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Complicações na

Nutrição
Enteral/Parenteral
Prof. Etielle Sonaglio
RELAMBRANDO A
PRESCRIÇÃO

▪ Prescrição dietética:
▪ Qual posicionamento do acesso (capacidade gástrica? osmolalidade)
▪ Necessidades: VET e PTN (Nutrientes especiais/ Módulos)
▪ Formulação: artesanal*, modular ou industrializada
▪ Sistemas de administração e infusão: aberto, fechado /
intermitente, bolus, BI (fracionamento / volume por horário)
▪ Densidade calórica x volume total diário (necessidade hídrica)

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CASO DA AULA ANTERIOR…

Um paciente idoso,
com Alzheimer
avançado inicia
dieta via SNE. Pesa
47kg e mede 1,62m.
1

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PROGRESSÃO (VET)

25%- 50%-
100%
50% 75%

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“E se....”
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
DAS COMPLICAÇÕES

▪ Diarreia
▪ Cólicas e distensão abdominal
▪ Náuseas e vômitos
▪ Deslocamento e obstrução da sonda
▪ Hiper ou hipoglicemia
▪ Distúrbios hidroeletrolíticos
▪ Broncoaspiração pulmonar

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COMPLICAÇÕES DA DIETA
ENTERAL/PARENTERAL

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INFECCIOSAS
TIPOSDE
TIPOS DECOMPLICAÇÕES
COMPLICAÇÕES Pneumonia 3
ENTERAL
ENTERAL ocasionada por
aspiração e
contaminação
GASTROINTESTINAIS bacteriana.
Distensão abdominal,
náuseas e vômitos,
2 4
diarreia, constipação MECÂNICAS METABÓLICAS
e isquemia Posicionamento Hiperglicemia,
intestinal. incorreto da sonda, hipoglicemia,
sinusite, dislipidemias, disfunções
ulcerações e
1 entupimento da
sonda.
eletrolíticas, disfunção
hepática entre
outras. Síndrome de
8 realimentação
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11
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TIPOS DE COMPLICAÇÕES
PARENTERAL

METABÓLICAS NÃO-METABÓLICAS
▪ Características da ▪ Relacionadas com a técnica
formulação utilizada. nos procedimentos
mecânicos de
posicionamento do cateter.
▪ Ex: Tipo de lipídios,
densidade.
▪ Complicações por
permanência do cateter:
sepsis e trombose venosa.
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MANEJO COMPLICAÇÕES
GASTROINTESTINAIS E
MECÂNICAS (ENTERAL)

▪ Diarreia -> Fórmula/Osmolalidade


▪ Constipação -> Módulos FS, FI
▪ Náuseas/Vômitos -> Volume/Infusão
▪ Obstrução-> Tipo de
Sonda/Cuidados/Higiêne

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Distúrbios
Hidroeletrolíticos: o
que são?
Os distúrbios hidroeletrolíticos ocorrem
quando o paciente perde quantidade
significativa de líquidos corporais e,
consequentemente, de eletrólitos.
Essa perda pode ocorrer pelo suor
excessivo, pela poliúria (excesso de
urina), pelos vômitos e pela diarreia.

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1 SÍNDROME DE
REALIMENTAÇÃO
COMPLICAÇÃO METABOLÍCA MAIS
COMUM.

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SÍNDROME DE Condição
REALIAMENTAÇÃO
potencialmente letal

Caracterizada por:
✓ Desordem severa de eletrólitos, fluidos corporais e
vitaminas
✓ Anormalidades metabólicas (especialmente glicose)
• Pacientes predispostos (desnutridos e/ou em jejum
prolongado)
• Resultado da reintrodução da nutrição (VO, enteral ou
parenteral)
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QUEM?

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SÍNDROME DE
REALIMENTAÇÃO

Consumo intracelular de eletrólitos e minerais:


✓ K (Hipocalemia)
✓ Mg ( Hipomagnesemia)- Metabolismo da Glicose
✓ Principalmente P (Hipofosfatemia) – Metaboliso da
Glicose
✓ Deficiência de Tiamina (Cofator da Acetil-COA)

22 Administração de CHO → hipofosfatemia grave e letal


MANIFESTAÇÕES Arritimia, I.Respiratória
CLÍNICAS – Náuseas/Vômitos
CONSEQUÊNCIAS Alterações hidroeletrolíticas

▪ Alterações no metabolismo glicídico

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS-
CONSEQUÊNCIAS

Hipofosfatemia**:
Osteomalácia
Miopatia
Miocardiopatia
Arritimia,
Insuf. Resp
Acidose metabólica.
**Complicação mais prevalente da SR

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS-
CONSEQUÊNCIAS

Hipomagnesemia
Cation intracelular que participa dos processos metabólicos envolvidos
no metabolismo de CHO e regulação de secreção e insulina

▪ Principais complicações:
▪ Arritimia,Taquicardia
▪ Dor abdominal, diarreia, constipação
▪ Ataxia, confusão mental, tremores musculares.

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MANEJO DA SR

▪ Avaliação nutricional CRITERIOSA


▪ Correção de desordens hidroeletrolíticas ( Reposições)
▪ Monitoramento e correção de eletrólitos antes e durante a
realimentação
▪ Volemia restaurada
▪ Atrasa TN?? usualmente prevenção de complicações →
primeiras 12 a 24 horas
▪ Incremento gradativo do aporte calórico
▪ Correção de deficiência de tiamina (manutenção)
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INTERVALO

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IDENTIFIQUE A COMPLICAÇÃO E O
MANEJO DE CADA CASO
01 CASO 1

02 CASO 2

03 CASO 3

04 CASO 4

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01 CASO 1

Paciente do sexo feminino, 84 anos, autônoma e


independente, portadora de insuficiência mitral Peso aferido: 61 kg
moderada, emagrecida, relatava perda de 20%
Altura referida: 1,64
do peso corporal (10 kg) no último ano, sem fator
causal identificado. Na última semana tinha baixa Análises Bioquímicas:
ingestão alimentar em função de náuseas, K: 2,6 ( Hipocalemia)
acompanhada por queda do estado geral.
P: 1,5 ( Hipofosfatemia)
Admitida por anemia e descompensação cardíaca
decorrentes de melena volumosa.
Inicia dieta enteral e apresenta confusão mental,
tacardica,

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02
01 CASO
CASO21

Paciente 76 anos, sexo feminino,


Peso estimado: 55 kg
patologia de base ICC, fibrilação arterial
crônica, miocardiopatia dilatada, evoluiu Altura referida: 1,65 m
com AVE isquêmico e disfagia Necessidades calóricas estimadas: 1700

Anterior: Boa aceitação alimentar kcal

Inicio da dieta enteral : 100% do VET no


1º dia com objetivo de evitar perdas
nutricionais.
Após início da dieta: Diarreia/Distenção
abdominal
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03 CASO 3
02
01 CAO 2 1
CASO

Paciente Feminina, 58 anos, portador de câncer de


estômago. Apresenta há 1 mês vômitos diários, restos
alimentares, cerca de 1 hora após refeições. Refere
perda de peso importante (20% do peso habitual). Peso aferido ( atual): 42 kg
Nega outras enfermidades. Ao exame físico, está
extremamente emagrecida e, chama atenção a Peso usual :50,4kg
distensão gástrica visível na parede abdominal. Tem Altura referida: 1,58 m
indicação cirúrgica com proposta de gastrectomia total
porém realizará quimioterapia antes, portanto irá para
domicilio com SNE para melhora do aporte nutricional
pré-operatório. Ao chegar em casa familiares
administram as primeiras dietas sem complicações.
Porém, no segundo dia observam o que a mesma não
esta fluindo do frasco para o equipo e sonda. Retornam
para emergência do hospital após varias tentativas de
administração da dieta sem sucesso.
32
04 CASO 4
03 CASO 3

Paciente do sexo feminino, 82 anos, portadora de


01
CASO 1
demência por doença de Alzheimer em fase grave,
acamada há 6 meses após fratura de fêmur. Internada por
delirium misto devido à ITU, além de constipação e
distensão abdominal há 9 dias, com baixa aceitação
Peso estimado: 85 kg
alimentar nesse período. Recebeu antibioticoterapia com
ceftriaxona (posteriormente trocada por piperacilina com Altura estimada: 1,59 m
tazobactan por falha terapêutica), remoção mecânica de
impactação fecal com desobstrução intestinal e iniciado
suporte nutricional por via alternativa
Iniciada dieta enteral com fórmula polimérica 1,5kcal/ml ->
25% do VET no primeiro dia. No Segundo dia passa a
apresentar quadro de diarréia ( 7 episódios de fezes
líquidas).

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