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MANOBRAS SEMIOTÉCNICAS

• Inspeção
visualização direta (olho nu) ou indireta (lente, espelho) /observação com análise crítica de estruturas
anatômicas e de traçosfisiológicos.
O examinador a utiliza a cada momento em que olha o seu paciente: os traços anatômicos, fisiológicos,
psíquicos. É facilitada pela aspiração intermitente da saliva, secagem com ar ou gaze e pelo uso de espelho
clínico, afastadores, boa iluminação e lupas. As gazes também são usadas para tracionarmos a língua para
sua melhor visualização. As próteses removíveis e totais devem ser retiradas assim que analisamo s sua posição,
qualidade, estabilidade e retenção. Toda alteração da normalidade deve ser escrita no prontuário: localização,
dimensão, forma, cor.

Figura 1 Fonte:Cemach. 2014. Figura 2 Fonte: Endo E. Ano Desconhecido.

• Palpação

Figura 4 Fonte: Endo E. Ano Desconhecido. Figura 3 Fonte: Endo E. Ano Desconhecido.

• Palpação

ato de palpar, ou seja, tocar com a polpa dos dedos. Por meio da palpação colhem-se sinais pelo tato e pela
compressão. Pelo tato, obtêm-se informações sobre a superfície, ao passo que a compressão fornece impressões
sobre a porção mais profunda da área que se está palpando. Assim, observam-se modificações de textura,
espessura, consistência, sensibilidade, volume, conteúdo, elasticidade e temperatura.

Palpação indireta – o clínico utiliza instrumentos que alcançam locais onde as mãos diretamente não alcançariam ou,
uma vez alcançados, não possibilitariam um exame detalhado. O exemplo típico é a palpação da face oclusal da
coroa clínica do dente pela sonda exploradora. A palpação pode ser digital, bidigital ou digitopalmar. Podem-se
ainda utilizar ambas as mãos para examinar simultaneamente os dois lados de forma comparativa. Existe um tipo
especial de palpação, chamado ordenha, que será descrito mais adiante.

• Percussão
Figura 6 Fonte: Endo E. Ano: Desconhecido. Figura 5 Fonte: Endo E. Ano: Desconhecido.

Percussão – ato ou efeito de percutir (bater, tocar). Leves batidas originam vibrações, por meio das quais se
identifica o estado físico do conteúdo da estrutura que está sendo percutida – se é líquido, semissólido, sólido ou
mesmo vazio. A percussão pode auxiliar no diagnóstico da patologia periapical e/ou periodontal por meio da
percussão dental vertical ou horizontal em relação ao longo eixo do dente, pela sensibilidade dolorosa por meio da
percussão em estruturas com inflamação. Um exemplo disso é o procedimento corriqueiro em clínica odontológica
em que se percute um dente no seu eixo, na superfície oclusal, e horizontalmente, na face vestibular da coroa,
procurando evidenciar patologia inflamatória na região periapical ou periodontal, respectivamente. §

Percussão indireta – normalmente é feita com o cabo do espelho clínico. §

Percussão direta – realizada diretamente com os dedos. É usada para o diagnóstico de lesões de grandes dimensões,
principalmente quando se podem avaliar as vibrações em meio líquido ou semissólido. É sentida colocando-se a
polpa digital no lado oposto da lesão que se está percutindo. Quando essa vibração não se propaga de um lado a
outro da lesão, pode-se intuir que o conteúdo é sólido. Por sua vez, quando se nota uma intensificação do som à
percussão, é possível que ali exista uma cavidade vazia.

• Auscultação

ato de ouvir sons e ruídos produzidos no organismo. Nessa


manobra utiliza-se a audição de forma direta ou indireta,
com o uso do estetoscópio. No ato da ausculta do tórax, o
paciente deve permanecer na mesma posição das etapas
anteriores, e deve ser instruído a respirar pela boca mais
profundamente que o normal, enquanto o examinado muda o
estetoscópio de lugar, percorrendo o tórax de cima para
baixo, nas faces posteriores, anterior e lateral.

Figura 7 Fonte: Dreamstime. Ano: Desconhecido.

• Exploração

manobra de semiotécnica em que o clínico,


utilizando instrumentos especiais, examina o
interior de determinadas estruturas orgânicas ou
lesões. Pode-se realizar a exploração de uma área
por meio de incisão com bisturi, expondo o
conteúdo e visualizando seu interior.

Figura 8 Fonte: Revista Brasileira de Cirurgia Plástica. 2010.


• Raspagem
ato de remover ou escarear áreas superficiais da mucosa bucal com a finalidade de saber se lesões com áreas
brancas se destacam quando raspadas e provocar ligeiro traumatismo na mucosa normal próxima a áreas
comprometidas por doenças como o pênfigo vulgar, onde imediatamente se forma uma bolha. A remoção
mecânica dos cálculos pode ser feita através de instrumentos manuais, como as curetas e o raspadores,
ou através de instrumentos ultrassônicos (ultrassom odontológico)

• Diascopia Vitropressão

significa “observar por meio de” e consiste em visualizar


uma determinada estrutura comprimida por uma lâmina
de vidro. Essa manobra é conhecida também como
vitropressão, sendo utilizada em lesões escuras, suspeitas
de hemangioma ou nevo, fazendo-se compressão com
uma lâmina de vidro sobre a área a ser estudada. Caso
haja desaparecimento da coloração escura e no lugar
ocorra isquemia, reaparecendo paulatinamente a partir
do momento da retirada da compressão, pode-se concluir
que se trata de lesão vascular (p.ex., hemangioma). Caso
a coloração da lesão permaneça, conclui-se ser uma lesão
pigmentada.

Figura 10 Fonte: Estomatologia Online PB. 2015.

• Teste de vitalidade

Os testes pulpares (testes de vitalidade e de sensibilidade) são utilizados como recursos


suplementares do exame clínico, para auxiliar no diagnóstico das alterações pulpares. 1-4 Os
testes de vitalidade pulpar (fluxometria laser doppler e oximetria de pulso) indicam a
existência de uma circulação vascular adequada. A utilização de agentes térmicos na determinação da
vitalidade pulpar é de suma importância na complementação do diagnóstico clínico da polpa dentária, pois de seu
emprego possibilita a manutenção e preservação da polpa dentária. Já os testes mecânicos de percussão horizontal
e vertical são mais comumente utilizados no diagnóstico das alterações perirradiculares ou para identificar o dente
que é a origem da dor em caso de respostas negativas aos testes térmicos.

Figuras 11, 12 e 13. Fonte: Endo E. Ano Desconhecido.

• Punção

ato ou efeito de pungir ou pun cionar; em outras palavras: picar, perfurar.


Pode-se dizer que a punção consiste na introdução de uma agulha no
interior de tecidos. Usam-se seringas hipodérmicas com agulha de
diâmetro amplo o suficiente para aspirar líquidos e semissólidos por meio
da tração do êmbolo. Se, ao tracionar o êmbolo, não se observar o

Figura 13 Fonte: Endo E. Ano Desconhecido.


aparecimento de líquido ou semissólido, conclui-se que a lesão em questão tem conteúdo sólido ou não tem
conteúdo algum. Quanto ao líquido puncionado, pode-se observar sangue, saliva, líquido cístico, pus ou outro.

• Fotografia

recurso que pode ser utilizado em lesões que mudam de forma ou


posição, como é o caso da língua geográfica. É utilizado para o controle
de lesões em diferentes estágios.

• Olfação
manobra em que se utiliza o olfato. É um recurso válido na detecção de
certas alterações fisiopatológicas, como o odor cetônico dos diabéticos.
Figura 14 Fonte: Tua Saude. 2020. Para os olfatos mais treinados e aguçados, é possível diferenciar odores
como os produzidos na gengivite ulcerativa necrosante, na
osteorradionecrose ou mesmo na necrose produzida no carcinoma epidermoide.

Figura 15 Fonte: IG. 2018.

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