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DEFINIÇÕES Achados:
Anafilaxia é uma reação de hipersensibilidade sistêmica Cutâneos (85-90%): prurido, rubor, edema dos
grave e ameaçadora à vida caracterizada por início rápido lábios e língua, eritema urticariforme
com acometimento de via aérea, respiração ou circulatório e Respiratórios (70%): coriza, espirros, prurido
geralmente (porém nem sempre) está associada a mudanças nasal; nas formas graves: estridor, disfonia e
de pele e mucosa. rouquidão; VA inferiores: dispneia, sibilo,
hipoxemia
A anafilaxia pode ocorrer por reação a diferentes agentes,
Cardiovasculares (45%): síncope, tontura,
sendo os mais comuns alimentos e medicamentos.
arritmias, bradicardia paradoxal
Alérgeno ativação do sistema imunológico Gastrointestinais (45%): náuseas, vômitos,
liberação de mediadores dos mastócitos e basófilos; diarreia e dor abdominal
envolvendo ou não reação com IgE hipotensão grave Neurológicos (15%): alteração do nível de
ou comprometimento das vias aéreas consciência, tontura, cefaleia e confusão
EXAMES COMPLEMENTARES
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
É extenso e depende dos sistemas envolvidos no quadro o Na alta (manifestações cutâneas
anafilático. persistentes): manter prednisona por 3-5
dias
Manifestações cutâneas: síndrome carcinoide,
o Não são recomendados para prevenir
reação à vancomicina e reações transfusionais
manifestações bifásicas da anafilaxia
Colapso hemodinâmico: pensar em outras causas
de choque, como choque séptico, hipovolêmico ou PCR SECUNDÁRIA À ANAFILAXIA
cardiogênico
A anafilaxia pode evoluir para parada cardíaca por
Manifestações respiratórias: asma, aspiração de
insuficiência respiratória ou por hipotensão grave.
corpo estranho, embolia pulmonar, SARA
Mastocitose sistêmica e leucemia de células Atenção especial deve ser dada à manutenção da patência
mastoides das vias aéreas IOT precoce. Caso tenha ocorrido edema
de glote, pode ser necessária a realização de
TRATAMENTO
cricotireoidostomia.
Evitar o fator precipitante
Adrenalina IM e repetir a dose, se necessário
Monitorização; posição supina com elevação de
Adrenalina EV na sequência + infusão de
MMII e acesso venoso calibroso; em gestantes
cristaloide (4-8L)
colocar em decúbito lateral esquerdo
Considerar monitorização da PA invasiva
8-10L de O2 suplementar; manter o fornecimento
Ao alcançar a circulação espontânea, infundir
se a StO2 cair < 90-92%
adrenalina 1 µg/min e depois titulado conforme a
Preparar o manejo das vias aéreas
PA
Elemento mais importante: ADRENALINA
o Via IM; músculo vasto lateral Não há papel de corticoide ou anti-histamínico na parada
o 0,5mg em adultos e crianças > 12 anos; cardíaca. Prepare-se para reanimações prolongadas em
0,3mg em 6-12 anos e 0,01mg/kg em < 6 pacientes jovens e previamente saudáveis.
anos
PREVENÇÃO
o Pode ser repetida 2x se necessário, com
intervalos de 5-15min Ensinar os pcts a reconhecer os sintomas de
Se hipotensão, reposição volêmica 1-2L de recorrência
cristaloide em 1h (adultos) e 20mL/kg (crianças) Uso correto da adrenalina por caneta autoinjetora
Se não houver resposta a adrenalina IM via IV, Epipen®
com bolus de 0,1mg Evitar alérgenos conhecidos
Manutenção: adrenalina 1 mg em 500 mL de
solução fisiológica em uma infusão inicial de 0,5 a URTICÁRIA E ANGIOEDEMA
2 mL/min, titulando-se a dose conforme o efeito
Considerar associação de vasopressores se choque
refratário: dopamina, noradrenalina, fenilefrina ou
vasopressina
Broncoespasmo beta-agonista como albuterol
ou fenoterol + brometo de ipratrópio
Broncoespasmo grave: sulfato de magnésio
Se pct já faz uso de beta-bloqueadores: considerar
usar glucagon até que se resolve a hipotensão
2° linha benefício questionável
o Anti-histamínicos (difenidramina IV):
melhora a urticária e coriza, mas não tem
efeito na hipotensão ou obstrução de via
aérea
o Corticóides (metilprednisolona ou
hidrocortisona): assim como os anti-
histamínicos, são indicados para pct com
história de asma, broncoespasmo bem
definido, prevenir anafilaxia em pcts
realizando imunoterapia ou em choque
refratário