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O que é a pancreatite?
A insulina é o hormônio que permite que as células captem a glicose do sangue e a use
como fonte de energia. O principal estímulo para a produção de insulina é o aumento
dos níveis sanguíneos de glicose que ocorre geralmente após as refeições. Quando a
glicose do sangue se eleva, a insulina produzida no pâncreas é liberada para a
corrente sanguínea, permitindo que as células consigam captar a glicose que está
chegando, vinda dos alimentos.
Se por algum motivo não houver insulina, não há como as células consumirem a
glicose presente no sangue, permanecendo, assim, a taxa sanguínea de glicose
constantemente elevada. Este processo dá origem à famosa diabetes mellitus (leia: O
QUE É DIABETES?).
Pancreatite aguda
Causas
Em mais de 75% dos casos, a pancreatite aguda ocorre por abuso de bebidas
alcoólicas (leia: EFEITOS DO ÁLCOOL E ALCOOLISMO) ou por uma pedra da
vesícula, que fica presa na saída do ducto pancreático, impedindo a drenagem das
enzimas para o duodeno (leia: PEDRA NA VESÍCULA E COLECISTITE).
Sintomas
A dor costuma vir acompanhada de náuseas e vômitos em 90% dos casos e pode ser
tão intensa que o paciente rapidamente procura atendimento médico. Porém, existem
casos de pancreatite aguda com dor não tão intensa,o que muitas vezes dificulta o
diagnóstico, pois o paciente demora a procurar ajuda médica.
A pancreatite aguda alcoólica é mais comum nos indivíduos que bebem cronicamente e
costuma surgir dentro de 24 e 72 horas após um episódio de consumo excessivo de
álcool.
A pancreatite aguda em mais de 80% dos casos se cura com o tempo e com apoio
médico. Em certos pacientes, entretanto, ela pode se transformar em uma emergência
médica. Em alguns casos mais graves, a inflamação pode ser tão intensa que se
espalha por todo o organismo, levando o paciente a um quadro de choque circulatório e
falência múltipla dos órgãos.
Diagnóstico
Tratamento
Em geral, todo paciente com pancreatite aguda deve permanecer internado. Se o caso
for leve a moderado, a resolução é espontânea. Administra-se soros e controla-se a
dor.
Neste período inicial, o paciente deve se manter em jejum total por no mínimo 3 a 7
dias, uma vez que a alimentação estimula a produção das enzimas pancreáticas que
acabam por lesar ainda mais o pâncreas.
Para o paciente não desnutrir, faz-se necessária a alimentação enteral. Para tal,
introduzimos uma sonda até o intestino delgado fazendo com que a comida só chegue
aos intestinos após o duodeno, não havendo assim estímulo à produção de enzimas
pancreáticas. Se mesmo com a nutrição enteral o paciente apresentar sinais de
atividade da pancreatite, a solução é a alimentação parenteral, administrada pelas
veias.
Conforme o pâncreas vai se regenerando, a alimentação por via oral pode ser
reintroduzida lentamente.
Se a causa da pancreatite aguda for obstrução por cálculos biliares, os mesmos devem
ser retirados por via cirúrgica ou endoscópica. Como a recorrência da pancreatite
aguda por cálculos biliares chega a 50%, o mais indicado é a remoção da vesícula, o
que torna a formação de novos cálculos um evento incomum.
Em casos mais graves, com infecção e/ou necrose extensa do pâncreas, antibióticos e
cirurgia para retirada do tecido morto podem ser necessários. Como já citado
anteriormente, às vezes, o quadro é tão intenso que o doente desenvolve choque
circulatório, complicações renais e pulmonares, necessitando ficar internado em uma
UTI (leia: ENTENDA O QUE ACONTECE COM OS PACIENTES NA UTI).
Pancreatite crônica
Sintomas
A dor na pancreatite crônica costuma ser menos intensa que na pancreatite aguda e
até 20% dos pacientes referem sentir pouca ou nenhuma dor. Porém, é possível haver
períodos de agudização da pancreatite crônica, principalmente se o paciente continuar
a beber. O paciente pode conviver mais ou menos bem com a sua pancreatite crônica,
mas quando bebe, apresenta crises semelhantes as da pancreatite aguda.
Tratamento
Em casos onde a dor não consegue ser aliviada com drogas, a cirurgia do pâncreas
pode ser necessária. Em geral, não há cura para a pancreatite crônica. Como já
referido, o tratamento visa dar qualidade de vida ao paciente.