entity for the elderly, as interventivas curativas, preventivas ou mesmo paliativas de
well as the medications in use and their side effects. The most maneira precoce, seja para restauração da saúde ou redução de
frequent conditions identified were systemic arterial hypertension, danos. Seja por meio da digitalização e compartilhamento de
diabetes mellitus, Alzheimer’s disease, Parkinson’s disease and
psychiatric disorders. Having the medications directed to the resultados entre laboratórios e unidades de saúde, ou mesmo
specific treatment, a brief survey of the main adverse effects and por meio do envio físico e resumido desses exames, torna-
potential medication risks was carried out. Aiming at the need for se, além de prático, eficaz para avaliação do profissional da
a complete and multidisciplinary follow-up, the Conecte SUS was saúde envolvido, tornando possível a comunicação entre as
the most adequate tool for carrying out a method of coalition and diferentes categorias. Dessa forma, poderá ser criada uma
universalization of the patient’s record, considering the current
situation in the country. “rede” de informações sobre cada paciente e esta, implicará
positivamente em seu acompanhamento, evitando solicitações
Index Terms—Arterial Hypertension; Alzheimer; Parkinson; laboratoriais em excesso ou escassez, além de proporcionar
Conecte SUS
uma visão mais ampla a respeito do estado de saúde do idoso.

I. I NTRODUÇÃO
II. R EGULAMENTO
Tendo em vista ou aumento da perspectiva de vida no Brasil,
Considerando a prevalência de determinadas morbidades nos
torna-se cada vez mais primordial a atenção à saúde dos idosos,
idosos, torna-se primordial a listagem dessas afecções, bem
que vão gradativamente ocupando uma parcela significativa
como o levantamento do sucesso terapêutico e o acompanha-
da população no país. Nesse sentido, o acompanhamento
mento clínico-laboratorial com o intuito de ajustar medicações,
multidisciplinar dessa faixa etária requer uma abordagem
promover o atendimento multidisciplinar e, portanto, possibili-
pormenorizada, com o intuito de promover a saúde, prevenir
tar a promoção de saúde e qualidade de vida dessa população.
doenças e conduzir corretamente as desordens físicas, mentais,
Foi realizada uma pesquisa na entidade Fundação Antônio
emocionais e sociais que perduram ou mesmo prevalecem na
Jorge da Silva, com o apoio da técnica de enfermagem da
terceira idade.
instituição, Jane Mércia Correia da Silva, em parceria com
Com base nesse cenário, será elaborado um artigo voltado
profissionais da saúde do local juntamente com o Instituto
à saúde do idoso, direcionado principalmente às questões
Schneersohn, onde empenhou seu desígnio filantrópico em
medicamentosas e seus subsequentes efeitos terapêuticos e
prol das devidas elaborações de pesquisa e através da qual foi
adversos. Ademais, considera-se que os exames de rotina
feito um levantamento das morbidades mais prevalentes nos
mais solicitados na atenção básica permanecem sendo os
moradores da entidade. De acordo com os dados levantados, as
principais métodos laboratoriais de rastreio e acompanhamento
principais afecções encontradas foram: hipertensão arterial, dia-
da população senil, estes terão mais ênfase neste estudo.
betes mellitus, doenças cardiovasculares, doença de Parkinson,
Outrossim, exames menos rotineiros, mas que sejam essenciais
doença de Alzheimer e transtornos psiquiátricos.
para estes pacientes também serão citados.
Sabe-se que as tachas lipidêmicas, glicemia, hemoglobina
glicada, hemograma, coagulograma, creatinina, ureia, eletró- III. S AÚDE DO I DOSO
litos, EAS, PSA (para os homens) e função hepática, são os Sabe-se que doenças como hipertensão arterial sistêmica e
mais triviais no acompanhamento dos idosos. Não obstante, diabetes possuem uma prevalência significativa no Brasil e esta
outros exames laboratoriais tornam-se fulcrais para avaliação torna-se mais evidente de acordo com o aumento da faixa etária
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estudada. Essas estatísticas podem ser atreladas às questões
inerentes ao envelhecimento do organismo humano. É notório
que os fatores de riscos possuem um componente significativos
no desenvolvimento dessas enfermidades, como fatores genéti-
cos, hábitos de vida pregressa e atual e o próprio mecanismo
de envelhecimento. Entretanto, esses agravantes podem ser
minimizados mediante um acompanhamento pormenorizado,
como tratamento precoce e mudanças de hábitos.1
A. Hipertensão Arterial
Com o envelhecimento do organismo, ocorre o enrijecimento
das paredes arteriais, que se dá de modo periférico e centrali-
zado. Esse processo ocasiona a menor elasticidade das artérias,
o que resulta na menor complacência e conseguinte aumento da
pressão sanguínea. Essa elevação pressórica se dá para que o
aporte sanguíneo seja levado, primeiramente aos órgãos alvos e
tecidos distais. Como o processo aterosclerótico é progressivo
e diretamente proporcional à idade, a tendência é que os
níveis pressóricos basais se tornem gradativamente mais altos
à medida que a idade avança. Outrossim, são as comorbidades
relacionadas à senilidade. Desordens cárdio e cerebrovasculares,
bem como comprometimento renal e níveis lipidêmicos, tendem
a contribuir com essa alteração progressiva.2 Ademais, a
formação de circulação colateral em congruência com os
demais fatores supracitados exige um bombeamento mais eficaz
para manutenção do aporte sanguíneo adequado. Embora em
primeira vista este processo pode ser considerado fisiológico
e natural, sabe-se que níveis pressóricos permanentemente
elevados agravam ainda mais o endotélio vascular e transforma
esse processo hipertensivo em um ciclo vicioso envolvendo o
aporte sanguíneo e a lesão endotelial.3 Vale ainda considerar
que, a capacidade de filtração renal e bombeamento sanguíneo
tendem a insuficiência na população idosa. Isso resulta na
menor capacidade de eliminação de sódio e na exigência
crescente da funcionalidade cardíaca.4
B. Diabetes Mellitus
Entende-se por diabetes o aumento dos níveis séricos de
glicose. Essa elevação decorre da diminuição da capacidade
de produção de insulina ou em decorrência da resistência
periférica persistente à atuação desse hormônio. Com os níveis
glicêmicos persistentemente elevados, ocorre a lesão endotelial
e consequente comprometimento de órgãos, sobremaneira o
coração, rins, olhos e encéfalo, por meio da lesão de artérias
coronárias, os glomérulos renais, retina e vasos encefálicos,
respectivamente.5
No tocante aos fatores de risco, novamente a idade tende
a apresentar significativa relevância. Tal como ocorre na
hipertensão arterial sistêmica, o envelhecimento tende a resultar
na menor capacidade funcional dos órgãos. 6 No caso do
diabetes, o pâncreas pode tornar-se insuficiente, considerando
também os fatores genéticos predisponentes, bem como estilo
de vida pregresso e atual.6 Essa insuficiência pancreática pode
se dar por meio da sobrecarga excessiva e persistente bem
como pela resistência periférica à insulina devido à obesidade
central e a síndrome metabólica, também intimamente ligada
a fatores hereditários, sedentarismo, distúrbios alimentares e
2
medicações de uso crônico.7 Não raro, existe a comorbidade
com hipertensão arterial sistêmica, o que resulta no agrava-
mento da injuria vascular e suas consequências desastrosas
ao organismo.8 Além disso, a lesão endotelial de pequenos
vasos predispõe a doença arterial periférica e ao surgimento de
afecções distais, como pé diabético, infecções oportunistas
e subsequentes amputações. Esse conjunto de associações
patológicas reduz significativamente a qualidade e expectativa
de vida do individuo acometido.9
Como já citado, a associação de diabetes e hipertensão
arterial formam um fator de extrema relevância no surgimento
de doenças cárdio e cerebrovasculares. A principal fisiopa-
tologia relacionada se dá pelo dano endotelial, tanto pela
lesão decorrente dos níveis pressóricos quanto pela deposição
de placas de ateroma e irritação do endotélio pelos níveis
persistentemente elevados de glicose e consequente resposta
inflamatória crônica.10
C. Doença de Alzheimer
Outra patologia prevalente na população idosa são as
síndromes demenciais. Tendo a doença de Alzheimer e de-
mência vascular como as principais patologias responsáveis
pelo surgimento dessas síndromes, torna-se indubitável a
relação entre a senilidade e o comprometimento cognitivo
de origem multifatorial.11 Como a demência vascular tem
como fator desencadeante o acometimento da vascularização
cerebral que se dá principalmente pela hipertensão arterial e
diabetes mellitus, é plausível categorizá-la do âmbito destas.
Já a respeito da doença de Alzheimer, é sabido que origem
pode ser multifatorial, genética e indubitavelmente atrelada ao
envelhecimento.12 Em termos de fisiopatologia, sabe-se que
a mesma decorre da deposição de placas amiloides no tecido
encefálico, além da formação de emaranhados neurofibrilares
e alterações na proteína Tal. Há, entretanto, estudos que
correlaciona a má adesão terapêutica da hipertensão arterial com
o agravamento da doença de Alzheimer e outros transtornos
cognitivos em idosos.13
D. Doença de Parkinson
Por possuir caráter degenerativo caracterizado pela perda
progressiva de neurônios mesencefálicos da substância negra,
ocorre então a produção deficitária de dopamina, neurotransmis-
sor essencial envolvido no controle motor. 14 O resultado dessa
desordem é a perda da capacidade inibitória dos movimentos
de forma voluntária, culminando na acinesia súbita, cinesia pa-
radoxal, tremores, bradicinesia, instabilidade postural e rigidez
em “roda denteada”.15 Essa associação sintomatológica pode
resultar em quedas, imobilidades, dependência crescente de
terceiros para realização de atividades cotidianas e consequente
deterioração da qualidade de vida. Ademais, sabe-se que
com a progressão da doença, aumenta também as chances
de desenvolvimento de síndromes demenciais relacionadas a
doença de Parkinson. 16 Outro fator relevante, diz respeito
ao diagnostico correto. Visto que nem todas as síndromes
parkinsonianas podem ser atribuídas diretamente à Doença de
Parkinson, é impreterível que haja uma avaliação adequada
com o intuito de evitar iatrogenias. Medicações antipsicóticas,
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tremores essenciais e outras síndromes parkinsonianas devem
sempre ser levadas em consideração antes de uma instituição
terapêutica direcionada, pois essas medidas são capazes de
evitar danos colaterais medicamentosos e propiciar terapias
menos agressivas e mais eficazes.17
IV. F UNDAÇÃO A NTÔNIO J ORGE DA S ILVA
A instituição foi fundada por um grupo de amigos em
30/11/1995 com o objetivo de ser um lar de longa permanência
para idosos. Localizada na cidade de Arapiraca, Alagoas, no
Sitio Tabocas, número 2002, bairro Arnon de Melo, CEP 57300-
001.
Hoje a instituição acolhe 60 idosos, sendo que em sua
maioria apresentam morbidades como hipertensão arterial
sistêmica, diabetes mellitus, doença de Alzheimer, doença
Parkinson, deficiência visual, deficiência auditiva e transtornos
psiquiátricos. No total, 48 são hipertensos, 20 são diabéti-
cos, 6 apresentam Doença de Parkinson, 16 são acometidos
por alguma síndrome demencial (incluindo Alzheimer) e 10
apresenta algum transtorno psiquiátrico não especificado. Boa
parte apresenta alguma das afecções supracitadas de forma
superajuntada. Em relação as medicações de uso crônico, foi
informado pelos responsáveis pela instituição que as princi-
pais são: metformina, insulina, losartana, captopril, enalapril,
hidroclorotiazida, carvedilol, ácido acetilsalicílico, amantadina,
memantina, levodopa + benzerazida e haloperidol, cada qual
para sua conseguinte patologia, boa parte em associações
medicamentosas, sendo todos os medicamentos fornecidos
pelos Sistema Único de Saúde (SUS). Não foi informado sobre
o uso de estatinas, protetores gástricos e indutores do sono.
A. Medicações
Tendo em vista que as medicações referidas acima são
essenciais para controle terapêutico das diversas patologias
que acometem esse grupo de idosos, é importante atentar para
o uso correto, posologia adequada e adequação individualizada
de cada medicamento. Sabe-se que o uso inadvertido de
medicações pode trazer resultados deletérios a saúde, tais como
hipotensão, tremores, hipoglicemia, hiperglicemia, sangramen-
tos, arritmias, distúrbios gastrointestinais, distúrbios motores,
tosse e problemas articulares. Nesse sentido, é primordial
o acompanhamento médico regular, bem como a avaliação
de parâmetros laboratoriais de rotina, com o objetivo de
manutenção adequada de taxas glicêmicas, lipidêmicas e demais
parâmetros, além do controle satisfatório dos níveis pressóricos,
das desordens que envolvem o sistema nervoso central e dos
transtornos psiquiátricos.18
Fármacos hipoglicemiantes de uso oral, como glibenclamida
(não informado sobre o uso na instituição) podem ocasionar
hipoglicemias e esgotamento pancreático quando prescritos
inadvertidamente ou administrado de forma equivocada. Já
medicações como a metformina, embora não apresentem
riscos significativos de hipoglicemia, podem causar distúrbios
gastrointestinais, essencialmente no inicio terapêutico ou em
doses elevadas. O uso de insulina também requer cuidados
extras, como aferição controlada de glicemia capilar periférica
com o intuito de ajuste de dosagem e evitar hipoglicemias.18
3
No que se refere a medicações hipotensoras, sabe-se que
todas são dotadas de efeitos adversos e que a escolha terapêutica
deve ser individualizada. A hidroclorotiazida, de acordo com
a Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD) além
de possuir propriedades hiperglicemiantes, pode aumentar
a reabsorção de ácido úrico, o que resulta em problemas
articulares. Outrossim, diz respeito a losartana, que deve ser
usada com cautela em pacientes renais crônicos e diabéticos
sob o risco de hipoglicemia por interação medicamentosa. Já
os inibidores da enzina conversora de angiotensina (IECA),
como enalapril e captopril podem causar hipotensão ortostática
e tosse noturna. Já o carvedilol deve ser prescrito com cautela
em pacientes asmáticos.19
Como parte do tratamento de doenças cárdio e cerebro-
vasculares, é comum a utilização de ácido acetilsalicílico,
droga da classe dos anti-inflamatórios não esteroidais com
capacidade anti-agregante plaquetária. Como costuma ser
impreterível o uso nesses casos, é necessário sempre atentar
para o risco de sangramento e de lesões gástricas, devendo
sempre ser administrado após refeições, podendo também fazer
uso concomitante de inibidor de bomba de prótons quando
necessário e por indicação médica.20
No tratamento da Doença de Alzheimer o uso da memantina,
um antagonista não competitivo dos receptores N-metil D-
Aspartato (NMDA), pode causar aumento dos níveis pressóricos
especialmente e pacientes hipertensos. A amantadina, utilizada
como droga anti-parkinsoniana, por seu efeito anti-colinérgico
pode ocasionar distúrbios gastrointestinais, insônia e hipotensão
postural. Para o tratamento da mesma doença, o uso de
levodopa+benzerazida deve ser acompanhado de dosagens
séricas de AST e ALT, devido ao potencial aumento de
transaminases.21
Em relações as doenças psiquiátricas a entidade faz uso de
drogas antipsicóticas, tendo o haloperidol como a principal
utilizada na instituição, é sempre importante atentar para o
surgimento de discinesias, acatisias e parkinsonismo mediante
a impregnação por meio dessa droga.22 Nesse sentido, cabe
aos profissionais de saúde e cuidadores observar alterações
motoras e tremores mediante o uso de antipsicóticos, sugerindo
uma reavaliação psiquiátrica em caráter de urgência quando
necessário.23
Como mencionado, as medicações, apesar de essenciais no
tratamento das diversas morbidades presentes, são passiveis
de efeitos adversos e requerem uma atenção pormenorizada.
Além do controle medicamentoso, é importante que haja o
acompanhamento ambulatorial da pressão arterial e glicemia
capilar, bem como avaliação seriada dos níveis glicêmicos,
hemoglobina glicada, perfil lipídico completo, transaminases e
exames de sumário de urina. Levando em consideração que a
associação de patologias configura um maior risco global de
morbimortalidade ao paciente, é fulcral que haja uma checagem
rotineira de todos esses parâmetros. Outro fator relevante é o
acompanhamento multidisciplinar, especialmente dos pacientes
psiquiátricos e com transtornos cognitivos, visto que, não
raro, as possíveis queixas clínicas podem ser pouco palpáveis
nesse grupo de pacientes, o que resulta em diagnóstico e
tratamento tardios, com repercussões deletérias potencialmente
irreversíveis.24
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V. C ONECTE SUS
Tendo em vista o encetamento do projeto, que se destina
a auxiliar e informar, em prelúdio ao público longevo, é
congruente externar o objetivo de utilizar recursos de TIC
para resolver problemas do sistema de saúde. O programa
Conecte SUS é uma ferramenta de extrema facilidade em seu
manuseio.
O Conecte SUS, institucionalizado pela Portaria GM/MS nº
1.434, de 28 de maio de 2020, é um programa do Governo
Federal coordenado pelo DATASUS em parceria com áreas
finalísticas do Ministério da Saúde, com missão de materializar
a Estratégia de Saúde Digital para o Brasil, assim como seu
grande desígnio em ampliar ações para que estejam em pleno
alinhamento com as necessidades nacionais de combate à
COVID-19. O programa foi planificado a alguns anos, conforme
propõe o Pacote de Ferramentas da Estratégia Nacional de
e-Saúde (National eHealth Strategy Toolkit) elaborado pela
Organização Mundial de Saúde em conjunto com a União
Internacional das Telecomunicações (OMS/UIT) em 2012, a
construção de uma Estratégia de Saúde Digital (ESD).
A integração, a âmbito nacional, do Conecte SUS com a
rede publica e privada é de suma importância, por ser um
banco de dados de distinga eficácia. No sistema é possível
acompanhar vacinações, exames, uso de medicamentos, aler-
gias, comorbidades, informações de atendimentos em UBS,
PSF, ambulatoriais e emergências; entre outras utilidades. A
ferramenta que foi lançada a principio para acompanhar os
casos de covid-19, sendo a mesma com a nova adaptação a
fim de garantir mais assertiva entre pacientes e profissionais
da saúde, considerando que a agregação de informações pode
garantir um acompanhamento mais elaborado e seguro.
Deve-se enfatizar que no Brasil o número de pessoas
iletradas ou cuja instrução é elementar ainda condiciona a
números colossais, portanto, a unificação dessa ferramenta
pode facilitar aos profissionais para possíveis diagnósticos,
acompanhamentos e eficiência, além de facilitar ao Ministério
da Saúde o acompanhamento de pessoas diabéticas, hipertensas,
cardiopatas, com doenças crônicas e ter um controle a nível
em massa. Nacionalizar o programa do sistema público de
saúde com o sistema de saúde privado é precursor e prógono,
pois não há cidadão brasileiro que se mantenha unicamente
ligado ao SUS ou apenas a instituições privadas, com base que
parte dos atendimentos médicos com especialistas particulares
possuem coalizão com secretárias de saúde e municípios.
VI. C ONSIDERAÇÕES F INAIS
Por meio de, torna-se evidente que a institucionalização
de idosos configura um conjunto de fatores sociais, físicos e
psiquiátricos que, em seu suprassumo, requer uma aproximação
multidisciplinar para que seja albergada de forma conjunta
as desordens que prevalecem na terceira idade. Não raro, os
processos terapêuticos são passiveis de danos colaterais ou
sub-tratamentos. Nesse sentido, além da polifarmácia, inerente
a essa população, existe a possibilidade de divergências no
tocante o quadro clínico geral individualizado, o que torna
fundamental que haja um método de coalizão das informações
a respeito das medicações, exames, prontuários e condutas.
4
Tendo em vista a situação de sindemia que assola o mundo,
a criação e manuseio do Conecte SUS é a ferramenta de
menor custo e melhor eficácia nos dias hodiernos. Visto que
possibilita o acesso mais completo de dados referentes à saúde
do paciente, bem como baixo custo de manutenção e manuseio,
torna-se fundamental a adequação de todos os profissionais
da saúde e dos pacientes e responsáveis, possibilitando um
acesso universalizado e a interação de profissionais por meio
das informações contidas no programa. Ademais, é necessário
que todos os meios propiciados pela tecnologia possam afetar
de modo positivo na qualidade de vida dessa população que é
cada vez mais longeva e portadora de comorbidades.
VII. R EFERÊNCIA B IBLIOGRÁFICA
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