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NUTRIÇÃO ARTIFICIAL
2011/2012
NUTRIÇÃO ARTIFICIAL
2
SUPORTE NUTRICIONAL
• Alimentação Entérica:
- Ingestão de suplementos nutricionais por via
oral.
- Administração de alimentos, através de sonda
nasogástrica ou nasojejunal.
• Nutrição Parentérica:
- Administração de nutrientes, através de
cateter central ou de veia periférica.
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SUPORTE NUTRICIONAL
• OBJETIVO
Manter ou restabelecer o estado
nutricional do doente evitando a
malnutrição e suas complicações, como o
atraso na recuperação do doente e maior
mortalidade.
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MALNUTRIÇÃO
• Uma desordem do estado nutricional, resultante do
desequilíbrio entre o aporte de energia e de nutrientes
essenciais aos tecidos e as suas necessidades
metabólicas.
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MALNUTRIÇÃO
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MALNUTRIÇÃO PRIMÁRIA
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MALNUTRIÇÃO
FORMAS /TIPOS:
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MALNUTRIÇÃO SECUNDÁRIA
• Resulta de perturbações do funcionamento do organismo
consequentes de patologias que conduzem a alterações:
◊ Digestão
◊ Absorção e/ou metabolização adequada dos nutrientes;
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MALNUTRIÇÃO MISTA
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MALNUTRIÇÃO GLOBAL
• MARASMO
Severa privação calórica, podendo-se apresentar-se
sob a forma de caquexia em situações extremas;
Caracteriza-se por:
▪ Desidratação
▪ Perda de gordura corporal e de músculo (emaciação)
Caracteriza-se por:
▪ Hipoalbuminemia
▪ Edemas no abdómen e face (passagem de liquido do
espaço intravascular para os tecidos)
▪ Cabelo descolorado
▪ Atrofia muscular
• MALNUTRIÇÃO AGUDA
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Desnutrição
A Desnutrição desenvolve-se por etapas:
5ª Morte
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Desnutrição
Quem corre risco de desnutrição:
Bebés e crianças com anorexia
Adolescentes em fase de crescimento
Grávidas ou lactantes
Idosos (isolamento social, défice físico, anorexia)
Pessoas com patologia gastrointestinal e com perda de peso recente
de 10 a 15% do seu peso habitual
Pessoas que se submeteram a planos alimentares muito restritivos
durante longo tempo
Vegetarianos
Alcoólicos ou toxicodependentes
Doentes com HIV/SIDA
Pessoas que tomam medicamentos que interferem com o apetite ou
com a absorção ou a excreção dos nutrientes
Doentes com anorexia nervosa
Doentes com cancro
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MALNUTRIÇÃO
Fatores de risco nutricional associados a doentes
institucionalizados:
♦ Ausência de registos antropométricos;
♦ Períodos frequentes de jejum prolongado decorrentes da ausência
de planificação de exames;
♦ Utilização prolongada de fluido terapia como único suporte
nutricional;
♦ Ausência de controlo e de registo da ingestão real do doente;
♦ Má qualidade das dietas fornecidas (apresentação e distribuição)
♦ Dietas desajustadas às necessidades ou cultura do doente
♦ Inadequação de suporte nutricional ou atraso na sua iniciação
♦ Perdas nutricionais por complicações do tratamento ou pela doença
de base
♦ Administração de terapêutica que interfere com o aporte nutricional
♦ Falta de sensibilização das equipas clínicas
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MALNUTRIÇÃO
A Alimentação dos doentes institucionalizados:
22
CAUSAS DA MALNUTRIÇÃO
(diferentes causas e diferentes graus de severidade)
Nos países desenvolvidos a principal causa é a doença.
Resposta ao trauma
Podem alterar o metabolismo
Infeção ou inflamação
Apetite
Figura 1. A maioria das doenças agudas e crónicas causam anorexia que podem levar à malnutrição. A malnutrição associada ao
stress catabólico causado pela inflamação aumenta o risco de infeções, falência orgânica e dificuldade na cicatrização. 24
CAUSAS DA MALNUTRIÇÃO:
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COMPLICAÇÕES DA MALNUTRIÇÃO
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MALNUTRIÇÃO
• Da malnutrição resultam alterações:
◦ Hidroelectrolíticas
◦ Dos mecanismos de imunidade
◦ Da função cardiocirculatória
◦ Da função respiratória
◦ Da função gastrointestinal
◦ Atraso na cicatrização
□ Aumento da morbilidade
□ Aumento de mortalidade
□ Aumento do tempo de internamento
□ Aumento das despesas hospitalares
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MORTALIDADE
A Tabela 3 apresenta a associação entre o aumento da mortalidade e o
estado nutricional.
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IMPLICAÇÕES ECONÓMICAS COM DOENTES
MALNUTRIDOS
Devido ao longo tempo de permanência hospitalar e a um tratamento mais
intensivo a malnutrição tornar-se inegavelmente um problema económico.
Figura 2. A malnutrição afeta a morbilidade por dificuldade de cicatrização com aumento da taxa de
complicações infeciosas e não infeciosas e um compromisso geral de convalescença. O aumento da
morbilidade resulta no aumento da mortalidade, duração e intensidade do tratamento e na duração da
estadia hospitalar. 31
IMPLICAÇÕES ECONÓMICAS COM DOENTES
MALNUTRIDOS
Tucker, em 1990 concluiu na sua revisão que os resultados da
intervenção nutricional resultam em cerca de 8.300 dólares em
poupança de custos por cama e por ano.
Educação Nutricional
Escassa formação dos clínicos;
Recomendações
Estabelecer programas de formação nutricional e técnicas de
suporte nutricional.
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RECOMENDAÇÕES EUROPEIAS (2003)
O Conselho Europeu estabeleceu:
O número de doentes desnutridos nos hospitais é inaceitável e
conduz ao aumento da demora média de internamento, diminuindo
a qualidade de vida e aumento dos custos;
Todos os doentes internados têm direito a receber os nutrientes
adequados às suas necessidades;
A nutrição adequada é um requisito essencial no tratamento e tem
efeitos benéficos na recuperação do doente e na sua qualidade de
vida;
O bom estado nutricional é um indicador de qualidade
assistencial no hospital;
A identificação dos doentes em risco nutricional deve ser seguido
com um plano terapêutico adequado;
Necessidade de se estabelecer um plano nutricional após a alta
hospitalar. 40
RECOMENDAÇÕES EUROPEIAS (2003)
Recomendações específicas:
Valorização e tratamento nutricional nos hospitais
Monitorização do risco nutricional
Identificação e prevenção das causas de desnutrição
Suporte nutricional artificial
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
OBJETIVOS:
◘ Detetar doentes em risco nutricional
◘ Determinar o grau de depleção clínica
◘ Caracterizar o padrão de ingestão alimentar habitual e atual
◘ Detetar fatores determinantes:
▫ Anorexia
▫ Disfagia
▫ Dentição
▫ Diarreia grave por mais de um dia
▫ Vómitos frequentes por mais de um dia
▫ Fístulas enterocutâneas altamente produtivas
▫ Fatores socioeconómicos (isolamento)
▫ Atividade física
▫ Terapêutica (radioterapia e quimioterapia)
◘ Determinar as necessidades calórico-protéicas e de micronutrientes
◘ Estabelecer uma terapêutica nutricional integrada no plano terapêutico
global da situação clínica em causa.
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AVALIAÇÃO DE RISCO NUTRICIONAL:
• DIAGNÓSTICO DE ALTO RISCO:
♦ HIV/SIDA
♦ Anorexia nervosa
♦ Transplante de medula
♦ Queimaduras múltiplas ou de 3º grau
♦ Úlceras de pressão
♦ Neoplasias da cabeça e do pescoço
♦ Neoplasia dos pulmões
♦ Leucemia e doença de Hodgkin
♦ Neoplasias gastro-intestinais
♦ Neoplasias metastizadas
♦ Doenças inflamatórias do intestino (Doença de Crohn/ Colite Ulcerosa)
♦ Síndrome do intestino curto
♦ Gastrectomia total
♦ Fibrose quística
♦ Insuficiência respiratória grave
♦ Insuficiência renal
♦ Sepsis
♦ Esclerose lateral amiotrófica (ELA)
♦ Fístulas digestiva
♦ Pancreatite
♦ Insuficiência Hepática
♦ Politraumatismos
♦ Insuficiência cardiaca crónica e idade > 70 anos
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
• O processo de determinação do estado nutricional de um individuo ou grupo
populacional como base para identificação das necessidades e metas a seguir
na planificação de cuidados de saúde.
45
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
1) Anamnese
1.1) Histórica clínica e medicamentosa
◙ Existência de doença diagnosticada?
→ HIV/SIDA → Insuficiência Hepática → Insuficiência Renal
→ Neoplasia → Pancreatite → Sepsis
◙ Outras complicações?
→ Dislipidémias → Hipertenão arterial → Diabetes → Febre
◙ Queixas gastrointestinais
→ Azia → Náuseas → Vómitos
→ Flatulência → Diarreia → Obstipação
◙ Problemas de mastigação
→ Dentaduras mal adaptadas → Falta / ausência de dentes
◙ Problemas de deglutição / Disfagia
◙ Tratamentos realizados
→ Quimioterapia → Radioterapia → Cirurgia
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
1) Anamnese
1.1) Histórica clínica e medicamentosa
◙ Antecedentes familiares
→ Diabetes → Dislipidémia → Hipertensão arterial
◙ Utilização de fármacos
(Tipo, quantidade, frequência, duração, c/ ou s/ prescrição)
→ Antiácidos → Antidepressivos
→ Antidiarreicos → Laxantes
→ Antibióticos → Analgésicos
→ Diuréticos → Antihipertensivos
→ hipolipidemiantes → Outros
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
1) Anamnese
1.2) História social (sócio-económico)
▪ Prospetivos
→ Registo alimentar diário de tudo o que come ou bebe, respetiva
quantidade (medidas caseiras / pesagens), local e hora de
consumo, durante 1 a 7 dias.
→ Informalmente
→ Formalmente
Olhar para o doente como um “especialista” naquilo que acha, sente, pensa ou
sabe;
dietista;
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
Na prática clínica o dietista deve:
Mesmo que o protocolo de anamnese seja estruturado de forma a
nos guiar e relembrar todos os dados de que necessitamos, não é
conveniente fazer as perguntas de forma totalmente fechada.
Em vez de perguntar “..se sente mal com o seu problema de peso..”
É preferível questioná-lo acerca de “...como se sente em relação ao seu
peso...”
Não é brilhante iniciar abordagem ao doente começando de
imediato pela a avaliação do consumo alimentar, antes de
discutir as outras componentes da anamnese
anamnese!!
Uma avaliação que pretenda ser válida e fazer sentido, terá que ter
considerável atenção ao que o doente percebe como sendo as suas
necessidades!
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
Na prática clínica o dietista deve:
Compreender quando é o momento certo para iniciar a discussão
da ingestão de alimentos requer, da nossa parte, um
conhecimento profundo e considerável que provém de uma
avaliação completa, profunda e com sentido.
A anamnese é um instrumento único que nos permite conhecer:
conhecer:
DESVANTAGENS:
Um sinal pode indicar mais que uma deficiência nutricional;
O sinal pode estar relacionado com alergias, fungos, etc;
etc;
Pode sofrer-
sofrer-se de várias deficiências confundindo
confundindo--se assim o
diagnóstico;
Falta de treino do observador.
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Emaciação
Exploração
Física Emaciação muscular generalizada
Possível Implica doença grave – cancro, sida, crianças com doença celíaca
Diagnóstico
57
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Obesidade
Exploração
Física Pesar, Medir, calcular IMC
58
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Icterícia
59
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Dificuldade Respiratória
60
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Tremor essencial (fisiológico)
61
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Tremor aleatório
62
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Palidez
Possível
Diagnóstico Anemia por défice de ferro, Défice de B12 / Ácido fólico
63
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Tremor intencional
64
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Mãos
Exploração Unhas
Física
65
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Mãos
Exploração Unhas
Física
66
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Mãos
Exploração Palmas
Física
67
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
68
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
69
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Pressão arterial
70
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Lesões cutâneas
71
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Lesões cutâneas
72
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Lesões cutâneas
73
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Lesões cutâneas
74
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Lesões cutâneas
75
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Olhos
76
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Olhos
77
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Olhos
78
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Olhos
80
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Boca e língua
Exploração Sintomas Possível
Física e Sinais Diagnóstico
Gengivas Vitamina C
hemorrágicas,
esponjosas
Estomatite angular Estomatite angular Idosos.
Observar os cantos da Cantos da boca Deficit em ferro e
boca em busca de inflamados vitaminas do complexo
cortes e infeções B
Queilose
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Aparelho Respiratório
82
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Aparelho Respiratório
83
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Aparelho Respiratório
84
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Auscultação
85
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Cardiovascular
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Abdominal
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Pele
Cabelo
89
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
Palpação
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
2) Exame físico
2.1) Inspeção Geral
OUTRAS MANIFESTAÇÕES
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
3) Dados Antropométricos
3.1) Peso
3.2) Estatura
3.3) Índice de massa corporal
3.4) Avaliação da composição corporal
3.5) Avaliação da composição corporal por Bioimpedância
Elétrica
3.6) Dinamometria
3.7) Tomografia Computorizada (TC)
3.8) Ressonância magnética
92
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
3) Dados Antropométricos
3.1) Peso
93
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
3) Dados Antropométricos
3.1) Peso
Fórmula de Butheau:
0,8[(E
0,8[( Ecm- 100)+I/2] em que I = Idade, constante se I >45 anos.
96
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
3) Dados Antropométricos
3.2) Estatura
Nas situações em que não é possível ter o indivíduo ereto, o que é
frequente acontecer na prática clínica hospitalar em indivíduos
acamados, pode-se recorrer a fórmulas estimativas.
Fórmula Joelho-Calcanhar:
Estatura (mulheres) = (2,02xaltura joelho-
joelho-calcanhar (cm)) – (0,04xidade (anos))+64.19
Estatura (homens) = (1,83xaltura joelho-
joelho-calcanhar (cm)) – (0,24xidade (anos))+84.88
100
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
3) Dados Antropométricos
3.4) Avaliação da composição corporal
3.4.1) Avaliação da Massa Gorda
Medição das Pregas Cutâneas:
◦ Mede a camada de gordura subcutânea, através de
lipocalibradores
◦ Estima a gordura corporal total
Prega cutânea tricipital e bicipital
São medidas no ponto médio do braço não dominante,
obtidos pela distância que medeia o acrómio e o olecrânio,
com o braço fletido a 90º ao nível do cotovelo e com a
palma da mão virada para o corpo. As pregas são medidas
com o braço distendido, descontraído e aplicando o
lipocalibrador perpendicularmente à linha média do
perímetro do braço.
101
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
3) Dados Antropométricos
3.4) Avaliação da composição corporal
3.4.1) Avaliação da Massa Gorda
103
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
3) Dados Antropométricos
3.4) Avaliação da composição corporal
3.4.1) Avaliação da Massa Gorda
Prega cutânea suprailíaca
É medida, 1 cm acima da crista ilíaca, na linha média axilar.
Rácio Perímetro da Cintura - Perímetro da Anca
A relação entre o perímetro da cintura e o da anca é um
método simples para descrever a distribuição do tecido
adiposo subcutâneo e intra-abdominal, ajudando-nos a
distinguir, entre uma obesidade androide e uma obesidade
ginóide.
♂ Valor de risco um rácio PC/PA > 1
♀ Valor de risco um rácio PC/PA > 0,8
104
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
3) Dados Antropométricos
3.4) Avaliação da composição corporal
3.4.1) Avaliação da Massa Gorda
Perímetro da Cintura (PC)
Mede-se após localizado o rebordo inferior das costelas e
feita a palpação da crista ilíaca na linha média axilar. Uma
fita métrica é então aplicada, horizontalmente, na linha
média destes dois pontos e, segura firmemente à volta do
abdómen na linha do umbigo.
♂ Limiar de risco valores > 102 ♀ Limiar de risco valores > 88
106
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
3) Dados Antropométricos
3.4) Avaliação da composição corporal
3.4.1) Avaliação da Massa Magra
108
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
3) Dados Antropométricos
3.5) Avaliação da composição corporal por Impedância
Bioelétrica
A Bioimpedância Elétrica (BIA) é considerada uma técnica
para a medição da composição corporal precisa, rápida,
segura, não invasiva e portátil.
Mede a oposição dos tecidos corporais à passagem da
corrente elétrica.
Os tecidos que contêm pouca água e eletrólitos, tais como o
tecido adiposo e o tecido ósseo são maus condutores da
corrente elétrica, oferecendo grande oposição à passagem
da mesma. Tecidos biológicos como o sangue, as vísceras
e os músculos são bons condutores por causa dos elevados
conteúdos em fluidos e eletrólitos.
109
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
3) Dados Antropométricos
3.5) Avaliação da composição corporal por Bioimpedância
Elétrica
111
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
4) Dados laboratoriais
4.1) Proteínas plasmáticas
♦ Pré-albumina
♦ Albumina
♦ Transferrina
♦ Retinol Binding Protein (Proteína transportadora do retinol)
112
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
4) Dados laboratoriais
4.1) Proteínas plasmáticas
♦ Pré-albumina – útil para monitorizar o tratamento nutricional
Proteínas plasmáticas
Proteína Vida Média Valores de referência
Pré-albumina 2 dias 15-30 mg/dl
Albumina 20 dias 3,4-4,8 g/dl
Transferrina 8 dias 200-300 mg/dl
Retinol Binding Protein 12 horas 2,5-8 mg/dl
113
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
4) Dados laboratoriais
4.1) Proteínas plasmáticas
♦ Pré-albumina – útil para monitorizar o tratamento nutricional
PRÉ-ALBUMINA (mg/dl)
15-30 10-15 5-10 <5
Inexistência Forma ligeira Forma Forma
de sinais de depleção moderada de avançada de
claros clínica depleção depleção
relacionados (desnutrição clínica clínica
com o estado leve) (desnutrição (desnutrição
nutricional moderada) grave)
114
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
4) Dados laboratoriais
4.1) Proteínas plasmáticas
♦ Albumina – Mais de 50 % encontra-se no espaço extra vascular
– É a principal proteína de ligação e transporte para:
Hormonas, esteroídes, cálcio, vestígio de metais,
algum triptofano, bilirrubina, ácidos gordos livres,
cobre e uma grande variedade de fármacos
ALBUMINA (g/dl)
3,4-4,8 2,8-3,5 2,1-2,7 <2,5
Inexistência Forma ligeira Forma Forma
de sinais de depleção moderada de avançada de
claros clínica depleção depleção
relacionados (desnutrição clínica clínica
com o estado leve) (desnutrição (desnutrição
nutricional moderada) grave)
115
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
4) Dados laboratoriais
4.1) Proteínas plasmáticas
♦ Transferrina – Apresenta-se na sua maioria no espaço
intravascular
TRANSFERRINA (mg/dl)
200-300 150-200 100-150 <100
Inexistência Forma ligeira Forma Forma
de sinais de depleção moderada de avançada de
claros clínica depleção depleção
relacionados (desnutrição clínica clínica
com o estado leve) (desnutrição (desnutrição
nutricional moderada) grave)
116
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
4) Dados laboratoriais
118
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
4) Dados laboratoriais
4.2) Medição do estado imunitário
♦ Índice creatinina/altura – A creatinina é o produto da
degradação da creatina
(molécula que intervém no
metabolismo energético muscular)
Limitações:
◦ Influenciada pela ingestão de carne nos dias anteriores
◦ Recolha da urina das 24 horas em 3 dias consecutivos
◦ Patologia renal e hepática
◦ Idade avançada
CÁLCULO DO ÍNDICE DE CREATININA / ALTURA (ICA)
ICA% =[Excreção real creatinina/24h (mg) / Excreção ideal creatinina/24h (mg)]x100%
Coeficientes da creatinina:
Homem: 23 mg de creatinina/kg de peso ideal
Mulher: 18 mg de creatinina/kg de peso ideal
119
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
Excreção ideal de creatinina na urina/24 h
Homens Mulheres
Altura (cm) Creatinina ideal (mg) Altura (cm) Creatinina ideal (mg)
157,5 1288 147,5 830
160 1325 149,9 851
162,6 1359 152,4 875
165,1 1386 154,9 900
167,6 1426 157,5 925
170,2 1467 160 949
172,7 1513 162,6 977
175,3 1555 165,1 1006
177,8 1596 167,6 1044
180,3 1642 170,2 1076
182,9 1691 172,7 1109
185,4 1739 175,3 1141
188 1785 177,8 1174
190,5 1831 180,3 1206
193 1891 182,9 1240
120
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
4) Dados laboratoriais
4.2) Medição do estado imunitário
♦ Índice creatinina/altura
ÍNDICE CREATININA / ALTURA (em%
>95% 80-95% 60-80% <60%
Inexistência Forma ligeira Forma Forma
de sinais de depleção moderada de avançada de
claros clínica depleção depleção
relacionados clínica clínica
com o estado
nutricional
121
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
4) Dados laboratoriais
4.2) Medição do estado imunitário
♦ Nível de nitrogénio
CÁLCULO DO BALANÇO NITROGENADO (BN)
BN (g/24h)= (If/6,25) - (Eu + Ef + Es)
If= Ingestão de proteínas proveniente dos alimentos / 24 h (em g)
1 g de nitrogénio ou azoto = 6,25 g de proteínas
Eu= Excreção de nitrogénio na urina / 24 h (em g) ou Ureia na urina (g) : 2,2
Ef= Excreção de nitrogénio nas fezes / 24 h (em g) ►(0,5-1 g/dia)
Es=Excreção de nitrogénio através da pele / 24 h (em g) ►(0,5-1 g/dia)
Hemoglobina
Ureia
Creatinina
Colesterol
Trigliceridos
Vitaminas
Oligoelementos
124
PARAMETROS QUE NÃO PODEM SER APLICADOS EM DETERMINADAS SITUAÇÕES CLÍNICAS:
Parâmetros
SITUAÇÕES CLÍNICAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
PARÂMETROS: