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Complicações:
1. Inserção de cateter, pneumotórax, perda de sangue, descolamento
(menos comum)
2. Sobrecarga hídrica, hiperglicemia, hiperalimentação (P indicativo de
hiperalimentação), deficiência de micronutrientes, não é possível
administrar 100% dos nutrientes devido a incompatibilidade/ interação
entre eles (def. so aparece em longos períodos)
3. Sepses induzidas por cateter
Síndrome da realimentação:
Os pacientes hospitalizados são frequentemente desnutridos pela doença de
base ou pelos efeitos do tratamento. Ao início da NP, deve ser feita uma
monitorização cuidadosa para evitar a síndrome de realimentação (SR). A SR é
caracterizada pela diminuição abrupta do K, Mg e/ou P. Isto resulta na
estimulação da secreção pancreática e secreção de insulina após a oferta de
uma fonte de energia (primariamente o carboidrato). O paciente irá apresentar
retenção de sódio e água, causando edema podendo resultar em injúria cardíaca
(edema pulmonar/congestão) e insuficiência respiratória. Nestes pacientes de
risco a NP deve ser iniciada de forma lenta/parcial (especialmente os
carboidratos), com suplementação adequada e monitorada de eletrólitos e
vitaminas.
Definição
Síndrome que cursa com grave desequilíbrio metabólico de líquidos e eletrólitos
em pacientes subnutridos que são realimentados por via oral, enteral ou
parenteral.
Paciente de risco
1. Subnutrição grave
2. Perda ponderal patológica
3. Jejum prolongado
Mecanismo e fisiopatologia:
O mecanismo da Síndrome da Realimentação baseia-se essencialmente na
grande perda de massa magra com depleção de íons. Com o restabelecimento
da oferta nutricional em pacientes de risco para essa síndrome ocorre a migração
de fósforo do meio extra para o intracelular, levando à brusca diminuição dos
níveis plasmáticos desse mineral, o que pode ter consequências graves. O nível
plasmático normal de fósforo é de 2,5 a 4,5 mg/dL. A hipofosfatemia é
classificada como severa quando o nível plasmático está abaixo de 1,0 mg/dL e
como moderada quando está entre 1,0 e 2,5 mg/dL. As manifestações clínicas,
que envolvem o sistema cardiovascular, o sistema músculo esquelético e o
sistema hemato-imunológico, normalmente ocorrem quando a concentração de
fósforo está abaixo de 1,5 mg/dL. O fósforo tem importante ação como cofator
de múltiplos sistemas enzimáticos no metabolismo de nutrientes e como
componente do principal substrato energético celular, a adenosina trifosfato
(ATP). Outros minerais como potássio, magnésio e sódio também sofrem
desequilíbrios e promovem alterações metabólicas.
Quadro clínico
1. Rebaixamento do nível de consciência
2. Arritmias
3. Anasarca
4. Congestão pulmonar
5. Diarreia
6. hiperglicemia
7. desidratação
8. ICC pelo excesso de hidratação
9. hipoalbuminemia
10. excesso de aa (zootemia)
Alterações laboratoriais
1. Hipofosfatemia (alteração mais relevante)
2. Hipomagnesemia
3. Hipocalemia
4. Deficiência de vitaminas
Cuidados:
1. Dosagens seriadas de eletrólitos (principalmente fósforo e magnésio) e
reposição endovenosa
2. Introdução gradual da terapia nutricional: cálculo da meta nutricional e
início com 25% da meta, com progressão a cada 48 horas até atingir meta
em aproximadamente uma semana, com monitoração dos minerais
plasmáticos
3. Evitar excesso de líquidos