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• A solução parenteral é um líquido estéril que contém em sua composição alguns dos nutrientes necessários ao corpo
humano;
• Inicialmente, a nutrição parenteral só possuía aminoácidos e glicose. Depois se observou que a ausência de lipídeos na
formulação provocava esteatose hepática. Hoje em dia, alguns lipídeos foram acrescentados na formulação.
o O ruim dos lipídeos é que estes funcionam como meio de cultura para bactérias, tem vida útil diferente dos demais
compostos da formulação e é difícil de padronizar doses.
Definição
• Periférica: pode ser feita, mas tem risco maior de flebite por causa de lesão endotelial. É feita quando o paciente ficará
pouco tempo em nutrição parenteral e depois voltará a nutrição enteral ou oral;
• Total (profunda): feita com punção de veia periférica (para atingir uma veia profunda por meio de cateter) ou através de
uma punção profunda direta;
Indicações
• Gerais:
o TGI não funcionante, obstruído ou inacessível;
• Específicas:
o Vômitos intratáveis (hiperêmese, pancreatite...);
o Diarreia grave (má-absorção);
o Obstrução;
o Pré-operatório (desnutrido grave);
o Grandes cirurgias;
o Traumas graves;
o Terapia nutricional combinada (enteral para nutrir a mucosa do TGI + parenteral).
Considerações
• Duração da terapia:
o Não podemos retirar abruptamente a nutrição parenteral, pois se fizermos isso, corremos o risco de causar
hipoglicemia grave no paciente;
• Requerimento calórico/proteico;
o Pneumopatas não podem receber muita glicose porque pode cursar retenção de CO2;
o Hepatopatas e pacientes renais não podem receber muita proteína;
• Limitação da infusão hídrica;
o Principalmente nos doentes renais crônicos;
Felipe Cabral – MedUFES 96 – Clínica Cirúrgica II - 2018/1
Clínica Cirúrgica II
AULA DIGITADA – NUTRIÇÃO PARENTERAL
Contra indicações
• Instabilidade hemodinâmica;
• Paciente anúrico sem diálise;
• Distúrbios metabólicos e eletrolíticos graves
o Se o paciente tiver hiponatremia ou hipocalemia antes da nutrição parenteral, vamos piorar o quadro com a
infusão da nutrição!
o Devemos primeiro corrigir o distúrbio hidroeletrolítico!
Cateteres
• Inserção
o Periférica: a punção periférica pode alcançar tanto veias periféricas quanto veias profundas;
o Central (profunda): subclávia, jugular interna, axilar (pediatria), femoral;
▪ Propensão a infecção: femoral > jugular interna > subclávia. A chance de infecção é maior na femoral e na
jugular interna porque elas ficam em regiões de dobra;
▪ A subclávia tem dois pontos de acesso (infra e supraclavicular), a veia jugular pode ser acessada pela margem
anterior e posterior do ECM, assim como no trígono entre feixes musculares esternal e clavicular do ECM;
• Tipos
o Curta permanência;
o Longa permanência: tem características diferentes, com substâncias impregnadas que diminuem a formação de
biofilme bacteriano. Podem ser implantáveis ou não implantáveis.
Componentes
• Glicose
• Aminoácidos;
• Lipídeos;
• Outros: acetato, cloreto, cálcio, fosforo, vitaminas...
o Em algumas situações, podemos usar insulina e heparina;
o Fazemos a inclusão destes outros elementos a parte. A solução pronta contém apenas glicose, aminoácidos e
lipídeos.
• Quando a solução contém apenas aminoácido e glicose, ela é 2:1, quando contém aminoácidos, glicose e lipídeos, ela é
3:1:1
Glicose
Aminoácidos
Lipídeos
• Isotônicos;
• Fonte de calorias;
Felipe Cabral – MedUFES 96 – Clínica Cirúrgica II - 2018/1
Clínica Cirúrgica II
AULA DIGITADA – NUTRIÇÃO PARENTERAL
Outros componentes
Monitorização
Complicações
Síndrome de realimentação