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Hemorragias: definição.

Todo sangramento decorrente de lesões proximais ao ligamento de Treitz (prega de peritônio)


*O médico tcheco Václav Treitz, quanto lecionava na  Universidade Jagellonian, Polônia, em
1853, conseguiu descrever o músculo suspensor do duodeno , que mais tarde veio a receber o
seu sobrenome Treitz, caracterizando o ligamento ou músculo de Treitz.
*Por causa das capsulas endoscópicas e enteroscopia se diz que o TGI superior vai até a
segunda porção do duodeno na altura da 2 papila
Epidemiologia:
-Mortalidade gira em torno de 10%
-Pacientes com IC complicada podem apresentar até 28,4% de mortalidade.
-HDB aumenta a incidênciacom a idade e pode cessar espontaneamente.
-HDA: não varicosas: doença ulcerosa peptídica, más formações arteriovenosas.
Ulcera peptídica: atinge mucosa e submucosa e deixa citratrizes, diferente das erosões.
Classificação de forrest: 2 b, tirou o coagulo e sangrou volta pra 1ª, sempre considera o mais alto.
Hematina: pontinhos pretos, não tem vasos visíveis, risco baixo de tratar.
1 A, 1B, 2 A, 2B, tratar endoscopicamente durante a endoscopia por ter alto risco de sangrar,
queima, injetar algo, 2C e forrest 3 tratar com IBP apenas. *Viu um vazo tem que tratar com
hemostasia endoscópica.
Lacerações de Mallory-Weiss: quem tem vários episódios de vomito (gera hematêmese)

-Principal causa de HDA não varicosa em crianças, ocorre em alcoólatras após náuseas e vômitos.
-Gravidas no primeiro trimestre da gravidez (hiperêmese gravídica)
-Autolimitada: ocorre próximo a junção gastroesofágica, contração forçada da parede abdominal
contra a cárdia não relaxada gerando aumento da pressão intragastrica.
-Tratamento de suporte, diagnostico com EDA.
Má formações arteriovenosas:
-Lesões de Dieulafoy: mal formação vascular da submucosa gástrica
Mais comum: pequena curvatura do fundo gástrico, sangramento vultuoso com muito sangue,
paciente jovem, 90% requer hemostasia endoscópica (hemoclipe, cauterização), se não fazer nada
ela volta a sangrar.
Tratamento da HDA: estabilizar via aérea e volemia.
- Instabilidade hemodinâmica (hipovolemia grave): FC >100bpm, PA sistólica < 100mmHg, sincope
ou lipotimia (prestes a desmaiar mais não desmaia). chega pouco oxigênio no cérebro.

- Não varicosa: IBP: A supressão de ácido pode promover a agregação plaquetária e a formação
de coágulos, bem como reduzir o risco de ressangramento. Ambiente mais neutro melhor para
formar o coágulo, pepsina para de funcionar, e para de digerir o coagulo. *Serve para estabilizar o
coagulo.

paciente cirrótico evita transfundir, pois aumenta a


pressão e pode aumentar o sangramento pelas varizes
esofágicas ou gástricas.
-Os bloqueadores beta-adrenérgicos não seletivos (propranolol, nadolol) reduzem a pressão portal
por meio de vasoconstrição esplâncnica e diminuição do fluxo venoso porta. Em pacientes com
cirrose e varizes médias ou grandes que nunca sangraram, os agentes betabloqueadores não
seletivos reduzem de modo substancial o risco de primeira hemorragia varicosa.
HDB: colón principal região.
-Apresentam hematoquezia indolor (passagem de sangue pelo reto), geralmente sem ortostase.
Divertículo: acontece mais em idosos, 15% dos divertículos vão sangrar ao longo da vida, grande
volume, 95% regride o sangramento.
Diverticulite: inflamação do divertículo, dar antibiótico.
Diverticulose: ele está sangrando apena.
 Com o aumento da pressão intraluminal do intestino e tambem dieta, ocorre a protusao das
paredes do intestino para fora, em regiões onde se tem vasos sanguíneos, geralmente sai
apenas mucosa e submucosa (pseudodiverticulo).
 Pólipos: proliferação anormal das células da mucosa gástrica onde cresce para dentro,
necessário retirar para biópsia.
Classificação de Hinchey para diverticulite: já vamos falar do tratamento se liga
 I – Diverticulite com abscesso pericólico, processo inflamatório localizado.
 Espessamento da parede do cólon, menor a 4 ou 5cm.
 T. pode ser feito ambulatorialmente, dieta branda e antibioticoterapia de largo espectro, se não
resolver internar, passado o surto agudo voltar a dieta rica em fibras.
 MEDICAMENTOS: cefalosporina de 3° geração (ceftriaxone): Mca. Destrói as transpeptidases da parede
bacteriana
 Ou pode usar quinolona abdominal (ciprofloxacino): Mca. Inibe enzimas transaminases indispensáveis na
síntese de ADN bacteriano.
 Combinado com metronidazol: (anaeróbios) inibindo a síntese do ácido nucléico
 Possível alta 72 horas
 II – Diverticulite com abscessos peritoneais.
 Profundas na região da pelve, ou entre as alças. *necessidade de drenagem dos abcessos
 T. tratado clinicamente, abscessos maiores, pode-se utilizar a drenagem percutânea dirigida por
ultrassom ou tomografia computadorizada. As formas leves recebem antibióticos por 7 dias; as graves,
por 14 dias ou até́ mais, dependendo da evolução. Analgésicos e antiespasmódicos devem ser
utilizados rotineiramente, se emprega a Mesalazina tambem junto com antibióticos (mesmos do
hinchey 1)
 III – Diverticulite com peritonite purulenta generalizada.
 Rompimento: liberação de gases, e fluidos, *cirurgia medicamentos segue igual.
 IV – Diverticulite com peritonite fecal generalizada.
fezes na cavidade, *cirurgia medicamentos segue igual
Angiodisplasia de colón: sangra de forma oculto, ou volumoso, São más-formações
arteriovenosas do intestino, ocorrem devido dilatação progressiva doas vasos da submucosa
intestinal, ocorre mais comumente no ceco
Diagnostico: colonoscopia (lesões estreladas vermelhas) ou angiografia (veias dilatadas
com esvaziamento lento)
Tratamento: escleroterapia, eletrocautério, vasopressina intra-arterial, embolização seletiva
com gelfoam, eletrocoagulação endoscópica ou injeção de agentes esclerosantes
*Se não cessar sangramento -> colectomia

Divertículo de merkel: criança 5-10 anos, sangramento vultuoso, má formação congênita, ali do
COM no íleo terminal, pode ter conteúdo gástrico ou pancreático, colonoscopia pode não detectar<
usar cintilografia ou tomografia.
*Ducto ou conduto onfalomesentérico (COM) é uma estrutura embrionária que liga o cordão
umbilical à porção média do intestino do embrião. 

Neoplasia: Carcinoma colorretal


Sangramento indolor, intermitente, de natureza lenta e frequentemente associado a anemia
ferropriva
Diagnostico: colonoscopia, se for pólipo: tratamento com ressecção endoscópica, Se for tumor:
tratamento com cirurgia
Isquemia mesentérica:
Secundária a insuficiência arterial ou venosa, Tende a ocorrer nas áreas da flexura esplênica e do colon
retossigmoide
-Dor abdominal e diarreia sanguinolenta
Diagnostico: endoscopia com tubo flexível (edema, hemorragia e delimitação entre a mucosa normal
e a anormal)
Tratamento: cuidados de suporte (repouso intestinal, antibióticos intravenosos, suporte cardiovascular,
--- Antitrombóticos são um fator de risco para sangramento gastrointestinal
superior
Durante procedimentos endoscópicos, não se deve usar transfusões plaquetárias nesses
pacientes em uso de antiplaquetários
Para pacientes em uso de varfarina: uso de concentrado de complexo de protrombina (PCC)
junto com vitamina K, para prevenir coagulopatia de rebote em pacientes com sangramento
com risco de vida ou instabilidade hemodinâmica
Logo que o sangramento cessar, deve-se reintroduzir o antiplaquetário, para reduzir
eventos trombóticos Se um medicamento antitrombótico for reintroduzido, geralmente
também é administrado um IBP.
Foi sugerido que quando a aspirina foi prescrita para profilaxia primária, ela deve ser
interrompida na maioria dos pacientes, porque o risco de sangramento provavelmente
supera o benefício cardiovascular. Se a prevenção primária ainda for clinicamente
necessária após o sangramento, ela pode ser reintroduzida após a cicatrização da úlcera ou
antes, dependendo da situação clínica

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