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GASTROINTESTINAL, HEPÁTICO E DAS VIAS BILIARES

INTRODUÇÃO: ANATOMOFISIOLOGIA DO TGI


O trato gastrintestinal (TGI) é um trajeto com 7 a 7,9m que começa na boca, estendendo-se através da
faringe, esôfago, estômago; intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso (cólons), reto e terminando no
ânus. Glândulas anexas do TGI: salivares, fígado, pâncreas.
O controle do funcionamento do TGI é feito pela regulação nervosa e hormonal. O Sistema Nervoso Autônomo é
responsável pelo controle das funções GI e inclui:
Sistema Simpático = efeito inibitório (diminui a peristalse, secreções e promove fechamento de esfíncteres
Sistema Parassimpático (nervo VAGO) = efeito estimulante (aumenta a peristalse, secreções e promove abertura de
esfíncteres)

As substâncias reguladoras endógenas são:


- Acetilcolina e Histamina: estimulam a secreção do ácido gástrico
- Noradrenalina e Prostaglandinas: inibem a atividade gástrica, estimulam a produção de muco
- Gastrina: estimulam a secreção de suco gástrico e acelera o esvaziamento gástrico.
- Colecistocinina: estimula a liberação de bile para o duodeno
- Secretina: estimula a secreção de bicarbonato no suco pancreático e inibe a secreção de ácido gástrico.
Durante a passegem do alimento pelo trato gastrointestinal, a ação das secreções enzimáticas provoca modificações
de modo que o processo de digestão transforma as macromoléculas (carboidratos, proteínas e lipídeos) em
micronutrientes para absorção (glicose, dextrose, aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas, sais minerais e água)

Processo digestório:

__Digestão oral: Saliva → secretada pelas glândulas salivares; contém a ptialina ou amilase salivar que inicia a
digestão de amidos, formando dextrina, maltose e glicose. Lubrifica o alimento a medida que que é mastigado,
facilitando a deglutição.

__Digestão gástrica: Suco gástrico – pH muito ácido – decorrente da secreção de ácido clorídrico pelas glândulas do
estômago. Função: ajudar na digestão, desdobrando a comida em componentes mais absorvíveis. Enzima: pepsina
(importante na digestão de proteínas formando polipetídeos) – fator intrínseco: combina-se com a Vitamina B12
(cobalamina) da dieta para que possa ser absorvida. O alimento misturado com as secreções gástricas é chamado
QUIMO.

Os distúrbios gástricos crônicos (gastrite, úlcera, câncer gástrico) ou cirurgias gástricas


. podem provocar diminuição da produção de fator intrínseco e comprometem a absorção da
Vit B12 provocando um tipo de anemia denominado: anemia perniciosa ou megaloblástica

__Secreção pancreática: pH alcalino devido a alta concentração de bicarbonato, com a finalidade de neutralizar o
ácido que chega ao duodeno. Enzimas: tripsina – transforma proteína e polipeptídeos em dipeptídeos e
aminoácidos; amilase pancreática – digestão de amido; e lipase – gorduras (transforma triglicerídeos em ácidos
graxos, diglicerídeos e monoglicerídeos.

A obstrução do colédoco por cálculos oriundos da vesícula biliar pode causar uma obstrução
da via pancreática, impedindo a secreção das enzimas pancreáticas no duodeno. Estas
enzimas retidas causam a inflamação no pâncreas denominada pancreatite aguda

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__Bile: secretada pelo fígado, contém sais biliares, colesterol e lecitina que EMULSIFICAM as gorduras.

A diminuição da secreção de bile no duodeno é comum nos casos de colecistite e colelitíase. Nesta
situação, o paciente apresenta esteatorréia (fezes gordurosas), acolia fecal (fezes esbranquiçadas) e
colúria (urina escura, na cor de "coca-cola"). Procedimentos: Colecistectomia (remoção da vesícula
biliar), coledocostomia (abertura do coledoco para remoção de cálculos), colangiopancreatografia
retrograda endoscópica.

__Secreções das glândulas intestinais: muco que recobre as células e protege o duodeno do ácido clorídrico,
hormônios, eletrólitos e enzimas: Maltase – transforma maltose em glicose; Sacarase – transforma a sacarose em
glicose e frutose; Lactase – transforma a lactose em glicose e galactose.

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

EXAMES RADIOGRÁFICOS:

- Seriografia gastrointestinal superior: ingestão VO (deglutição) de sulfato de Bário sob fluoroscopia direta para avaliar
funcionalidade de esfíncteres e órgãos GI supeirores (esôfago, estômago, duodeno). Útil para avaliação de refluxo
gastroesofágico.

- Enteróclise: infusão contínua por uma sonda duodenal de 500 – 1000ml de sulfato de Bário para visualização por
fluoroscopia durante a progressão por jejuno e íleo, pode levar até 6 horas.

- Enema opaco: administração de enema com sulfato de bário a fim de revelar a presença de qualquer anatomia
anormal ou disfunção intestinal (pólipos, tumores, divertículos, etc).

Atenção! Os enemas são contraindicados nos casos de sinais de perfuração, obstrução intestinal,
doença intestinal inflamatória ativa (apendicite) e fístulas intestinais.

Preparo: Antes = manter dieta pobre em resíduos (restrição de alimentos ricos em fibras) dias antes do exame; dieta
zero após meia-noite do dia anterior; laxativo, conforme prescrição; suspender fumo durante a manhã do exame.
Após = aumentar ingesta hídrica para eliminação do contraste, pode-se usar laxativo ou enema, informar que pode
produzir fezes de cor clara durante vários dias após o exame.

EXAMES ENDOSCÓPICOS

- Fibroendoscopia GI Alta (Endoscopia GI alta): Permite visualizar o tubo GI e realizar certos procedimentos
diagnósticos e terapêuticos. O endoscópio pode ser introduzido através do reto ou da boca, dependendo da porção
do tubo GI a ser examinada. Os endoscópios contêm canais múltiplos objetivos que permitem a insuflação de ar,
irrigação, aspiração de líquidos e a passagem de instrumentos especiais.

Preparo: dieta zero 6 a 12 horas antes do exame a fim de evitar aspiração e permitir uma visualização completa do
estômago; a garganta será anestesiada com um spray ou gargarejo; será administrado um sedativo IV (midazolam);
posição = decúbito lateral / Sims; manter o paciente em dieta zero até que esteja alerta e o reflexo do vômito voltar (1-
2h) e que tolerar líquidos; observar presença de dor de garganta durante 24 a 36 horas após o exame; Monitorar o
paciente quanto à dor abdominal ou torácica, dor cervical, dispnéia, febre, hematêmese, melena, disfagia, tonteiras
leves ou tensão abdominal. Estas podem indicar complicações.

Possíveis Complicações: incluem perfuração do esôfago ou estômago, aspiração pulmonar e hemorragia

- Retosigmoidoscopia e Colonoscopia (Endoscopia GI Baixa): Inspeção visual direta do reto, sigmóide e cólons por
meio de um fibroscópio flexível.
Posição = decúbito lateral esquerdo com a perna direita flexionada (Sims)

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Preparo: limitação da ingesta hídrica de um a três dias antes do exame; dieta administrar laxativo por duas noites
antes do exame e um enema antes do exame; geralmente administra-se analgésico antes do exame (meperidina).

DISTÚRBIOS GÁSTRICOS E DUODENAIS

Os distúrbios do esôfago incluem disfunções da motilidade (acalasia, espasmos), hérnias de hiato,


divertículos, perfuração, corpos estranhos, queimaduras químicas, doença de refluxo gastresofágico (DRGE),
esôfago de Barrett (EB).

GASTRITE E ÚLCERA GÁSTRICA/DUODENAL

A gastrite é uma inflamação da mucosa gástrica e um distúrbio gastrintestinal (GI) comum. Acomete
igualmente homens e mulheres e é mais frequente em indivíduos idosos. A gastrite pode ser aguda ou crônica e pode
ser, ainda, classificada em erosiva ou não erosiva, com base nos sinais patológicos observados na parede do
estômago. A gastrite aguda, cuja duração é de várias horas a alguns dias, frequentemente é causada por
imprudência alimentar (consumo de alimento irritante, que é excessivamente temperado ou de alimento
contaminado). Observa-se, também, o desenvolvimento de gastrite aguda nas doenças agudas (p. ex., lesões
traumáticas importantes; queimaduras; infecção grave; insuficiência hepática, renal ou respiratória; ou cirurgia de
grande porte).

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Outras causas incluem:

__uso excessivo de ácido acetilsalicílico e de outros agentes anti-inflamatórios não esteroides


(AINE)
__Consumo excessivo de bebidas alcoólicas
__Refluxo biliar e radioterapia.

Um tipo mais grave de gastrite aguda é causado pela ingestão de ácidos ou álcalis fortes, que podem fazer
com que a mucosa se torne gangrenosa ou sofra perfuração.

A gastrite também pode constituir o primeiro sinal de infecção sistêmica aguda.

A gastrite crônica consiste em inflamação prolongada do estômago, que pode ser causada por úlceras
benignas ou malignas do estômago ou por bactérias, como Helicobacter pylori (H. pylori). A gastrite crônica causada
pela infecção por H. pylori está implicada no desenvolvimento de úlceras pépticas, câncer gástrico e
linfoma de tecido linfoide associado à mucosa (MALT). A gastrite crônica pode estar associada a doenças
autoimunes, como anemia perniciosa.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

GASTRITE AGUDA

__Pode exibir início rápido dos sintomas


__Queixas de desconforto abdominal, cefaleia, cansaço, náuseas, anorexia, vômitos
e soluços, que podem persistir por poucas horas a alguns dias
__Gastrite erosiva que, possivelmente, provoca sangramento manifestado por fezes escuras alcatroadas (melena) ou
fezes sanguinolentas de coloração vermelho-vivo (hematoquezia).

GASTRITE CRÔNICA

__Pode ser assintomática


__Queixas de anorexia, pirose após a alimentação, eructação, sabor amargo na boca ou náuseas e vômitos
__Podem ocorrer desconforto epigástrico discreto, intolerância a alimentos condimentados
ou gordurosos, ou dor que é aliviada pelo consumo de alimento
__O cliente pode não ser capaz de absorver a vitamina B12 e geralmente apresenta evidências de má absorção
dessa vitamina; pode levar à anemia perniciosa.
(Segundo Smeltzer & Bare,14ª Ed., 2020,p.4618)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE GASTRITE AGUDA E DE GASTRITE CRÔNICA.

Gastrite aguda Gastrite crônica


Anorexia Distensão abdominal
Dor epigástrica (aparecimento Saciedade prematura
rápido)
SINTOMAS GASTRINTESTINAIS Hematêmese Intolerância a alimentos
Soluços condimentados ou gordurosos
Melena ou hematoquezia Náuseas e vômitos
Pirose
Gosto amargo na boca

SINTOMAS SISTÊMICOS Possíveis sinais de choque Anemia


Fadiga
(Segundo Smeltzer & Bare,14ª Ed., 2020,p.4620)

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DIAGNÓSTICO

__Endoscopia
__Biópsia de mucosa gástrica ou lesão suspeita
__Pesquisa de sangue oculto nas fezes
__Hemograma buscando evidência de anemia perniciosa ou hemorragia

TRATAMENTO

GASTRITE AGUDA

A mucosa gástrica tem a capacidade de autorreparo depois de um episódio de gastrite. Em regra, o cliente recupera-
se em cerca de 1 dia, embora o apetite possa estar diminuído por mais 2 ou 3 dias.

O cliente deve abster-se de:

__Bebidas alcoólicas e alimentos até o desaparecimento dos sintomas.

Em seguida pode progredir para uma dieta com alimentos não irritantes. Se os sintomas persistirem, pode ser
necessária a administração de líquidos intravenosos.

Havendo sangramento, o tratamento assemelha-se ao da hemorragia do trato GI superior.

A terapia de suporte pode consistir em antiácidos e antagonista do receptor de histamina-2 (bloqueadores


H2; por exemplo, famotidina, ranitidina, inibidores da bomba de prótons, como lansoprazol); sondagem nasogástrica
(NG) e líquidos IV podem ser necessários.

GASTRITE CRÔNICA

As medidas essenciais ao tratamento consistem em modificação da dieta, repouso, redução do estresse,


cessação do consumo de bebidas alcoólicas e de AINE e farmacoterapia de suporte incluindo antiácidos,
bloqueadores H2 ou inibidores da bomba de prótons. A gastrite relacionada com a infecção pelo H. pylori é tratada
com combinações de medicamentos selecionados, que podem incluir vários antibióticos e um inibidor da bomba de
prótons.

TERAPIA FARMACOLÓGICA

__Antibióticos
__Inibidores da bomba de prótons (Omeprazol, Pantoprazol e Lanzoprazol)
__Sais de bismuto que suprimem ou erradicam o H.Pylori
A terapia recomendada por 10 a 14 dias inclui a terapia tríplice com dois antibióticos(metronidazol ou
amoxilina e claritromicina mais um inibidor da bomba de prótons.

SÍNDROME DE ZOLLINGERELLISON (HIPERGASTRINEMIA)

A síndrome de Zollinger‑Ellison é causada por tumores secretores de gastrina, Esses gastrinomas são mais
comumente encontrados no intestino delgado ou pâncreas. Os pacientes apresentam‑se frequentemente com úlceras
duodenais ou diarreia crônica.

MANIFESTAÇÕES

__Epigastralgia,
__Pirose
__Diarreia
__Esteatorreia

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O tratamento de indivíduos com a síndrome de Zollinger‑Ellison inclui o bloqueio da hipersecreção de ácido.


Isto pode ser realizado em quase todos os pacientes, com inibidores de bombas de prótons. A supressão do ácido
permite a cicatrização das úlceras pépticas e evita a perfuração gástrica, permitindo que o tratamento seja focalizado
no gastrinoma, o qual se torna o principal determinante da sobrevida em longo prazo.

Suspeita-se de SZE quando um cliente apresenta diversas úlceras pépticas ou uma úlcera que
é resistente à terapia clínica padrão. Ela é identificada pelos seguintes: hipersecreção de suco
gástrico, úlceras duodenais e gastrinomas (tumores de células da ilhota) no pâncreas.

ÚLCERA POR ESTRESSE

Úlcera por estresse é o termo conferido à ulceração de mucosa aguda da área duodenal ou gástrica, que
ocorre após eventos fisiologicamente estressantes, tais como queimaduras, choque, sepse e síndrome da disfunção
de múltiplos órgãos

Os tipos específicos de úlceras que resultam de condições estressantes incluem:

__ÚLCERA DE CURLING: com frequência, observada aproximadamente 72 horas após lesões por queimaduras
extensivas e frequentemente envolve o antro do estômago ou o duodeno

__ÚLCERA DE CUSHING: é comum em pacientes que sofreram traumatismo cranioencefálico e acidente vascular
encefálico (AVE), que apresentam tumor cerebral, ou após cirurgia intracraniana. Acredita-se que a úlcera de Cushing
seja causada por aumento da pressão intracraniana, que resulta em hiperestimulação do nervo vago e aumento da
secreção de ácido gástrico (HCl).

Ambas úlceras podem ocorrer no esôfago, no estômago ou no duodeno, e normalmente são mais profundas
e mais penetrantes do que as úlceras por estresse típicas
(Segundo Smeltzer & Bare,14ª Ed., 2020,p.4634)

ABDOME AGUDO

Abdome agudo é caracterizado por aparecimento agudo de dor abdominal que não tem etiologia traumática e
que, na maioria dos casos, demanda intervenção cirúrgica para prevenir peritonite, sepse e choque séptico.

APENDICITE

Inflamação do apêndice vermiforme produzida por uma obstrução da luz intestinal por infecção, estenose,
massa fecal, corpo estranho ou tumor. A infecção leva a alterações laboratoriais no hemograma = leucocitose com
desvio para esquerda e aumento da contagem de bastões.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: dor abdominal generalizada ou localizada no epigástrico ou nas áreas periumbilicais
e no abdome superior direito; dentro de 2 – 12 horas a dor se localiza no QID e aumenta de intensidade.
Hipersensibilidade no ponto de Mc Burney, Sinal de Blumberg e Rovsing positivos. Anorexia, mal-estar moderado,
febre ligeira, náuseas e vômitos.

TRATAMENTO: laparatomia exploradora com apendicectomia, antibioticoterapia

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COMPLICAÇÕES

Gangrena ou perfuração do apêndice, o que pode provocar peritonite, formação de abscesso ou pileflebite
portal, que é a trombose séptica da veia portal causada por êmbolos vegetativos que têm origem no intestino séptico.

DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA

Termo usado para designar dois distúrbios gastrointestinais inflamatórios crônicos: enterite regional (Doença de
Crohn) e colite ulcerativa. Acredita – se que a doença possa ser engatilhada por agentes do meio ambiente como os
pesticidas, aditivos de alimentos, tabaco e radiação. Em algumas pesquisas também associaram o Mycobacterium à
doença intestinal inflamatória, mas sem evidência conclusiva.

MANIFESTAÇÕES EXTRAINTESTINAIS DE DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA

Respostas imunes entéricas desreguladas podem estimular patologias fora do trato GI. As manifestações
extraintestinais de DII estão presentes em, aproximadamente, 40% de pacientes com a doença e poderão afetar
qualquer órgão do corpo

__A artrite periférica é a manifestação extraintestinal mais comum de DII, em geral, monoarticular e assimétrica e tem
a tendência de envolver mais as grandes articulações do que as pequenas articulações, sendo os joelhos as
articulações afetadas com maior frequência;

__A artropatia central ou axial consiste de espondilite anquilosante e sacroileíte e ocorre igualmente em casos de
colite ulcerativa e de doença de Crohn.

__A uveíte, inflamação na parte média do olho (íris, coroide e corpo ciliar), geralmente é dolorosa e se apresenta com
sinéquias e opacidade na câmara anterior do olho. Às vezes, a uveíte se agrupa com a espondilite anquilosante e a
sacroileíte;

__As lesões na pele são observadas tanto na doença de Crohn como na colite ulcerativa. Eritema nodoso é o
problema cutâneo mais comum e se manifesta em 10 a 15% de todos os pacientes;

__Nefrolitiíase: elevada em pacientes adultos com DII, em comparação com a população em geral.A maior parte dos
pacientes que desenvolve cálculos renais tem inflamação de longa duração no intestino delgado ou se submeteu a
uma ressecção cirúrgica no intestino delgado. Após a ressecção no intestino delgado, provavelmente ocorram
esteatorreia e hiperoxalúria devido à quelação do cálcio não ligado no lúmen colônico por lipídios ou pela perda da
bactéria Oxalobacter formigenes;

__Hipercoagulação: As complicações vasculares, incluindo anemia hemolítica autoimune e doença trombótica


(especificamente, trombose em veias profundas), são mais comuns na colite ulcerativa em comparação com a
doença de Crohn e ambos precisam de anticoagulação profilática;

__Colelitíase: é mais comum em pacientes com ileocolite causada pela doença de Crohn, em comparação com a
população em geral, devido aos problemas causados pela reabsorção ileal dos ácidos biliares.

ENTERITE REGIONAL (DOENÇA DE CROHN)

A doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal de origem não conhecida e caracterizada pelo
acometimento focal, assimétrico e transmural de qualquer parte do tubo digestivo, da boca ao ânus. Apresenta-se sob
três formas principais: inflamatória, fistulosa e fibroestenosante.
Doença que acomete principalmente adolescentes ou adultos jovens, mas pode aparecer e qualquer momento da
vida. Pode ocorrer em qualquer parte do intestino, mas as áreas mais comuns são o íleo distal e o cólon.

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FISIOPATOLOGIA

Inflamação subaguda e crônica que se estende através de todas as camadas (transmurais) da parede do
intestino, a partir da mucosa intestinal. À medida que a inflamação avança surgem fístulas, fissuras e abscessos. As
lesões não são contínuas e estão separadas por um tecido normal. Granulomas ocorrem em cerca de metade dos
casos. Nos casos avançados as lesões têm aparência de “carvão em pedaços”. À medida que a lesão avança, a
parede intestinal se espessa e torna – se fibrosa, e a luz fica mais estreita.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

__Dor abdominal tipo cólica ocorre depois das refeições (quadrante inferior direito)
__Diarréia não aliviada pela defecação
__Perda de peso
__Má nutrição
__Anemia secundária
__Febre
__Leucocitose
__Abscessos, fístulas e fissuras podem ocorrer.
__Esteatorréia
__Anorexia e perda de peso

SINTOMAS CRÔNICOS: Diarreia, dor abdominal ,esteatorreia, anorexia peso e deficiência nutricional.

DIAGNÓSTICO

__Exame de Fezes: esteatorréia, presença de sangue oculto.


__Proctossigmoidoscopia;(sigmoide inflamado ?)
__Rx com contraste de bário (sinal do barbante,uma radiografia indicando uma constrição de um segmento do
intestino)
__TC revela espessamento de parede intestinal
__Clister opaco
__Hemograma completo
__Endoscopia
__Colonoscopia

COMPLICAÇÕES

__Obstrução intestinal (estenose)


__Desequilíbrio hidroeletrolítico
__Má nutrição
__Fistula enterocutânea ( uma abertura anormal entre pele e intestino delgado)

TRATAMENTO

objetiva diminuir os sintomas da fase aguda e, após, manter a remissão


__AMINOSSALICILATOS
__Sulfasalazina (Inflamação branda ou moderada)
Terapia de escolha para formas leves envolvendo o colon 2 a 4 g/dia até remissão, 1 a 2 g/dia para manutenção
__CORTICÓIDES
Deflazacort
__Glicocorticóide: ativ antiinflamatória e imunossupressora
__Reduzidos efeitos diabetogênicos
__6 a 7 mg equivalem à 5 mg de prednisona
__Na fase aguda não é tão boa quanto a prednisona
Budesonida
__100 vezes mais potente que cortisona

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__9 mg é tão eficiente quanto 40 mg de prednisona


___Não é indicada para manutenção
__antibióticos
__IMUNOSSUPRESSORES
__Imunomoduladores (mercaptopurina,azatioprina,metotrexato,ciclosporina)
__Opções para tratamento prolongado
__Para dependentes de corticosteroides, refratarios à este composto ou aminossalicilatos
__Supressão de MO, neutropenia, plaquetopenia, pancreatite aguda
__Metotrexate
O tratamento cirúrgico é necessário para tratar obstruções, complicações supurativas e doença refratária ao
tratamento clínico.

TRATAMENTO CIRURGICO

__Estrituroplastia guiada por laparoscópio: seções bloqueadas ou estreitadas do intestino são alargadas,
deixando o intestino intacto.
Em casos graves de Enterite Regional, uma colectomia total ou ileostomia pode ser procedimento de escolha

COLITE ULCERATIVA

É uma colite inflamatória, recorrente, da mucosa do cólon e reto. O pico de incidência é dos 30 – 50 anos de
idade. É uma doença séria, acompanhada de complicações sistêmicas e com alta taxa de mortalidade.
Eventualmente 10 – 15% dos pacientes desenvolvem carcinoma de cólon.

FISIOPATOLOGIA

Caracterizada por ulcerações múltiplas, inflamações difusas e descamação do epitélio colônico. Ocorre sangramento
como resultado das ulcerações. As lesões são contínuas, ocorrendo uma após a outra. O processo da doença
começa no reto, podendo as vezes envolver todo o cólon. Eventualmente, o intestino fica estreito, mais curto e
endurecido devido à hipertrofia muscular e depósitos de gordura.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

__Diarréia (10 a 20 eliminações de fezes liquidas por dia)


__Dor abdominal em quadrante inferior esquerdo
__Tenesmo intermitente
__Sangramento retal (podendo ser brando ou intenso)
__Anorexia
__Perda de peso
__Febre
__Vômitos
__Desidratação
__Hipocalcemia
__Anemia

DIAGNÓSTICO

__Avaliar o nível de hidratação


__O Estado Nutricional
__Fezes positivas para a presença de sangue
__ Hemograma completo
_Disturbios Hidroeletrolíticos
__colonoscopia, sigmoidoscopia e ou o enema baritado como criterio de exclusão de outras patologías

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COMPLICAÇÕES:

__Megacolon tóxico (distensão colonica)


__Perfuração e sangramento em consequencia da ulceração
__Ingurgitamento vascular e tecido de granulação altamente vascularizado

Se o paciente com megacolon tóxico não responde dentro de 24 a 72 horas para o tratamento médico com
aspiração nasogástrica, líquidos IV com eletrólitos, corticoides e antibióticos, é necessária a cirurgia.A colectomia
total está então indicada.
(Segundo Smeltzer & Bare, 14ª Ed. 2020,p.4753)

TRATAMENTO

__Sedativos
__Antidiarréicos
__Antiperistálticos
__Corticosteróides (doença grave ou fulminante) oral ou endovenoso terapia hospitalar
Podendo ser administrado em casa em forma de enema como: hidrocortisona,Budesonida e etc...
__Imunomoduladores (azatioprina,metotrexato,ciclosporina) indicados para pacientes graves refratários

__Antibióticos: Metronidazol

TRATAMENTO CIRURGICO

__Colectomia total: Quando o colón é removido cirurgicamente, o paciente é considerado “curado” pelo fato de que
a manifestações extra-intestinais diminuem e o processo patológico fica, de outra forma ,limitado ao colón.
Indicações:
__Falta de melhoria e a deterioção continuada
__Sangramento profuso
__Perfuração
__Formação de estenose continuada
__Câncer
__Proctocolectomia com ileostomia: excisão completa do colon, reto e Ânus. Recomendado em casos graves da a
doença

INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA

Insuficiência hepática aguda: A insuficiência hepática aguda é definida como uma doença hepática aguda
associada com encefalopatia e coagulopatia, que ocorre dentro de 26 semanas após a lesão hepática inicial, na
ausência de uma doença hepática preexistente; A insuficiência hepática aguda é causada por necrose hepática
maciça, na maioria das vezes induzida por fármacos ou toxinas

HIPERTENSÃO PORTAL

A hipertensão portal refere-se à pressão aumentada em todo o sistema portal venoso, que resulta da
obstrução do fluxo sanguíneo dentro e através do fígado lesionado. A hipertensão portal está comumente associada à
cirrose hepática, mas também pode ocorrer na doença hepática não cirrótica; as duas principais consequências da
hipertensão portal consistem em ascite e varizes.
(Segundo Smeltzer & Bare, 14ª Ed. 2020,p.4952)

DIAGNÓSTICO:

__Provas de função hepática (p. ex., níveis séricos de fosfatase alcalina, aspartato aminotransferase [AST], alanina
aminotransferase [ALT], gamaglutamil transferase [GGT], colinesterase e bilirrubina)
__Tempo de protrombina
__Gasometria arterial(GA)

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__Ultrassonografia
__TC
__RM
__Exame físico, e clínico;
__RX abdome e esôfago contrastado;
__Biópsia hepática;
__Esofagoscopia - visualização do esôfago.

Nas mulheres, oligomenorreia, amenorreia e esterilidade são resultados frequentes do hipogonadismo

Pode-se suspeitar de hipertensão portal quando são detectadas veias abdominais dilatadas e
hemorroidas. Além disso, podese verificar a presença de baço aumentado (esplenomegalia)
palpável e ascite

CIRROSE HEPÁTICA

É uma doença crônica do fígado com destruição a regeneração das células hepáticas.

ETIOLOGIA:

__Cirrose Alcoólica (Cirrose de Laennec) - Na qual o tecido cicatricial circunda as areas porta de maneira
características Nutricional - carência;
__Cirrose pós-necrótica: Em que existem faixas largas de tecido cictricial
Causa: resultado tardiode um surto préviode hepatite viral aguda
__Cirrose Biliar –Na qual a cicatrização acontece no fígado ao redor dos ductos biliares
causas: Infecção (colangite)e obstrução biliar crônica

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

__Anorexia
__Náuseas
__Dor abdominal
__Fraqueza
__Emagrecimento
__Ascite
__Edema
__Icterícia
__aumento de peso;

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BIÓPSIA HEPÁTICA

Remoção de um pequeno tecido do órgãos para analise.A indicação mais comum é a de examinar os
distúrbios difusos do parenquima e diagnósticar as lesões de massa. Dentre as complicações mais comuns temos a
peritonite biliar e o sangramento por isso os exames de coagulação são obtidos,seus valores são anotados e os
resultados anormais são tratados antes que a biópsia hepática seja realizada.
O procedimento pode ser realizado por via percutânea , sob orientação ultra-sonografia, ou por via
transvenosa através da veia jugular interna direita até a veia hepática direita,sob controle fluoroscópico.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM:

__ Verificar se os resultados dos testes de coagulação estão disponíveis e se há disponibilidade de sangue doador
campátivel
__Medir e registrar o pulso ,respirações e pressão arterial do paciente imediatamente antes da biópsia;
__Expor o lado da região abdominal superior do paciente (hipocôndrio Direiro)

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__Instruir o paciente a inspirar e expirar profundamente por várias vezes, expirando finalmente e prendendo a
respiração no final da expiração. O médico introduz imediatamente a agulha de biópsia por meio da via transtorácica
(intercostal) ou transabdominal (subcostal) ,entre a 6ª e a 7ª costela, penetra no fígado, aspira
__Instruir o paciente a retomar a respiração e retira a agulha.
__Imediatamente após a biópsia, ajudar o paciente a virar sobre o lado direito; colocar um travesseiro sob o gradil
costal e advertir o paciente a permanecer nessa posição, deitado e imóvel, por várias horas.Instruir o paciente a evitar
tossir ou fazer esforço.
__ Medir e registrar o pulso, frequencia respiratória e pressão arterial do paciente a intervalos de 10 a 15 minutos
durante a primeira hora, depois a cada 30 minutos durante as proximas 1 a 2 horas ou até que a condição do
paciente se estabilize.
__Se o paciente recebe alta depois do procedimento, instruí-lo a não levantar peso nem praticar atividade extenuante
durante 1 semana

TRATAMENTO:

__O tratamento inclui antiácidos, vitaminas e suplementos nutricionais, dieta adequada, diuréticos poupadores de
potássio (para a ascite) e abstinência alcoólica

__A colchicina, os inibidores do sistema da angiotensina, as estatinas, os diuréticos, incluindo a espironolactona, os


imunossupressores e as glitazonas apresentam atividade antifibrótica para tratamento

__Os clientes que apresentam doença hepática terminal (DHT) com cirrose podem usar o fitoterápico hepatoprotetor
cardo-mariano (Silybum marianum) para tratar a icterícia e outros sintomas

__A cirrose biliar primária tem sido tratada com ácido ursodesoxicólico para melhorar a função hepática.

ASCITE

A falha do fígado em metabolizar a aldosterona aumenta a retenção de sódio e água pelo rim .A retenção de
sódio e agua , o volume de líquido intravascular aumentado, o fluxo linfático aumentado e a síntese diminuída de
albumina pelo fígado lesionado contribuem, sem exceção, para o movimento do líquido do sistema vascular para o
espaço peritoneal. O processo se autoperpetua, pois a perda de líquido para o espaço peritoneal provoca a
retenção adicional de sódio e agua pelo rim em um esforço para manter o volume do líquido vascular.
Em consequência da lesão hepática, grandes quantidades de líquido rico em albumina, 15 L ou mais, podem
acumular-se na cavidade peritoneal como ascite.Com o movimento da albumina do plasma para cavidade
peritoneal, a pressão osmótica plasmática diminui. Isso ,combinado á pressão porta aumentada, resulta no
movimento de líquido para dentro da cavidade peritoneal.

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ETIOLOGIA

__Hipertensão porta, e o resultante aumento na pressão de capilar e obstrução do fluxo sanguíneo venoso
através do fígado.
__Vasodilatação Esplâncnica.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

__Perímetro aumentado
__Ganho de peso
__Falta de ar
__Estrias e veias distendidas podem estar visíveis na parede abdominal
__Hérnias umbilicais (cirrose)
__Distúrbios hidroeletrolíticos.

__O aumento da circunferência abdominal e o rápido ganho de peso constituem os sintomas de apresentação
comuns da ascite.
__O cliente pode apresentar falta de ar e sentir-se desconfortável, em virtude do abdome aumentado, e as
estrias e veias distendidas podem estar visíveis na parede do abdome.
__Com frequência, ocorrem também hérnias umbilicais nesses clientes com cirrose.
Os desequilíbrios hidreletrolíticos são comuns.
(Segundo Smeltzer & Bare,14ª Ed., 2020,p.4954)

DIAGNÓSTICO

A presença e a extensão da ascite são avaliadas por meio da percussão do abdome. Com o acúmulo de
líquido na cavidade peritoneal, os flancos se abaúlam quando o paciente assume uma posição de decúbito dorsal.
A presença de líquido pode ser confirmada quer através da percussão, para desviar a macicez, quer ao detectar
uma onda de líquido. A medição diária e o registro do perímetro abdominal e do peso corporal são essenciais para
avaliar a progressão da ascite e a resposta ao tratamento.

TRATAMENTO

__Modificação da dieta: a meta é o balança de sódio negativo para reduzir a retenção de líquido, devem ser
evitados o sal de cozinha, alimentos salgados, manteigas e margarinas com sal, e todos os alimentos comuns
congelados e enlatados que não sejam especificamente preparados para dietas hipossódicas (2g de sódio)
substitutos de sal que contem amônia podem precipitar o coma hepático. O requisito diário de sódio pode ser
reduzido ainda mais para 500mg, podendo ser administrado diuréticos.

__Diuréticos: com maior frequência a Espironolactona (Aldactone), é a terapia de primeira linha nos paciente com
ascite. Diuréticos orais como a furosemida podem ser acrescentados com cautela, porque o uso prolonga do pode
induzir a depleção grave de sódio. (hiponatremia).

Complicações:

__Hipovolemia
__Hipocalemia
__Hiponatremia
__Alcalose
__Encefalopatia ( pode ser precipitada pela desidratação e a hipovolemia + depleção de potássio aumenta a
circulação de Amônia levando ao comprometimento cerebral)

__Cloreto de Amônio e a Acetazolamida: são contraindicados por causa da possibilidade de precipitar o coma
Hepático.

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__Perda de peso: diária não deve exceder 1 a 2Kg nos pacientes com ascite e edema periférico ou 0,5 a 0,75 Kg
nos pacientes sem edema.

__A restrição de líquidos: não é tentada a menos que a concentração de sódio sérica esteja muito baixa.

__Repouso no Leito

__Albumina humana

A albumina humana é indicada quando ocorre uma retirada maior que 4 litros durante o procedimento da
paracentese terapêutica. A dose preconizada de 6 a 10g de albumina por litro retirado. A infusão da albumina ocorre
concomitante ou logo após o procedimento, com velocidade 1ml/minuto

__PARACENTESE

É a remoção de líquido da cavidade peritoneal através de uma pequena punção ou incisão cirúrgica através
da parede abdominal sob condições estéreis. Indicada para fins diagnóstico ou para paciente Asciticos resistentes a
terapia nutricional e diurética associado a problemas graves relacionado ao caso.

Volume drenado de 5 a 6L constitui um método seguro para tratar pacientes com ascite grave. Essa técnica
em combinação com a infusão IV de albumina hipossódica ou outro coloide ,transformou-se em uma estratégia de
tratamento padrão com resposta rápida.

Porém para BRUNNER 13ª Ed.:

A paracentese referese à remoção de líquido (ascite) da cavidade peritoneal por meio de punção ou de uma
pequena incisão cirúrgica na parede abdominal, em condições estéreis (Gordon, 2012). A orientação por
ultrassonografia pode estar indicada para alguns clientes que correm alto risco de sangramento, devido a um perfil de
coagulação anormal, bem como para aqueles que foram anteriormente submetidos à cirurgia abdominal e que podem
apresentar aderências.
(Segundo Smeltzer & Bare,14ª Ed., 2020,p.4959)

__Shunt Portossistêmico intra-hepático Transjugular (TIPS)

O Shunt portossistêmico intra-hepático transjugular (TIPS) é um método para tratar a ascite em que uma
cânula é introduzida na veia porta através da via transjugular. Para reduzir a hipertensão porta, um stent expansível é
inserido para servir como um shunt intra.-hepático entre a circulação porta e a veia hepática. O TIPS é o tratamento
de escolha para ascite refratária é extremamente efetivo na diminuição da retenção de sódio, melhorando a resposta
renal á terapia diurética e evitando a reincidência do acúmulo de líquido

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IMPORTANTE!!!!

Ascite maciça refratária não responde a múltiplos diuréticos nem á restrição de sódio por 2 semanas ou mais
e pode resultar em graves sequelas como insuficiência respiratória.

ENCEFALOPATIA E COMA

A encefalopatia hepática uma complicação da doença hepática com risco a vida ,ocorre com a insuficiência
hepática profunda e pode resultar do acúmulo da amônia e de outros metabólitos tóxicos no sangue.
A amônia ,que está entrando constantemente na corrente sanguínea, acumula-se porque as células
hepáticas lesionadas falham em detoxificar e converter a amônia em ureia, A amônia penetra na corrente sanguínea
como resultado de sua absorção no trato GI e de sua liberação do rim e das células musculares .A concentração
aumentada de Amônia no sangue provoca disfunção e lesão cerebral, resultando em encefalopatia hepática.

Condições que aumentam amônia:

__Dieta Hiperproteica
__Infecções bacterianas
__Uremia
__Ingestão de sais de Amônia
__Alcalose ou Hipocalemia aumentam a absorção de Amônia no TGI e do líquido tubular renal

Condições que diminuem Amônia :

__Eliminação da proteína da dieta


__Antibióticos como Sulfato de Neomicina, porque reduzem o número de bactérias intestinais capazes de converter a
ureia em Amônia.

Fatores não relacionados a Amônia aumentada mas que podem levar a encefalopatia.

__Diurese excessiva
__Desidratação
__Infecções
__cirurgia
__Febre
__Alguns medicamentos (sedativos, tranquilizantes, analgésicos e diuréticos que provocam perda de potássio)

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FISIOPATOLOGIA

Apesar da frequência com que a encefalopatia hepática ocorre, a sua fisiopatologia precisa não está
totalmente elucidada (Sundarum & Shaikh, 2009). Duas alterações principais estão na base de seu desenvolvimento
na presença de doença hepática aguda e crônica. Em primeiro lugar, a insuficiência hepática pode resultar em
encefalopatia, devido à incapacidade do fígado de destoxificar subprodutos tóxicos do metabolismo. Em segundo
lugar, o shunt portossistêmico, em que vasos colaterais se desenvolvem em consequência da hipertensão portal,
possibilita a entrada do sangue portal (carregado de substâncias potencialmente tóxicas geralmente extraídas pelo
fígado) na circulação sistêmica (Khungar & Poordad, 2012a). A amônia é considerada o principal fator etiológico
no desenvolvimento da encefalopatia. A amônia penetra no cérebro e causa excitação dos receptores periféricos
do tipo benzodiazepínico nos astrócitos, aumentando a síntese de neuroesteroides e estimulando a neurotransmissão
do ácido gamaaminobutírico (GABA). O GABA provoca depressão do sistema nervoso central, que inibe a
neurotransmissão e a regulação sináptica (Khungar & Poordad, 2012a), produzindo padrões de sono e de
comportamento associados à encefalopatia hepática.
As circunstâncias que aumentam os níveis séricos de amônia tendem a agravar ou a precipitar a
encefalopatia hepática. A maior fonte de amônia provém da digestão enzimática e bacteriana das proteínas
nutricionais e sanguíneas no sistema digestório. A amônia proveniente dessas fontes aumenta em consequência do
sangramento GI (i. e., varizes esofágicas hemorrágicas, sangramento GI crônico), dieta hiperproteica, infecção
bacteriana ou uremia. A ingestão de sais de amônio também aumenta o nível de amônia no sangue. Na presença de
alcalose ou de hipopotassemia, ocorre absorção de quantidades aumentadas de amônia a partir do sistema
digestório e do líquido tubular renal. Em contrapartida, a amônia sérica é diminuída pela eliminação da proteína da
dieta e administração de agentes antibióticos (como sulfato de neomicina), os quais reduzem o número de bactérias
intestinais capazes de converter a ureia em amônia (Dudek, 2010; Khungar & Poordad, 2012a).
Outros fatores não relacionados com os níveis séricos aumentados de amônia, que podem provocar
encefalopatia hepática em clientes suscetíveis, incluem diurese excessiva, desidratação, infecções, cirurgia,
febre e alguns medicamentos (sedativos, tranquilizantes, analgésicos e diuréticos que provocam perda de
potássio). Outras causas incluem níveis séricos elevados de manganês (Sundarum & Shaikh, 2009), bem como
alterações nos tipos de aminoácidos circulantes, mercaptanos e níveis de dopamina e de outros neurotransmissores
no sistema nervoso central (Feldman et al., 2010). Os mercaptanos são metabólitos tóxicos de compostos contendo
enxofre, que são excretados pelo fígado em condições normais. Os mercaptanos e esses outros neurotransmissores
denominados “falsos” podem ser gerados a partir de uma fonte intestinal ou do metabolismo das proteínas pelo
fígado e, na
presença de depuração hepática deficiente, podem precipitar encefalopatia
(Segundo Smeltzer & Bare,14ª Ed., 2020,p.4987)

ESTÁGIOS DA ENCEFALOPATIA HEPÁTICA

ESTÁGIO SINTOMAS CLÍNICOS SINAIS CLÍNICOS e ALTERAÇÕES DO


EEG
1 __Nível normal de consciência com período __Asterixe, escrita e capacidade de desenhar
de letargia e euforia; figuras com linhas prejudicadas. EEG normal
__reversão dos padrões de sono diuturnos
2 __Sonolência aumentada; desorientação; __Asterixe; hálito hepático. EEG anormal com
comportamento inadequado; oscilações do lenhificação generalizada
humor, agitação
3 __torporoso; difícil de despertar; dorme a __Asterixe; reflexos tendinosos profundos
Maior parte do tempo; confusão acentuada; aumentados, rigidez dos membros .EEG
fala incoerente acentuadamente anormal.
4 Comatoso ;pode não responder aos __Ausência de Asterixe; ausência de reflexos
estímulos dolorosos tendinosos profundos ;flacidez dos membros
.EEG acentuadamente anormal.

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

__Alterações mentais menores


__Distúrbios motores
__Confusãomental descuidado
__Alterações no humor e nos padrões de sono
__Asterixe (tremor com batimento das maõs)
__Apraxia estrutural; incapacidade de reproduzir uma figura simples.
__Reflexos tendinosos profundos hiperativos (estagios iniciais)
__Tardiamente flacidez de membros.
__hálito cetônico: odor adocicado eligeiramente fecal na respiração considerado como de origem intestinal. Descrito
tambem como semelhante a grama cortada,acetona ou vinho envelhevido

IMPORTANTE SEGUNDO BRUNNER!!!!

O asterixe, um movimento involuntário e intermitente das mãos semelhante ao bater das asas, pode ser
observado na encefalopatia de estágio II . Tarefas simples, como escrever, tornam-se difíceis. Uma amostra de
escrita ou desenho (p. ex., figura de estrela), obtida diariamente, pode fornecer evidências gráficas da progressão ou
reversão da encefalopatia hepática. A incapacidade de reproduzir uma figura simples em duas ou três dimensões é
designada como apraxia de construção. Nos estágios iniciais da encefalopatia hepática, os reflexos tendinosos
profundos são hiperativos; com o agravamento da encefalopatia, esses reflexos desaparecem, e os membros podem
tornar-se flácidos

(Segundo Smeltzer & Bare,13ª Ed., 2016,p.2181)

TRATAMENTO

__Tratar e eliminar a causa


__Lactulose; é administrada para reduzir os níveis séricos de Amônia
__Administrar glicose IV para minimizar clivagem proteínas
__Administração de vitaminas
__Correção dos distúrbios eletrolíticos (principalmente o potássio)

HEMORRAGIA GASTROINTESTINAL

Hemorragia Gastrointestinal Alta (HDA):

- Estomatorragia: sangramento na cavidade oral. Ex.: Lesões de mucosa, lesões na língua, lesões na arcada dentária
- Hematêmese: vômito com sangue. Ex: rompimento de varizes esofageanas, úlcera péptica.
- Melena: presença de sangue oculto nas fezes. Ex.: Hemorragias do Intestino Delgado e Intestino Grosso Proximal.

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Hermorragia Gastrointestinal Baixa:

- Enterorragia: Fezes com sangue vivo. Ex.: Hemorragias de Intestino Grosso Terminal.
- Hematoquesia: sangue vivo brilhante oriundo de hemorragias na parte terminal do TGI (ânus e reto).
Obs.: Nos casos de hemorragia pela cavidade oral, devemos realizar um diagnóstico diferencial, pois as causas
podem ser de vias aéreas, como Epistaxe e/ou Hemoptise.
Complicações: anemia, broncoaspiração e choque hipovolêmico

Assistência de Enfermagem:
- Avaliar condições hematológicas
- Lavagem Gástrica
- Sonda de Sengstaken Bleckmore (vide aula de fundamentos de enfermagem- sondagem GI)
- Teste de Catalase
- Realizar Punção venosa para iniciar infusões de reposição volêmica (cistalóides e hemoderivados)
- Controle Hídrico

VARIZES ESOFÁGICAS

As varizes esofágicas consistem em veias sinuosas dilatadas, que geralmente são encontradas na submucosa da
parte inferior do esôfago; podem desenvolver-se em uma posição mais alta no esôfago, ou podem estender-se no
estômago. Essa condição é quase sempre causada por hipertensão portal. (causa intra-hepática dominante é a
cirrose, representando a maioria dos casos de hipertensão portal) Os fatores de risco para hemorragia incluem:

__Esforço muscular ao levantar objetos pesados;


__Esforço na defecação;
__Espirros
__Tosse ou vômitos;
__Esofagite;
__Irritação dos vasos (alimentos inadequadamente mastigados ou líquidos irritantes);
__Refluxo do conteúdo gástrico (particularmente bebidas alcoólicas);
__Salicilatos ou qualquer medicamento que provoque erosão da mucosa esofágica

Gradiente de pressão venosa hepática (GPVH) superior a 10 mmHg indica hipertensão portal clinicamente
significativa

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

__Pode-se verificar a presença de sinais e sintomas de choque (pele fria e pegajosa, hipotensão arterial, taquicardia
__Hematêmese
__Melena
__Deterioração geral no estado mental ou físico

DIAGNÓSTICO

__Endoscopia, ultrassonografia, TC, angiografia e videocápsula endoscópica


__Avaliação neurológica e da hipertensão portal (veias abdominais dilatadas e hemorroidas)
__Provas de função hepática (aminotransferases séricas, bilirrubina, fosfatase alcalina
e proteínas séricas)
__Esplenoportografia, hepatoportografia e angiografia celíaca.

TRATAMENTO VARIZES ESOFÁGICAS

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TRATAMENTO FARMACOLOGICO:

Terapia farmacológica: é o tratamento preferido – octreotida; ( um análogo sintético do hormônio somatostatina)


outros tratamentos.

OCTREOTIDA :Esses medicamentos provocam vasoconstrição esplâncnica seletiva ao inibir a liberação de glucagon
e são utilizados principalmente no manejo da hemorragia ativa

__Somatostatina, vasopressina com nitroglicerina, agentes betabloqueadores e nitratos


__Tamponamento por balão, lavagem com soro fisiológico e escleroterapia por injeção endoscópica
__Terapia com laqueadura esofágica e laqueadura de varizes (ligadura de varizes endoscópica)
__Derivação portossistêmica intra-hepática transjugular (TIPS).

__VASOPRESSINA; constitui a modalidade inicial de terapia em situações urgência, produz vasoconstricção do leito
arterial e esplâncnico e diminui a pressão porta,podendo ser administrado por via endovenosa ou arterial.
Complicações incluem a Hiponatremia e a hipertensão arterial e IAM com isso recomenda-se a dministração conjunta
com a NITROGLICERINA(administrada por via IV, sublingual ou transdérmica))

__SOMATOSTATINA

Vasoconstritor esplâncnico, sem efeitos indesejáveis sistêmicos produzindo redução do fluxo portal e
portocolateral. O seu mecanismo de ação reside na inibição da libertação de peptidos vasoativos como o glucagon

__B-BLOQUEADORES: Propranolol e Nadolol diminuem pressão porta hepatica, contra indica-se em evento agudo
,indicado na profilaxia do sangramento, muito efetivo quando associado a outras técnicas de controle como a
laqueadura cirurgica e a esclerotrapia.

__DINITRATO DE ISOSSORBIDA: (ISORDIL): diminuem apressão porta através da venodilaaçãoe diminuição do


débito cardíaco podendo ser usado em combinação com os B-bloqueadores

TAMPONAMENTO POR BALÃO

Quando indicado, o tamponamento por balão pode ser bem sucedido; no entanto, existem riscos.

__O deslocamento do tubo e do balão insuflado para a orofaringe pode causar obstrução das vias respiratórias e
asfixia potencialmente fatais. Isso pode ocorrer se o cliente puxar o tubo, devido à confusão ou desconforto.

__Ruptura do balão gástrico, ocasionando o movimento do balão esofágico dentro da orofaringe. A ruptura súbita do
balão provoca obstrução das vias respiratórias e aspiração do conteúdo gástrico para os pulmões. Por conseguinte, é
necessário testar o tubo antes de sua inserção para minimizar esse risco, assegurando que os balões podem ser
insuflados e assim mantidos.

__A aspiração de sangue e secreções dentro dos pulmões está frequentemente associada ao tamponamento por
balão, particularmente no cliente torporoso ou comatoso.

__A intubação endotraqueal antes da inserção do tubo protege as vias respiratórias e minimiza o risco de aspiração.

__Podem ocorrer ulceração e necrose do nariz, da mucosa gástrica ou do esôfago se o tubo for mantido em posição
por muito tempo, se permanecer insuflado por um período de tempo excessivamente longo ou se for insuflado com
pressão muito alta.

__A terapia é usada pelo menor tempo possível para controlar o sangramento enquanto o tratamento de emergência
é concluído, e são instituídas as terapias definitivas (não deve se estender por mais de 12 h, de preferência menos)
(Segundo Smeltzer & Bare,14ª Ed., 2020,p.4974)

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A sonda preconizada é a Sonda de Sengstaken-blakemore a sonda possui quatro aberturas ,cada qual com
uma finalidade específica:Aspiração gástrica,aspiração esofágica,insuflação do balão gástrico e insuflação do balão
esofágico.

__volume de ar para o balão gastrico: 100 a 200mL


__Pressão desejadapara o balão esofágico: 25 mmHg
__Pressão desejada para o balão gástrico: 40 mmHg
__As referidas pressões serão mensuradas a cada 2 a 4 horas

Recomenda-se uma aspiração gastrica numa pressão 80 a 100mmHg para indicação de um possivel
sangramneto, sendo um equipo instalado e irrigado a cada 1 hora.

MANEJO CIRÚRGICO

Quando necessário, a cirurgia pode envolver os seguintes procedimentos:

__Laqueadura cirúrgica direta das varizes


__Shunt portossistêmico: shunts venosos esplenorrenal, mesocava e portocava
__Desvascularização e transecção

ESCLEROTERAPIA ENDOSCÓPICA

O procedimento tem sido utilizado com sucesso no tratamento da hemorragia GI aguda; no entanto, não é
recomendado para a prevenção de um primeiro episódio e episódios subsequentes de sangramento de varizes, em
que a ligadura endoscópica de varizes (LEV), também conhecida como ligadura elástica esofágica , constitui o
tratamento de primeira linha.

A ligadura esofágica substituiu a escleroterapia como tratamento de escolha das varizes esofágicas. As complicações
consistem em ulceração superficial e disfagia, desconforto torácico transitório e, raramente, estenoses esofágicas.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM:

__Monitorar o estado físico do cliente e avaliar as respostas emocionais e o estado cognitivo


__Monitorar e registrar os sinais vitais, particularmente a pressão arterial
__Realizar exame neurológico, monitorar o aparecimento de sinais de encefalopatia
hepática (os achados podem incluir desde sonolência até encefalopatia e
coma)

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__Avaliar o estado nutricional, iniciar a nutrição parenteral (NP), se o repouso completo do esôfago estiver indicado,
por causa da ocorrência de sangramento
__Após o procedimento cirúrgico ou endoscópico, observar à procura de qualquer sangramento, perfuração do
esôfago, pneumonia por aspiração e estenose do esôfago;
__Administrar antiácidos, antagonistas da histamina-2, como cimetidina, ou inibidores da bomba de prótons, como
pantoprazol, conforme prescrição
__Ajudar o cliente a evitar qualquer esforço e vômitos. Realizar uma aspiração gástrica para manter o estômago o
mais vazio possível
__Fornecer higiene oral frequente e aplicar esponjas úmidas nos lábios para aliviar a sede
__Administrar terapia com vitamina K e transfusões de sangue, conforme indicado, para perda de sangue
__Proporcionar ambiente tranquilo para reduzir ansiedade e a agitação do cliente
__Fornecer apoio e explicações cuidadosas durante e após o procedimento em relação às intervenções médicas e de
enfermagem
__Monitorar rigorosamente o cliente para detectar e tratar as complicações, incluindo choque hipovolêmico ou
hemorrágico, encefalopatia hepática,
__Desequilíbrio eletrolítico, alcalose metabólica e respiratória, síndrome de abstinência de bebidas alcoólicas e
convulsões.

RESUMO DE TRATAMENTO....

MODALIDADES DE TRATAMENTO PARA PACIENTES COM VARIZES ESOFÁGICAS HEMORRÁGICAS

MODALIDADES DE AÇÃO PRIORIDADES DE ENFERMAGEM


TRATAMENTO

MODALIDADES CLÍNICAS

Reduz a pressão portal por meio de Monitorar a diminuição pressão de


PROPRANOLOL ação bloqueadora beta-adrenérgica pulso

NADOLOL
Reduz a pressão portal por meio de Pode provocar angina associar a
VASOPRESSINA constricção das artérias esplâncnicas nitroglicerina

Reduz a pressão portal por meio da


OCTREOTIDA vasodilatação seletiva do sistema
portal

Promove trombose e esclerose dos Examinar quanto a ocorrência de


ESCLEROTERAPIA POR INJEÇÃO locais de sangramento por meio da aspiração, perfuração do esôfago e e
injeção de agente recidiva do sangramento

LIGADURA ELÁSTICA Promove trombose e necrose da Observar recidiva do sangramento,


ENDOSCÓPICA DE VARIZES mucosa dos locais de hemorragia perfuração do esôfago
por meio da ligadura elástica

SHUNT PORTOSSISTÊMICO Reduz a pressão portal ao criar uma Observar resangramento e infecção
INTRA-HEPÁTICO derivação no fígado entre o
TRANSJUGULAR sistemas venosos porta e sistêmico

Exerce pressão diretamente nos Monitorar o deslocamento e remoção


TAMPONAMENTO POR BALÃO locais de sangramento no esôfago e do tudo de maneira inadvertida
no estõmago ,obstrução das vias respiratórias e
aspiração

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MODALIDADES CIRÚRGICAS

Reduz a hipertensão portal ao Examinar sinais de encefalopatia


SHUNT PORTOSSISTÊMICO desviar o fluxo sanguíneo para longe portossistêmica,insuficiência
do sistema portal obstruído. hepática e resangramento

LIGADURA CIRÚRGICA DAS Sutura os vasos sanguíneos no local Observar resangramento


VARIZES de sangramento

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO

ONCOLOGIA

INTRODUÇÃO
O câncer é um processo patológico com proliferação celular (mitose) anormal, as células adquirem
características invasivas, e ocorrem alterações nos tecidos circunvizinhos. As células anormais infiltram os tecidos
(invasão) e ganham acesso aos vasos linfáticos e sanguíneos sendo disseminadas à outros órgãos (metástase),
além disso as células cancerosas têm a capacidade de induzir o crescimento de novos capilares sanguíneos para
promoverem a nutrição das células neoplásicas (angiogênese) e a transformação maligna (carcinogênese).

RESUMO PARA A PROVA !!!!!

O CÂNCER é um processo patológico que tem início quando uma célula é transformada por mutações genéticas do
DNA celular. As mutações genéticas resultam de mutações hereditárias e/ou adquiridas que provocam
comportamento celular anormal
CARCINOGÊNESE
(transformação maligna):
é um processo celular de, no mínimo, três etapas, envolvendo a iniciação, a promoção e a progressão.

CARCINOGÊNESE pode iniciar-se de forma espontânea ou ser provocada pela ação de agentes carcinogênicos
(químicos, físicos ou biológicos)

INICIAÇÃO, causam mutações no ácido desoxirribonucleico (DNA) celular. Normalmente, tais alterações são
revertidas por mecanismos de reparo de DNA ou iniciam a morte celular programada (apoptose)

PROMOÇÃO, a exposição repetida aos agentes promotores (cocarcinógenos) acarreta a proliferação e a expansão
das células iniciadas com o aumento da expressão ou das manifestações de informações genéticas anormais,
mesmo após longos períodos de latência. A fase de promoção em geral leva à formação de uma lesão pré-
neoplásica ou benigna (não cancerosa).

Durante a PROGRESSÃO, as células alteradas exibem um comportamento cada vez mais maligno. Essas células
adquirem a capacidade de estimular a angiogênese, invadir os tecidos adjacentes e metastatizar.

A INCIDÊNCIA, A DISTRIBUIÇÃO geográfica sexo, idade, raça, predisposição genética e exposição a


e o comportamento de tipos específicos de carcinógenos ambientais. Destes fatores, os ambientais são,
cânceres estão relacionados a múltiplos provavelmente, os mais importantes
fatores, incluindo

__ANGIOGÊNESE: É a formação de novos vasos capilares a partir de células endoteliais, é essencial para vários
processos fisiopatológicos,tais como o desenvolvimento e a disseminação dos tumores

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1) invasão e infiltração de tecidos subjacentes por células


tumorais, dada a permeação de pequenos vasos linfáticos e
sangüíneos;

A METÁSTASE é definida como o 2) liberação na circulação de células neoplásicas, tanto isoladas


comprometimento a distância por uma parte do como na forma de pequenos êmbolos;
tumor que não guarda relação direta com o
foco primário. pode ser dividido em cinco 3) sobrevivência dessas células na circulação;
etapas
4) sua retenção nos leitos capilares de órgãos distantes;

5) seu extravasamento dos vasos linfáticos ou sangüíneos,


seguido do crescimento das células tumorais disseminadas.
Disseminação transcavitária - As metástases transcavitárias (ou
transcelômicas) ocorrem quando células de um tumor maligno
As VIAS PELAS QUAIS O TUMOR penetram alguma cavidade corporal e aí crescem e disseminam-
DISSEMINA são: transcavitária, linfática e se. Na prática, as cavidades mais afetadas são a peritoneal e a
sangüínea. pleural, porém a pericárdica, subaracnóidea e articular podem
também ser atingidas.
Disseminação linfática - As metástases linfáticas são
geralmente o padrão inicial de disseminação das neoplasias de
origem epitelial, podendo ser utilizada por outros tipos de tumor.
Disseminação sangüínea - As metástases por via
hematogênica têm seu início quando células tumorais invadem os
vasos sangüíneos. As veias e vênulas, por possuírem paredes
mais frágeis, são mais facilmente penetradas do que artérias e
arteríolas.

Crescimento do tumor primário para dentro dos tecidos


INVASÃO TUMORAL hospedeiros adjacentes

Fornece uma linguagem comum utilizada por profissionais de


saúde e cientistas para a comunicação precisa a respeito do
câncer no contexto dos ambientes clínicos e das pesquisas E
aspectos gerenciáveis para comparações dos tratamentos e dos
prognósticos
O sistema TNM é frequentemente utilizado para o estadiamento
do câncer. T extensão do tumor primário; N envolvimento de
linfonodos; M extensão da metástase
ESTADIAMENTO
(Determina o tamanho do tumor, a existência Para a ação do enfermeiro, o conhecimento do estadiamento é
de invasão local, o envolvimento de linfonodos fundamental para traçar o plano de assistência, compreender as
e metástases a distância. Há diversos bases terapêuticas do tratamento médico instituído, orientar
sistemas para a classificação da extensão adequadamente o raciocínio clínico diante dos sinais e sintomas
anatômica da doença) apresentados pelo cliente e, finalmente, para poder estabelecer
com o cliente uma relação profissional orientada pelo respeito e
por critério prognóstico mais realista.
(ações de enfermagem para o controle do câncer-INCA/2008)
A classificação histopatológica das células tumorais. O
sistema de gradação tenta definir o tipo de tecido do qual o tumor
A GRADAÇÃO se originou e o grau em que as células tumorais retêm as
características funcionais e histológicas do tecido de origem
(diferenciação). varia de I a IV, sendo tumores grau I os de melhor
prognóstico (assemelhamse ao tecido de origem na estrutura e na
função.) e grau IV pior

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Quando ocorre o desenvolvimento de algumas neoplasias


NEOPLASIAS INDOLENTES hematológicas, os mecanismos de controle hematopoético
continuam a produzir quantidades adequadas de células
sanguíneas normais
NADIR O mais baixo ponto da depressão dos leucócitos após terapia
mielotóxica
PALIAÇÃO alívio dos sinais/sintomas e promoção do conforto e da qualidade
de vida, independentemente do estágio da doença

ETIOLOGIA

Determinados agentes ou fatores implicados na carcinogênese incluem:


- Vírus e bactérias: Associação de determinados vírus com displasia e câncer, como herpes simples tipo II,
citomegalovírus (CMV) e papiloma vírus humano (HPV) 16, 18, 31 e 33 = câncer colo uterino; Vírus hepatite B (HBV)
= câncer fígado; Vírus linfotrópico da célula T humana (HTLV) = leucemias e linfomas; Vírus da imunodeficiência
adquirida (HIV) = sarcoma de Kaposi; bactéria Helicobacter pylori = câncer gástrico.

- Agentes físicos: exposição à luz solar (câncer de pele) ou radiação (leucemias, mieloma múltiplo, câncer de
pulmão, mama, ossos, tireóide e outros); inflamação crônica (esofagite crônica= esôfago de Barret);

- Agentes químicos: responsável por 75% dos cânceres. Tabaco (câncer de laringe, brônquio e pulmão),
aromatizantes e corantes, pesticidas, compostos a base de cromo, níquel, zinco, entre outros estão associados a
câncer em diversas partes do corpo.

A oncogênese química é um processo seqüencial, dividido em duas fases – a iniciação e a promoção.

__A primeira etapa (iniciação) consiste de um fator iniciador ou carcinogênico que causa dano ou mutação celular

__A segunda etapa (promoção) estimula o crescimento da célula que sofreu mutação, e pode acontecer a qualquer
momento, após a transformação celular inicial

- Fatores genéticos e familiares: câncer mama, ovário, colorretal, estômago, próstata e pulmão, linfoma, leucemia,
retinoblastoma, câncer de pele (melanoma maligno)
- Fatores alimentares: alimentos associados a maior risco de câncer são gorduras, álcool, carnes defumadas, alta
ingesta calórica (obesidade = câncer de cólon, rins e vesícula biliar). As substâncias que parecem reduzir o risco de
câncer são fibras, vegetais crus, carotenóides (cenoura, tomate, espinafre, vegetais esverdeados ou amarelados)
vitamina E e C.

Nomenclaturas Usuais:
Hiperplasia- aumento no número de células de um tecido;
Metaplasia- conversão de um tipo de célula madura em outro tipo de célula;
Displasia- crescimento celular anômalo resultando em células dismórficas;
Anaplasia- células que carecem das características celulares normais, usualmente são células malignas;
Neoplasia- crescimento celular descontrolado que não segue nenhuma demanda fisiológica. As células cancerosas são
descritas como neoplasia maligna.

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O carcinoma in situ, é um câncer que não invadiu a lâmina basal, que sustenta o tecido, e que, portanto, não
tem chance de causar metástase. No entanto, tem alta capacidade de invasão local, e se não for removido, progride
para o câncer invasivo

As neoplasias benignas se diferem das malignas por características como:

- Células que se assemelhas às dos tecidos normais, não possuem na membrana o TSA (Antígeno Tumoral
Específico)
- Tumor geralmente é bem delimitado, encapsulado, sem crescimento para tecidos circunvizinhos e sem metástase
- Geralmente não causa lesão tecidual e não tem efeitos generalizados
- Não provoca a morte a não ser que interfira nas funções vitais

CARACTERÍSTICAS DOS TUMORES MALIGNOS E BENIGNOS

CARACTERÍSITCAS BENIGNOS MALIGNOS


Células bem diferenciadas que se As células são indiferenciadas e
CÉLULAS assemelham às células normais do apresentam pouca semelhança com as
tecido do qual o tumor se originou células normais do tecido do qual
tiveram origem
MODO DE CRESCIMENTO Crescem por expansão e não infiltram Crescem na periferia e sobrepujam a
os tecidos adjacentes; geralmente inibição do contato para invadir e
encapsulados infiltrar os tecidos adjacentes
VELOCIDADE DE A velocidade de crescimento é A velocidade de crescimento é variável
CRESCIMENTO habitualmente baixa e depende do nível de diferenciação;
quanto mais anaplásico for o tumor,
mais rápido seu crescimento
Não se propagam por metástase Obtêm acesso aos vasos sanguíneos
METÁSTASE e linfáticos e metastatizam para outras
áreas do corpo ou crescem pelas
cavidades corporais, como o peritônio
Em geral, não causam lesão tissular, Com frequência, causam lesão tissular
DESTRUIÇÃO TISSULAR exceto se sua localização interferir no extensiva conforme o tumor demanda
fluxo sanguíneo mais sangue do que é ofertado ou
invade o fluxo sanguíneo da área;
também podem produzir substâncias
que causam lesão celular

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TERMINOLOGIA DO CÂNCER

Em geral os diversos tipos de câncer são classificados de acordo com o tipo de tumor e o local onde estão
alojados em:

- Carcinonama = Câncer com início em células epiteliais, pele e mucosas

- Sarcoma = Câncer de tecidos conjuntivos como ossos, músculos ou cartilagens

TIPO DE TECIDO TUMORES BENIGNOS TUMORES MALIGNOS


Epitelial
Superfície Papiloma Carcinoma de céls escamosas
Glandular Adenoma Adenocarcinoma

Conjuntivo
Fibroso Fibroma Fibrossarcoma
Adiposo Lipoma Lipossarcoma
Cartilaginoso Condroma Condrossarcoma
Ósseo Osteoma Osteossarcoma
Vasos Sanguíneos Hemangioma Hemangiossarcoma
Vasos Linfáticos Linfangioma Linfangiossarcoma
Endotélio vascular - Sarcoma Ewing
Tecido Linfático - Linfossarcoma

Músculo
Liso Leiomioma Leiomiossarcoma
Estriático Rabdomioma Rabdomiossarcoma

Tecido Nervoso
Cél Nervosa Neuroma Neuroblastoma
Tecido Glial Glioma Glioblastoma
Bainhas Nervosas Neurilemoma Sarcoma do Neurilema
Meninges Meningioma Sarcoma Meníngeo
Hematológico
Granulócito - Leucemia Mielocística
Eritrócito - Leucemia Eritrocítica
Céls Plasmáticas - Mieloma Múltiplo
Linfócitos - Linfoma ou leucemia linfocítica
Monócitos - Leucemia Monocítica

DIAGNÓSTICO DO CÂNCER

O diagnóstico do câncer baseia-se na investigação extensa afim de determinar a presença do tumor e sua
extensão, identificação de metástases, avaliação funcional dos órgãos e sistemas envolvidos e não-afetados e
obtenção de tecidos e células para análise (biópsia).

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Exames: Identificação de marcador tumoral (TSA), tomografia computadorizada, ressonância magnética, endoscopia,
ultra-sonografia e fluoroscopia.

MODALIDADES DE TRATAMENTO

O tratamento varia de acordo com o tipo de câncer, estadiamento e gradação, podendo ter como metas a
cura, o controle ou o alívio dos sintomas provocados pelo câncer (paliativo).

PRINCÍPIOS DA CIRURGIA ONCOLÓGICA

Existem cuidados que são específicos para a cirurgia oncológica, tais como:

__Incisão cirúrgica ampla e adequada.


__Proteção da ferida operatória com campos secundários.
__Realização de inventário minucioso de cavidades
__Laqueação das veias antes das artérias.
__Dissecação centrípeta da peça operatória.
__Isolamento do tumor com compressas.
__Manuseio cuidadoso da área afetada.
__Cuidados para não se cortar o tecido tumoral.
__Remoção tumoral com margem de segurança.
__Ressecção em bloco do tumor primário e das cadeias linfáticas, quando indicada.
__Troca de luvas, de campos operatórios e de instrumental cirúrgico, após o tempo de ressecção tumoral

CLASSIFICAÇÃO CIRURGICA

A cirurgia profilática envolve a remoção de


tecidos ou de órgãos não vitais que são de
maior risco para o desenvolvimento de câncer.

Exemplo:
CIRURGIA PROFILÁTICA Colectomia, mastectomia e ooforectomia

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Quando a cura cirúrgica não é possível, os


CIRURGIA: objetivos das intervenções cirúrgicas são aliviar
cirurgia é a abordagem primária no os sintomas, tornar o cliente tão confortável
tratamento do câncer, o objetivo é quanto possível e promover a qualidade de
remover todo o tumor, ou tanto vida, conforme definida pelo cliente e pela
quanto for praticável (um família.
procedimento por vezes denominado
citorredutor), CIRURGIA PALIATIVA
São exemplos de tratamentos paliativos a
descompressão de estruturas vitais, o controle
de hemorragias e perfurações, o controle da
dor, o desvio de trânsitos aéreo, digestivo e
urinário, e a retirada de uma lesão de difícil
convivência por causa de seu aspecto e odor.

(ações de enfermagem para o controle do


câncer-INCA/2008)
A cirurgia reconstrutiva pode seguir a cirurgia
CIRURGIA curativa ou radical como tentativa de melhorar a
RECONSTRUTIVA função ou obter um efeito cosmético mais
desejável. Pode ser realizada em uma única
operação ou em estágios

Ou biopsia, é realizada para a obtenção de uma


amostra tecidual para a análise histológica das
células que se suspeita serem malignas

biopsia excisional: para tumores pequenos e


facilmente acessíveis de pele, das partes
CIRURGIA superior e inferior do sistema digestório e das
DIAGNÓSTICA vias respiratórias superiores
biopsia incisional: realizada se a massa
tumoral for muito grande para ser removida

biopsia por agulha: realizada para a


amostragem de massas suspeitas que sejam
facilmente acessíveis de modo seguro, como
determinadas massas em mamas, na tireoide,
no pulmão, no fígado e no rim
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DAS CIRUGIAS ONCOLÓGICAS

__Infecção
__Comprometimento da cicatrização do ferimento
__Alteração da função pulmonar ou renal
__Desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TEV)
(Ambos potencilizados com a associação de quimioterapia e/ou radioterapia)

RADIOTERAPIA:

Na terapia, os radioisótopos são utilizados em doses elevadas visando justamente ao efeito deletério da
radioatividade sobre determinados tecidos, permitindo que a radioterapia alcance um índice terapêutico favorável,
levando as células malignas a perderem a sua clonogenicidade e, ao mesmo tempo, preservando os tecidos normais.
A radiação pode ser utilizada para curar o câncer, como em carcinomas de tireoide, cânceres
localizados de cabeça e pescoço, e cânceres de colo do útero.

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Pode ser utilizada para controlar o câncer quando um tumor não pode ser removido cirurgicamente ou quando está
presente metástase em linfonodo local.

Dois tipos de radiação: raios eletromagnéticos (raios X e raio gama) e partículas (elétrons, prótons, nêutrons e
partículas alfa).

CONCEITOS EM RADIOTERAPIA
Atualmente, pode-se dividir a radioterapia moderna em:
MÉTODOS DESCRIÇÃO
Consiste na terapia a curta distância, com a fonte emissora de radiação se
encontrando a cerca de 1 metro de distância do paciente. Nesse tipo de
TELETERAPIA tratamento, tem-se os feixes de Raios X, Radiação Gama, elétrons de alta
(radiação de feixe externo) energia e nêutrons
(RTFE) __Cobalto-60
__Aceleradores lineares
É um tratamento radioterápico no qual as fontes de radiação são colocadas
dentro de reservatórios metálicos e aplicadas a poucos centímetros dos
tumores radiação interna pode ser implantada por meio de agulhas ou
BRAQUITERAPIA varetas, sementes, contas, fitas ou cateteres inseridos nas cavidades corporais
(radiação interna) (vagina, abdome, pleura) ou nos compartimentos intersticiais (mama, próstata).
A braquiterapia pode ser administrada como um implante temporário
ou permanente. As aplicações temporárias são administradas como radiação
de dose alta (RDA) por períodos curtos ou radiação de dose baixa (RDB) por
um período mais prolongado.
envolve a administração intravenosa (IV) de um isótopo radioativo
RADIOISÓTOPOS terapêutico direcionado para um tumor específico. O iodo radioativo (I131)
(Sistêmica) é muito em braquiterapia sistêmica, que é a opção primária para o câncer de
tireoide. O estrôncio 89 é utilizado para metástases ósseas, o samário 153 é
utilizado para lesões ósseas metastáticas, e o fósforo 32 é empregado no
tratamento da ascite maligna associada ao câncer de ovário.
IORT Liberação de uma dose única de radioterapia para o leito tumoral
(Radioterapia Intra-operatória) exposto enquanto a cavidade corporal está aberta durante a cirurgia.

(BONASSA, Edva Moreno Aguilar,p.523)

MODALIDADES:

__RADIOTERPIA CURATIVA: pode ser empregada para cura primária da doença de Hodgkin, semiomas
testiculares, carcinomas tireóideos, câncer de cabeça e pescoço e de colo uterino;

__RADIOTERAPIA PARA CONTROLE: utilizada quando o tratamento cirúrgico é inviável ou na presença de


metástase nodal local;
__RADIOTERAPIA PROFILÁTICA: utilizada para prevenir o acometimento de tecidos susceptíveis ao câncer, como
por exemplo para evitar infiltração leucêmica no cérebro e medula espinhal;

__RADIOTERAPIA PALIATIVA: é empregada para aliviar os sintomas da doença metastática ou para tratar
emergências oncológicas.( como síndrome da veia cava superior, obstrução de vias respiratórias brônquicas ou
compressão medular.)

__RADIOTERAPIA NEOADJUVANTE (antes do tratamento definitivo local), com ou sem quimioterapia, é utilizada
para reduzir o tamanho do tumor com a finalidade de facilitar a ressecção cirúrgica

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TOXICIDADE

Os tecidos corporais mais afetados são os que normalmente se proliferam rapidamente, tais como a pele, o
revestimento epitelial do sistema digestório e a medula óssea.

Em relação ao tempo de manifestação clínica, as toxicidades podem ser classificadas em:

__Agudas – aparecem durante e até três meses após o término do tratamento.


__Tardias – surgem de três meses até anos após o fim do tratamento.
(INCA.p.384).

é comum e pode incluir a alopecia associada à radiação em todo


o cérebro, denominadas dermatite por radiação, são identificadas
e graduadas de acordo com a gravidade ao longo de uma faixa
ALTERAÇÃO DA INTEGRIDADE CUTÂNEA que varia do eritema e da descamação seca (descamação da
pele) até a descamação úmida (derme exposta, pele que drena
líquido seroso) e, possivelmente, ulceração. Até 95% dos clientes
que recebem radiação apresentarão algum grau de dermatite por
radiação
ATENÇÃ

Alerta: a radioterapia apenas resulta em Alopécia quando


direcionada ao cérebro , em outras áreas do corpo não leva a
perda de pêlos
__Estomatite (inflamação dos tecidos orais)
__Diminuição da salivação
__Xerostomia (ressecamento da boca) A exposição das glândulas
salivares pelo feixe de radiação resulta em alterações na
qualidade e composição da saliva, ocasionando secura oral ou
xerostomia, desconforto oral noturno, disfagia, disfasia e uma
sensibilidade aumentada às infecções orais e cáries dentárias.
TRATO GASTROINTESTINAL __Alteração no paladar ou sua perda
__Mucosite (inflamação do revestimento do sistema digestório

Tipo de queimadura e descamação nas mucosas costumam ser


muito dolorosas e, especialmente na boca e esôfago, favorecem o
aparecimento de infecções oportunistas, como a monilíase.
(BONASSA, Edva Moreno Aguilar,p.525)
__Dor torácica e disfagia associadas à irritação
IRRADIAÇÃO TORÁCICA PARA CÂNCER DE __Esofágica aguda
PULMÃO

__Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia


ESTÔMAGO OU O COLO DO ÚTERO
(estiverem no campo de radiação.)

MEDULA ÓSSEA __ Anemia, leucopenia e trombocitopenia


(estiverem incluídos no campo de radiação (infecções e sangramentos)
locais que contêm medula óssea (p. ex., crista
ilíaca ou esterno),

(SMELTZER, S. C.; BARE, B. G.;p.557)

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REAÇÕES GERAIS

__Inapetência : orientar sobre o fracionamento da dieta e a ingestão de refeições leves a intervalos curtos e em
pequenas quantidades.

__Fadiga:é o estado autoreconhecido no qual um individuo vivencia uma sobrecarga,sensação contínua de exaustão
e capacidade diminuída para o trabalhofísico e mental, que não é aliviada pelo repouso.
Intervenção de enfermagem:

__Incluir monitoração das dosagens séricas


__reposição nutricional
__estímulo ao repouso e ao relaxamento
__Deve-se rforçar a importância da continuidade do tratamento
(BONASSA, Edva Moreno Aguilar,p.523)

Efeitos colaterais sistêmicos são comumente apresentados por clientes que recebem radioterapia. Estes incluem
fadiga, mal-estar e anorexia, que podem ser secundários às substâncias liberadas quando as células tumorais são
destruídas. Os efeitos iniciais tendem a ser temporários e terminam com mais frequência 6 meses após a cessação
do tratamento.

Os efeitos tardios (aproximadamente 6 meses a anos após o tratamento) graves incluem fibrose, atrofia,
ulceração e necrose, podendo afetar pulmões, coração, sistema nervoso central e vesícula urinária
(SMELTZER, S. C.; BARE, B. G.;p.557)

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA RADIOTERAPIA:

__Manter a pele do campo de tratamento livre de irritações


__Não usar loções, cremes,talcos,desodorantes ou álcool;usar somente o que for recomendado pelo médico ou
enfermeiro
__Lavar a pele do campo de tatamento apenas com água morna e secar sem esfregar ;recomeda-se o uso de
sabonete neutro e sem perfume. De acordo com Bolderston, lavar a região é a única prática que previne
significativamente a reação de pele.
__evitar vestir roupas justas (lycras,jeans)
__Não usar esparadrapo ou adesivo sobre a pele
__Evitar o contato da área tratada com tecidos sintéticos ,tecidos de algodão é menos irritantes e mais confortável
__Não esfregar ,coçar,arranhar ou escovar a pele irradiada
__Nas áreas pilosas, evitar qualquer tipo de depilação que provoque reação inflamatória. O uso de barbeador
elétrico pode ser uma opção
__proteger a área de tratamento da exposição solar utilizando roupas adequadas.As precauções devem ser seguidas
durante seis meses a um ano após o tratamento.
__estimular a ingesta hídrica de dois a três litros de líquido por dia (água, suco,água de coco)
__Manter a pele do campo de tratamento hidratada ,seguindo as orientações do médico radioterapeuta ou do
enfermeiro

QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA

QUIMIOTERAPIA: são utilizados agentes antineoplásicos (citotóxicos) quando a cirurgia ou a radioterapia não é
possível ou é ineficaz, como coadjuvantes em combinação com a cirurgia ou radioterapia, ou ainda para tratamento
primário na doença neoplásica sistêmica (leucemias).

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FINALIDADES DA QUIMIOTERAPIA

__CURATIVA – objetiva a erradicação de evidências da neoplasia. Exemplos: leucemias agudas e tumores


germinativos.

__PALIATIVA – visa a melhorar a qualidade de vida do paciente, minimizando os sintomas decorrentes da


proliferação tumoral, aumentando seu tempo de sobrevida em função de uma redução importante do número de
células neoplásicas.

__POTENCIALIZADORA – quando utilizada simultaneamente à radioterapia, no sentido de melhorar a relação dose


terapêutica/dose tóxica do tratamento com irradiação. Objetiva principalmente potencializar o efeito dos
antineoplásicos no local irradiado e, conceitualmente, não interfere no efeito sistêmico do tratamento. E

__ADJUVANTE: frequentemente observam-se recidivas, mesmo após tratamento curativo ,cirúrgico ou


radioterápico.acredita-se que as micrometástases,clínicamente imperceptíveis ,sejam as responsáveis pelo
reaparecimento da neoplasia.seu objetivo é destruir as células residuais,de forma a permitir períodos mais
prolongados de remissão ou até mesmo a cura definitiva.

__NEOADJUVANTE: grandes massas tumorais ,quase sempre,implicam em ressecções cirúrgicas amplas que
podem compormeter a integridade e a função de membros ou órgãos, aplicação do quimioterápico antes da cirurgia
pode contribuir para a redução tumoral ,tornando a ressecção cirúrgica mais fácil e econômica ,permitindo a
preservação funcional do órgão.

EXTRAVASAMENTO

induz reações inflamatórias, mas


QUIMIOTERÁPICOS normalmente não causa lesão tissular
IRRITANTANTES permanente
O pH dos agentes irritantes (< 5 ou
> 9)

Causam lesão tissular e cisplatina,


possivelmente necrose de tendões, dactinomicina,
músculos, nervos e vasos daunorrubicina,
QUIMIOTERÁPICOS sanguíneos. doxorrubicina,
VESICANTES Embora o mecanismo das ações mostarda nitrogenada,
vesicantes varie com cada fármaco mitomicina,
paclitaxel,
vimblastina,
vincristina,
vindesina
vinorelbina.

PREVENÇÃO DE EXTRAVASAMENTO

__A seleção de veias periféricas, a punção venosa com habilidade e a administração cuidadosa dos medicamentos
são Essenciais

__A administração periférica é limitada às infusões de curta duração (inferiores a uma hora; impulso ou
bolo IV), apenas com a utilização de um cateter de plástico flexível inserido na área do antebraço

A quimioterapia vesicante nunca deve ser administrada em veias periféricas que envolvam a mão ou o pulso

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__Vesicantes de infusão contínua cuja administração demore mais de uma hora ou que sejam administrados com
frequência são infundidos apenas por meio de um acesso central
(SMELTZER, S. C.; BARE, B. G.;p.573)

CONDUTA DURANTE A ADMINISTRAÇÃO

__Lavar as mãos rigoraosamente ante s e após colocação das luvas


__Utilizar avental longos,com baixa liberação de partículas ,baixa permeabilidade ,frente fechada ,com mangas
longas e punho elásticos , usar óculos se risco de aerossolização.lembrar que máscqras cirúrgicas não protegem da
inalação de aerossóis.

__utilizar campos descatáveis ,impermeáveis na face superior , na área de aplicação de quimioterapia


__Utilizar equipos,seringas e conectores do tipo luer-lock
__Manter uma gaze próxima ás coneçoes para coleta de eventuais vazamentos , em especial no momento da
introdução e retirada de equipo ou conectores.
__Não retirar o ar das seringas elas devem vir já prontas para aplicação.
__Observar todas as conexões ,respiros eetc.para detectar vazamentos

As indicações de extravasamento durante a administração de agentes vesicantes incluem:

__ Ausência de retorno de sangue a partir do cateter intravenoso


--Resistência ao fluxo de líquido intravenoso
__Queimação ou dor, edema, ou rubor no local.

NOS ACIDENTES AMBIENTAIS

Acidentes com derramamento de até 5 ml

__Limpeza imediata por pessoal treinado e adequadamente paramentado ,


__Demarcar a área;
__Usar compressas absorventes secas para absorver o material líquido e úmidas para absorver substâncias
liofilizadas e despreza-las em local apropriado;
__Material cortante deve ser coletado cuidadosamente,com proteção e desprezado em local apropriado;
__O local deve ser lavado com água e sabão e enxaguado.

Acidentes com derramamento com mais 5 ml

__usar proteção respiratória


__Além da proteção anterior;
__Lençol seco para absorver o material líquido e úmido para absorver substância liofilizada;
__desprezando-os em local apropriado, cuidado para impedir a aerossolização;
__ Material cortante deve ser coletado cuidadosamente,com proteção e desprezado em local apropriado
__ O local deve ser lavado com água e sabão e enxaguado
(BONASSA, Edva Moreno Aguilar,p.243)

KIT DE DERRAMAMENTO

__O kit de derramamento deve conter, no mínimo, luvas de procedimentos, avental descartável de baixa
permeabilidade, compressa absorvente, proteção respiratória, proteção ocular, sabão neutro, descrição do
procedimento e o formulário para registro do acidente, recipiente identificado para recolhimento dos resíduos de
acordo com a RDC/306, de 25/02/2003, suas atualizações ou outro instrumento legal que venha a substituí-la.

__Derramamento no ambiente: o responsável pela descontaminação deve paramentar-se adequadamente antes de


iniciar o procedimento; após a identificação e restrição de acesso, o ambiente deve ser limitado com compressas
absorventes; os pós devem ser recolhidos com compressa absorvente umedecida; os líqüidos devem ser recolhidos

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com compressas absorventes secas; a área deve ser limpa com água e sabão neutro em abundância; quando
existirem fragmentos de vidro, estes devem ser recolhidos com pá e vassourinha.
(INCA.p.441).

CUIDADOS AO MANUSEAR QUIMIOTERAPIA

Ao manusear excretas dos pacientes que receberam Terapia Antineoplásica nas últimas 48 horas, recomenda-se:

__vestir aventais e luvas de procedimento.


__desprezar excretas de forma cuidadosa para evitar respingos.
__e oferecer coletor de urina masculino com abertura pequena.
__tampar o vaso sanitário antes de dar descarga (fazê-lo duas vezes).
__as roupas contaminadas com excretas e fluidos corporais do paciente devem ser acondicionadas e
encaminhadas à lavanderia, e identificadas segundo Norma da ABNT NBR - 7.500 - Símbolos de Risco e Manuseio
para o Transporte de Material, de março de 2000
(EDVA MORENO-2012)

Ao manusear roupas de cama e outros materiais contaminados com a quimioterapia ou sangue e líquidos corporais
de pacientes que recebem quimioterapia, utilize os equipamentos a
seguir para a proteção pessoal:

__Camadas duplas de luvas sem amido projetadas especificamente para o manuseio de quimioterapia (a luva interna
é calçada sob o punho do avental e a luva externa é calçada sobre o punho)

__Aventais descartáveis de mangas longas (sem costuras ou fechos que possam possibilitar a passagem dos
fármacos) feitos de polipropileno revestido com polietileno ou outros materiais laminados

As roupas de cama contaminadas com quimioterápicos ou sangue e líquidos corporais de pacientes que recebem
quimioterapia devem ser colocadas em:

__Recipientes de sistema fechado, resistentes a perfuração e extravasamento, rotulados: “Perigo: roupas de cama
contaminadas com quimioterapia”

__Para os ambientes ambulatoriais, o recipiente anteriormente mencionado deve ser mantido na despensa de
produtos contaminados do centro de infusão

__Para os ambientes de internação, o recipiente anteriormente mencionado deve ser mantido no quarto do paciente
e/ou na despensa para produtos contaminado

__Os equipamentos para o preparo da quimioterapia (seringas, equipos, frascos vazios etc.), aventais e luvas devem
ser descartados em: Recipientes de sistema fechado, resistentes a perfuração e extravasamento, rotulados:
“Perigo:resíduos contaminados com quimioterapia”
(SMELTZER, S. C.; BARE, B. G.;p.1347)

Extravasamento de agentes vesicantes: se há suspeita de extravasamento, a infusão do medicamento deve ser


imediatamete interrompida mantendo a agulha no local para aspirar a medicação residual, aplicar gelo no local (exceto
alcalóide de vinca = calor no local). Pode ser injetada solução neutralizante (antídoto) na área para reduzir a lesão tissular (ex.:
tiossulfato de sódio, hialuronidase e bicarbonato de sódio).

SISTEMA AFETADO EFEITOS COMPLICAÇÕES


Náuseas e vômito são os efeitos Podem afetar a qualidade de vida, a
colaterais mais comuns da nutrição, o estado hidreletrolítico, a
quimioterapia, que podem persistir por capacidade funcional e a participação
24 a 48 h ao tratamento.

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A estomatite comumente está


SISTEMA DIGESTÓRIO associada a alguns agentes
quimioterápico

Todo o sistema digestório é suscetível


à mucosite

Muitos agentes quimioterápicos resultando em diminuição de leucócitos


SISTEMA HEMATOPOÉTICO causam algum grau de (leucopenia), granulócitos
mielossupressão (neutropenia), eritrócitos (anemia) e
plaquetas (trombocitopenia),
maior risco de infecção e sangramento
podem lesionar os rins, porque à diminuição da perfusão renal, à
comprometem a secreção de água, precipitação de produtos finais após a
levando à síndrome da secreção lise celular, e causando nefrite
inapropriada de hormônio intersticial A rápida lise celular
SISTEMA URINÁRIO antidiurético (SIADH) tumoral após a quimioterapia resulta
em aumento da excreção urinária de
ácido úrico, o que pode causar lesão
renal
__ A cistite hemorrágica é uma
toxicidade vesical que pode resultar da
terapia com ciclofosfamida e
ifosfamida.
A fibra cardíaca é lesada pela ação O uso prolongado pode levar à
de alguns quimioterápicos insuficiência cardíaca congestiva e
SISTEMA CARDIOPULMONAR antineoplásicos, principalmente os falência cardíaca.
antracíclicos, perdendo sua força
contrátil normal, levando à
cardiomegalia e conseqüente
aumento da demanda de oxigênio
A função testicular e ovariana pode resultando em possível esterilidade .
ser afetada pelos agentes As mulheres podem desenvolver
SISTEMA GENITAL quimioterápicos problemas de ovulação ou
menopausa precoce, enquanto os
homens podem desenvolver
azoospermia (ausência de
espermatozoides) temporária ou
permanente
neurotoxicidade induzida por caracterizada por encefalopatia
SISTEMA NEUROLÓGICO quimioterapia, pode afetar o metabólica com ifosfamida,
sistema nervoso central, o sistema metotrexato em dose alta e citarabina.
nervoso periférico e/ou os nervos
cranianos
(SMELTZER, S. C.; BARE, B. G.;p.570)

# Mesna é um agente citoprotetor que se liga aos metabólitos tóxicos da ciclofosfamida ou ifosfamida nos rins para
impedir a cistite hemorrágica

COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO ANTINEOPLÁSICO


Síndrome da lise tumoral aguda
Flebite
Extravasamento
Anafilaxia

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA QUIMIOTERAPIA:

- Orientar o cliente sobre a quimioterapia e seus efeitos colaterais


- Monitorizar estado hidroeletrolítico e nutricional (vômitos, diarréia e anorexia)
- Avaliar o paciente para evidência de infecção e implementar cuidados para preveni-la
- Monitorizar sangramentos espontâneos
- Cuidados com a pele (uso de hidratantes, emolientes, mobilização, higiene, etc)
- Higiene oral cautelosa com escovas de cerdas macias e dentifrício não-abrasivo, aplicar lubrificante nos lábios
- Auxiliar o paciente nas atividades de vida diária e higiene (fraqueza e fadiga);
- Avaliar a dor, administrar analgésicos conforme prescrição. Dor branda = analgésicos não-opióides (acetaminofen,
paracetamol), dor moderada = opióides fracos (codeína), dor intensa = opióides potentes (morfina, fentanil, tramal,
dolantina)

DISPOSITIVOS INTRAVASCULARES

CATETER VENOSO CENTRAL DE LONGA PERMANÊNCIA TOTALMENTE IMPLANTADO (CVC-LP-TI):

São tubos flexíveis radiopacos feitos de silicone, poliuretano ou de teflon. Possuem uma câmara de titânio em
uma das extremidades. A parte central dessa câmara é uma membrana de silicone chamada septo, na qual são
realizadas as punções para acesso ao dispositivo.
São chamados de “totalmente implantados” por não apresentarem nenhuma parte exteriorizada após sua
instalação.

INDICAÇÕES:

Por ser um tipo de cateter que tem uma vida útil indefinida, a indicação deve ser direcionada principalmente
ao tipo de tratamento proposto e às condições físicas do paciente.
O cateter totalmente implantado está indicado para implantes com objetivo de duração de mais de seis
meses, muito embora seja fundamental que se leve em consideração todos os fatores individuais do paciente na
escolha correta do dispositivo.
Deverão ser observados:

__Paciente com dificuldade de acesso venoso periférico.


__Necessidade de acesso venoso por longo período.

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__Quimioterapia de longa duração: múltiplos ciclos; drogas vesicantes ou que levem à aplasia severa; tempo de
infusão acima de 8 horas.

CONTRAINDICAÇÕES:

A falta de condições clínicas do paciente, do tipo baixa contagem de plaquetas, queda de estado geral e
comprometimento de um ou mais órgãos nobres, seria um fator determinante de contra-indicação para a implantação
desse dispositivo, uma vez que, em se tratando de uma cirurgia, embora pequena, o estado geral do paciente pode
comprometer o procedimento e ainda mais a sua saúde. O mesmo se dá em relação à presença de infecção
bacteriana/fúngica comprovada ou hemocultura positiva.
Outro fator que deve ser considerado é a presença de algum tipo de distúrbio de coagulação, já que isto é um
determinante importante no desencadeamento de hemorragias pós-operatórias ou até desenvolvimento de trombose
venosa.

ESCOLHA DAS AGULHAS

É necessária a utilização de uma agulha com bisel especial, que permite a penetração e remoção sem danos
ao septo de silicone.
As agulhas indicadas são do tipo hubber ou do tipo “ponta de lápis”, e o uso das mesmas permite até
1.000 perfurações Com agulha calibre 19 e 2.000 punções com agulha 22 , sem riscos de vazamentos.

CATETER VENOSO CENTRAL DE LONGA PERMANÊNCIA SEMI-IMPLANTADO (CVC-LP-SI)

São tubos flexíveis radiopacos, feitos de silicone, poliuretano ou de teflon. Apresentam-se de única, dupla e
tripla vias, independentes entre si, de comprimentos e calibres variados.
São cateteres de longa permanência “semi-implantados”, uma vez que parte do mesmo é inserida em veia
central passando por um “túnel” realizado no tecido subcutâneo, deixando uma parte exteriorizada, pela qual se
realiza o acesso ao sistema venoso central para implementação da terapia intravenosa.

INDICAÇÕES:

São indicados para pacientes de transplante de medula óssea, devido à facilidade para infusão de grandes
volumes, dado o seu grande calibre. E também para pacientes de Pediatria e Hematologia, pois, ao dispensar o uso
de agulhas, se torna menos traumático para crianças, além de diminuir o risco de sangramentos.

CONTRAINDICAÇÕES:

Esse tipo de dispositivo é contraindicado nos casos de pacientes que não possuem condições de comparecer
para fazer manutenção num prazo máximo de sete dias, para que não ocorra obstrução, ou com baixa condição de
higiene, aumentando o potencial de infecção, uma vez que há uma parte do cateter exteriorizada, que necessita de
cuidados higiênicos, além de curativos.
É contraindicado também nos casos de metástases cutâneas, devido ao grande potencial de infecções.

RESUMO DA TERAPIA ANTINEOPLÁSICA

VIA VANTAGENS DESVANTAGENS IMPLICAÇÕES PARA


ENFERMAGEM
• Baixo custo • É contra indicada para • Avaliar adesão do
pacientes com quadro de paciente ao tratamento
• Ao ser administrado não êmese, disfagia, déficit
requer profissional neurológico • Repetir a dose em caso
Via oral Especializado de emêse após ingestão
• A absorção é mais
É a administração de • Indolor lenta e menos precisa • Orientar para que vomite

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antineoplásico pela em saco plástico para


cavidade oral • Procedimento não verificar
Invasivo retorno de comprimidos e
administrar, se necessário
• Menos tóxico
• Absorção moderada • Realizar anti-sepsia local
e rodízio da área de
Via intramuscular • Redução de toxicidade • Administração aplicação
É a administração de realizada por profissional
antineoplásicos pelo especializado • Evitar fricção e calor local
músculo após aplicação
• Procedimento invasivo,
causando dor • Utilizar agulhas
adequadas

• Apresenta limitações
Via subcutânea como volume, fragilidade • Observar sinais
É a administração de cutânea e vascular, flogísticos e equimoses
antineoplásicos no neutropenia e
tecido subcutâneo trombocitopenia
• É a via mais comum, com • A administração requer • Requer técnica asséptica
absorção mais profissional especializado e rodízio da área de
Via intravenosa rápida e alcance de aplicação
níveis séricos precisos • Procedimento invasivo, (punção periférica)
É a administração de causando dor
antineoplásicos no • Avaliação freqüente e
vaso sangüíneo • Apresenta limitações criteriosa do acesso
de fragilidade cutânea e venoso na administração
vascular, neutropenia e de
trombocitopenia antinoeplásicos irritantes e
vesicantes
• Requer técnica asséptica
no preparo e na
• A administração requer administração
médico especializado • Reconstituir e diluir
somente com água
destilada

• Atravessa a barreira • Atentar para aspecto,


hematoliquórica volume,
• Não pode ser tempo de estabilidade e
reconstituído nem integridade da embalagem
diluído com solventes
Via intratecal (IT) que contenham na sua • Manter o paciente em
É a administração fórmula conservantes repouso em decúbito dorsal
de antineoplásicos e cabeceira a 0º por 2
diretamente no líquor horas para evitar
cefalorraquidiano cefaléia, náuseas e vômitos

• Avaliação constante de
sinais e sintomas de
neurotoxicidade
e irritação meníngea:
rigidez de nuca, vômitos,
parestesias, dor lombar,
irritabilidade, vertigens,

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sonolência e convulsões
• O tratamento é mais • Administração é • Requer técnica asséptica
Via intra-arterial efetivo e menos tóxico realizada por médico no preparo e na
Administração de sistemicamente e/ou enfermeiro administração
antineoplásicos por via especializado
arterial • Manter a permeabilidade
ea
fixação segura do cateter
• Procedimento invasivo,
• Destina-se ao causando dor • Atentar para
tratamento de tumores • É realizada através de sangramentos,
inoperáveis e localizados cateteres temporários ou hematomas, edema e óstio
permanentes e a infusão de inserção do cateter
controlada por bomba
infusora • Atentar para os sinais de
deslocamento do cateter
• Necessita de através dos efeitos
Heparinização adequada relacionados à localização
junto à solução infundida do mesmo
• Reduz os episódios de • É realizada por médico • Utilizar técnica assépica
derrame pleural maligno, especializado através de para
através da esclerose da cateter torácico manipulação do dreno
parede da pleura
• Requer inserção de • O dreno deverá ser
dreno no tórax fechado no máximo por 2
horas após a
• Procedimento invasivo, administração do
causando dor antineoplásico
e deverá ser realizada a
• Após o procedimento mudança de decúbito a
inicial, o dreno deverá ser cada 5
mantido até que o volume a 15 min, para mobilização
Via intrapleural drenado seja inferior a 100 da
Administração de ml medicação
antineoplásicos no
espaço intrapleural • Monitorizar, alterações de
pressão arterial, freqüência
e
padrão respiratório
• Após o procedimento
inicial, manter o dreno em
selo d’água, realizando
mensurações periódicas
Via intraperitonial • É indicada nos casos de • É realizada • Requer técnica asséptica
É administração de ascite neoplásica e por profissional na manipulação do cateter
antineoplásicos na metástases especializado, através de Aquecer a solução à
cavidade peritoneal intraabdominais cateter de curta ou longa temperatura corporal
Para potencialização do permanência
efeito do antineoplásico • Infundir em 10 a 20 min
(cateter de curta
• Toxicidade local permanência)
aceitável e sistêmica leve e em 30 a 45 min (cateter
ou tardia de longa permanência)

• Realizar mudança de
decúbito a cada 20 min,

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para mobilização
do medicamento na
cavidade

• Monitorizar sintomas de
dor
e cólica abdominal,
dispnéia, náuseas, vômitos,
diarréia
e sinais de desequilíbrio
hidroeletrolítico

• Requer técnica asséptica


na instalação e
manipulação do
cateter vesical
• Toxicidade sistêmica • É realizada
reduzida por profissional • A infusão pode ser
especializado, através de contínua ou em push, com
cateter vesical volume de 20
a 60 ml de solução

• Restringir líqüidos de 8 a
12 horas, antes da
aplicação
Via intravesical
É a instilação de • Retirar o cateter ou
medicamento clampeá-lo após a
diretamente na bexiga instilação da medicação

• Orientar o paciente a
reter, pelo maior tempo
possível, o
volume na bexiga
• Realizar mudança de
decúbito a cada 15
minutos, para mobilização
da medicação

• Monitorizar os sinais e
sintomas de dor, urgência
urinária, polaciúria, disúria,
dermatite e eritema da
genitália externa
• Baixo custo e • Via pouca utilizada • Avaliar adesão do
Toxicidade por apresentar risco de paciente ao tratamento e
Via tópica exposição coletiva uso correto do
Administração de • Ao ser administrado, não antineoplásico
antineoplásicos requer profissional • Tem como fator
diretamente na pele Especializado limitante estabilidade
Procedimento não invasivo da medicação quando
e indolor manipulada

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EMERGÊNCIAS ONCOLÓGICAS:

- Síndrome da veia cava superior (SVCS) : compressão da veia cava superior pelo tumor ou pelo aumento de
linfonodos. Tipicamente associada ao câncer de pulmão e linfoma.

- Compressão da medula espinhal: leva ao comprometimento neurológico com perda motora e sensitiva,
disreflexia autonômica

- Hipercalcemia (>10,5 mg/dL)

- Derrame pericárdico e tamponamento cardíaco (tumor de mediastino)

- Síndrome da Lise Tumoral Aguda (SLT) : é diagnosticada quando surgem mais de uma de três condições 3
dias antes ou até 7 dias após terapia citotóxica para o câncer: lesão renal aguda (definida como uma elevação da
creatinina até ≥ 1,5 vez o limite superior normal que não é atribuível a medicamentos), arritmias (incluindo morte
súbita cardíaca) e convulsões.

- Coagulação Intravascular Disseminda (CID): leva à hemorragias, tipicamente associada ao câncer hematológico
- Síndrome da secreção inadequada do hormônio antidiurético: liberação contínua e descontrolada do ADH
produzido pelas células tumorais ou por estimulação excessiva do eixo hipotâmico-hipofisário. Leva à sobrecarga
circulatória e hiponatremia pela excreção aumentada de sódio na urina.

CUIDADOS PALIATIVOS

Os cuidados paliativos são uma abordagem para a prestação de cuidados para pessoas com doenças graves
que há muito faz parte dos cuidados para a pessoa com câncer. Mais recentemente, foram expandidos para abordar
o manejo holístico dos sintomas, como o cuidado psicossocial e o suporte espiritual necessário para intensificar a
qualidade de vida de qualquer pessoa com doença avançada

Os cuidados paliativos e o movimento hospice foram reconhecidos como importantes elementos de ligação
entre o tratamento orientado para a cura e as necessidades dos pacientes com doenças em fase terminal e as de
suas famílias quanto a cuidados holísticos nos anos, meses ou semanas finais de vida.
Os cuidados paliativos, os quais são conceitualmente mais abrangentes do que os cuidados de hospice, são
uma abordagem e um sistema estruturado para a prestação de cuidados que visa otimizar a “qualidade de vida
antecipando, prevenindo e tratando o sofrimento”

#### Termo hospice costuma ser associado aos cuidados paliativos que são fornecidos no domicílio ou em
unidades especiais para os pacientes que estejam se aproximando do fim da vida

CUIDADOS DE HOSPICE

O hospice é um programa coordenado de serviços interdisciplinares prestados por profissionais de saúde e


voluntários treinados para pacientes com doenças graves e progressivas que não são responsivas à cura. A raiz da
palavra hospice é hospes, que significa “hóspede”

OS PRINCÍPIOS SUBJACENTES DO HOSPICE SÃO OS SEGUINTES:

__A morte precisa ser aceita


__O cuidado integral do paciente é mais bem realizado por uma equipe interdisciplinar, cujos membros comunicam-
se regularmente entre si
__A dor e outros sintomas da doença em fase terminal devem ser tratados
__O paciente e a família devem ser considerados uma unidade de cuidados única
__Os cuidados domiciliares de pessoas em doença na fase final de vida são necessários

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__Devem ser fornecidos aos familiares cuidados em razão da perda


__A pesquisa e a educação devem ser contínuas.

COMO É CARACTERIZADO O CUIDADO PALIATIVO ?

Caracterizados por comunicação e coordenação interdisciplinares ao longo da trajetória da doença grave,


enfatizando o manejo de problemas psicológicos, sociais e espirituais, além do manejo da dor e de outros sintomas
físicos

QUAL O OBJETIVO ?

O objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente e da família e, de fato, muitos aspectos deste tipo de
abordagem holística e com foco no conforto são aplicáveis mais inicialmente no processo da doença potencialmente
fatal e junto ao tratamento centrado na cura

CUIDADOS PALIATIVOS EM FIM DE VIDA

Todos os cuidados de hospice são cuidados paliativos; entretanto, nem todos os cuidados paliativos são
cuidados de hospice. A diferença é que os cuidados de hospice são uma aplicação dos cuidados paliativos em fim da
vida

PESAR E LUTO ANTECIPATÓRIOS

Negação, tristeza, raiva, temor e ansiedade são reações de pesar normais em pessoas com doença
potencialmente fatal e naqueles próximos a elas. Kübler-Ross (1969) descreveu cinco reações emocionais comuns
do processo de morrer que são aplicáveis à experiência de qualquer perda

4 CINCO ESTÁGIOS DO PESAR DE KÜBLER-ROSS

Negação: “Isso não pode ser verdade.”

Raiva: “Porque eu?”

Barganha: “Eu só quero ver o nascimento do meu neto e,então, estarei pronto…”

Depressão: “Eu não sei como meus filhos vão ficar após a minha morte.”

Aceitação: “Vivi uma boa vida e não tenho arrependimentos.”

MANEJO DA DOR EM ONCOLOGIA

PACIENTE COM CÂNCER


É um fenômeno de sensibilização nociceptiva, em que ocorre a redução do
limiar á dor (alodínia), amplificação da resposta a estímulos nocivos
DOR CRÔNICA (hiperalgesia) e sensação de dor prolongada após estimulação (hiperpatia)
duração prolongada

È um recurso defensivo atuando muitas vezes como mecanismo protetor contra


agentes lesivos, é temporária durante um período relativamente curto , de
DOR AGUDA minutos a algumas semanas,associada a lesão em tecidos ou órgãos,
ocasionada por inflamação ,infecção, com ativação de reposta simpática.

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NOCICEPTIVA Causada pela ativação fisiológica dos receptores da dor e usualmente está
relacionada ao dano do tecido musculoesuqelético, dores profundas e difusas,
responde bem a drogas analgésicas convencionais

NEUROPÁTICA Definida como aquela iniciada por uma lesão ou disfunção do sistema
somatossensitivo, resultante da atividade anormal da via nocietiva

Inerrupção das vias aferentes e pode ser causada tanto pelo tumor(por
DOR POR DESAFERENTAÇÃO compressão ou destruição) ou pr interrupções ciurgicas das vias nervosas,
caracterizad por sensação de queimação, pontada ou choque, ela não responde
ás drogas analgésicas convencionais.

Surge de forma esperada após um estímulo voluntário , involuntário ou


emocional, muito frequente nos casos de metastização óssea.
DOR INCIDENTAL
(“dor de fim de dose” surge sempre antes da hora de administração do fármaco
basal eleito e significa necessariamente um desajuste entre a dose do fármaco
instituído e a intensidade de dor existente )
DOR IRRUPTIVA É a aparição espontânea , idiopática , não relacionada a uma pauta analgésica
determinada nem a funções ou movimentos corporais a caracterisitca somática,
visceral ou neuropática.
Múltiplas dimensões presente na dor oncológica ,conceito ainda hoje utilizado
incluindo as questões físicas,emocional, social e espiritual,sendo mais tarde
CONCEITO DE “DOR TOTAL “ incorporado tambem, dor financeira, dor interpessoal , dor da família e a dor da
equipe de saúde.

AVALIAÇÃO DA DOR

Quantificar apenas a sua severidade ou intensidade Escala visual analógica


INSTRUMENTOS e tem sido usados por hospitaise ou clínicas, não
UNIDIMENSIONAL invasivas e válidas sobre dor e a analgesia

Utilizados para valiar e mensurar as múltiplas McGill pain


dimensões da dor com base em diferentes questionnaire
INSTRUMENTOS indicadores de repsotas e suas interações.as
MULTIDIMENSIONAL principais dimensões avaliadas são a sensorial,a APPT
afetiva e a avaliativa (Adolescent pedistric
pain tool)
(criança e adolescente
8 a 17 anos)

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INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS PARA CONTROLE DA DOR

A estratégia proposta pela OMS é:

__Tratamento da doença
__Intervenções farmacológicas e não farmacológicas

MÉTODOS FARMACÓLOGICOS

DOR LEVE NÃO OPIOIDES AAS, paracetamol e os anti-inflamatórios


+adjuvantes

DOR MODERADA OPIÓIDES LEVES+ Codeína e tramadol


Adjuvantes

DOR SEVERA OPIÓIDES FORTES+ Morfina,metadona,fentanyl, oxicodona


Adjuvantes

Antidepressivos tricíclicos (Amitriptilina, imipramina, nortriptilina)


ANALGÉSICOS ADJUVANTES Anticonvulsivantes (carbamazepina, gabapentina e fenitoína) Anestésicos
locais (lidocaína) e os corticoesteroides (dexametasona prednisona)

DOR NEUROPÁTICA Utilizar neurolépticos, antidepressivos, anticonvulsivantes, ansiolíticos


,AINH e opioides (oxicodona e tramadol para dores moderadas e Metadona
para dores intensas)

Utilizar analgésicos não opioides,opioides fracos ou fortes.


DOR NOCICEPTIVA

Utilizar sedação a base de opoiodes + Midazolan em infusão contínua ou


DORES REFRATÁRIA Haloperidol se o paciente se mostra agitado ou confuso.

(Piora condição clínica+progressão


da doença+ impossibilidade de cura)

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EFEITOS COLATERIAIS DOS OPIOIDES

__Constipação intestinal
__Nauseas
__Vômitos
__Prurido
__Retenção urinária
__Mais raro depressão respiratóriae sedação

MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS

Estratégias cognitivos-comportamentais garantindo maior funcionalidade:

Induz a focalização das atenção num estímulo diverso ao da dor,fazendo ela ficar
DISTRAÇÃO na periferia da consciência.

Utilizada para desviar a atenção da dor, reduzindo a ansiedade e buscando a


MUSICOTERAPIA ampliação do sentimento de autocontrole

Utiliza a mente para criar e vivenciar cenas agradáveis ,afastando atenção da dor;
IMAGINAÇÃO DIRIGIDA
Busca reduzir a tensão mental, por meio da sugestão, com consequente
RELAXAMENTO relaxamento da musculatura.

ESTIMULAÇÃO ELETRICA Corrente elétrica para induzir analgesia


TRANSCUTÂNEA
TERMOTERAPIA Utilização de bolsa térmicas e compressão de parafina , promove o relaxamento
SUPERFICIAL muscular , interferindo no cilco dor-espasmo-dor
Provoca vasoconstricção por aumento da atividade simpática após a estimulação
CRIOTERAPIA de receptores de frio da pele. Essa ação reduz os mediadores químicos liberados
no local da lesão e,dessa forma, controla o contato desses mediadores
inflamatórios com os nociceptores ,reduzindo a dor.

Manipulação de tecidos moles do corpo, produz efeitos benéficos sobre o sistema


MASSOTERAPIA vascular e nervoso,causando sensação de bem estar e prazer.

BLOQUEIOS ANESTÉSICOS

Em casos de dificil resolução ,depois de esgotados todos os métodos para controle de dor , pode ser realizados
procedimentos mais invasivos.

__Bloqueios com agentes Neurolíticos

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EXERCÍCIOS

01) ( PI- COPESE - UFPI - 2022 -) FREQUENTEMENTE, PACIENTES APRESENTAM PROBLEMAS DE


ELIMINAÇÃO INTESTINAL OU ESTÃO PROPENSOS A TER ESSES PROBLEMAS, DEVIDO ÀS ALTERAÇÕES
FISIOLÓGICAS NO TRATO GASTROINTESTINAL, TAIS COMO CIRURGIA ABDOMINAL, DOENÇAS
INFLAMATÓRIAS, MEDICAMENTOS, ESTRESSE EMOCIONAL, FATORES AMBIENTAIS OU DISTÚRBIOS QUE
PREJUDICAM A DEFECAÇÃO. COM RELAÇÃO AOS PROBLEMAS INTESTINAIS MAIS COMUNS, MARQUE A
OPÇÃO INCORRETA:

(A) Constipação é uma doença e tem como causas comuns de constipação a dieta inadequada, ingestão reduzida de
líquidos; ausência de exercícios e certos medicamentos; doenças crônicas e estresse.

(B) O aumento da pressão venosa decorrente do esforço na defecação; gravidez; insuficiência cardíaca e doença
hepática crônica causam as hemorroidas.

(C) A impactação fecal ocorre quando um paciente apresenta uma constipação não aliviada e é incapaz de expelir as
fezes endurecidas retidas no reto e, quando não tratada, pode resultar em obstrução intestinal.

(D) As condições físicas que prejudicam a função do esfíncter anal ou as fezes líquidas de grande volume causam a
incontinência fecal.

(E) A diarreia é um aumento no número de evacuações e a passagem de líquido de fezes não formadas. Esse
processo está associado com distúrbios que afetam a digestão, absorção e secreções no trato gastrointestinal.

02) (LAVRAS DO SUL-OBJETIVA-2023) A RESPEITO DA ABSORÇÃO METABÓLICA, É CORRETO AFIRMAR


QUE:

(A) Durante o estado pós-absortivo, os nutrientes ingeridos entram no sangue e na linfa, a partir do trato
gastrointestinal.

(B) Durante o estado absortivo, a glicose no sangue é oxidada para formar ATP (energia), e a glicose transportada
para o fígado é convertida em glicogênio e colesterol-HDL.

(C) A principal tarefa durante o estado absortivo é manter estáveis os níveis de glicose em sangue, convertendo os
triglicerídeos em glicogênio no fígado, e daí para o sangue.

(D) Durante o jejum e a inanição, ácidos graxos e corpos cetônicos são utilizados para formar e fornecer ATP
(energia).

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03) (BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC- : FEPESE -2023) ANALISE AS AFIRMATIVAS ABAIXO EM RELAÇÃO AO
SANGRAMENTO GASTROINTESTINAL SUPERIOR AGUDO.
1. As úlceras pépticas são responsáveis pela maioria do sangramento gastrointestinal superior, e a incidência de
sangramento por úlceras está diminuindo devido à erradicação do H pylori e à profilaxia com inibidores da bomba de
prótons em pacientes de alto risco.

2. A hipertensão portal é responsável por 10-20% do sangramento gastrointestinal superior. O sangramento


geralmente surge de varizes esofágicas e, menos comumente, varizes gástricas ou duodenais ou gastropatia
hipertensiva portal.

3. Lacerações da junção gastroesofágica (Síndrome de Mallory-Weiss) causam 5-10% dos casos de hemorragia
gastrointestinal superior. Muitos pacientes relatam uma história de uso de álcool ou vômitos incoercíveis.

4. Anomalias vasculares são encontradas em todo o trato gastrointestinal e podem ser a fonte de sangramento
gastrointestinal crônico ou agudo. Elas representam 7% dos casos de sangramento agudo do trato superior e as mais
comuns são as angioectasias (angiodisplasias), causadas por obstrução crônica e intermitente das veias
submucosas.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

(A) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.


(B) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
(C) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
(D) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
(E) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

04) ( SAP-SC-2022-IESES) A DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO É UMA PATOLOGIA MUITO


COMUM NA PRÁTICA CLÍNICA, COM VÁRIOS FATORES ENVOLVIDOS NA SUA FISIOPATOLOGIA.
CONFORME O EXPOSTO, ESCOLHA A RESPOSTA CORRETA:

(A) Sintomas de disfagia progressiva para sólidos, odinofagia, perda de peso são manifestações comuns da doença
do refluxo gastresofágico.

(B) Os estimuladores da bomba de prótons, os medicamentos mais potentes para redução da produção de ácido
gástrico, normalmente constituem o tratamento mais eficaz para o refluxo gastroesofágico e para a esofagite e a
esofagite erosiva causadas por refluxo gastroesofágico.

(C) A endoscopia digestiva alta normal exclui o diagnóstico de doença do refluxo gastresofágico.

(D) A presença da bactéria Helycobacter pylori é patognomônico da doença do refluxo gastroesofágico.

(E) A doença do refluxo gastresofágico pode ter manifestações extras digestivas, como tosse crônica, rouquidão e
broncoespasmo.

05) ( UFV-MG -2022-UFV) SOBRE A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA, É INCORRETO AFIRMAR QUE:

(A) álcool, fatores dietéticos e estresse são causas frequentes de doença ulcerosa.

(B) cerca de 10% dos pacientes infectados pelo H.pylori desenvolverão doença ulcerosa.

(C) as principais causas são o uso de anti-inflamatórios não esteroidais e infecção pelo H. pylori.

(D) menos de 5-10% das úlceras são causadas por condições como síndrome de Zollinger-Ellison e CMV.

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06) (BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC -2023-FEPESE) O TERMO “DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL” INCLUI


COLITE ULCERATIVA E DOENÇA DE CROHN. O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PODE SER SUSPEITADO
PELAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DE CADA DOENÇA E DA SUA LOCALIZAÇÃO NO TRATO
GASTROINTESTINAL.
Assinale a alternativa que se refere exclusivamente à doença de Crohn.

(A) É uma doença crônica e recorrente caracterizada por inflamação transmural irregular envolvendo qualquer
segmento do trato gastrointestinal, da boca ao ânus mucosa.

(B) É uma doença crônica e recorrente caracterizada por inflamação difusa da envolvendo apenas o cólon,
invariavelmente o reto, e pode se estender proximamente de forma contínua para envolver parte do ou todo o cólon.

(C) Pode evoluir com hemorragia grave, perfuração e carcinoma do colón documentado, indicações absolutas para
cirurgia.

(D) A cirurgia também é indicada megacólon tóxico que não melhora dentro de 48 a 72 horas, em pacientes com
displasia plana invisível ou lesões displásicas não ressecáveis.

(E) É uma condição inflamatória idiopática que envolve a superfície mucosa do cólon, resultando em friabilidade
difusa e erosões com sangramento.

07)(TRT -4ª REGIÃO (RS) -2022-FCC) A DIFERENCIAÇÃO ENTRE DOENÇA DE CROHN E COLITE
ULCERATIVA É IMPORTANTE PORQUE TEM IMPLICAÇÕES NO PROGNÓSTICO E TRATAMENTO DESSAS
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS. SÃO ACHADOS ENDOSCÓPICOS E DO EXAME FÍSICO QUE
FAVORECEM O DIAGNÓSTICO DE COLITE ULCERATIVA:

(A) doença perianal em mais de 50% dos casos.

(B) estreitamento frequente da luz intestinal.

(C) mucosa friável com perda de vascularização.

(D) inflamação espacialmente intermitente da mucosa.

(E) ulceração transmural da mucosa, geralmente.

08)(AL-MG-2023-FUMARC) PACIENTE ESTILISTA PESADO, PORTADOR DE CIRROSE HEPÁTICA, CURSANDO


COM ASCITE VOLUMOSA, ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS, OLIGÚRIA, ICTERÍCIA.
DE ACORDO COM A FISIOPATOLOGIA DA ICTERÍCIA, É CORRETO AFIRMAR:

(A) A icterícia no referido caso está relacionada à obstrução do ducto colédoco devido à colelitíase.

(B) Devido à cirrose hepática, o fígado em disfunção não consegue transformar a bilirrubina indireta (não conjugada –
lipossolúvel) em bilirrubina direta (conjugada – hidrossolúvel) para ser excretada, levando à icterícia.

(C) Devido à cirrose hepática, o fígado em disfunção não consegue transformar a bilirrubina direta (não conjugada –
lipossolúvel) em bilirrubina indireta (conjugada – hidrossolúvel) para ser excretada, levando à icterícia.

(D) Devido à cirrose hepática, o fígado em disfunção não consegue transformar a bilirrubina indireta (conjugada –
lipossolúvel) em bilirrubina direta (não conjugada – hidrossolúvel) para ser excretada, levando à icterícia.

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09)(TCE-TO-2022-FGV) HOMEM DE 50 ANOS PORTADOR DE CIRROSE HEPÁTICA É ATENDIDO EM SERVIÇO


DE EMERGÊNCIA COM SANGRAMENTO GASTROINTESTINAL MACIÇO. A ENDOSCOPIA DIGESTIVA REVELA
VARIZES GÁSTRICAS SANGRANDO ATIVAMENTE, NÃO TENDO SIDO POSSÍVEL AO ESPECIALISTA
CESSAR O SANGRAMENTO. APESAR DA REPOSIÇÃO VOLÊMICA VIGOROSA, O PACIENTE PERMANECIA
COM HIPOTENSÃO ARTERIAL.
A próxima etapa terapêutica mais apropriada para o tratamento desse paciente deve ser:

(A) administrar octreotide;

(B) encaminhar para cirurgia;

(C) prescrever betabloqueador;

(D) inserir balão de Sengstaken-Blakemore;

(E) TIPS (shunt portossistêmico intra-hepático transjugular).

10) ( PREFEITURA DE MANAUS - AM -2022-FGV) HOMEM DE 68 ANOS, PORTADOR DE ESTEATO HEPATITE


E CIRROSE HEPÁTICA, REFERE SONOLÊNCIA DURANTE O DIA E DIFICULDADE PARA ADORMECER À
NOITE. RELATA AINDA DIFICULDADE EM REALIZAR PALAVRAS CRUZADAS QUE ELE, ANTERIORMENTE,
FACILMENTE CONSEGUIA COMPLETAR.
NO EXAME FÍSICO: ACORDADO E ORIENTADO, AFEBRIL, COM DISCRETOS SINAIS DE ASCITE; NÃO FOI
OBSERVADO FLAPPING NEM SINAIS FOCAIS.
ASSINALE A OPÇÃO QUE INDICA A CONDUTA INDICADA PARA ESTE PACIENTE.

(A) Prescrever lactose por via oral.

(B) Dosar o nível de amônia no sangue.

(C) Referenciar o paciente para uma clínica geriátrica.

(D) Solicitar tomografia computadorizada do crânio com urgência.

(E) Iniciar tratamento para peritonite espontânea com ceftriaxona.

11) ( PREFEITURA DE LARANJAL PAULISTA - SP -2022-AVANÇA-SP) O SINAL DE PIPAROTI É VISTO PELA


PERCEPÇÃO DO IMPULSO TRANSMITIDO DO LADO OPOSTO DO ABDOME APÓS NEUTRALIZAÇÃO COM
BARREIRA, NO MEIO DO ABDOME. INDICA:

(A) caquexia.

(B) pancreatite.

(C) cólon irritável.

(D) câncer gástrico.

(E) ascite.

12) (DR. MARIO GATTI-SP-OBJETIVA-2023) CONSTITUEM CAUSAS MAIS COMUNS DE HEMORRAGIA


GASTROINTESTINAL ALTA NÃO VARICOSA, EXCETO:

(A) Varizes esofagogástricas.


(B) Tumores.
(C) Malformações arteriovenosas.
(D) Doença ulcerosa péptica.

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13) (BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC -2023-FEPESE) OS TUMORES NEUROENDÓCRINOS INTESTINAIS


SECRETORES DE GASTRINA (GASTRINOMAS) QUE RESULTAM EM HIPERGASTRINEMIA E
HIPERSECREÇÃO ÁCIDA, SENDO UMA DAS CAUSAS DE ÚLCERA PÉPTICA E SANGRAMENTO
GASTROINTESTINAL, CARACTERIZAM A SÍNDROME:

(A) de Mallory-Weiss.
(B) de Zollinger-Ellison.
(C) do intestino irritável.
(D) hemolítico-urêmica.
(D) de polipose familiar.

14) (BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC -2023-FEPESE) O TERMO “DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL” INCLUI


COLITE ULCERATIVA E DOENÇA DE CROHN. O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PODE SER SUSPEITADO
PELAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DE CADA DOENÇA E DA SUA LOCALIZAÇÃO NO TRATO
GASTROINTESTINAL.

ASSINALE A ALTERNATIVA QUE SE REFERE EXCLUSIVAMENTE À DOENÇA DE CROHN.

(A) Pode evoluir com hemorragia grave, perfuração e carcinoma do colón documentado, indicações absolutas para
cirurgia.

(B) A cirurgia também é indicadano megacólon tóxico que não melhora dentro de 48 a 72 horas, em pacientes com
displasia plana invisível ou lesões displásicas não ressecáveis.

(C) É uma doença crônica e recorrente, caracterizada por inflamação transmural irregular, envolvendo qualquer
segmento do trato gastrointestinal, da boca ao ânus.

(D) É uma doença crônica e recorrente, caracterizada por inflamação difusa da mucosa, envolvendo apenas o cólon,
invariavelmente o reto, e pode se estender proximamente de forma contínua para envolver parte do ou todo o cólon.

(E) É uma condição inflamatória idiopática que envolve a superfície mucosa do cólon, resultando em friabilidade
difusa e erosões com sangramento.

15) (IGUATU-CE-FAU-2022) O SANGRAMENTO GASTROINTESTINAL BAIXO APRESENTA-SE COMO


HEMATOQUEZIA E MELENA. TENDE A SER MENOS GRAVE E MAIS INTERMITENTE, CESSANDO
ESPONTANEAMENTE MAIS FREQUENTEMENTE DO QUE O SANGRAMENTO ALTO. ASSINALE A
ALTERNATIVA QUE CONTENHA A CAUSA MAIS FREQUENTE DE SANGRAMENTO COLÔNICO E O MÉTODO
DIAGNÓSTICO MAIS ADEQUADO EM CASOS DE SANGRAMENTO MÍNIMO A MODERADO:

(A) Angiodisplasia - arteriografia.


(B) Divertículo de Meckel - cintilografia.
(C) Doença inflamatória intestinal - enema opaco.
(D) Doença inflamatória intestinal - ultrassonografia de abdome.
(E) Doença diverticular - colonoscopia.

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16) (IGUATU-CE-FAU-2022) HEMORRAGIA DIGESTIVA É QUANDO A CRIANÇA TEM UM SANGRAMENTO


ORIGINADO EM ALGUM ÓRGÃO DO SISTEMA DIGESTIVO. ESSE SANGRAMENTO DO TRATO
GASTROINTESTINAL CONSTITUI UMA CAUSA COMUM DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA E
HOSPITALIZAÇÃO E, NA MAIORIA DAS VEZES, É MOTIVO DE GRANDE PREOCUPAÇÃO. SOBRE ESTE TEMA
ANALISE AS ALTERNATIVAS E ASSINALE A CORRETA:
ALGUNS SINTOMAS POSSÍVEIS:

I - Vômito com sangue vivo ou escurecido (como borra de café).


II - Dor abdominal.
III - Palidez.

(A) O item I está correto.


(B) O item II está correto.
(C) O item III está correto.
(D) Os itens I e II estão corretos.
(E) Todos os itens estão corretos.

17) (UFV-MG-2022) HOMEM DE 45 ANOS APRESENTA HÁ DOIS MESES DIARREIA LÍQUIDA, COM CÓLICA E
DORES ARTICULARES. PROCURA ATENDIMENTO MÉDICO COM QUEIXA DE DOR ABDOMINAL
PREDOMINANTEMENTE NO QUADRANTE INFERIOR DIREITO, QUE MELHORA COM A EVACUAÇÃO. AO
EXAME FÍSICO ESTÁ FEBRIL, PÁLIDO E EMAGRECIDO. HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA DE FÍSTULA
ANORRETAL.

O DIAGNÓSTICO E A OPÇÃO TERAPÊUTICA ADEQUADOS NESSE CASO SÃO, RESPECTIVAMENTE:

(A) Apendicite aguda / Cirurgia.


(B) Doença de Crohn / Azatioprina.
(C) Retocolite ulcerativa / Hidrocortisona.
(D) Colite pseudomembranosa / Metronidazol.

18) (TRT-CESPE-CEBRASPE-2022) NO QUE SE REFERE À ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM DISFUNÇÕES


DIGESTIVAS E GASTROINTESTINAIS, ASSINALE A OPÇÃO CORRETA.

(A) As causas da cirrose hepática são apenas o contato frequente com substâncias hepatotóxicas e o consumo
crônico de bebidas alcoólicas.

(B) A pancreatite crônica é resultado do desenvolvimento da forma aguda da doença, em que sucessivas repetições
de episódios geram perda progressiva do tecido pancreático, causam fibrose e provocam lesões anatômicas
irreversíveis.

(C) O aporte calórico do paciente, em alguns casos de pancreatite aguda, passa a ser de nutrição parenteral total, a
fim de inibir a estimulação e a secreção das enzimas pancreáticas.

(D) A diferenciação da úlcera duodenal e da úlcera gástrica é difícil em razão de terem fatores comuns, a exemplo do
estado nutricional do paciente; a presença, a frequência e o tipo de vômitos e de hemorragias; e a relação entre dor e
ingestão de alimentos.

(E) As hepatites dos tipos A, B e C são virais, ao passo que a hepatite do tipo D deve-se à presença de substâncias
hepatotóxicas no organismo.

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19) (UFPR-2023) ENTRE OS OBJETIVOS DO CUIDADO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES QUE
RECEBEM O DIAGNÓSTICO DE UMA DOENÇA GRAVE OU INCURÁVEL, ESTÃO OS CONFORTOS FÍSICO,
EMOCIONAL E MENTAL E O ATENDIMENTO HUMANIZADO E RESPEITOSO. PARA ISSO, É NECESSÁRIO
COMPREENDER AS REAÇÕES DO PACIENTE DIANTE DA NOTÍCIA E, NO DECORRER DO PROCESSO DE
EVOLUÇÃO DA DOENÇA, EM QUAL ESTÁGIO ESSE PACIENTE ESTÁ. SÃO CONHECIDOS CINCO ESTÁGIOS
PELOS QUAIS PASSA UMA PESSOA DIANTE DA NOTÍCIA DE QUE ESTÁ COM CÂNCER OU UMA DOENÇA
INCURÁVEL. QUANDO UM PACIENTE FALA: “POR QUE EU, MEU DEUS?” “O QUE EU FIZ PARA MERECER
ISTO?”, ELE ESTÁ EM QUAL ESTÁGIO?

(A) Negação.
(B) Barganha
(C) Depressão.
(D) Raiva.
(E) Aceitação.

20) (GHC-RS-FUNDATEC-2023)A PELE É CONSIDERADA UMA ÁREA SUSCETÍVEL A DANOS PELA


IRRADIAÇÃO, EM RAZÃO DA SUA ALTA PROLIFERAÇÃO CELULAR. EM RELAÇÃO ÀS REAÇÕES DE PELE
DURANTE A RADIOTERAPIA, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.

(A) A hipercromia é uma reação pouco frequente, relacionada ao processo inflamatório da pele, devido ao aumento
dos melanócitos.

(B) A partir da segunda ou terceira semana de tratamento, o processo inflamatório diminui de intensidade, tendo seu
pico máximo do efeito na pele no início do tratamento, quando já se inicia a cicatrização.

(C) É indicado o uso de protetor solar na área irradiada durante o período de tratamento bem como compressas de
gelo para alívio da dor em forma de ardência na pele.

(D) Após o banho, o paciente deve ser orientado a friccionar a pele tratada com a toalha ou escovas, para retirada de
células mortas do local irradiado.

(E) O paciente deve ser orientado a proteger a área de tratamento da exposição à radiação solar utilizando roupas
preferencialmente de algodão. As precauções devem ser seguidas durante seis meses a um ano após o tratamento.

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21) (GHC-RS-FUNDATEC-2023) DE ACORDO COM OS MEDICAMENTOS DE SUPORTE AOS


ANTINEOPLÁSICOS, RELACIONE A COLUNA 1 À COLUNA 2.

Coluna 1

1. Ácido zoledrônico.
2. Ciclosporina.
3. Folinato de cálcio.
4. Mesna.
5. Fosaprepitanto dimeglumina.
6.Filgrastim.

Coluna 2

( ) Bifosfonado utilizado para tratamento de hipercalcemia induzida por tumor.

( ) Indicado para diminuir a toxicidade do Metotrexato ou em combinação com 5-fluorouracil para potencializar os
efeitos citotóxicos da droga.
( ) Protetor de bexiga utilizado em pacientes tratados com Ifosfamida ou Ciclofosfamida.
( ) Imunossupressor indicado no tratamento da doença do enxerto versus hospedeiro.
( ) Indicado para diminuir a incidência e duração da neutropenia febril em pacientes tratados com quimioterapia.
( ) Indicado para prevenção de náuseas e vômitos relacionados à quimioterapia altamente emetogênica.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

(A) 1 – 2 – 4 – 3 – 5 – 6.
(B) 1 – 3 – 4 – 2 – 6 – 5.
(C) 6 – 3 – 2 – 1 – 4 – 5.
(D) 6 – 2 – 3 – 1 – 4 – 5.
(E) 4 – 1 – 3 – 2 – 5 – 6.

22) (GHC-RS-FUNDATEC-2023) EM RELAÇÃO AO CÂNCER, ANALISE AS ASSERTIVAS A SEGUIR:

I. No carcinoma in situ as células cancerosas invadiram a corrente sanguínea ou linfática e têm a capacidade de se
disseminar para outras partes do corpo. A maioria dos cânceres in situ tem pouca chance de cura.

II. Adenoma e sarcoma são tumores malignos, sendo o primeiro de origem glandular e o segundo de origem
conjuntivo.

III. A evolução do tumor maligno depende do órgão em que o tumor está localizado, da velocidade do crescimento
tumoral, dos fatores constitucionais de cada indivíduo e de fatores ambientais.

IV. A presença de agentes cancerígenos por si só não pode ser responsabilizada pelo desenvolvimento dos tumores.
Porém, sabe-se que a exposição prolongada à benzina química pode aumentar o risco de câncer de bexiga, assim
como o câncer de pulmão que ocorre entre fumantes, que em mais de 90% dos casos é consequência do tabagismo
crônico.

Quais estão INCORRETAS?

(A) Apenas I e II.


(B) Apenas I e IV.
(C) Apenas II e III.
(D) Apenas II e IV.
(D) Apenas III e IV.

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23) (GHC-RS-FUNDATEC-2023) A MIELODEPRESSÃO É UM EVENTO ADVERSO COMUM E IMPORTANTE


APRESENTADO PELA MAIORIA DOS PACIENTES QUE RECEBEM MEDICAMENTOS QUIMIOTERÁPICOS. EM
RELAÇÃO A ESSA TOXICIDADE HEMATOLÓGICA, ANALISE AS ASSERTIVAS ABAIXO E ASSINALE V, SE
VERDADEIRAS, OU F, SE FALSAS.

( ) NADIR é o tempo decorrido entre aplicação da quimioterapia e o aparecimento do menor valor de contagem
hematológica.
( ) A trombocitopenia é a diminuição do número de leucócitos.
( ) Anemia consiste na redução da concentração de glóbulos brancos e plaquetas.
( ) Leucopenia caracteriza-se pela diminuição de linfócitos, granulócitos e neutrófilos, aumentando a suscetibilidade
de quadros infecciosos graves.
( ) Petéquias, equimoses, epistaxe podem ser de plaquetopenia.
A ordem correta do preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Alternativas

(A) V – F – V – F – F.
(B) V – F – F – F – V.
(C) F – V – V – V – V.
(D) F – V – V – F – F.
(E) V – F – F – V – V.

24) (GHC-RS-FUNDATEC-2023) A QUIMIOTERAPIA PODE SER CLASSIFICADA DE ACORDO COM A SUA


FINALIDADE, DEPENDENDO DO TIPO DO TUMOR, DA EXTENSÃO DA DOENÇA E DA CONDIÇÃO FÍSICA DO
PACIENTE. A QUIMIOTERAPIA __________________ É REALIZADA ANTES DO TRATAMENTO CURATIVO,
DIMINUINDO O RISCO DE DOENÇA À DISTÂNCIA. A QUIMIOTERAPIA ___________________ TEM O
OBJETIVO DE AUMENTAR A CHANCE DE CURA APÓS DETERMINADO PROCEDIMENTO CIRÚRGICO.
QUIMIOTERAPIA _______________ É O TRATAMENTO DEFINITIVO PARA A DOENÇA, POR EXEMPLO
LINFOMAS E TUMORES GERMINATIVOS. JÁ A QUIMIOTERAPIA ___________ TRATA OS SINTOMAS DA
DOENÇA, MELHORANDO A QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

(A) adjuvante – curativa – neoadjuvante – paliativa


(B) paliativa – neoadjuvante – curativa – neoadjuvante
(C) neoadjuvante – curativa – adjuvante – paliativa
(D) curativa – neoadjuvante – adjuvante – paliativa
(E) neoadjuvante – adjuvante – curativa – paliativa

25) (GHCRS-FUNDATEC-2023) HÁ DOIS MÉTODOS PRINCIPAIS DE APLICAR-SE CLINICAMENTE A


RADIOTERAPIA, SÃO ELES: _________________, QUE CONSISTE NA APLICAÇÃO DE FEIXE EXTERNO OU À
DISTÂNCIA, ONDE A FONTE EMISSORA DE RADIAÇÃO FICA DISTANTE DO PACIENTE E A
________________________, QUE CONSISTE EM UMA TERAPIA DE CURTA DISTÂNCIA, EM QUE A FONTE
DE RADIAÇÃO É COLOCADA NO INTERIOR OU MUITO PRÓXIMO DE ÓRGÃOS OU TECIDOS. SÃO
EMERGÊNCIAS ONCOLÓGICAS QUE SE BENEFICIAM DO TRATAMENTO RADIOTERÁPICO:
______________________ E ____________________.
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE PREENCHE, CORRETA E RESPECTIVAMENTE, AS LACUNAS DO TRECHO
ACIMA.

(A) teleterapia – braquiterapia – síndrome da veia cava superior – sangramento tumoral


(B) braquiterapia – teleterapia – ascite – obstrução intestinal
(C) teleterapia – radiocirurgia – Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA) – obstrução intestinal
(D) Irradiação de Corpo Total (TBI) – teleterapia – Leucemia Mieloide Aguda (LMA) – metástase óssea
(E) radiocirurgia – Irradiação de Corpo Total (TBI) – compressão da medula espinhal – metástase do sistema nervoso
central

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26) (NOVOMUTUM-MT-SELECON-2023) AS NEOPLASIAS SÃO PROLIFERAÇÕES DESCONTROLADAS E


ANORMAIS DE UM TECIDO COM EFEITOS AGRESSIVOS NO ORGANISMO, QUE PODEM SER BENIGNAS OU
MALIGNAS. SÃO CARACTERÍSTICAS DE UM TUMOR BENIGNO:

(A) a formação de células bem diferenciadas, a massa expansiva e a apresentação de metástase


(B) a formação de células anaplásicas, a massa bem delimitada e a apresentação de metástase
(C) o crescimento progressivo, a massa bem delimitada e a ausência de metástase
(D) o crescimento rápido, as mitoses anormais e a ausência de metástase

27) (CUIBÁ-MT-IBFC-2023) MIELOMA MÚLTIPLO É UMA DOENÇA MALIGNA DA FORMA MAIS MADURA DO
LINFÓCITO B. O SINTOMA CLÁSSICO DE APRESENTAÇÃO DO MIELOMA MÚLTIPLO CONSISTE EM
_______. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE PREENCHA CORRETAMENTE A LACUNA.

(A) hipocalcemia
(B) dor óssea
(C) destruição do baço
(D) comprometimento do sistema nervoso central

28) (CUIBÁ-MT-IBFC-2023)A QUIMIOTERAPIA É DEFINIDA “COMO TRATAMENTO POR AGENTES QUÍMICOS


QUE PODEM ATUAR DE MODO EFETIVO SOBRE ORGANISMOS PATOGÊNICOS OU ÓRGÃOS DOENTES”. O
TRATAMENTO POR QUIMIOTERAPIA PODE TER VÁRIAS FINALIDADES. QUANTO A DENOMINAÇÃO DO
TRATAMENTO ADICIONAL EFETUADO APÓS A CIRURGIA COM O OBJETIVO DE CONTROLAR METÁSTASES
SUBCLÍNICAS RESIDUAIS, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.

(A) Tratamento Neoadjuvante


(B) Tratamento Paliativo
(C) Tratamento Adjuvante
(D) Tratamento Estético

29) (CUIBÁ-MT-IBFC-2023) CONSIDERANDO OS CUIDADOS PARA PREVENÇÃO DO EXTRAVASAMENTO DE


QUIMIOTERÁPICOS, ANALISE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR.

I. Não administrar droga vesicante em infusão contínua prolongada por mais de 30 minutos em veia periférica por
escalpe ou jelco.
II. Evitar punçoes de membros inferiores.
III. Ao puncionar, escolher preferencialmente veias rígidas e endurecidas.
IV. Ao puncionar, dar preferência para veia da fossa antecubital por ser mais calibrosa.

Assinale alternativa correta.

(A) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas


(B) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas
(C) Apenas a afirmativa IV está correta
(D) Apenas as afirmativas I e II estão corretas

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30) (CUIBÁ-MT-IBFC-2023) CONSIDERANDO A RESOLUÇÃO COFEN NO 569/2018, QUE APROVOU O


REGULAMENTO TÉCNICO DA ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM QUIMIOTERAPIA
ANTINEOPLÁSICA, ANALISE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR E ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.

I. A resolução está vigente e aplicada aos profissionais da enfermagem que atuam na área específica.

II. Conforme consta na própria resolução, deverá ter um regimento interno de cada serviço para sua validação.

III. A resolução deve ser aplicada em conjunto com a legislação da ética médica para garantir a sua validade.

IV. Busca a resolução impor aos profissionais uma medida coercitiva, com finalidade de intimidar e causar apreensão
na atuação, já que por tal situação foi retirada de vigência.

Assinale a alternativa correta.

(A) Apenas as afirmativas I está correta


(B) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
(C) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas
(D) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas

31) (SES-RJ-FUNDATEC-2023)A SÍNDROME DA LISE TUMORAL (SLT) É UMA EMERGÊNCIA ONCOLÓGICA


POTENCIALMENTE FATAL ASSOCIADA À DESTRUIÇÃO DE UM MACIÇO NÚMERO DE CÉLULAS TUMORAIS
INDUZIDA POR RADIAÇÃO OU QUIMIOTERAPIA. REFERENTE AOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM A
PACIENTES COM SLT, ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA.

(A) Controlar as infusões medicamentosas, sendo o Gluconato de Cálcio 10% utilizado em caso de acidose
metabólica e o bicarbonato de sódio em situações de alterações do ECG.

(B) Monitorar resultados de exames de laboratório, principalmente função renal e eletrólitos.

(C) Monitorar parâmetros vitais a fim de detectar precocemente uma possível instabilidade hemodinâmica.

(D) No eletrocardiograma, atentar para alterações eletrocardiográficas como ondas T pontiagudas, prolongamento do
intervalo PR e alargamento do complexo QRS.

(E) Atentar para sintomas neurológicos, como alteração do estado de consciência, confusão, delírio, alucinações e
convulsões, que são sinais de gravidade.

32) (SES-RJ-FUNDATEC-2023) O ACESSO VENOSO DE LONGA PERMANÊNCIA DO TIPO TOTALMENTE


IMPLANTÁVEL (OU PORT) É RECOMENDADO PRINCIPALMENTE PARA PACIENTES ONCO-
HEMATOLÓGICOS E EM PACIENTES EM NUTRIÇÃO PARENTERAL PROLONGADA, ALÉM DE OUTRAS
INDICAÇÕES QUE NECESSITEM DE ACESSO SEGURO POR PERÍODOS PROLONGADOS. CONFORME AS
MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (ANVISA/2017),
ANALISE AS SEGUINTES ASSERTIVAS E ASSINALE V, SE VERDADEIRAS, OU F, SE FALSAS.

( ) Durante a punção do reservatório (port), utilizar máscara cirúrgica (profissional e paciente), e luvas estéreis,
obedecendo a técnica asséptica.

( ) Quando puncionado o reservatório (port), manter a agulha por até sete dias, protegida por cobertura estéril.

( ) A punção do reservatório (port) deve ser realizada com agulha angulada, própria para uso na membrana do
reservatório (agulha tipo Huber), na falta desta, utilizar agulha hipodérmica ou dispositivo com asas e cânula metálica
(escalpe).

( ) Realizar antissepsia da pele com gliconato de clorexidina alcoólica > 0,5% antes de puncionar o reservatório.

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A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

(A) V – V – V – F.
(B) V – V – F – V.
(C) V – F – V – F.
(D) F – F – V – F.
(E) F – V – F – V.

33) (SES-RJ-FUNDATEC-2023) A LEUCEMIA É A PROLIFERAÇÃO NEOPLÁSICA DE UM TIPO CELULAR


ESPECÍFICO, PODENDO SER CLASSIFICADA EM AGUDA OU CRÔNICA. SUA CAUSA NÃO É CONHECIDA,
HÁ ALGUMAS EVIDÊNCIAS DE QUE A INFLUÊNCIA GENÉTICA E A PATOGENIA VIRAL POSSAM ESTAR
ENVOLVIDAS. REFERENTE ÀS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE
LEUCEMIA, ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA.

(A) Para prevenção ou manejo do sangramento, avaliar a existência de trombocitopenia, granulocitopenia e anemia.

(B) Orientar o paciente e sua família sobre higiene e manuseio seguro dos alimentos, assim prevenindo infecções
oportunistas.

(C) Para alívio da dor e desconforto, administrar ácido acetilsalicílico, em lugar de paracetamol.

(D) A mucosa oral deve ser avaliada por completo diariamente; identificar e descrever as lesões.

(E) Incentivar os níveis de atividade de acordo com a tolerância do paciente a fim de promover o apetite.

34) (SES-RJ-FUNDATEC-2023) A NEUTROPENIA FEBRIL (NF) É UMA COMPLICAÇÃO DECORRENTE DO


TRATAMENTO ONCOLÓGICO QUE CAUSA ALTAS TAXAS DE MORTALIDADE. O ADEQUADO MANEJO DO
PACIENTE DEPENDE DA AVALIAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL INICIAL E DE SUA CLASSIFICAÇÃO
QUANTO AO RISCO DE COMPLICAÇÃO GRAVE DURANTE O EPISÓDIO. DURANTE A TRIAGEM DE
ENFERMAGEM, O ENFERMEIRO DEVE INVESTIGAR AS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE NF,
SÃO ELAS, EXCETO:

(A) Infecções comuns podem apresentar-se atipicamente devido à falta de neutrófilos.


(B) A febre é habitualmente o único sintoma.
(C) Infecções da pele podem manifestar-se como um rash ou eritema sutil.
(D) Febre e quimioterapia nos últimos 10 dias.
(E) Atentar para complicações graves, como: hipotensão arterial e insuficiência respiratória.

35) (SES-PE-UPENET/IAUPE-2022) O CÂNCER NÃO É UMA DOENÇA ÚNICA COM UMA CAUSA ÚNICA; EM
VEZ DISSO, É UM GRUPO DE DOENÇAS DISTINTAS COM DIFERENTES CAUSAS, MANIFESTAÇÕES,
TRATAMENTOS E PROGNÓSTICOS. SOBRE O CÂNCER, LEIA AS AFIRMATIVAS ABAIXO E COLOQUE V NAS
VERDADEIRAS E F NAS FALSAS.

( ) A mitose ocorre mais rapidamente nas células malignas que nas células normais. Conforme as células crescem e
se dividem, precisam de mais glicose e oxigênio.

( ) Nos tumores malignos, as células são indiferenciadas e apresentam muita semelhança com as células normais do
tecido do qual tiveram origem.

( ) Os fatores implicados na carcinogênese ou os que a induzem incluem vírus e bactérias, agentes físicos,
substâncias químicas, fatores genéticos ou familiares, fatores alimentares e hormônios.

( ) O estadiamento determina o tamanho do tumor, a existência de invasão local, o envolvimento de linfonodos e


metástases a distância. Há diversos sistemas para a classificação da extensão anatômica da doença.

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Assinale a alternativa que indica a sequência CORRETA.

(A) F, F, V, F
(B) F, V, V, V
(C) V, F, V, V
(D) F, V, F, F
(E) V, V, V, V

36) (BARREIRAS-BA-QUADRIX-2022) A RESOLUÇÃO DO COFEN N.O 569/2018 REGULAMENTA A ATUAÇÃO


DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NOS SERVIÇOS DE QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA E
DESCREVE AS COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS PARA TAL FINALIDADE. DE ACORDO COM ESSA
RESOLUÇÃO, É COMPETÊNCIA DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM EM SERVIÇOS DE QUIMIOTERAPIA
ANTINEOPLÁSICA

(A) realizar consulta de enfermagem baseada na Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE).

(B) ministrar quimioterápico antineoplásico, conforme farmacocinética da droga e protocolo terapêutico.

(C) registrar informações e dados estatísticos pertinentes à assistência de enfermagem no prontuário do paciente e
demais documentos, ressaltando os indicadores de desempenho e de qualidade.

(D) executar ações de enfermagem a pacientes submetidos ao tratamento quimioterápico antineoplásico, sob a
supervisão e prescrição do enfermeiro.
Responder

37) (UDESC-FEPESE-2022) SOBRE OS ASPECTOS QUE ENVOLVEM A ONCOLOGIA, É CORRETO AFIRMAR:

(A) A neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e
tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o homem. Assim, todas as neoplasias devem ser
consideradas malignas.

(B) O estadiamento de um tumor representa a definição se o tumor ainda está em processo de crescimento e
metástase ou se encontra estadiado ou “parado”.

(C) A hereditariedade é um dos fatores de risco não modificáveis mais prevalentes na ocorrência de câncer.

(D) Dentre os tratamentos possíveis existe a quimioterapia, que é o método de tratamento local ou locorregional do
câncer, que age a partir de técnicas com o intuito de irradiar áreas do organismo humano.

(E) O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese. Esse processo pode ocorrer
lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa prolifere-se e dê origem a um tumor visível.

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38) (TRT-CESPE-CEBRASPE-2022) NO QUE SE REFERE À ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM JUNTO AO


PACIENTE ONCOLÓGICO, ASSINALE A OPÇÃO CERTA.

(A) Apenas enfermeiros e farmacêuticos estão autorizados a preparar drogas quimioterápicas antineoplásicas.

(B) Antes da administração de terapia antineoplásica por profissional de enfermagem legalmente autorizado, a
prescrição médica deve ser avaliada por enfermeiro quanto à viabilidade, às suas interações medicamentosas e aos
medicamentos adjuvantes e de suporte, em análise especializada.

(C) A braquiterapia é pouco eficiente e, por essa razão, pouco empregada para o tratamento de neoplasias
ginecológicas, como as de colo de útero.

(D) Diferentes tumores têm diferentes sensibilidades à radiação, sendo mais radiossensíveis melanomas e sarcomas,
e mais radiorresistentes seminomas e linfomas.

(E) Profissionais de nível médio em enfermagem, desde que devidamente qualificados e assistidos por enfermeiro
especialista, estão autorizados a ministrar quimioterápico antineoplásico.

39) (TIJUCA DO SUL-PR-QUADRIX-2021) A RADIOTERAPIA É UMA MODALIDADE DE TRATAMENTO CUJO


AGENTE TERAPÊUTICO É UMA RADIAÇÃO IONIZANTE, OU SEJA, AQUELA QUE, EM RAZÃO DE SUAS
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, TEM A CAPACIDADE DE PROMOVER IONIZAÇÃO NO MEIO EM QUE INCIDE,
AGINDO SOBRE O CONTROLE DA EVOLUÇÃO LOCAL DOS TUMORES. NO QUE SE REFERE A ESSE
TRATAMENTO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.

(A) A radiocirurgia é uma teleterapia de alta tecnologia, atribuída para tumores gastrintestinais.

(B) A braquiterapia é uma terapia em que a fonte radioativa é colocada dentro de uma cavidade corporal ou
diretamente no corpo, por meio de sementes, fios, agulhas ou fitas.

(C) Quando a radioterapia é associada à quimioterapia, não há uma intensificação dos efeitos adversos, pois são
tratamentos distintos.

(D) As lesões tardias causadas pela radiação ionizante começam a surgir a partir de um ano após o término do
tratamento.

(E) A radioterapia não é indicada em casos de sangramentos provocados pelo tumor.

40) (TIJUCA DO SUL-PR-QUADRIX-2021) A EMERGÊNCIA ONCOLÓGICA É TODA COMPLICAÇÃO


SECUNDÁRIA À NEOPLASIA E (OU) AO TRATAMENTO QUE PODE LEVAR AO COMPROMETIMENTO DAS
FUNÇÕES VITAIS E, CONSEQUENTEMENTE, AO ÓBITO. COM RELAÇÃO AOS TIPOS DE EMERGÊNCIAS,
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.

(A) A hipercalemia é uma emergência metabólica.


(B) O tamponamento cardíaco é uma emergência infiltrativa.
(C) A síndrome da veia cava superior é uma emergência obstrutiva.
(D) A síndrome da lise tumoral é uma emergência infiltrativa.
(E) A síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético é uma emergência obstrutiva.

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41) (ILHABELA-SP-VUNESP-2020) P. A. C, 55 ANOS, EM INTERNAÇÃO PÓS INTERVENÇÃO CIRÚRGICA


ONCOLÓGICA CURATIVA EM REGIÃO TORÁCICA. REFERE NÁUSEA, DOR INTENSA E APRESENTOU
VÔMITOS. O PACIENTE APRESENTA TAMBÉM BAIXO PESO. DENTRE OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM
PRESCRITOS E QUE SERÃO EXECUTADOS PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM, É DE EXTREMA
IMPORTÂNCIA

(A) incentivar o consumo de fluídos durante as refeições, uma vez que estimula a saciedade e reduzirá a anorexia

(B) avaliar preferências alimentares do paciente, tolerância alimentar e sugerir ingesta de proteínas em períodos de
demanda metabólica aumentada.

(C) não administrar medicações que, aparentemente, estão gerando irritação gástrica.

(D) propor refeições com porções maiores, uma vez que o paciente possui déficit nutricional.

(E) incentivar o consumo de fluídos e maiores porções durante as refeições para melhor tolerância alimentar.

42) (UFRJ-ENF.GERAL.PR4-2016) SEGUINDO A TENDÊNCIA MUNDIAL, NO BRASIL, AS DOENÇAS CRÔNICAS


NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT) FORAM A CAUSA DE APROXIMADAMENTE 72,6% DAS MORTES NO ANO DE
2013. ISSO CONFIGURA UMA MUDANÇA NAS CARGAS DE DOENÇAS E APRESENTA-SE COMO UM NOVO
DESAFIO PARA OS GESTORES DE SAÚDE, AINDA MAIS PELO FORTE IMPACTO DAS DCNT NA
MORBIMORTALIDADE E NA QUALIDADE DE VIDA DOS INDIVÍDUOS AFETADOS, NA MAIOR POSSIBILIDADE
DE MORTE PREMATURA, E NOS EFEITOS ECONÔMICOS ADVERSOS PARA AS FAMÍLIAS, COMUNIDADES E
SOCIEDADE EM GERAL. AS QUATRO DCNT DE MAIOR IMPACTO MUNDIAL SÃO: DOENÇAS CARDIOVASCU-
LARES, DIABETES, CÂNCER E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS. INICIALMENTE, OS “CUIDADOS
PALIATIVOS” ERAM DIRIGIDOS, APENAS, AOS PACIENTES ONCOLÓGICOS, MAS, HOJE, TAMBÉM SÃO
DIRECIONADOS ÀS PESSOAS PORTADORAS DE DOENÇAS CRÔNICAS. MEDIANTE O ENUNCIADO,
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA PARA A DEFINIÇÃO DE “CUIDADOS PALIATIVOS”.

(A) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e
de seus familiares, diante de uma doença que ameaça a vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento, da
identificação precoce, da avaliação impecável e do tratamento da dor e dos demais sintomas físicos, sociais,
psicológicos e espirituais.

(B) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e
de seus familiares, diante de uma doença que ameaça a vida, por meio do tratamento da dor.
Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e de
seus familiares, diante de uma doença que ameaça a vida, por meio da “obstinação terapêutica” no acompanhamento
do doente.

(C) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e
de seus familiares, diante de uma doença oncológica que ameaça a vida, por meio da prevenção e do alívio do
sofrimento, da identificação precoce, da avaliação impecável e do tratamento da dor e dos demais sintomas físicos,
sociais, psicológicos e espirituais.

(D) Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida e da morte
do paciente e de seus familiares, diante de uma doença que ameaça a vida, por meio da prevenção e alívio do
sofrimento, da identificação precoce, da avaliação impecável e do tratamento da dor e dos demais sintomas físicos,
sociais, psicológicos e espirituais.

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43) (UFRJ-ENF.GERAL.PR4-2013) AS ORIENTAÇÕES DE ALTA HOSPITALAR PARA UMA PACIENTE


PORTADORA DE CATETER VENOSO CENTRAL TOTALMENTE IMPLANTADO PARA QUIMIOTERAPIA
INCLUEM RETORNO:

(A) semanalmente ao ambulatório para manutenção semanal das vias do cateter

(B) no 15º dia de pós-operatório para retirada dos pontos e ativação do cateter

(C) semanalmente ao ambulatório para troca do curativo e manutenção das vias do cateter

(D) ao ambulatório se observar hiperemia local ou hematoma

(E) após o 15º dia de implantação do cateter para o enfermeiro fazer o primeiro curativo

44) (NCE-UFRJ-2010) O ANPIRÉTICO E ANALGÉSICO QUE INIBE EFETIVAMENTE AS CICLOXIGENASES NO


CÉREBRO, MAS NÃO NOS LOCAIS DE INFAMAÇÃO NOS TECIDOS PERIFÉRICOS, É:

(A) indometacina;
(B) diclofenaco;
(C) paracetamol;
(D) piroxicam;
(E) etodolaco.

45) (PR4-UFRJ-2018) O CLOPIDOGREL É CLASSIFICADO COMO:

(A) anti-hipertensivo.
(B) inibidor da agregação plaquetária.
(C) Antidiabético
(D) antiparkisoniano.
(E) antirreumático.

46) (PR4-UFRJ-2016-TÉC. ENF.) A AVALIAÇÃO DA DOR E O REGISTRO SISTEMÁTICO E PERIÓDICO DE SUA


INTENSIDADE É TAREFA ESSENCIAL PARA ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO DOS PACIENTES E ORIENTAR O
TRATAMENTO ANALGÉSICO. A ENFERMAGEM, NESTE SENTIDO, DEVE AVALIAR A DOR NO MESMO
MOMENTO EM QUE AVALIA A PRESSÃO ARTERIAL, A FREQUÊNCIA CARDÍACA, A FREQUÊNCIA
RESPIRATÓRIA E A TEMPERATURA, INCLUINDO-A COMO QUINTO SINAL VITAL.

Leia as afirmativas abaixo e assinale a que está correta.

(A) O autorrelato da dor é a melhor ferramenta de avaliação para a medida de sua presença e intensidade.

(B) A dor em pacientes incapazes de se comunicar apresenta menor risco de ser subtrada principalmente se
estiverem sedados.

(C) As experiências anteriores de dor deixam os pacientes menos ansiosos e mais capazes de avaliar a sua dor.

(D) Avaliar e reavaliar a dor a cada novo relato do paciente tende a causar estresse e ansiedade.

(E) A dor não pode ser comprovada e o paciente tende a simular o evento, cabendo à equipe de saúde avaliar sua
intensidade.

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47) (PR4-UFRJ-2015-AUX.ENF.)A COLOCAÇÃO DE DISPOSITIVOS INTRAVENOSOS PERIFÉRICOS CONSTITUI


UM DOS PROCEDIMENTOS INVASIVOS MAIS COMUNS QUE A EQUIPE DE ENFERMAGEM REALIZA NO
AMBIENTE HOSPITALAR. EXISTEM RISCOS PARA OS PACIENTES RELACIONADOS A ESTE
PROCEDIMENTO COMO A INFECÇÃO DO SÍTIO DE INSERÇÃO DO CATETER OU A INFECÇÃO PRIMÁRIA DA
CORRENTE SANGUÍNEA. EM RELAÇÃO À INFECÇÃO DO SÍTIO DA INSERÇÃO DOS DISPOSITIVOS, OS
SINAIS FOGÍSTICOS QUE SE APRESENTAM SÃO OS DE:

(A) rubor, calor, edema e purulência local.


(B) rubor, calor, edema e dor.
(C) edema, infltração, calor e purulência local.
(D) edema, rubor, hematoma e dor.
(E) edema, rubor, prurido e dor.

48) (NCE-UFRJ-ELETRONORTE-TÉC.ENF.-2006) NOS CASOS DE ÚLCERA PÉPTICA, A ENFERMAGEM DEVE


ORIENTAR NO SENTIDO DE SE EVITAR A INGESTÃO DE LÍQUIDOS E ALIMENTOS COMPROVADAMENTE
IRRITANTES PARA A MUCOSA GASTRODUODENAL, TAIS COMO:

(A) azeite de oliva;


(B) arroz branco;
(C) chá preto;
(D) biscoitos;
(E) arroz branco.

49) (NCE-UFRJ-ELETRONORTE-TÉC.ENF.-2006)NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ANALGÉSICOS, É


IMPORTANTE FICAR ATENTO PARA OS SINAIS E SINTOMAS DE IRRITAÇÃO DA MUCOSA GÁSTRICA E
AUMENTO DO TEMPO DE COAGULAÇÃO, QUE SÃO EFEITOS COLATERAIS DA SEGUINTE SUBSTÂNCIA:

(A) morfina;
(B) heparina;
(C) cefalosporina;
(D) hidroclorotiazida;
(E) ácido acetil salicílico

50) (NCE-UFRJ-ELETRONORTE-TÉC.ENF.-2006)NÃO CONSTITUI CUIDADO NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO


DE AGENTES QUIMIOTERÁPICOS:

(A) uso de luvas de látex;


(B) uso de óculos e avental;
(C) trocar de luvas a cada 30 minutos;
(D) lavar as mãos antes e depois do preparo;
(E) preparar o quimioterápico ao lado do leito do paciente;

51) (NCE-UFRJ-ELETRONORTE-TÉC.ENF.-2006)NO USO DO IODO RADIOATIVO PARA O TRATAMENTO DO


CÂNCER DA TIREÓIDE, OS CUIDADOS QUE A ENFERMAGEM DEVE TOMAR PARA EVITAR A
CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL INCLUEM:

(A) proteger todos os equipamentos e aparelhos do quarto do paciente com plástico;


(B) liberar o paciente para deambular pela enfermaria comum, desde que usando avental adequado;
(C) orientar a família a usar avental nas crianças, durante a horário de visita;
(D) designar enfermeiras grávidas para o cuidado destes pacientes somente após o primeiro trimestre de gestação;
(E) se for necessário fazer algum exame laboratorial, transportar o paciente em cadeira de rodas.

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52) (PR4-UFRJ-TÉC.ENF.-2019) SOBRE OS PRINCÍPIOS DE MANEJO DA DOR PARA PACIENTES COM


CÂNCER, ORIENTADOS PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, DENTRE AS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
DE MEDICAMENTOS ANALGÉSICOS, A DE PRIMEIRA ESCOLHA É A DE VIA:

(A) endovenosa.
(B) oral.
(C) subcutânea.
(D) intramuscular.
(E) intratecal.

53) (PR4-UFRJ-TÉC.ENF.-2019) O AUMENTO DO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL ASSOCIADO AO


AUMENTO DA PREVALÊNCIA DE CÂNCER E OUTRAS DOENÇAS CRÔNICAS NOS ALERTAM QUANTO À
NECESSIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DE CUIDADOS DIRECIONADOS A PACIENTES CUJA DOENÇA SE
APRESENTA EM ESTÁGIO AVANÇADO, SEM POSSIBILIDADES ATUAIS DE CURA. VISANDO A UMA
ATENÇÃO DE QUALIDADE QUE RESPEITE O INDIVÍDUO E CONTROLE SEUS SINTOMAS ANGUSTIANTES,
OS CUIDADOS PALIATIVOS DESPONTAM COMO ALTERNATIVA PARA PREENCHER UMA IMPORTANTE
LACUNA NOS CUIDADOS ATIVOS A ESTES PACIENTES. DE ACORDO COM O EXPOSTO, ASSINALE A
OPÇÃO QUE MELHOR DEFINE ESTA MODALIDADE DE CUIDADO.

(A) Cuidados que visem a levar o paciente a aceitar as suas limitações e os cuidados propostos pela equipe de
saúde.
(B) Pacientes e família são unidades diferenciadas e devem ser tratados em momentos distintos durante o avanço da
doença.
(C) Cuidados de suporte para paciente e família com doença que ameace a vida, visando à avaliação precoce, ao
controle de sintomas e ao alívio do sofrimento.
(D) Cuidados dirigidos à terminalidade da vida sem a desistência da esperança de tratamento e cura da doença.
(E) Cuidados de alívio realizados por uma equipe direcionados a pessoas com doenças para as quais não se há mais
nada a fazer

54) (LAVRAS DO SUL-RS-OBJETIVA-2023) SOBRE A ÚLCERA PÉPTICA, É CORRETO AFIRMAR QUE:

(A) Em geral, as úlceras gástricas crônicas acometem a curvatura maior do estômago, ou mais próximo à cárdia.

(B) A úlcera péptica tem sido associada à infecção bacteriana, com frequência por Bacillus cereus.

(C) Os tipos específicos de úlceras que resultam de condições estressantes incluem as úlceras de Curling e as
úlceras de Cushing.

(D) As úlceras pépticas ocorrem, com maior frequência, na mucosa esofágica, visto que esse tecido não pode
suportar a ação digestiva do ácido gástrico (HCl) e da pepsina.

55) ( HOSPITAL MUNICIPAL DR. MÁRIO GATTI - SP -2023-OBJETIVA) CONSIDERANDO-SE OS EXAMES PARA
INVESTIGAÇÃO DE APENDICITE, ASSINALAR A ALTERNATIVA QUE PREENCHE A LACUNA ABAIXO
CORRETAMENTE:
_______________ É O SINAL DE DOR À DESCOMPRESSÃO ABDOMINAL BRUSCA DO PONTO DE
MCBURNEY. É INDICATIVO DE PERITONITE, GERALMENTE ASSOCIADA À APENDICITE.

(A) Sinal de Chutro


(B) Sinal de Blumberg
(C) Sinal de Cullen
(D) Sinal de Giordano

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GABARITO

01 A 11 E 21 B 31 A 41 B 51 A
02 D 12 A 22 A 32 B 42 A 52 B
03 E 13 B 23 E 33 C 43 B 53 C
04 E 14 C 24 E 34 D 44 C 54 C
05 A 15 E 25 A 35 C 45 B 55 B
06 A 16 E 26 C 36 D 46 A
07 C 17 B 27 B 37 E 47 B
08 B 18 C 28 C 38 B 48 C
09 D 19 D 29 D 39 B 49 E
10 A 20 E 30 A 40 C 50 E

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