Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Intervencionista / Intensivista:
Sistema Gastrointestinal
Vamos pensar....
Distúrbios Gastrointestinais – Sangramento
Gastrointestinal Agudo
HDB tem como causas comuns: tumores malignos, pólipos,
colite ulcerativa, doença de Crohn, colite sistêmica ou
infecciosa, angiodisplasia, diverticulite, hemorróidas;
Causas mais comuns como a diverticulite, protusões
saculares na parede do cólon, no ponto onde as artérias
penetram na parede colônica, esses vasos ficam somente
separados pela mucosa da parede intestinal e propensos a
lesão;
Fatores de risco como o uso de AINEs e dieta pobre em
fibras pode levar a sangramentos;
Distúrbios Gastrointestinais – Sangramento
Gastrointestinal Agudo
Angiodisplasia também chamada malformação
arteriovenosa, descreve veias submucosas
dilatadas e tortuosas com comunicações
arteriovenosas ou ainda artérias dilatadas;
Aumenta sua incidência com a idade, e ocorre
em geral no cólon, são menos graves os
sangramentos por angiodisplasia, visto que
tratam-se na maioria das vezes de sangramentos
venosos.
Distúrbios Gastrointestinais – Sangramento
Gastrointestinal Agudo
Apresentação clínica do paciente é definida pela
presença de instabilidade hemodinâmica e
eliminação de hematoquezia;
Geralmente os sangramentos diverticulares são
indolores, porém podem apresentar cólicas;
Este sangramento pode ser crônico também, e
anemia pode estar presente;
O sangramento maciço de hemorróidas é raro,
mas pode ocorrer.
Distúrbios Gastrointestinais – Sangramento
Gastrointestinal Agudo
O histórico do paciente quanto a cirúrgias
abdominais anteriores, episódio hemorrágico
prévio, doença de úlcera péptica, doença
intestinal inflamatória;
A história de medicamentos, febre, dor
abdominal, urgência retal, perda de peso e a idade
são subsidios.
O exame físico pode ser inespecífico, massas
palpáveis, e exames retais podem ser realizados;
Distúrbios Gastrointestinais – Sangramento
Gastrointestinal Agudo
Vamos pensar...
Abdome Agudo
DEFINIÇÃO
Quadro clínico abdominal caracterizado por dor, de início
súbito ou de evolução progressiva, que necessita de
definição diagnóstica e de conduta terapêutica imediata.
Muitas doenças, algumas das quais não necessitam de
tratamento cirúrgico, causam dor abdominal, de modo que a
avaliação de pacientes com dor abdominal deve ser metódica
e cuidadosa.
Como existe, com freqüência, um distúrbio intra-abdominal
progressivo, o retardo do diagnóstico e do tratamento afetam
o prognóstico.
Abdome Agudo
Uma grande série de doenças musculares, gastro-intestinais,
ginecológicas, urológicas, vasculares, psicossomáticas, cardíacas,
parasitárias, pulmonares e intoxicações exógenas, dentre outras
podem causar dor abdominal e até simular abdômen agudo.
No ano de 2002 nos EUA, cerca de 7 milhões de pacientes
procuraram serviços de emergência com quadro de dor
abdominal, 7,5% do total de atendimentos, e cerca de 50% destes
necessitaram de intervenções médicas.
Os dados brasileiros são imprecisos, principalmente devido à
ausência de sistematização e informatização do sistema de saúde
público, aliado à ausência de dados do sistema de saúde privado.
Abdome Agudo
A dor é o item principal na avaliação de um
paciente com suspeita de abdômen agudo.
A anamnese deve caracterizar a dor de
maneira precisa.
A duração da dor, sua localização, como se
iniciou e outras características como tipo de
dor e evolução podem ajudar no diagnóstico
diferencial.
Abdome Agudo
A classificação do abdômen agudo segundo a natureza do processo
determinante:
Inflamatório: a dor é de inicio insidioso, com agravamento e
localização com o tempo. O paciente presenta sinais
sistêmicos, tais como febre e taquicardia.
Algumas causas são apendicite, colecistite aguda, pancreatite
aguda, diverticulite, doença inflamatória pélvica, abscessos intra-
abdominais, peritonites primárias e secundárias, dentre outros.
Perfurativo: a dor é súbita e intensa, com defesa abdominal e
irritação peritoneal. Há derrame do conteúdo de víscera oca no
peritônio.
Algumas causas são: úlcera péptica, neoplasia gastro-intestinal
perfurada, amebíase, febre tifóide, divertículos do cólon, dentre
outros.
Abdome Agudo
Obstrutivo: a dor é em cólica, geralmente periumbilical. Associadamente
surgem náuseas, vômitos, distensão abdominal, parada da eliminação de
flatos e fezes.
Podem ser causas as aderências intestinais, hérnia estrangulada, fecaloma,
obstrução pilórica, cálculo biliar, corpo estranho, bolo de áscaris, dentre
outros.
Vascular: a dor é difusa e mal definida, há desproporção entre a dor e o
exame físico.
Causas podem ser: isquemia intestinal, trombose mesentérica, torção de
pedículo de cisto ovariano, infarto esplênico, dentre outros.
Hemorrágico: a dor é intensa, com rigidez e dor à descompressão; há sinais
de hipovolemia, tais como hipotensão, taquicardia, palidez e sudorese.
Podem ser as causas: gravidez ectópica rota, ruptura do baço, ruptura de
aneurisma de aorta abdominal, cisto ovariano hemorrágico, necrose tumoral,
endometriose, dentre outros.
Abdome Agudo
A história e exame físico são passos principais na
avaliação dos pacientes com dor abdominal.
Os exames de imagem melhoram a eficácia
diagnóstica e o tratamento global dos pacientes
que se apresentam com dor abdominal aguda.
A história menstrual cuidadosa em mulheres com
dor abdominal. (ovulação e gravidez);
Uso de medicações como corticosteróides e
anticoagulantes;
Abdome Agudo
Iniciar o exame físico pela inspeção a procura de cicatrizes, hérnias
inguinais e escrotais, distensão, massas e defeitos da parede
abdominal;
A palpação é etapa fundamental no exame físico, a dor localizada
na fossa ilíaca direita, no ponto de McBurney sugere apendicite
aguda.
Dor no hipocôndrio direito sugere inflamação da vesícula biliar.
Diverticulite aguda freqüentemente causa dor na fossa ilíaca
esquerda.
Dor desproporcional ao exame físico sugere isquemia intestinal e
dor difusa sugere peritonite generalizada.
A detecção de aumento do tônus muscular abdominal, durante a
palpação é chamada de defesa da parte abdominal. Ela pode ser
voluntária ou não, e localizada ou generalizada.
Abdome Agudo
A ausculta de um abdômen silencioso sugere íleo paralítico,
enquanto movimentos peristálticos hiperativos ocorrem na
gastrenterite aguda. Períodos de silêncio abdominal
intercalados com peristalse hiperativa caracterizam a luta
contra a obstrução mecânica do intestino delgado.
A percussão abdominal pode revelar dor, sugerindo
inflamação (irritação peritoneal). O hipertimpanismo à
percussão do abdômen significa distensão gasosa do
intestino ou estômago e timpanismo à percussão sobre o
fígado sugere ar livre intra-peritonial e perfuração de víscera
oca.
Abdome Agudo
Os exames laboratoriais que auxiliam no diagnóstico do
abdômen agudo em geral são simples, rápidos e de fácil
obtenção.
A avaliação inicial deve consistir de hematológico completo,
exame qualitativo de urina (urina rotina), amilase e teste de
gravidez (mulheres em idade fértil);
A confirmação diagnóstica, pode necessitar de avaliação
radiológica, partindo da radiografia abdominal em decúbito
dorsal e ortostático.
Avançando-se para a ultra-sonografia de abdômen, tomografia
computadorizada (TC), e em alguns casos arteriografia e
ressonância magnética. A videolaparoscopia e a laparotomia
exploradora constituem-se nos meios diagnósticos definitivos
Abdome Agudo
Cuidados de Enfermagem...
Vamos pensar...
Trauma abdominal
São a terceira causa de morte por trauma;
Podem ser causados por lesões fechadas ou penetrantes;
As mortes decorrem da lesão abdominal relacionada a
sepse e suas complicações;
Raramente acomete um único orgão, ou um único sistema.
Os traumas fechados tem diagnóstico difícil;
A presença de sensibilidade dolorosa ou defesa abdominal,
instabilidade hemodinâmica, lesão da coluna lombar,
fratura de pelve, ar retroperitoneal.
Trauma abdominal
A cavidade abdominal contém orgãos ocos e solídos;
O trauma fechado causa agravamento e comprometimento de
órgãos ocos;
A compressão e desaceleração do trauma fechado leva a fraturas
de cápsulas e parênquimas de órgãos sólidos, e o órgão oco
pode colabar e absorver o impacto;
O intestino está propenso a traumas penetrantes por ocupar a
maior parte do abdome;
Os orgãos sólidos respondem ao trauma com sangramento;
E os órgãos ocos rompendo-se e liberando seu conteúdo na
cavidade peritoneal, levando a inflamação e infecção;
Trauma abdominal
Feridas por armas brancas, e por arma de fogo
provocam os traumas penetrantes, por isso o
conhecimento do tamanho e formato e comprimento
de instrumentos é necessário, para determinar a
extensão da lesão;
Feridas sujas como a empalação podem levar a
infecção secundária a contaminação bacteriana e
falência de múltiplos órgãos.
Feridas por armas de fogo são de dificil avaliação,
pois pode acometer vários leitos vasculares e órgãos.
Trauma abdominal
A avaliação do trauma abdominal deve ser contínua;
É preciso compreender o mecanismo de lesão, as queixas
do paciente e identificar lesões potencias.
O paciente é reanimado primeiramente e o exame
abdominal fica para uma avaliação secundária, juntamente
com exames laboratoriais e de diagnóstico diferencial;
O uso de SNG e SVD é necessário nesta avaliação;
A ultrassonografia abdominal, a lavagem peritoneal e o
TC de abdome ajudam a fechar o diagnóstico e
intervenção terapêutica ou cirúrgica necessária.
Trauma abdominal
Cuidados de enfermagem...
Vamos pensar...
Síndrome Compartimental de Abdome
Definição:
A cavidade abdominal é um compartimento fechado de
complacência limitada com pressão normal de zero a
pressões sub-atmosféricas. Vários fatores patológicos
contribuem para instalação de estados hipertensivos intra-
abdominais, como hemorragia intra-abdominal pós-
operatória, coagulopatias pós-operatórias, edema pós-
operatório de parede abdominal ou alças intestinais, ascite
aguda, obstrução intestinal, cateters peritoniais, traumas,
queimaduras, cirurgia geral abdominal, cirurgia vascular,
transplantes (hepático), fraturas pélvicas, obesidade
mórbida, cirrose hepática com ascite volumosa,
pancreatite, choque séptico.
Estas alterações levam às disfunções orgânicas múltiplas,
gerando a Síndrome Compartimental de Abdome.
Síndrome Compartimental de Abdome
A hipertensão intra-abdominal é
transmitida à caixa torácica, aos espaços
pleurais e pericárdico, elevando a pressão
intratorácica, aumentando a pós-carga do
ventrículo esquerdo e redistribuindo o
fluxo dos órgãos abdominais. As
conseqüências hemodinâmicas deste
efeito são diminuição do débito cardíaco
com aumento das pressões de átrio direito
e da artéria pulmonar.
Síndrome Compartimental de Abdome
Alterações Renais
A Hipertensão Intra-Abdominal reduz
significativamente o fluxo sanguíneo renal por
compressão direta ao córtex renal e também
produz um efeito mecânico sobre as veias e
artérias renais, diminuindo o fluxo urinário.
Não existem evidências relacionadas à
compressão dos ureteres.
Síndrome Compartimental de Abdome
Alterações Digestórias
No sistema digestório, o aumento da pressão intra-
abdominal acima de 10 mmHg, leva à diminuição do
fluxo sangüíneo a vísceras abdominais e torácicas. A
hipertensão intra-abdominal ainda comprime veias
entéricas gerando um edema intestinal, que aumenta
ainda mais a pressão intra-abdominal, gerando um
ciclo vicioso.
A perda da barreira mucosa gera translocação
bacteriana, podendo causar sepse e disfunção de
múltiplos órgãos e sistemas, com pressões de
10mmHg.
Síndrome Compartimental de Abdome
A redução do fluxo hepático diminui a função
mitocondrial e o metabolismo do lactato. Com
pressões de 20 mmHg ocorre significativa redução do
fluxo portal.
Na parede abdominal ocorre aumento da tensão
levando ao edema visceral e o acúmulo de liquido
livre peritoneal causando a diminuição da
complacência abdominal.
Em pacientes com obesidade mórbida plena,
gestações prévias e cirrose ocorre certo efeito protetor
aumentando a complacência abdominal, diminuindo,
de certa forma, os efeitos da hipertensão intra-
abdominal.
Síndrome Compartimental de Abdome
12 a 15 mmHg
Grau II
16 a 20 mmHg
Grau III
21 a 25 mmHg
Grau IV