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Vesícula Biliar

Nutrição • Núcleo 5 • Ciclo 2


Anatomia
Vesícula Biliar
Funções: Armazena, concentra e excreta a bile produzida pelo fígado

Principais constituintes da bile: sais biliares, bilirrubina e colesterol

Sais biliares:

Sintetizados pelos hepatócitos a partir do colesterol e são essenciais para a


digestão e absorção de gorduras, vitaminas lipossolúveis e alguns minerais

São excretados no intestino delgado através da bile e reabsorvidos no sistema


portal=CIRCULAÇÃO ÊNTERO HEPÁTICA

Bilirrubina:

■Principal pigmento biliar – confere a coloração esverdeada à bile


Chemin, 2007
A bile é via excretória primária dos minerais Cobre e manganês
Doenças Biliares
▪ Colelitíase
Formação de cálculos biliares sem infecção do órgão
Usualmente cálculos assintomáticos
▪ Coledocolitíase
Cálculos biliares migram e permanecem nos ductos biliares
Ocorre obstrução, dor e cólicas
▪ Colecistite
Quando a passagem da bile para o duodeno é interrompida
Calculosa ou Acalculosa* (* Ocorre qd há estagnação da vesícula e bile. Paredes podem inflamar e distender, causas: sepse, trauma,
choque)
****** Pancreatite pode ocorrer no caso de obstrução ducto pancreático
Colecistite Aguda ou crônica
Chemin, 2007
Doenças Biliares
Colangite Aguda

Inflamação dos ductos biliares

Colangite esclerosante

Inflamação dos ductos biliares com estenose

Pode resultar em insuficiência hepática

Colestase

Estase do órgão por ausência de estímulos ou liberação da bile

Causas: pacientes em dieta zero ou NPT porlongada

Chemin, 2007
Colestase é uma condição em que ocorre pouca ou nenhuma Cálculos pigmentados consistem em
secreção de bile ou na qual há obstrução do fluxo de bile para polímeros de bilirrubina ou sais de
o sistema digestório. cálcio. Estão associados à hemólise
crônica. Os fatores de risco
associados a esses cálculos incluem
Colelitíase praticamente todos os cálculos biliares formam-se idade, anemia falciforme e
dentro da vesícula biliar. talassemia, infecção do sistema
biliar, cirrose, alcoolismo e NP em
longo prazo
Coledocolitíase quando os cálculos deslizam para dentro
dos ductos biliares, produzindo obstrução, dor e cólicas

Fatores de risco para a formação de cálculos de colesterol: sexo


feminino, gestação, idade avançada, história familiar, obesidade e
distribuição da gordura corporal no tronco, diabetes mellitus,
doença intestinal inflamatória e fármacos (medicamentos para
redução dos lipídeos, contraceptivos orais e estrogênios). Krause, 2018
Litíase Biliar
▪ Maioria dos cálculos são de pedras colesterol não pigmentadas (composta por

colesterol, bilirrubina, sais de cálcio)

▪ Fatores de risco: sexo, idade, gravidez, história familiar, obesidade diabetes, DII,

drogas (anticoncepcionais, medicação redutora de lipídeos)

▪ Infecções crônicas de baixo grau produzem alterações na vesícula afetando sua

capacidade absortiva (água ou ácido biliar são absorvidos) e o colesterol se precipita

podendo formar cálculo

▪ Ingestão exagerada de gordura em curto espaço de tempo pode super estimular a

produção de colesterol para produção de bile

Cálculosdepedraspigmentadas:formadasporbilirrubinaousaisdecálcioeestão associadas à hemólise crônica


Chemin, 2007
Tratamento Nutricional
▪Não há tratamento específico para impedir colelitíase
▪Há relação com obesidade e jejum acentuado – devem ser corrigidos
▪Colecistite:
▪ Dieta hipolipídica
▪Colecistite Aguda:
▪ Ataque agudo = VO zero
▪ NPT se previamente desnutrido ou se for previsto zero por muito tempo
▪ Reinício da alimentação = Hipolipídica (35 a 40 g/dia)
▪Colecistite Crônica:
▪ Hipolipídica (25 a 30% do VET) por longo prazo
▪ Limitação mais rígida não é indicada – vitaminas lipossolúveis
▪ O grau de intolerância alimentar variam muito de um indivíduo para
outro
▪ Queixas comuns: Flatulência e “inchaço”
Chemin, 2007
▪ Orientar quais alimentos devem ser retirados da alimentação
Tratamento Nutricional
COLELITÍASE:
Formação de cálculos biliares na vesícula Principal
i indicação
ndicação
COLECISTECTOMIA
Ressecção da vesícula biliar
▪Indicação é baseada no risco dos cálculos migrarem e causarem inflamação e/ou obstrução das
vias biliares
▪A ressecção total não prejudica a absorção de lípides já que produção hepática de sais biliares se mantém normal
▪Secreção da bile diretamente no intestino
▪Início VO após o retorno da peristalse = Dieta líquida ou “leve” ...evoluir...
▪Cirurgia com manipulação do colédoco e utilização de drenos (dreno de Kher) = dieta hipolipídica durante permanência do dreno (pq dreno
retira do lúmen intestinal a secreção biliar)
“Mesmo não sendo necessária a restrição lipídica há de se lembrar da adaptação do organismo que ocorre nos dois meses pós cirurgia.”

Chemin, 2007
TRATAMENTO

Colecistectomia refere-se à retirada cirúrgica da vesícula biliar,


sobretudo se os cálculos forem numerosos, grandes ou calcificados

A dissolução química com a administração dos sais biliares, ácido


quenodesoxicólico e ácido ursodesoxicólico (terapia litolítica), ou a
dissolução por meio de litotripsia extracorporal por ondas de choque)
também podem ser empregadas com menos frequência do que as
técnicas cirúrgicas.
DIETOTERAPIA:

Colecistite: inclui uma dieta rica em fibras, com baixo teor de


lipídeos e à base de vegetais para prevenir as contrações da
vesícula biliar. Os dados são divergentes quanto ao fato de os
lipídeos intravenosos estimularem ou não a contração da vesícula Krause, 2018
biliar.
Após a colecistectomia pode vir a apresentar gastrite
COLECISTITE AGUDA OU CRÔNICA

Cálculos biliares que obstruem os ductos biliares


Colecistite acalculosa pode ocorrer em pacientes em estado crítico, ou
quando a vesícula biliar e a bile estão estagnadas. O comprometimento
do esvaziamento da vesícula biliar na colecistite acalculosa crônica
parece ser devido à diminuição da atividade contrátil espontânea e à
responsividade contrátil diminuída à colecistocinina (CCK).

Colecistite crônica é uma inflamação duradoura da vesícula biliar.


O consumo de alimentos ricos em lipídeos pode agravar os
sintomas da colecistite devido à necessidade de bile para digerir esses
alimentos
Krause, 2018
TRATAMENTO:

Cirúrgico;

Na crise aguda, suspende-se a alimentação


oral;

A NP pode estar indicada se o paciente estiver


desnutrido e se houver previsão de que não irá
se alimentar por via oral por um período de
tempo prolongado;

Dieta com baixo teor de lipídeos para diminuir a


estimulação da vesícula biliar

Krause, 2018
Krause, 2018
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Chemin, S. M.; Mura J. D.


P. Tratado de Alimentação
Nutrição e Dietoterapia.
2°ed. São Paulo: ed.
MAHAM, L. K.. Krause: Alimentos, nutrição e ROCA, 2010.
dietoterapia. 14ª edição. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2018. 1160 p

CUPPARI, Lílian. Nutrição Clinica no Adulto.Guias de


Medicina Ambulatorial e Hospitalar -Nutrição -Nutrição
Clínica no Adulto -3ª Ed. 2014 -Lilian Cuppari
Msc. Daniel Chreem
daniel.chreem@celsolisboa.edu.br

Msc Viviane Dias


viviane.dias@celsolisboa.edu.br

Dra. Juliana Pandini


juliana.pandini@celsolisboa.edu.br

Núcleo 5 Dra. Paula Paraguassu


paula.paraguassu@celsolisboa.edu.br

Telefone coordenação: 3289-4730 / Ramal: 230

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