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LABORATÓRIO DE

PROPEDÊUTICA POR
IMAGEM - SOI IV
Professora Janine Sicupira
PÓS TESTE
PÓS TESTE
• Entender o papel do ultrassom na suspeita
de cálculo da vesícula biliar
OBJETIVOS
:
PRÉ TESTE
PRÉ TESTE
COLELITIASE
• É a presença de cálculos na vesícula biliar
• No Brasil: a prevalência é de 9,3%
incidência devido às características da dieta ocidental, com ingesta
frequente de carboidratos e lipídios — associada ao sedentarismo, à
obesidade e ao aumento da expectativa de vida.
Colelitiase
• É a presença de cálculos na vesícula biliar
• No Brasil: a prevalência é de 9,3%
incidência devido às características da dieta ocidental, com ingesta frequente de
carboidratos e lipídios — associada ao sedentarismo, à obesidade e ao aumento da
expectativa de vida.
Colelitiase
• Os cálculos biliares são classificados em dois grupos:
 Cálculos de colesterol (amarelo-esbranquiçados) puros ou mistos
Cálculos pigmentares (pretos e marrons), sendo que estes perfazem
apenas 10% dos cálculos vesiculares.
• Cálculos de colesterol respondem por > 85% dos cálculos biliares nos países ocidentais. Para que se
formem, alguns eventos devem acontecer:
• A bile deve estar supersaturada de colesterol. Normalmente, colesterol insolúvel em água é
transformado em colesterol hidrossolúvel, pela combinação dos sais biliares com lecitina para formar
micelas mistas. A supersaturação da bile com colesterol comumente resulta da secreção excessiva de
colesterol (como ocorre na obesidade ou diabetes), mas pode resultar da diminuição da secreção de sais
biliares (p. ex., na fibrose cística por causa da má absorção de sais biliares) ou da deficiência de
lecitina (p. ex., como ocorre em uma doença genética que cause uma forma progressiva de colestase
hepática familiar).
• O excesso de colesterol deve precipitar na forma de microcristais sólidos. A precipitação é acelerada
por mucina, uma glicoproteína, ou outras proteínas na bile.
• Os microcristais devem agregar-se. Essa agregação é facilitada pela mucina, pela diminuição da
contratilidade da vesícula biliar (que resulta do próprio excesso de colesterol na bile) e pelo
alentecimento do trânsito intestinal, o que permite a transformação, por bactérias, do ácido cólico em
ácido desoxicólico.
• Cálculos pigmentados pretos são pequenos, duros e compostos de bilirrubinato
de cálcio e sais de cálcio inorgânicos (p. ex., carbonato de cálcio, fosfato de
cálcio). Fatores que aceleram seu aparecimento são doença hepática alcoólica,
hemólise crônica e idade avançada.
• Cálculos de pigmentos marrons são amolecidos e engordurados e são formados
por bilirrubinato e ácidos graxos (palmitato ou estearato de cálcio). Formam-se
durante processos infecciosos, inflamações e infestações parasitárias (p. ex.,
fascíola hepática na Ásia)
Fatores
contribuintes

• uso de estrogênios;
• ativação de secreção hepática de colesterol mediada por receptor alfa;
• redução induzida da contratilidade da vesícula mediada por progesterona;
• obesidade devido ao aumento de absorção, síntese e secreção de colesterol;
• redução rápida de peso a partir de dietas de muito baixas calorias;
• história familiar positiva para litíase biliar;
• gravidez por indução de um desequilíbrio de sais hidrofóbicos-hidrofílicos. No caso em questão, há presença de rica
história familiar pregressa para litíase biliar e obesidade.
CLÍNICA

• Cólica biliar:nicia-se de forma abrupta, intensifica-se entre 15 minutos e 1 h, permanece estável por
12 h (em geral, < 6 h) e remite gradualmente em 30 a 90 min, levando a uma dor leve.

Ao exame fisico:  sinal de Murphy – sensibilidade acentuada e parada respiratória repentina durante a
palpação da região subcostal direita, no ponto cístico – quando positivo, indica uma complicação bem
recorrente da litíase biliar, a colecistite aguda
DIAGNÓSTICO

• Ultrassom de abdome total


• Tc de abdome
A clínica é soberana +
• Laboratorial
achados do exame fisico
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

• Úlcera duodenal/ DRGE


• Pancreatite,
• Infarto do miocárdio
• Cálculos renais
• Espasmo esofagiano
• Câncer de vesícula biliar ou de pâncreas
VIDEO
USG de abdome total
Tomografia computadorizada (TC) de abdome

• A tomografia computadorizada (TC) de abdome não aumenta a sensibilidade ou a especificidade para o


diagnóstico de cálculos biliares. Pode ser útil para determinar a dilatação das vias biliares ou as complicações
pancreáticas em decorrência da doença, como os pseudocistos.
COMPLICAÇÕES

• Colecistite aguda calculosa (CAC)


• Empiema, gangrena ou perfuração da vesícula biliar
• Carcinoma da vesícula biliar
• Íleo biliar
• Pancreatite aguda
• Colangite aguda
• Coledocolitíase
TRATAMENTO

• Para cálculos sintomáticos: colecistectomia laparoscópica ou às vezes dissolução de cálculos usando


ácido ursodesoxicólico
• Para cálculos assintomáticos: tratamento expectante
USG de abdome superior com visualização de cálculos
biliares e evidente sombra acústica posterior
TRATAMENTO
• Para cálculos sintomáticos: colecistectomia laparoscópica ou
às vezes dissolução de cálculos usando ácido
ursodesoxicólico
• Para cálculos assintomáticos: tratamento expectante
CASO CLINICO

R.F. 67 anos, masculino, natural de Poções, aposentado, trabalhava como agricultor; deu entrada no pronto atendimento com queixa principal de “dor
abdominal há 15 dias”.
 
# HMA: Paciente refere história de 15 dias de evolução, com dor abdominal em região de hipocôndrio direito de forte intensidade, tipo dolente, com
irradiação para dorso, associada a náuseas e vômitos, com início após ingesta de churrasco. Paciente refere que dor iniciou aproximadamente duas
horas após a refeição, com duração de várias horas e alívio parcial após uso de escopolamina via oral. Desde então, apresentou vários episódios
semelhantes, mesmo em jejum. No momento, queixa leve desconforto local. Nega febre. Refere perda ponderal de 2 kg nesse período. Sem outras
queixas.
#HPP: HAS e dislipidêmico em uso de Hidroclorotiazida 25 mg/dia e Losartana 50mg/dia, Sinvastatina 40 mg/ dia. Nega tabagismo e etilismo. Nega
uso de drogas ilícitas. Nega exercícios físicos regulares.
 
# AO EXAME: BEG, lúcido, corado, hidratado, anictérico, acianótico.
ACV: ndn / Ar: ndn
Abdome: globoso, RHA +, timbre normal, normotenso, doloroso a palpação profunda de hipocôndrio direito; sinal de Murphy negativo.
CASO CLINICO

Questão 1:
Qual provável diagnóstico e a etiologia da doença?

Questão 2:
Quais prováveis complicações da doença esse paciente já tem?

Questão 3:
Quais exames devem ser solicitados?
OBRIGADA!
janinesicupira@hotmail.com

@janinesicupira

Imagens utilizadas:
Articles | Radiopaedia.org

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