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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES


UNIDADE ACADÊMICA DE ENFERMAGEM
CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM

COLELITÍASE E COLECISTITE

Professora Mônica Paulino


Enfermagem em Saúde do Adulto I
Vesícula Biliar

Órgão sacular oco com


formato de pera, medindo
cerca de 7,5 a 10 cm. Tem
capacidade para 30 a 60 ml
de bile.
Função: depósito e
armazenamento de bile,
importante para a digestão
e absorção de gorduras no
trato GI.
Bile
• Produzida pelos hepatócitos.
• Composição: água, eletrólitos (sódio, potássio, cálcio,
cloreto e bicarbonato), lecitina, ácidos graxos,
bilirrubina, colesterol e sais biliares.
• Quando lançada no duodeno, os sais biliares retornam
ao fígado por meio da circulação portal (entero-
hepática).
Bilirrubina
• Excreta derivada da degradação dos eritrócitos.
• Componente da bile, no intestino delgado é convertida
em urobilinogênio, uma parte é excretada nas fezes e
outra é reabsorvida para a bile.
Definição
Colelitíase - É a formação de cálculos na vesícula, que
interfere na drenagem normal de bile para o duodeno.
Os cálculos formam-se a partir dos constituintes sólidos
da bile e variam quanto ao tamanho, formato e
composição (colesterol e pigmento).

Colecistite - É a inflamação aguda da vesícula


biliar. Tipos: calculosa (90%) e acalculosa.
Etiologia
• A maior causa é a idade (aumenta a secreção
hepática de colesterol e menor síntese de ácidos
biliares);
• Dieta hiperlipídica;
• Mulheres (3x mais - cálculos de colesterol), acima de
40 anos, multíparas e obesas;
• Uso de anticoncepcionais hormonais (aumenta a
saturação do colesterol biliar);
• Incidência maior em pessoas com DM.
Manifestações clínicas

Colecistite
Dor, hipersensibilidade e rigidez do
quadrante superior direito, que pode irradiar-se para a
área esternal média ou para o ombro direito,
associada a náuseas, vômitos e sinais de inflamação
aguda. Pode evoluir para o empiema da vesícula biliar.
Manifestações clínicas

Colelitíase
Pode ser assintomática ou apresentar apenas sintomas
GI leves. Desconforto epigástrico, como plenitude,
distensão abdominal e dor vaga no quadrante superior
direito do abdome, geralmente desencadeada por
uma refeição rica em alimentos gordurosos.
Cólica biliar com dor abdominal superior direita que se
irradia para as costas e para o ombro direito,
habitualmente associada a náuseas e vômitos.
Inquietação.
Manifestações clínicas
Icterícia
Quando o fluxo de bile está impedido pelos cálculos
na vesícula ou nos ductos biliares a bilirrubina não
penetra no intestino. Os níveis sanguíneos de
bilirrubina aumentam provocando pigmentação da
pele e mucosas acompanhado de prurido, aumento
na excreção renal (colúria) e diminuição da excreção
nas fezes (acolia fecal).
Diagnóstico

• Radiografia abdominal
• US abdominal: mais precisão que o RX
• Colecintigrafia e colecistografia: quando US for
inconclusivo
Tratamento
• Objetivos:
 Reduzir os episódios agudos de inflamação e de dor.
 Quando possível, remover a causa da colecistite.

• Dietoterapia;
• Uso de analgésicos;
• Terapia farmacológica - utilizada para dissolver
pequenos cálculos, principalmente de colesterol -
ácido quenodesoxicólico (quenodiol ou CDCA); ácido
ursodesoxicólico (UDCA). Por 6 a 12 meses;
• Remoção não cirúrgica dos cálculos - ex: litotripsia.
• Tratamento cirúrgico - cirurgia eletiva ou de
emergência (nos casos de complicações: empiema
vesicular, abscesso, peritonite)

• Tipos de cirurgia:
- Colecistectomia
- Colecistostomia
- Coledococolitotomia
- Coledocoduodenostomia
- Coledocojejunostomia
- Colecistectomia laparoscópica

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