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hábitos alimentares ou
práticas de alimentação
exótica.
Ciclo 2
NÚCLEO 7
PLANO DE AULA
Temática Principal: Tabus, crenças culturais e hábitos alimentares ou práticas de alimentação exótica.
Conteúdos:
• A cultura humana como objeto de estudo; Como opera a Cultura Alimentar? Saber popular × Saber
cientifico
• Tabus, crenças culturais e hábitos alimentares ou práticas de alimentação exótica.
Objetivo de Aprendizagem:
• Conhecer e participar ativamente de práticas de grupos regionais, como resgate e fortalecimento de
identidades regionais;
• Conhecer Tabus e hábitos alimentares exóticos respeitando a diversidade alimentar;
Saber Popular × Saber Cientifico
• Dessa forma, comida não é apenas uma • Essa análise diferenciada do que é
substância alimentar, mas um modo, um comida, confere particularidades aos
estilo um jeito de se alimentar. Segundo seres humanos em relação aos outros
Da Matta, o jeito de comer define não animais. De acordo com a autora
só aquilo que é ingerido, mas também Catherine Perles (1979), cozinhar é um
ato exclusivamente humano, próprio
aquele que o ingere. Entendemos,
da nossa espécie. O ser humano é o
assim, que comida é algo dotado de único animal da natureza capaz de
cultura, relativo aos seres humanos. cozinhar e combinar nutrientes.
A comensalidade
• Além disso, comer não é um ato • Podemos definir a comensalidade como
solitário, mas faz parte da origem da momento de partilhar sensações e
socialização humana. Também essa reforçar a coesão dos grupos sociais aos
característica de socialização por meio quais fazemos parte, família, escola,
da comida é uma particularidade religiosidade, amigos.
humana que chamamos de • A comensalidade é, portanto, uma
comensalidade. experiência sensorial compartilhada,
que pode ter vários significados, como
• Os sentidos utilizados na comensalidade pactos, fechamento de acordos e
geram experiências que chamamos de contratos, confraternização.
memória afetiva. Comida é memória e • Mas, de uma maneira geral, ela
afeto compõe um ritual coletivo.
Comportamento Alimentar
COMPORTAMENTO ALIMENTAR
TABUS, CRENÇAS E MITOS
• “Narrativa de significação simbólica, transmitida de
geração em geração dentro de determinado grupo,
e considerada verdade por ele”. (AURÉLIO, 2009
p.558)
• “Restrição costumeira ou tradicional a certos
comportamentos que, se praticados, recebem forte
reprovação moral e social.” (AURÉLIO, 2009 p.762)
• Os mitos e tabus são criados por convenções
sociais, religiosas e culturais. São meios de
preservar os bons costumes da sociedade, mas
também são uma forma de limitação de algumas
práticas de determinados atos; por outro lado,
ninguém sabe muito bem como um mito ou tabu
começa, mas alguns deles se propagam em nossa
cultura até hoje.
Tabus
• País/Região - Japão
• O tal peixe venenoso é o fugu ou baiacu, que tem
muita tetrodotoxina, um veneno dez vezes mais
forte que o cianeto. Para que a iguaria não mate
ninguém, o chef retira uma bolsa perto das
brânquias com o veneno. Depois, ele fura a bolsa e
espalha sobre a carne do peixe uma pequena dose
da toxina, para provocar um certo "efeito
alucinógeno" em quem come!
• Curiosidade - Por causa dos riscos da ingestão do
alimento, os cozinheiros e chefs de restaurantes são
exaustivamente treinados até ganharem o aval para
preparar o fugu para consumo. Mesmo assim, cerca
de 20 pessoas morrem por ano, intoxicadas pelo
veneno do peixe!
FAROFA DE FORMIGA
• País/Região - Brasil
• O inseto aparece no cardápio rural brasileiro em
certas áreas do Sudeste. A variedade preferida é
o içá ou saúva - uma formiga que, dizem, tem
um gosto parecido com amendoim. Além de
consumida em farofas, ela também pode ser
torrada com tempero ou congelada para comer
durante o ano. E faz bem! Como vários outros
insetos, as formigas são ricas em proteína, têm
baixo teor de gordura e alto teor de fósforo.
• Curiosidade - Do outro lado do mundo, os
chineses usam formigas para fabricar um vinho
que é útil no tratamento de reumatismo e no
fortalecimento dos músculos e ossos.
MORCEGO À CAÇAROLA
• País/Região - África
• Séculos antes do Indiana Jones, os africanos já
cultivavam o costume de deglutir miolos de
primatas. Anote o modo de preparo: primeiro, lave
o cérebro (do bicho, claro) com água fria. Depois,
acrescente vinagre ou suco de limão, retirando
membranas e vasos sanguíneos da camada mais
superficial. Conserve em salmoura e, finalmente,
ponha a iguaria para cozinhar. Em todas as espécies
de macaco, o órgão é rico em fósforo, proteínas e
vitaminas.
• Curiosidade - Prefere outros cérebros? Tente o de
gorila, considerado afrodisíaco. Na áreas rurais da
Europa, fazem algum sucesso os cérebros de porco,
de cordeiro e de carneiro...
CALDO DE TURU
• País/Região - Brasil
• O turu é um molusco de cabeça dura e corpo
gelatinoso, tem a grossura de um dedo e vive em
árvores podres, caídas. Consumido na ilha de
Marajó e no interior da Amazônia vivo e cru, em
caldo com farinha ou em moquecas, o bichinho é
rico em cálcio e tido como afrodisíaco. O gosto é
semelhante ao dos mariscos.
• Curiosidade - O macaco-do-mangue também é
um apreciador de turu. Os caçadores sabem
disso e abusam, passando pimenta no molusco.
Quando o macaco come o bicho, o ardor da
pimenta desorienta o primata, tornando-o presa
fácil dos caçadores.
OMELETE DE LARVA DO BICHO-DA-SEDA
• País/Região - Tailândia, China
• Na China, as larvas são fritas com cebola
cortada e um molho grosso ou misturadas
em omelete com ovos de galinha. Se você
não curtir a textura tenra do recheio,
também dá para comer a crisálida, a
"embalagem" da larva, que parece uma
casquinha crocante tipo um salgadinho.
• Curiosidade - Na Tailândia, depois de ser
incluída na lista de comidas locais, em 1987,
a crisálida do bicho-da-seda passou a ser
adicionada às sopas na alimentação de
crianças nas escolas tailandesas.
Leitura de Apoio
• Rejane Andréa RAMALHO, Cláudia • Enio Cardillo Vieira. Tabus, mitos
SAUNDERS. O PAPEL DA EDUCAÇÃO e crendices em nutrição. Rev
NUTRICIONAL NO COMBATE ÀS Med Minas Gerais 2010; 20(3):
CARÊNCIAS NUTRICIONAIS. Rev.
371-374
Nutr., Campinas, 13(1): 11-16,
jan./abr., 2000.
• Acessar: • Acessar:
• http://
• http:// rmmg.org/artigo/detalhes/375
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1415-52732000000100
002&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
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