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Unidade IV
7 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS PESSOAS PORTADORAS DE AFECÇÕES
DO SISTEMA GASTROINTESTINAL, ENDÓCRINO E HEMATOLÓGICO
O aparelho digestivo, que se estende desde a boca até o ânus, encarrega-se de receber os alimentos,
fracioná-los em nutrientes (um processo conhecido como digestão), que são absorvidos na corrente
sanguínea, e eliminar do organismo os restos não digeríveis dos alimentos. O trato gastrointestinal é
composto de boca, garganta, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus.
O aparelho digestivo também inclui órgãos que se encontram fora do trato gastrointestinal, como o
pâncreas, o fígado e a vesícula biliar.
É a perda de sangue maciça e rápida de sangue que se origina no trato gastrointestinal, cuja causa
pode ser por algum trauma, ruptura de varizes esofágicas ou gastropatia da hipertensão portal. Grande
parte das causas relaciona-se à problemas do sistema que podem ser controlados; contudo, há a
necessidade de identificação da fonte do sangramento rapidamente para que não haja o estado de risco
iminente ao paciente por choque hemorrágico e hipovolêmico.
Há uma frequência nas hemorragias anais, derivadas de fístulas, inflamações, infecções, tumores
ou pólipos. A hemorragia pode ainda ser proveniente de tumores benignos ou câncer. Com o avanço
da idade, as anormalidades nos vasos do intestino grosso podem ser desenvolvidas, resultando em
sangramento recorrente.
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• dor epigástrica;
• náuseas e vômitos;
• febre;
• ascite;
• hematêmese (vômito com sangramento, podendo ser vermelho brilhante ou cor de “borra de
café”, quando a hemoglobina sofreu alteração no estômago);
7.1.1.3 Diagnóstico
A cirurgia de urgência é indicada nos casos em que a hemorragia é grave e não responde às medidas
rápidas de reposição volêmica, por exemplo, quando não há possibilidade de realizar a hemostasia por
via endoscopia e se ocorrer um novo sangramento após o início do tratamento. Para a assistência a esse
tipo de paciente, é de suma importância que a equipe de enfermagem: avalie a quantidade de perda
sanguínea nas fezes e através dos vômitos; realize a lavagem gástrica com solução fisiológica gelada,
objetivando a hemostasia; administre os medicamentos prescritos e monitorize os sinais vitais.
7.1.2 Pancreatite
A pancreatite aguda é definida como um processo inflamatório agudo do pâncreas. Suas causas
são diversas: pedras da vesícula que se deslocam e impedem o percurso das substâncias produzidas
pelo pâncreas; ingestão excessiva de álcool e excesso de medicamentos como corticoides e
imunodepressores; obstrução dos canalículos do pâncreas por tumores; traumatismo pancreático;
fatores genéticos e dislipidemias.
A afecção acontece quando um cálculo impede o fluxo da bile e de suco pancreático para o
duodeno, favorecendo a entrada de elementos irritantes para o tecido pancreático, que desenvolve
uma resposta inflamatória.
A principal queixa do paciente é a dor severa, que se inicia subitamente na região epigástrica, após
excesso de ingestão alimentar ou de bebida alcoólica. Posteriormente, a dor pode irradiar para a reborda
costal, com a piora do sintoma ao andar e deitar.
Outros sintomas associados são: vômitos, náuseas, febre, icterícia, ascite. Os casos mais graves podem
apresentar manifestações clínicas de choque com alterações hemodinâmicas: taquicardia, hipotensão,
desorientação, extremidades frias e sudorese.
É necessário realizar exames complementares, como o exame de sangue, em que são avaliadas a
dosagem da enzima amilase sérica, leucocitose e glicemia. Os exames radiográficos mais solicitados são:
raios X do abdômen e do tórax; ultrassom abdominal; tomografias computadorizadas.
7.1.2.2 Tratamento
A manifestação mais visível é através das fezes, que se apresentam esbranquiçadas, fétidas e volumosas.
A equipe de enfermagem tem um papel fundamental no tratamento do cliente com pancreatite aguda.
Para esse paciente, é necessário um plano de assistência que busque controlar os distúrbios
hemodinâmicos, complicação mais grave da pancreatite:
À medida que o intestino vai se enchendo de alimento, líquidos, secreções digestivas e gás,
ele dilata progressivamente, como uma mangueira macia. Em recém-nascidos e lactentes, a
obstrução intestinal é comumente causada por um defeito congênito, por uma massa endurecida
de conteúdo intestinal (mecônio) ou por uma torção do próprio intestino (volvo).
Em adultos, uma obstrução duodenal pode ser causada por um câncer do pâncreas, por cicatrizes
(de uma úlcera, de uma cirurgia prévia ou da doença de Crohn) ou por aderências, nas quais uma faixa
fibrosa de tecido conjuntivo encarcera o intestino. Além disso, pode ocorrer obstrução quando uma
parte do intestino dilata por meio de uma abertura anormal (hérnia), como uma área enfraquecida da
musculatura abdominal, e torna-se encarcerada. Raramente a obstrução é causada por um cálculo biliar,
uma massa de alimento não digerido ou um bolo de vermes.
Os sintomas da obstrução intestinal incluem a dor abdominal tipo cólica acompanhada por distensão
abdominal. A dor pode tornar-se intensa e constante. Em comparação com a obstrução do intestino
delgado, o vômito, um sintoma comum, ocorre mais tarde na obstrução do intestino grosso.
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Unidade IV
A obstrução completa provoca uma constipação grave, enquanto a obstrução parcial pode causar
diarreia. A febre é comum e pode ocorrer sobretudo quando há uma perfuração da parede intestinal. A
perfuração pode levar rapidamente à inflamação e à infecção graves, causando o choque.
7.1.4 Peritonite
Peritonite é uma inflamação do peritônio, membrana serosa que reveste parte da cavidade e das
vísceras abdominais. Pode ser localizada ou generalizada, e resulta, mais frequentemente, de uma
infecção ou, mais raramente, de um processo inflamatório não infeccioso. Quase sempre a peritonite é
uma complicação grave de outra enfermidade abdominal.
As causas possíveis da peritonite são tão variadas que quase se poderia incluir entre elas todas as
doenças das estruturas anatômicas contidas na cavidade abdominal. A inflamação da membrana peritoneal
costuma ser consequência de uma infecção, mas, mesmo quando por outras causas, a elas geralmente se
sobrepõe uma infecção secundária. Mais comumente, a peritonite pode ser desencadeada por:
São, pois, vários os distúrbios que podem dar lugar a uma peritonite: apendicite, úlcera
gastroduodenal, pancreatite aguda, distúrbios inflamatórios intestinais, inflamação da vesícula biliar,
processos infecciosos dos órgãos genitais, doenças cancerosas, alterações vasculares que perturbem a
irrigação do intestino e do peritônio, hérnias estranguladas, entre outras.
Os principais sinais e sintomas da peritonite são dor abdominal aguda e hipersensibilidade abdominal
intensa, as quais são exacerbadas por quaisquer movimentações do peritônio, como acontece ao tossir,
na flexão dos quadris e no pressionar e liberar a mão sobre o abdome, por exemplo.
À princípio, a dor pode ser localizada na área em que o problema se inicia, mas logo depois se
generaliza por todo o abdome. Além disso, ocorre também distensão abdominal, rigidez abdominal
difusa, chamada “abdome em tábua”, febre e calafrios, acúmulo de líquido no abdome, taquicardia,
paralisia intestinal, dificuldades de respirar, náuseas e vômitos.
7.1.4.2 Diagnóstico
Embora, em geral, a peritonite seja decorrente de uma condição mórbida abdominal, algumas
vezes ela é a primeira manifestação. O exame físico revela dados bastante típicos. Existem alguns sinais
semiológicos característicos, como o sinal de Blumberg (dor aguda ao pressionar e liberar a mão sobre
o abdome), por exemplo, mas muitos pacientes nem sequer deixam o médico tocar-lhes a barriga, tal a
exacerbação da dor.
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7.1.4.3 Tratamento
A peritonite representa uma emergência médica. O paciente deve estar ou ser internado; em
muitos casos, inclusive, internado em uma UTI. Identificada a causa da peritonite, ela deve ser tratada
adequada e rapidamente.
• reidratação do paciente para compensar a perda de líquidos feita pelo sequestro abdominal e
pelos vômitos;
• administração de oxigênio;
• tratamento da inflação do peritônio com doses elevadas de antibióticos, por via venosa.
• administração de analgésicos para aliviar a dor. Durante a intervenção cirúrgica, deve-se fazer
uma profusa lavagem do peritônio com soro fisiológico;
• se houver muito fluido, o médico deve remover um pouco desse líquido. A maioria dos casos exigirá
uma cirurgia para tratar a causa imediata, por exemplo, uma úlcera péptica ou uma diverticulite
perfurada, uma apendicite etc. Se tratados adequadamente, os casos típicos são corrigíveis.
A peritonite é sempre uma situação grave. Sua taxa de mortalidade é de cerca de 10% em pacientes
jovens e saudáveis e sobe para cerca de 40% em pacientes idosos ou com doença subjacente significativa.
Observação
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Cetoacidose é o acúmulo de corpos cetônicos (ácidos fracos) no sangue, deixando-o com o pH mais
baixo que o normal. Como quase todas as reações químicas que acontecem nas células dependem de
um pH estável ou que só permita uma variação muito ligeira, essa acidez é muito desfavorável para o
funcionamento celular.
A falta de insulina causada pelo diabetes faz com que o organismo não consiga usar a glicose
como fonte de energia; as células, então, lançam mão da gordura em seu lugar. Os subprodutos da
decomposição da gordura, chamados cetonas, se acumulam no corpo, gerando a cetoacidose diabética.
Em quantidades altas, as cetonas prejudicam o organismo.
A cetoacidose diabética muitas vezes é o primeiro sinal de diabetes em pessoas que ainda não
têm outros sintomas, mas também pode ocorrer mais tardiamente em pessoas que já tenham sido
diagnosticadas com diabetes.
• hiperglicemia;
• pele seca;
• fadiga intensa;
• respiração rápida;
• hálito com odor de acetona, bastante característico e também chamado de hálito cetônico;
• confusão mental.
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7.2.1.2 Diagnóstico
O diagnóstico da cetoacidose diabética depende de uma avaliação clínica dos sinais e sintomas da
doença e de exames laboratoriais de sangue e de urina. A taxa de glicose sobe no sangue porque o fígado
fabrica glicose para tentar combater a condição mórbida. Embora a cetona possa ser medida também
no sangue, a sua mensuração é feita na urina, de uma forma mais fácil e mais barata. Outros exames
mais podem incluir exame de sangue para amilase, gases no sangue arterial e dosagem do potássio
sanguíneo. A cetoacidose pode afetar os níveis sanguíneos de magnésio, fósforo, sódio e pH da urina.
7.2.1.3 Tratamento
O tratamento da cetoacidose diabética deve ser realizado em hospital, com a administração de insulina,
hidratação venosa, correção dos eletrólitos no sangue (sódio, potássio e fosfato) e acompanhamento
dos níveis de consciência.
Lembrete
A síndrome hiperosmolar não cetótica é uma complicação do diabetes tipo 2; sua taxa de mortalidade
atinge até 40%. Desenvolve-se, em geral, após um período de hiperglicemia sintomática, no qual a
ingestão de líquidos é inadequada para evitar a desidratação extrema decorrente da diurese osmótica
induzida pela hiperglicemia.
O fator precipitante pode ser uma infecção aguda coexistente, drogas que alterem o metabolismo
de glicose (glicocorticoides) ou aumentem a perda de líquidos (diuréticos), não adesão a tratamento
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médico ou outras condições clínicas. As cetonas séricas não estão presentes, pois a quantidade de
insulina na maioria dos pacientes com diabetes tipo 2 é adequada para suprimir a cetogênese.
Como não há sintomas de acidose, a maioria dos pacientes tolera um período significativamente
mais prolongado de desidratação osmótica antes da apresentação; assim, a glicose plasmática (> 600
mg/dl [> 33 mmol/l]) e a osmolaridade (> 320 mOsm/l) são tipicamente muito mais elevadas que na
cetoacidose diabética.
AGL
glicerol gliconeogênese
Proteólise
Lipólise
AGL cetogênese
glicosúria
Hiperglicemia
Diurese osmótica
Os sintomas primários da síndrome hiperosmolar não cetótica são alterações do nível de consciência
variando de confusão ou desorientação a coma, em geral como resultado de desidratação extrema, com
ou sem uremia pré-renal, hiperglicemia e hiperosmolaridade. Ao contrário da cetoacidose diabética,
pode haver convulsões focais ou generalizadas e hemiplegia transitória.
7.2.2.2 Diagnóstico
• glicemia sanguínea;
• osmolaridade sérica.
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ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
A urina deve ser avaliada quanto à presença de cetonas. As concentrações de potássio costumam ser
normais, mas as de sódio podem ser altas ou baixas, dependendo dos déficits de volume. Ureia e creatinina
séricas são, em geral, muito elevadas. O pH arterial costuma estar acima de 7,3, mas ocasionalmente
ocorre acidose metabólica leve em decorrência do acúmulo de lactato.
7.2.2.3 Tratamento
O diabetes insípidus é uma condição na qual a urina não é concentrada, e sim diluída ou semelhante
à água. A concentração urinária que ocorre em pessoas normais é devida à secreção desse hormônio
antidiurético (ADH) pela porção posterior da glândula hipofisária e pela ação desse hormônio nos rins,
onde a concentração urinária e o déficit do ADH causam o diabetes insípidus.
O diabetes insípidus (DI) apresenta características peculiares da diabetes mellitus, como eliminação
de grandes volumes de urina (poliúria), alta ingestão de líquidos devido à sede constante (polidipsia)
e insaciável. Consequentemente, apresenta sintomas como nictúria (aumento de excreção urinária à
noite) ou enurese (excreção involuntária de urina durante o sono). A urina se vê hiperdiluída por não se
encontrar em sua concentração normal.
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Neuro-hipófise
Suprarrenal
ADH
(vasopressina)
Aldosterona
Rim
Diurese
Devido a essa hiperdiluição, em vez da coloração amarela, a urina se apresenta de cor pálida, incolor,
muito parecida com eliminação de água, mas a concentração plasmática de sódio é baixa (hiponatremia).
O diabetes insípidus se caracteriza pela formação de grandes volumes de urina diluída. A fisiopatologia
dessa enfermidade são:
O diabetes insípidus caracteriza-se por formas diferentes, cada uma com uma causa específica, por
isso devem ser tratadas de forma individual, atendendo às necessidades de cada paciente.
Como descrito anteriormente, os principais sintomas são a poliúria e polidipsia. A nictúria está quase
sempre presente nos pacientes com DI central e nefrogênica, mas geralmente não é observada nos casos
de polidipsia primária ou psicógena.
ou neurogênico. A hipófise posterior pode ser destruída por uma variedade de transtornos secundários,
incluindo tumores, infecções, traumatismos cranianos, infiltrações, enfermidades autoimunes e vários
fatores hereditários. Estes últimos podem ser identificados devido à presença de DI em crianças cujos
antecedentes (pais, familiares) apresentem a mesma patologia.
A ingestão abundante de líquidos também é outra forma de DI, pois inibe a produção da vasopressina. É
denominada polidipsia primária, e, na maioria das vezes, é causada por uma anormalidade no centro regulador
da sede, localizada no hipotálamo. Esse subtipo é conhecido como diabetes insipidus dipsógeno ou psicógeno e
é muito difícil diferenciá-lo da DI hipofisária, pois ambas podem se originar dos mesmos transtornos cerebrais.
7.2.3.2 Tratamento
O DI hipofisário é permanente e não pode ser curado, mas seus sintomas podem ser totalmente
controlados por drogas, dentre elas, a forma modificada da vasopressina, conhecida como desmopressina
ou dDAVP.
Já o diabetes insípidus nefrogênico não pode ser tratado com dDAVP e, em diversas causas, pode não
ser curado. Atualmente, não há nenhum tratamento para a forma hereditária, mas existem tratamentos
parciais que podem reduzir os sinais e sintomas do DI.
• iniciar dieta zero até que o paciente esteja consciente, sem náusea, vômito ou distensão abdominal;
• reiniciar alimentação por via oral de modo progressivo, iniciando com líquidos até ter certeza de
que o paciente tolera alimentos sólidos;
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Unidade IV
• avaliar necessidade da passagem de SNG devido à diminuição do nível de consciência com risco
de aspiração, vômitos incoercíveis, distensão abdominal, íleo paralítico, e a passagem de sonda
vesical para controle do balanço hídrico;
• reposição de insulina;
7.3.1 Anemia
A anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (2004) como a condição na qual o conteúdo de
hemoglobina no sangue está abaixo do normal em resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais,
seja qual for a causa dessa deficiência. Diz-se haver anemia quando a concentração da hemoglobina
sanguínea diminui aquém de níveis arbitrados pela Organização Mundial de Saúde em 13 g/dL para homens,
12 g/dL para mulheres, e 11 g/dL para gestantes e crianças entre 6 meses e 6 anos. As anemias podem ser
causadas por deficiência de vários nutrientes, como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas.
As causas principais de anemia são: perda excessiva de sangue, deficiências e anomalias de produção
de hemácias e destruição excessiva de hemácias.
• Normocítica: por perda de sangue, anemia aplásica, anemia falciforme, secundárias a doenças crônicas.
Normal Anemia
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ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
A anemia por deficiência de ferro é a mais comum das carências nutricionais, com maior prevalência em
mulheres e crianças, principalmente nos países em desenvolvimento. Crianças entre 6 e 24 meses apresentam
risco duas vezes maior para desenvolver a doença do que aquelas entre 25 e 60 meses. Considerada um
sério problema de Saúde Pública, a anemia pode prejudicar o desenvolvimento mental e psicomotor, causar
aumento da morbimortalidade materna e infantil, além da queda no desempenho do indivíduo no trabalho
e redução da resistência às infecções.
O aumento da prevalência da anemia ferropriva em crianças pode ser decorrente das mudanças
nos hábitos alimentares, que acompanham a transição nutricional no país. No entanto adolescentes,
mulheres e homens também fazem parte deste quadro.
Para a identificação desta carência, são necessários de exames laboratoriais (sangue) para que seja
confirmado o diagnóstico de anemia ferropriva. Fadiga generalizada, anorexia (falta de apetite), palidez
de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas), menor disposição para o trabalho, dificuldade de
aprendizagem nas crianças, apatia são os principais sintomas desta patologia.
A anemia ferropriva tem cura com a ingestão de, no mínimo, de dois a três meses de sulfato ferroso oral,
além de uma dieta rica em carne vermelha; vegetais de folhas escuras também contêm muito ferro, mas sua
absorção é menor. Outros alimentos como cereais, e em particular o feijão e a lentilha, são ricos em ferro.
Todavia, quando há uma dieta equilibrada, não há necessidade de ingestão adicional deste mineral.
A vitamina B12 só existe no reino animal; os vegetarianos restritos (que não comem nenhum
produto de origem animal) desenvolvem a carência. A falta de vitamina B12 causa anemia e alterações
neurológicas, que são progressivas e mortais se não houver tratamento.
Os sintomas mais comuns são glossite (língua vermelha e ardente), surgem dormências, por falta de
sensibilidade, nas extremidades; e problemas mentais irreversíveis.
Para o diagnóstico, o hemograma também é o mais indicado, pois mostra que a anemia é macrocítica,
isto é, caracterizada pela presença de eritrócitos (glóbulos vermelhos) maiores que o usual. A dosagem
de vitamina B12 no soro sanguíneo é útil para o diagnóstico.
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Unidade IV
Anemia perniciosa
Fundo do
estômago
Falta de fator
intrínseco
Corpo do
estômago
Duodeno
A vitamina
Piloro B12 não
pode ser
absorvida
O tratamento consiste na reposição através da vitamina B12, por injeção intramuscular. A anemia cura-
se em poucas semanas; os sintomas neurológicos melhoram de modo mais lento. A gastrite atrófica é uma
doença definitiva, e o tratamento com uma injeção mensal de B12 deve ser mantido por toda a vida.
A anemia aplástica (AA) ou aplasia de medula óssea é uma doença rara, caracterizada por pancitopenia
moderada a grave no sangue periférico e hipocelularidade acentuada na medula óssea, sendo a mais
frequente das síndromes de falência medular. Entretanto, seu diagnóstico, por não ser fácil, deve ser
de exclusão, tendo em vista que várias outras causas de pancitopenia podem apresentar quadro clínico
semelhante ao de aplasia.
É uma doença desencadeada por causas congênitas ou adquiridas. Uso de medicamentos, infecções
ativas, neoplasias hematológicas, invasão medular por neoplasias não hematológicas, doenças sistêmicas
(como as colagenoses) e exposição a radiação e a agentes químicos encontram-se entre as causas
adquiridas. Os agentes etiológicos fazem com que a medula óssea pare de produzir células sanguíneas.
O início da anemia aplástica pode ser insidioso ou rápido.
Nos casos hereditários, o início geralmente é gradual. Quando a insuficiência de medula óssea
resulta de uma mielotoxina, o início pode ser “explosivo”. Caso a condição não reverter, quando o agente
agressor é removido, ela pode ser fatal.
Os sintomas são: fraqueza e fadigas leves e progressivas; sangramento costuma ser leve, mas em
certas ocasiões consiste em hemorragia da retina ou do sistema nervoso central; também pode haver a
presença de petéquias ou de equimose na pele, mucosas, conjuntivas e fundo do olho.
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ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
Para o diagnóstico, são realizados hemograma e esfregaço de sangue, que mostram diminuição nos
números de eritrócitos e plaquetas, bem como aspiração e biópsia da medula óssea, identificando-se que
a medula óssea está com baixa celular ou vazia, com um hematopoiese, bastante reduzido ou ausente.
A evolução do processo pode ser aguda e conduzir à morte dentro de poucos dias, com o quadro
de hemorragias repetidas, necrose e septicemia generalizada ou prosseguir durante meses ou mesmo
vários anos.
A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, causada por anormalidade de hemoglobina
dos glóbulos vermelhos do sangue. Os glóbulos vermelhos em forma de foice não circulam adequadamente
na microcirculação, resultando tanto em obstrução do fluxo sanguíneo capilar como em sua própria
destruição precoce. Esse mecanismo fisiopatológico acarreta graves manifestações clínicas, com maior
frequência após os 3 meses de idade.
A forma comum da anemia falciforme (Hbss) acontece quando uma criança herda um gene da
hemoglobina falciforme da mãe e outro do pai.
Há a condição do portador do traçado falciforme, e este é um estado benigno, muitas pessoas não
estão cientes de que o possuem. No entanto, quando duas pessoas portadoras do traço falciforme
resolvem ter filhos(s), é importante que saibam que para cada gestação há possibilidade de um para
quatro de que a criança tenha doença falciforme; de uma em duas de que a criança tenha o traço da
falciforme e a chance de um em quatro de que tenha a hemoglobina normal.
Hemácia normal
Hemácia falciforme
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Unidade IV
A anemia falciforme não deve ser confundida com o traço falciforme. Traço falciforme significa que
a pessoa é tão somente portadora da doença, com vida social normal.
Sinais e sintomas compõem crises dolorosas: dor em ossos, músculos e juntas associadas
ou não a infecções, exposições ao frio, esforços; palidez, cansaço fácil, icterícia (cor amarelada,
visível principalmente no branco do olho); úlceras (feridas) nas pernas; nas crianças, pode haver
inchaço muito doloroso nas mãos e nos pés; pode haver também sequestro do sangue no baço,
causando palidez muito grande, às vezes desmaio e aumento do baço (é uma emergência) e
maior tendência a infecções.
O tratamento é apresentado por medicação para dor, antibióticos, aumento da oferta de líquidos,
transfusão sanguínea, repouso no leito e cirurgia.
Pessoas que apresentam risco de gerar filhos com hemoglobinopatias graves têm o direito de ser
informadas, através do aconselhamento genético, a respeito de todas as implicações dessas doenças.
Alguns cuidados para pacientes com anemia falciforme, considerando que é uma patologia genética
e que, portanto, não há cura, apenas controle de sinais e sintomas:
7.3.2 Leucemia
A leucemia é o câncer das células brancas do sangue, os leucócitos. Ela começa na medula óssea
(parte interna dos grandes ossos) e se espalha por todo o corpo humano, prejudicando ou impedindo a
produção dos glóbulos vermelhos, das plaquetas e dos glóbulos brancos.
Os leucócitos possuem vários subtipos, e por isso há variação em cada caso da leucemia. Esse tipo
de câncer atinge mais as crianças, mas há uma grande chance de atingir jovens, adultos e idosos.
A leucemia se desenvolve rapidamente, tornando-se cada vez mais grave, independentemente de
seu subtipo.
É a doença com a malignidade mais comum nas crianças e adultos jovens, 50% das leucemias são
classificadas como agudas, as demais, classificadas como crônicas. A leucemia aguda ocorre mais em
crianças, e as crônicas, em adultos. A quantidade normal de leucócitos é de 4-11 mil/m³ de sangue.
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ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
A medula óssea é o local de formação das células sanguíneas, que ocupam a cavidade
dos ossos conhecida popularmente por tutano. Nelas, são encontradas as células-mães, ou
precursoras, que dão origem aos elementos do sangue: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos
(hemácias ou eritrócitos) e plaquetas. A leucemia prejudica ou impede a produção dos glóbulos
vermelhos, causando anemia; dos glóbulos brancos, causando infecções e, das plaquetas,
causando hemorragia.
• infecção pelo vírus leucocitário humano (HTLV – 1: vírus que infecta as células T);
• fator genético.
A leucemia aguda é progressiva e afeta células jovens, que perdem a capacidade de desempenho
das funções. Desse modo, ocorre o crescimento rápido de células sanguíneas imaturas, causando a
incapacidade da medula óssea de produzir células sanguíneas saudáveis. Acomete maior número de
crianças e leva à morte em semanas.
A leucemia crônica progride mais lentamente, permitindo o crescimento de maior número de células,
que podem ser capazes de exercer algumas de suas funções normais.
• Leucemia linfoide: leva a um número aumentado de células linfoides. Alterações em nível de DNA.
O diagnóstico é reforçado pelo exame físico, com presença da palidez, febre, aumento do baço
(esplenomegalia) e sinais decorrentes da trombocitopenia, como epistaxe (sangramento nasal),
hemorragias conjuntivais, sangramentos gengivais, petéquias (pontos violáceos na pele) e equimoses
(manchas roxas na pele). Na análise laboratorial, o hemograma é alterado, sendo confirmado pelo exame
da medula óssea (mielograma).
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Unidade IV
Várias etapas compõem o tratamento: a primeira tem a finalidade de atingir a remissão completa,
ou seja, um estado de aparente normalidade que se obtém após a poliquimioterapia. Esse resultado é
conseguido entre um e dois meses após o início do tratamento (fase de indução de remissão). Isso ocorre
quando os exames de sangue e da medula óssea (remissão morfológica) e o exame físico (remissão
clínica) não demonstram mais anormalidades.
Para a leucemia crônica, o tratamento pode frequentemente controlar a doença e seus sintomas,
mas raramente acontece a cura.
Os aspectos sociais não podem ser deixados de lados. O apoio ao paciente e sua família fazem
parte do processo de tratamento. A cura não deve se basear somente na recuperação biológica, mas
também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente. Portanto, é necessário o apoio psicossocial e
o envolvimento da uma equipe multiprofissional.
Os pacientes com leucemia necessitam de cuidados específicos, para evitar a aquisição de infecções,
e atenção redobrada com a higiene. Evidente que para cada caso há um plano de cuidados diferenciados.
A seguir, alguns cuidados gerais para esses pacientes:
• Intensificar as técnicas de lavagem das mãos para qualquer pessoa que tenha contato com
o paciente.
• Estabelecer uso de máscaras para pessoas que prestam cuidados diretos ao paciente.
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ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
Para cada caso, o médico direciona a prescrição da transfusão mais adequada para o paciente.
Sempre que possível, é realizada a transfusão apenas do hemocomponente que suprirá a necessidade
específica do paciente, e não de sangue total.
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Unidade IV
Hemocomponentes
Hemoderivados
Sangue total (ST)
Concentrado
de plaquetas Plasma fresco Plasma de 24h
(CP) congelado (PFC) (P24)
Crioprecipitado
(CRIO) Albumina Globulinas Concentrado
de fatores de
coagulação
Atualmente, as transfusões estão cada vez mais seguras devido à melhora na análise do sangue e
nos testes de triagem realizados. No entanto, elas ainda apresentam riscos para o receptor (por exemplo,
reações alérgicas e infecções), mas as chances de infecção pelo vírus HIV ou hepatite por transfusão são
quase nulas.
Muito mais caros que o concentrado de hemácias, os eritrócitos congelados normalmente são
reservados para as transfusões de tipos de sangue raros. Alguns indivíduos que necessitam de sangue
são alérgicos a ele. Quando as medicações não impedem a ocorrência de reações alérgicas, pode ser
necessária a administração de eritrócitos lavados.
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ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
Os concentrados de fatores de coagulação podem ser administrados aos indivíduos que apresentam
um distúrbio hemorrágico hereditário (por exemplo, hemofilia). Os fatores de coagulação do sangue
são proteínas plasmáticas que normalmente atuam em conjunto com as plaquetas para auxiliar na
coagulação sanguínea. Sem a coagulação, o sangramento não seria interrompido após uma lesão.
Doadores Receptores
Para qualquer transfusão, os profissionais de saúde precisam se atentar e tomar várias precauções:
checar a prescrição e o rótulo da bolsa de sangue, administração lenta e checagem dos sinais vitais
antes, durante e depois da infusão.
A maioria das reações transfusionais ocorrem durante os primeiros 15 minutos da transfusão. Após
esse período, o profissional de enfermagem pode examinar o receptor a cada 30 a 45 minutos e, no caso
de o indivíduo apresentar uma reação adversa, ele deve interromper a transfusão.
Geralmente, ocorrem reações leves. As reações graves e mesmo fatais são raras. As principais reações
são a febre e as reações alérgicas (hipersensibilidade), que ocorrem em aproximadamente 1 a 2% das
transfusões. Os sintomas incluem o prurido, a erupção cutânea, o edema, a tontura, a febre e a cefaleia.
São sintomas mais graves e raros: dificuldades respiratórias, chiados e espasmos musculares.
Raramente a reação alérgica é grave o bastante para representar perigo.
• Reação febril: reação mais comum na prática hemoterápica; está geralmente associada à
presença de anticorpos contra os antígenos HLA dos leucócitos e plaquetas do doador. Essa
reação geralmente ocorre no fim ou 1 a 2 horas após a transfusão e o paciente apresenta febre
e/ou calafrios. Pode ser acompanhada de dor lombar leve, sensação de morte iminente. Porém,
a elevação de temperatura durante uma transfusão de sangue pode ser um sinal de reação mais
grave, como hemólise ou contaminação bacteriana.
• Reação hemolítica: quando as hemácias transfundidas são destruídas. Essa reação se divide em
dois grupos: hemólise intravascular e hemólise extravascular.
• Reação hemolítica intravascular: a principal causa é a incompatibilidade ABO, que resulta quase
sempre de erros humanos, tais como amostras pré-transfusionais mal identificadas, erros de
identificação da bolsa de sangue após a prova cruzada ou troca no momento da instalação.
O receptor geralmente apresenta dor lombar intensa nos primeiros minutos após instalada a
transfusão de sangue. Pode ter febre (com ou sem calafrios), hipotensão, náuseas, dispneia e
sensação de morte iminente.
• Reação alérgica: dividida em três estágios conforme a gravidade das manifestações clínicas:
• Reação por contaminação bacteriana: dor abdominal, febre, diarreia, náuseas, vômitos, hipotensão
e choque.
• Sobrecarga volêmica: pode acometer pacientes cardiopatas, pacientes com anemias crônicas e
muito intensas, pacientes idosos com insuficiência renal crônica e recém-nascidos.
144
ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
• Edema pulmonar não cardiogênico (Transfusion Related Lung Injury – Trali): lesão pulmonar
aguda relacionada à transfusão. Pode ser moderada a grave e geralmente desenvolve-se de
2 a 6 horas após a transfusão. Ocorre devido à transfusão de anticorpos anti-HLA classe I e
II presentes no plasma do doador e/ou antígenos específicos granulocíticos. Esses anticorpos
ligam-se aos antígenos dos leucócitos do receptor, desencadeando eventos imunológicos que
aumentam a permeabilidade da microcirculação pulmonar e permitem a passagem de líquido
para o alvéolo. É grave, apresenta dispneia intensa, hipoxemia, infiltrado pulmonar bilateral
(pulmão branco), hipotensão e febre.
• Hemólise não imunológica: quando há hemólise por outras causas que não imunológicas
como destacamos. Pode ocorrer quando: as hemácias são congeladas ou superaquecidas;
há administração concomitante de medicações e/ou hidratação (soro glicosado); o sangue é
administrado sob pressão (circulação extracorpórea), quando há manipulação violenta da bolsa
de sangue, entre outras.
• Interromper a transfusão. Manter a extremidade do equipo protegida para não haver contaminação.
Manter a veia permeável com a solução de hidratação da prescrição.
• Verificar e registrar na prescrição médica os sinais vitais do paciente (pressão arterial, frequência
cardíaca, frequência respiratória, temperatura axilar).
Os índices de gravidade surgiram no fim do século passado, com a finalidade de avaliar a eficiência
e a qualidade do tratamento empregado aos pacientes críticos.
Por meio de uma linguagem uniforme, esses escores permitem estabelecer a gravidade da doença
de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), estabelecer um padrão de evolução de
145
Unidade IV
A utilização de índices de gravidade é essencial aos enfermeiros que atuam em UTI, uma vez que
auxilia a análise da qualidade da assistência prestada.
Como parâmetro de classificação dos pacientes de UTI, a gravidade da doença tem sido um dos mais
ressaltados por possibilitar:
• avaliação de custos/benefícios;
Para avaliar o desempenho de uma determinada UTI, é realizada a comparação entre probabilidade
de óbito esperada e observada, considerando-se um bom desempenho se a mortalidade observada for
menor que a esperada, e inadequado ou ruim se for maior. Além disso, os índices de gravidade precisam
ser testados nas diferentes variáveis antes de serem utilizados, considerando sua acurácia, ou seja, sua
calibração e discriminação.
Os índices prognósticos devem ser reavaliados ao longo do tempo à medida que os desfechos e as
intervenções vão se modificando.
146
ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
Na área da enfermagem, o mais utilizado é o Nursing Activities Score (NAS). Essa ferramenta tem
a finalidade de auxiliar na avaliação da adequação qualitativa e quantitativa dos recursos humanos
de enfermagem com respeito à carga de trabalho. Têm-se realizado vários estudos para classificar os
pacientes em relação às suas necessidades de enfermagem, bem como quantificar o tempo de assistência
de enfermagem despendido.
A aplicação do NAS é feita obedecendo aos itens que vamos descrever a seguir:
1. Monitorização e controles
1a. Sinais vitais, cálculo e registro do balanço hídrico (4,5%). Aplica-se a pacientes que não
necessitaram de mudanças frequentes no tratamento e que exigiram monitorização e controles
de rotina ou “normal” de acordo com as horas estabelecidas na unidade, nas 24 horas.
1b. Presença à beira do leito e observação contínua ou ativa por 2 horas ou mais em algum
plantão por razões de segurança, gravidade ou terapia, tais como: ventilação mecânica não
invasiva, desmame, agitação, confusão mental, posição prona, preparo e administração de fluidos
ou medicação e auxílio em procedimentos específicos (12,1%).
1c. Presença à beira do leito e observação contínua ou ativa por 4 horas ou mais em algum
plantão por razões de segurança, gravidade ou terapia (19,6%). Aplica-se a pacientes que por
razões de segurança, gravidade ou terapia, tiveram sua monitorização intensificada para “muito
além do normal” de acordo com as horas estabelecidas na unidade, em pelo menos um plantão
de 24 horas.
3. Medicação, exceto drogas vasoativas (5,6%). Inclui os pacientes que receberam qualquer
tipo de medicamento, independentemente da via ou dose. Não se aplica neste item o soro de
manutenção.
4. Procedimentos de higiene
4a. Realização de procedimentos de higiene, tais como: curativo de feridas e cateteres intravasculares,
troca de roupa de cama, higiene corporal do paciente em situações especiais (incontinência, vômito,
queimaduras, feridas com secreção, curativos cirúrgicos complexos com irrigação) e procedimentos
especiais (por exemplo, isolamento) (4,1%). Aplica-se ao paciente que foi submetido a qualquer
um dos procedimentos de higiene descritos aqui, com frequência “normal” de acordo com as horas
estabelecidas na unidade, em pelo menos um plantão nas 24 horas.
147
Unidade IV
4b. Realização de procedimentos de higiene que durem mais do que 2 horas em algum plantão
(16,5%). Aplica-se ao paciente que foi submetido a qualquer um dos procedimentos de higiene
descritos no item 4a, com frequência “além do normal” de acordo com as horas estabelecidas na
unidade, em pelo menos um plantão nas 24 horas.
4c. Realização de procedimentos de higiene que durem mais do que 4 horas em algum plantão
(20%). Aplica-se ao paciente que foi submetido a qualquer um dos procedimentos de higiene
descritos no item 4a, com frequência “muito além do normal” de acordo com as horas estabelecidas
na unidade, em pelo menos um plantão nas 24 horas.
5. Cuidados com drenos. Todos (exceto sonda gástrica) (1,8%). Aplica-se a pacientes que estejam com
qualquer sistema de drenagem instalado. Inclui sonda vesical de demora (SVD) e exclui sondas
gástricas, nasoenterais, gastrostomias e outras.
6a. Realização do(s) procedimento(s) até três vezes em 24 horas (5,5%). Aplica-se ao paciente
submetido aos procedimentos de mobilização e posicionamento descritos, até três vezes em
24 horas.
6b. Realização do(s) procedimento(s) mais do que três vezes em 24 horas ou com dois enfermeiros
em qualquer frequência (12,4%). Aplica-se ao paciente submetido aos procedimentos de
mobilização e posicionamento descritos no item 6, que tenham sido realizados mais do que três
vezes em 24 horas ou com dois membros da equipe de enfermagem em pelo menos um plantão
de 24 horas.
6c. Realização do(s) procedimento(s) com três ou mais enfermeiros em qualquer frequência (17%).
Aplica-se ao paciente submetido aos procedimentos de mobilização e posicionamento descritos
no item 6, que tenham sido realizados com três ou mais membros da equipe de enfermagem em
qualquer frequência em pelo menos um plantão nas 24 horas.
7. Suporte e cuidados aos familiares e pacientes. Inclui procedimentos tais como: telefonemas,
entrevistas e aconselhamentos. Frequentemente o suporte e cuidado, sejam aos familiares, sejam
aos pacientes, permitem à equipe continuar com outras atividades de enfermagem (por exemplo,
comunicação com os pacientes durante procedimentos de higiene ou comunicação com os
familiares enquanto presentes à beira do leito observando o paciente).
7a. Suporte e cuidado aos familiares e pacientes que requerem dedicação exclusiva por cerca
de 1 hora em algum plantão, tais como: explicar condições clínicas, lidar com a dor e angústia
e lidar com circunstâncias familiares difíceis (4%). Aplica-se ao paciente e à família que tenham
recebido suporte emocional com dedicação exclusiva, com duração “normal” de acordo com as
horas estabelecidas na unidade, em pelo menos um plantão nas 24 horas.
148
ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
7b. Suporte e cuidados aos familiares e pacientes que requerem dedicação exclusiva por 3 horas ou
mais em algum plantão, tais como: morte, circunstâncias especiais (por exemplo, grande número
de familiares, problemas de linguagem e familiares hostis) (32%). Aplica-se ao paciente à que tenha
recebido suporte emocional com dedicação exclusiva, com duração “além do normal” de acordo com
as horas estabelecidas na unidade, em pelo menos um plantão nas 24 horas.
8a. Realização de tarefas de rotina, tais como: processamento de dados clínicos, solicitação de
exames e troca de informações profissionais (por exemplo, passagem de plantão e visitas clínicas)
(4,2%). Inclui qualquer tarefa administrativa e gerencial relacionada ao paciente, que teve duração
“normal”, de acordo com as horas estabelecidas na unidade.
8b. Realização de tarefas administrativas e gerenciais que requerem dedicação integral por
cerca de 2 horas em algum plantão, tais como: atividades de pesquisa, aplicação de protocolos,
procedimentos de admissão e alta (23,2%). Inclui qualquer tarefa administrativa e gerencial
relacionada ao paciente, que teve duração “além do normal”, de acordo com as horas estabelecidas
na unidade.
8c. Realização de tarefas administrativas e gerenciais que requerem dedicação integral por cerca
de 4 horas ou mais de tempo em algum plantão, tais como: morte e procedimentos de doação
de órgãos, coordenação com outras disciplinas (30%). Inclui qualquer tarefa administrativa e
gerencial relacionada ao paciente, que teve duração “muito além do normal”, de acordo com as
horas estabelecidas na unidade.
10. Cuidado com vias aéreas artificiais. Tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia (1,8%).
Aplica-se ao paciente em uso de tubo orotraqueal, nasotraqueal ou traqueostomia.
11. Tratamento para melhora da função pulmonar. Fisioterapia torácica, espirometria estimulada,
terapia inalatória e aspiração endotraqueal (4,4%). Aplica-se ao paciente que tenha recebido
qualquer tratamento para melhora da função pulmonar, realizado em qualquer frequência, pela
equipe de enfermagem.
12. Medicação vasoativa, independentemente do tipo e dose (1,2%). Aplica-se ao paciente que
tenha recebido qualquer medicação vasoativa, independentemente do tipo e dose.
149
Unidade IV
14. Monitorização do átrio esquerdo. Cateter de artéria pulmonar com ou sem medida do débito
cardíaco (1,7%). Aplica-se ao paciente que tenha usado cateter em artéria pulmonar.
16. Técnicas de hemofiltração. Técnicas dialíticas (7,7%). Aplica-se ao paciente que tenha recebido
qualquer tipo de procedimento dialítico, intermitente ou contínuo.
17. Medida quantitativa do débito urinário (por exemplo, por sonda vesical de demora) (7,0%).
Aplica-se ao paciente com controle de diurese, com ou sem qualquer tipo de cateter urinário.
18. Medida da pressão intracraniana (1,6%). Aplica-se ao paciente que foi submetido à
monitorização da PIC.
19. Tratamento da acidose/alcalose metabólica (1,3%). Aplica-se ao paciente que recebeu droga
específica para correção de acidose ou alcalose metabólica, excluindo-se a reposição volêmica
para corrigir alcalose (bicarbonato de sódio, TAM, cloreto de amônia, diamox e outros).
20. Nutrição parenteral total (2,8%). Aplica-se ao paciente que recebeu infusão venosa central
ou periférica de substâncias com a finalidade de suprir as necessidades nutricionais.
21. Alimentação enteral por sonda gástrica ou outra via gastrointestinal (por exemplo,
jejunostomia) (1,3%). Aplica-se ao paciente que recebeu substâncias com a finalidade de suprir
as necessidades nutricionais, através de sonda, por qualquer via do trato gastrointestinal.
23. Intervenções específicas fora da unidade de terapia intensiva (1,9%). Aplica-se ao paciente
submetido a uma ou mais intervenções diagnósticas ou terapêuticas realizadas fora da UTI.
150
ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
Após a abordagem dos itens destacados, observa-se que cada um possui uma pontuação. Portanto,
o escore atribuído a um paciente resulta da soma das pontuações dos itens que correspondem às
necessidades de assistência direta e indireta dos pacientes. Esse escore representa quanto tempo de um
profissional de enfermagem o paciente requereu nas últimas 24 horas. Assim, se a pontuação for 100,
interpreta-se que o paciente requereu 100% do tempo de um profissional de enfermagem no seu cuidado
nas últimas 24 horas. Sendo assim, é um importante instrumento para o enfermeiro de terapia intensiva.
8.2 Pronto‑socorro
Ciente dos problemas existentes na atenção às urgências, o Ministério da Saúde lançou, em 2004,
a cartilha da Política Nacional de Humanização (PNH), na qual aponta o acolhimento com avaliação e
classificação de risco como dispositivo de mudança no trabalho da atenção e produção de saúde, em
especial nos serviços de urgência.
O enfermeiro tem sido o profissional indicado para avaliar e classificar o risco dos pacientes que
procuram os serviços de urgência, devendo ser orientado por um protocolo direcionador. De forma geral,
tem sido recomendada a utilização de escalas/protocolos que estratifiquem o risco em cinco níveis, por
apresentarem maior fidedignidade, validade e confiabilidade na avaliação do estado clínico do paciente.
Sabe-se que o protocolo de Manchester é o protocolo utilizado em muitos países para classificar o
risco de pacientes que procuram os serviços de urgência e emergência.
151
Unidade IV
O protocolo de Manchester teve origem na Inglaterra, na cidade de Manchester. No Brasil, foi utilizado
pela primeira vez em 2008, no estado de Minas Gerais, como estratégia para reduzir a superlotação nas
portas dos prontos-socorros e hospitais.
O programa recebeu esse nome porque foi aplicado pela primeira vez em 1997 na cidade britânica de
Manchester. A triagem foi rapidamente implementada em vários hospitais do Reino Unido. Em Portugal,
são poucos os hospitais que ainda não utilizam esse sistema, que já está sendo empregado em outros
países da Europa, como Espanha, Holanda, Alemanha e Suécia.
A implantação da triagem também é vantajosa para o paciente, pois, submetido a essa metodologia
de classificação de risco, está certamente assegurado de que não correrá risco de vida, além de que o
tempo de atendimento será determinante para uma melhor recuperação e intervenções mais assertivas
para a queixa que o motivou à procura do serviço.
O protocolo de Manchester classifica, após uma triagem baseada nos sintomas, os doentes por cores
que representam o grau de gravidade e o tempo de espera recomendado para atendimento. Aos doentes
com patologias mais graves é atribuída a cor vermelha, atendimento imediato; os casos muito urgentes
recebem a cor laranja, com um tempo de espera recomendado de dez minutos; os casos urgentes, com
a cor amarela, têm um tempo de espera recomendado de 60 minutos. Os doentes que recebem a cor
verde e azul são casos de menor gravidade (pouco ou não urgentes), que, como tal, devem ser atendidos
no espaço de duas e quatro horas.
A classificação de risco é realizada com base em protocolo adotado pela instituição de saúde,
normalmente representado por cores que indicam a prioridade clínica de cada paciente. Para tanto,
algumas condições e parâmetros clínicos devem ser verificados.
A classificação de risco deve ser executada por um profissional de nível superior, que
geralmente é o enfermeiro, que tenha uma boa capacidade de comunicação, agilidade, ética e um
bom conhecimento clínico.
O paciente que chega à unidade é atendido prontamente pelo enfermeiro, que fará uma breve
avaliação do quadro clínico do paciente utilizando o protocolo de Manchester. Em seguida, o
paciente é encaminhado para o local de atendimento. A classificação é feita a partir das queixas,
sinais, sintomas, sinais vitais, saturação de O2, escala de dor, glicemia, entre outros. Após essa
avaliação, os pacientes são identificados com pulseiras de cores correspondentes a um dos seis
níveis estabelecido pelo sistema.
A cor vermelha (emergente) tem atendimento imediato; a laranja (muito urgente) prevê atendimento
em dez minutos; o amarelo (urgente), 60 minutos; o verde (pouco urgente), 120 minutos; e o azul (não
urgente), 240 minutos.
152
ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
0 minutos EMERGÊNCIA
Caso gravíssimo, com necessidade de
atendimento imediato - Risco de morte.
Em até 10
minutos MUITO URGENTE
Caso grave, com necessidade de atendimento
em até 10 minutos - Risco significativo.
Em até 50
minutos URGENTE
Caso de gravidade moderada, com necessidade
de atendimento - Sem risco imediato.
Em até 120
minutos POUCO URGENTE
Caso para atendimento preferencial - Atenção primária.
Em até 120
minutos NÃO URGENTE
Caso para atendimento na Unidade de Saúde - Poderá
aguardar atendimento.
Saiba mais
153
Unidade IV
Resumo
Exercícios
154
ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA E FAMÍLIA EM SITUAÇÃO DE RISCO
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: uma das coisas mais importantes é controlar o nível de glicose no sangue, para evitar
complicações. A medição pode ser feita por meio de um monitor de glicemia ou por meio de bombas de
insulina. O paciente deverá receber injeção de insulina.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: é preciso evitar alimentos com açúcares. O aumento glicêmico no sangue pode agravar
o quadro clínico do paciente.
C) Alternativa correta.
Justificativa: os testes de monitoramento da glicemia são os testes que servem para acompanhar os
níveis de glicose no sangue ao longo do tempo, por exemplo, o teste da hemoglobina glicada (HbA1c),
a monitorização contínua da glicose (CGMS – Continuous Glucose Monitoring System) e o teste de
glicemia capilar ou teste de ponta de dedo.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: deve-se administrar a dose de insulina necessária para o momento para tirar o paciente
do quadro apresentado de tremor, cefaleia e sudorese.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: fazer teste de ponta de dedo ou glicemia capilar. É o teste mais comumente usado para
o monitoramento da glicemia. É feito com a utilização de tiras diagnósticas e do glicosímetro. Esse teste
mostra o valor imediato da glicemia, é como se fosse uma “fotografia” daquele momento.
Questão 2. (Biorio 2014) A doença falciforme é uma alteração genética caracterizada por um
tipo de hemoglobina mutante designada por hemoglobina S (ou Hb S), que provoca a distorção
dos eritrócitos, fazendo-os tomar a forma de “foice” ou “meia-lua”. De acordo com o Manual
de Condutas Básicas na Doença Falciforme (BRASIL, 2006), avalie se as afirmativas a seguir são
falsas (F) ou verdadeiras (V):
II – A primeira manifestação de dor na maioria das crianças é a dactilite (ou síndrome mão-pé).
III – As úlceras de perna estão presentes em 8 a 10% dos portadores de doença falciforme,
principalmente após a primeira década de vida. Estas úlceras ocorrem geralmente no terço superior
da perna.
155
Unidade IV
A) V, F e V.
B) F, V e V.
C) F, V e F.
D) V, V e F.
E) F, F e V.
156
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 23
Figura 24
BRASIL. Entenda as etapas do processo de doação de órgãos. Brasília, 2016. Disponível em: <http://
www.brasil.gov.br/saude/2016/06/entenda-as-etapas-do-processo-de-doacao-de-orgaos>. Acesso em:
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Figura 25
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Exercícios
Unidade I – Questão 2: INSTITUTO AOCP. Concurso Público EBSERH 2015: Enfermeiro – Terapia
Intensiva. Conhecimentos Específicos. Questão 39. Disponível em: < https://arquivo.pciconcursos.com.
br/provas/22042236/b81bf8b2fe07/enfermeiro_terapia_intensiva.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2018.
Unidade II – Questão 2: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC). Concurso Público Assembleia Legislativa
do Estado de São Paulo 2010: Agente Técnico Legislativo Especializado – Enfermagem. Prova E05.
Questão 59. Disponível em: < https://arquivo.pciconcursos.com.br/provas/14382650/2d7a061d848d/
prova_e05_tipo_001.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2018.
Unidade IV – Questão 1: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC). Concurso Público Tribunal Regional
Eleitoral do Paraná 2012: Técnico Judiciário – Enfermagem. Prova G07. Questão 29. Disponível em:
<https://arquivo.pciconcursos.com.br/provas/16750394/5378f275aa76/prova_g07_tipo_001.pdf>.
Acesso em: 20 jul. 2018.
160
Unidade IV – Questão 2: FUNDAÇÃO SAÚDE RIO DE JANEIRO. Concurso Público Biorio 2014:
Hematologista. Conhecimentos Específicos. Questão 29. Disponível em: < https://arquivo.pciconcursos.
com.br/provas/22180847/a5fa94e2eb4e/enfermeiro_hematologia.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2018.
161
162
163
164
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000