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FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Beira
2022
ANABELA DAMIÃO HUO
Beira
2022
Dedicatória
Dedico esta conquista aos meus pais, sem os quais o caminho até aqui teria sido bem mais
difícil.
Agradecimento
Agradeço primeiramente, ao meu bom Deus que foi meu verdadeiro guia nessa jornada.
Também agradeço a toda minha família por todo o apoio recebido, por sempre acreditar em
mim. Em fim agradeço aos meus amigos pelo incentivo, pelas risadas e por não me deixarem
desistir mesmo nos momentos de maior dificuldade.
Ao PhD. Paulo Bulaque, meu docente e supervisor, pela paciência na orientação, incentivo, e
ajudar-me a esclarecer minhas dúvidas que torna-se possível a execução e conclusão desta
monografia.
As educadoras da Escolinha Primeira Opção, por disponibilizar seu tempo para fornecer
informações importantes para a elaboração deste trabalho e a todos encarregados de educação
Resumo
O trabalho teve como objectivo principal avaliar o impacto da dieta alimentar no crescimento
físico das crianças de 3-5 anos na Escolinha Primeira Opção – Beira. Para a efectivação do
mesmo usou-se o método bibliográfico que consistiu na investigação das obras já elaboradas e
por outro lado também as técnicas de recolha de dados que foram inquérito por entrevista,
inquérito por questionário e observação directa. Diante da questão de partida “Qual é o
impacto da dieta alimentar no crescimento físico dos educandos da Escolinha Primeira
Opção – Beira?”, no final da pesquisa, concluiu-se que a dieta alimentar causa um impacto
positivos no crescimento físico e estes alimentos, assetam-se como fortalecimento da nutrição
na criança. A análise e interpretação dos dados emergentes contribuíram para a compreensão
do objecto de estudo e permitiu reconhecer a importância de uma abordagem contextualizada,
dirigida e sistemática no âmbito da educação alimentar. A pesquisa demonstra que a educação
nutricional em crianças evidencia uma maior redução de doenças. Por outro lado os pais
podem influenciar mudanças nos hábitos alimentares e na actividade física da criança. No
ambiente pré-escolar, as crianças também estão vulneráveis as alterações de comportamento.
Desta maneira, é necessário que as instituições de ensino desenvolvam estratégias para
formação de hábitos de vida saudáveis para promoção da saúde e prevenção de doenças. A
pesquisa concluiu que o impacto de uma boa alimentação que tem no crescimento de cada
criança, requer também conhecimentos no âmbito da alimentação por parte da família e das
educadoras.
The main objective of the work was to evaluate the impact of the diet on the physical growth
of children aged 3-5 years at the Escolinha Primeira Oportunidade – Beira. .to carry it out, the
bibliographic method was used, which consisted in the investigation of the works already
elaborated and, on the other hand, also the data collection techniques that were survey by
interview, survey by questionnaire and direct observation. .Faced with the starting question
“What is the impact of the diet on the physical growth of the students of the First Choice
School – Beira?”, at the end of the research, it was concluded that the diet has a positive
impact on physical growth and these foods, They settle down as a strengthening of the.child
nutrition.the analysis and interpretation of emerging data contributed to the understanding of
the object of study and made it possible to recognize the importance of a contextualized,
directed and systematic approach in the context of food education. .research shows that
nutritional education in children shows a greater reduction in diseases. On the other hand,
parents can influence changes in the child’s eating habits and physical activity. .in the
preschool environment, children are also vulnerable to behavioral changes. In this way, it is
necessary for educational institutions to develop strategies for the formation of healthy
lifestyle habits for health promotion and disease prevention. .the research concluded that the
impact of good nutrition on the growth of each child also requires knowledge in the area of
nutrition on the part of the family and educators.
Tabela 1:....................................................................................................................................20
Tabela 2:....................................................................................................................................20
Tabela 3: Número de refeições por dia.....................................................................................21
Tabela 4: Refeições por semana (almoço e jantar)...................................................................21
Tabela 5: Medidas antropométricas: peso e comprimento.......................................................22
Tabela 6: situação do encarregado da criança...........................................................................22
Tabela 7: Os alimentos que as crianças consomem diariamente em cada refeição..................24
Tabela 8: Número de sessões de educação alimentar efetuadas às “Crianças expostas”.........29
Índice
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................9
1.1. Problematização.........................................................................................................10
1.2. Justificativa.................................................................................................................11
1.3. Objectivos...................................................................................................................12
1.4. Hipóteses....................................................................................................................12
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................................13
2.3. Aspectos gerais sobre a dieta alimentar nas crianças em idade de pré-escolares......14
3. METODOLOGIA DE PESQUISA...................................................................................21
3.3.1. Questionário.......................................................................................................22
3.3.2. A observação.......................................................................................................22
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.........................................................................36
5.3. Sugestões................................................................................................................39
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................40
CAPITULO I
1. INTRODUÇÃO
A alimentação infantil é um tema que nos últimos anos tem merecido grande interesse
em vários campos do saber por envolver diferentes aspectos além dos nutricionais. O
conhecimento das reflexões imediatas e de longo prazo relativamente a uma alimentação
inadequada tem contribuído para a busca de melhor entendimento de como o hábito alimentar
é formado e chamado a atenção para a importância das práticas alimentares nos primeiros
anos de vida da criança.
Para além disso, é de conhecimento geral que para manutenção do corpo se faz
necessário uma alimentação saudável. De acordo com Ribeiro (2013), a alimentação é um dos
factores mais importantes em qualquer fase da vida para promover a saúde e prevenir doenças
Todavia, conforme o mesmo autor acima, os hábitos alimentares são influenciados por
inúmeros factores de ordem genética, socioeconómica, cultural, étnica, religiosa, entre outros.
A dieta alimentar tem de alguma forma impactado no crescimento físico da criança
principalmente em idade pré-escolar, razão pela qual a presente pesquisa tem como o intuito
de abordar sobre o impacto da dieta alimentar no crescimento físico das crianças em idade
pré-escolar na escolinha primeira opção – Beira.
Como sabemos que quase em todas instituições de ensino pré-escolar reservam uma
pequena refeição para os educandos a fim de garantir aos educandos a oferta no mínimo de
uma refeição diária, durante o seu período de permanência na escola. Assim, torna-se
indispensável também às interacções e actuação do nutricionista e os profissionais da
educação, para elucidar a prática da alimentação saudável, com vistas a suprir as necessidades
nutricionais diárias, e formação de hábitos alimentares saudáveis, de acordo com a realidade
social vivenciada (Almeida, 2014).
Quanto a estrutura, o presente trabalho compreende cinco capítulos, incluindo o presente que
é o capítulo introdutório, onde faz-se uma abordagem inicial para se determinar o porquê do
assunto escolhido, assim como a viabilidade do estudo.
No que tange ao segundo capítulo consta a fundamentação do tema escolhido como objecto
de pesquisa, baseado em alguns autores especialistas que outrora abordaram sobre o assunto.
11
No quarto capítulo serão analisados e interpretados os dados colhidos a partir dos métodos de
recolha de dados e por fim, no quinto capítulo onde caberá ao autor finalizar esta pesquisa
com as considerações finais, e deverá conter uma análise final sobre os objectivos da
pesquisa.
1.1. Problematização
Segundo UNICEF (2019) uma questão relacionada com o crescimento saudável na
infância que tem merecido especial atenção nos últimos tempos é má nutrição infantil. Esta
acarreta consequências nefastas para o crescimento e o desenvolvimento das crianças,
principalmente as que estão inseridas no ensino pré-escolar, pelo que se torna urgente
implementar mecanismos de uma boa dieta alimentar no crescimento fisco dos educandos.
Esta problemática é, também, partilhada por Freitas, Minayo, Fontes e Gardênia, (2010, p.
14), que argumenta nos seguintes termos:
A criança que possui uma alimentação deficiente e que não possua uma dieta alimentar
equilibrada em termos da qualidade, está predisposta há problemas que poderão acarretar no
seu fracasso escolar. Infelizmente, os reflexos nas fases posteriores muitas vezes são
irrecuperáveis.
Por outro lado, um estudo realizado pela UNICEF em 2019, em diferentes áreas rurais
de Moçambique, no âmbito da situação Mundial da Infância examinou a má nutrição infantil
em várias regiões do país. Apercebendo-se que as comunidades encaram cada vez mais uma
tripla carga de má nutrição, apesar do declínio da desnutrição, 149 milhões de crianças com
menos de 5 anos ainda sofrem de insuficiência de crescimento e quase 50 milhões têm baixo
peso, 340 milhões de crianças sofrem com a fome oculta e as taxas de sobre peso e obesidade
estão subindo rapidamente. Diante disto, estes factores impedem um bom carecimento físico
da criança e geralmente a criança não possui imunidade alguma às doenças, vivem fraco, sem
ânimo e em consequência seu rendimento escolar é baixo (UNICEF, 2019).
Conforme Yokota et al., (2010, citado em Yassin, Lorene, Almeida, Priscila, Beraldi,
Damaris e Carlos 2016) a fase da idade pré-escolar apresenta importantes aspectos para a
formação de hábitos e práticas comportamentais em geral, e especialmente alimentares, este
processo essencial tem seu início nesta fase e se estende por todas as demais fases do ciclo da
vida do indivíduo. Para além disso, na perspectiva da teoria compreensiva, a criança na idade
pré-escolar necessita de um maior cuidado em relação à alimentação, principalmente pelo fato
12
de ocorrer inserção de novos hábitos alimentares que implica novos sabores, texturas e cores,
experiências sensoriais que influenciarão o padrão alimentar a ser adoptado pelo educando
(Barbosa, 2005).
1.2. Justificativa
A compilação desta monografia foi originada pela uma leitura profunda no que tange a
má nutrição que vem prejudicando profundamente o crescimento e o desenvolvimento das
crianças no ensino pré-escolar. Para além disso, deveu-se também pela observação obtida pela
autora aquando do seu estágio pré-profissional, também deveu-se ao reconhecimento do
grande desafio que as escolinhas têm para garantir a boa dieta alimentar dos petizes em sua
idade pré-escolar.
Assim, a realização desta pesquisa justifica-se, a partir da relevância: a nível social pôs
poderá constituir também interesse da autora contribuir com a sua capacidade intelectual que
veio adquirindo ao longo do tempo da formação em torno da dieta alimentar tendo em conta o
crescimento físico salutar nas crianças, pois, a alimentação é uma necessidade fisiológica ou
primária que o ser humano geralmente tem no seu quotidiano. Para além disso, no âmbito
académico, a pesquisa poderá trazer algumas estratégias para a implementação de uma boa
dieta no ensino pré-escolar.
1.3. Objectivos
1.4. Hipóteses
Com base na revisão da literatura efectuada espera-se que:
CAPÍTULO II
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo está relacionado com a revisão da literatura e dos conceitos básicos no
que tange ao tema em estudo. Conforme Lakatos e Marconi (2003, p. 43), a revisão da
literatura ou bibliográfica tem como objectivo demonstrar competência para a pesquisa,
entendimento do fenómeno e justificar a pertinência do estudo. Assim, consideramos que para
entendermos melhor o objecto deste estudo é necessário fazer uma abordagem teórica no que
tange aos conceitos-chave da pesquisa.
Nesta ordem de ideia, fica claro que em tempos antigo já havia a preocupação com a
alimentação e hábitos alimentares. Para revelar esta importância a nível mundial, Ornellas
(1978, p.223, citado em Sherbinin, 2007, p. 27) expressa:
Nota-se que realmente havia uma preocupação sobre os hábitos alimentares, e que nas
mais remotas civilizações o homem conquistava seu espaço para semear sua sobrevivência.
Nesta perspectivas, é possível perceber que a fonte principal do consumo de alimentos esta na
agricultura, logo os alimentos mais consumidos neste país são as frutas e os vegetais, visto
que existem famílias em zonas rurais que depende totalmente da agricultara como as suas
fontes principais de alimento.
2.3. Aspectos gerais sobre a dieta alimentar nas crianças em idade de pré-
escolares
A assistência alimentar à criança que vai à escola tem sua origem no século passado. Durante
a Revolução Francesa, em 1791, foi inaugurado, na França, o primeiro serviço de distribuição
de merenda. A "sopa escolar" constituiu a primeira forma de suplementação alimentar; era
16
preparada nas residências das famílias e transportada até as escolas. Nessa época, entretanto,
não havia a preocupação com o estado nutricional da criança que recebia o alimento, pois, a
desnutrição proteico energética deficiência só identificada na década de 30, ainda não se
definia como tal. O que se pretendia era minimizar a fome das crianças que chegavam à
escola sem ter ingerido qualquer alimento (Savage e Birch, 2007 citado em Paim, 2015).
Nos dias actuais os hábitos alimentares são formados por meio de complexa rede de
influências genéticas e ambientais. Evidências demonstram que a formação dos hábitos
alimentares inicia-se já no período gestacional, por meio do contacto do feto com o líquido
amniótico, e continua durante a infância, sobretudo nos primeiros 2-3 anos de vida, com
repercussão no comportamento alimentar aos 03 anos até a fase adulta (Savage e Birch, 2007
citado em Paim, 2015).
Conforme Costa, Ribeiro, e Ribeiro (2009 p. 24) entende a dieta alimentar como sendo
[…] é toda a substância utilizada para nutrir os seres vivos e que contribui,
consequentemente, para assegurar: os materiais necessários param a formação,
crescimento e reparação das células e tecidos, os materiais necessários para o seu
metabolismo equilibrado, os constituintes orgânicos necessários à produção de
energia.
Neste sentido, a importância da alimentação nos primeiros cinco anos de vida de uma
criança requer cuidados específicos. A selecção de alimentos diversificados e seguros, do
ponto de vista da sua qualidade e higiene, é determinante para a saúde de qualquer criança.
Outro factor essencial é o tipo de alimentos, bem como os métodos de preparação e as
refeições, pois devem corresponder às necessidades de todos os indivíduos.
17
Para além destes cuidados e princípios, Viana (2002) refere que no período pré-
escolar, compreendido entre os 3 e 5 anos (DeCS, 2014), as crianças apresentam ritmo de
crescimento físico1, com velocidade inferior à dos dois primeiros anos de vida, com
consequente decréscimo nas necessidades nutricionais e no apetite. Estudos indicam que esse
período é oportuno para a formação e consolidação de bons hábitos alimentares (Savage,
2013)
Por outra, nos primeiros anos de vida os hábitos alimentares são condicionados e,
como tal, “ […] para os mais pequenos são particularmente importantes as estratégias que
incluem a exposição às comidas num contexto social positivo, tendo como modelos de
1
Crescimento físico refere-se a um processo de carácter concreto e mensurável que compreende a formação, o
aumento da massa e a renovação dos tecidos, sendo na infância a fase na qual se inicia o aumento global do
organismo. o crescimento não é representado simplesmente por um aumento de estatura. Ele inclui também a A
A formação de novos tecidos que por sua vez retiram energia dos alimentos mostra que para a criança e para o
adolescente além das necessidades habituais de manutenção é preciso juntar as necessidades suplementares de
crescimento: a formação de novos tecidos como os alimentos de origem animal e os suplementos minerais
sobretudo o cálcio e o fósforo. Lalanne (1970, citado em Candeias e Silva (2005)).
18
referência pares e adultos, bem como a utilização apropriada de incentivos” (Loureiro 2004,
p. 44). Por outro lado, Nunes e Breda (2001, p. 8) referem “ […] que as crianças não estão
dotadas de uma capacidade inata para escolher alimentos em função do seu valor nutricional,
pelo contrário, os seus hábitos alimentares são aprendidos através da experiência, da
observação e da educação”
a) Grupo dos cereais, seus derivados e tubérculos – este grupo é encarado como o maior
grupo da nova Roda dos Alimentos e, em relação aos restantes grupos, os alimentos
que o integram devem ser consumidos em maior quantidade. Neste grupo estão
incluídos cereais (arroz, trigo, milho, centeio, aveia e cevada) e seus derivados
(farinha, pão, massa e cereais), tubérculos (batata). Estes alimentos têm como
principal característica ser a principal fonte de hidratos de carbono e fornecedores de
energia do organismo (idem) é de realçar que são os principais alimentos protectores e
comer esses alimentos diariamente pode evitar o desenvolvimento de câncer;
b) Grupo da fruta – deste grupo faz parte os frutos, por exemplo, a maçã, a pêra, o
morango, a ameixa, os citrinos (limão e laranja), os frutos tropicais (manga e papaia),
entre outros. Estes alimentos têm como principal característica fornecer vitaminas,
minerais, fibra e água. É fundamental variar o consumo de fruta, pois isso resulta
numa maior diversidade de nutrimentos. Em relação aos frutos secos e frutos gordos,
estes não pertencem a este grupo pois têm características nutricionais diferentes estes
alimentos também são protectores (idem);
c) Grupo dos lacticínios ou energéticos - estes grupos inclui o leite, o iogurte e outros
leites fermentados, queijos e requeijão. Estes lacticínios fornecem proteínas de
19
Conforme o autor os alimentos energética primeira posição justamente por serem os grandes
abastecedores da dose diária de energia (DCAN, 2013). Pós sem eles o ser humano não
poderá realizar alguma actividade física, praticar exercícios ou exercer uma série de acções
inerentes ao bem-estar do organismo. Afinal, de uma forma geral são ricos em vitaminas A,
B, C, D, E, K, fibras e sais minerais.
Por outro lado os alimentos protectores são responsáveis por regular todas as funções do
nosso organismo. Eles tendem a ajudar a manter o corpo em equilíbrio, trabalham para a
manutenção das funções mais orgânicas, e fornecem mais disposição, ânimo e energia, para
além de serem fontes de nutrientes importantes (DCAN, 2013). O grupo é composto
por alimentos de origem vegetal, como frutas (banana, laranja, maçã, uva, pera, mamão, limão
e mais), verduras e hortaliças (como rúcula, alface, couve, repolho) e legumes (cenoura,
quiabo, vagem, beterraba etc.).
Em fim os alimentos construtores fazem parte da estrutura do corpo humano, esse grupo se
destaca pela responsabilidade de manter o organismo funcionamento correctamente, por
fortalecer e regenerar os tecidos musculares, cuidar do sistema imunológico, ajudar a
cicatrizar ferimentos e muito mais (DCAN, 2013). O grupo é composto principalmente por
proteínas, e dentre a imensa lista de alimentos que as representam podemos citar carnes,
peixes, frango, tofu, ovos, leite e seus derivados - como iogurtes e queijos -, e todas as
leguminosas, como soja, feijão, lentilha, ervilha e grão-de-bico.
Portanto, uma alimentação saudável deve incluir diariamente alimentos dos diferentes
grupos que, por sua vez, devem ser consumidos com moderação e variedade. Nenhum dos
alimentos possui todos os nutrimentos que o ser humano necessita e, como tal, nenhum deles
é completo.
20
De acordo com Flávio, (2018) a maior parte dos géneros alimentícios utilizados para
compor os cardápios são comprados por meio de licitação. Estes cardápios, por sua vez, são
elaborados com ajuda de nutricionistas escolares, de modo a suprir a necessidade diária no
período em que a criança passa na escola. O cardápio passa por diversos testes, incluindo
testes de aceitabilidade com os próprios educandos, para verificar se o alimento terá uma boa
aceitação ou recusa, o que acarreta a substituição por outro similar. Os cardápios servidos nas
escolas, e são diferentes de acordo com a faixa etária atingida, e também, de acordo com a
região, prezando pelos hábitos culturais e alimentares dos educandos Mazzilli (1987, citado
em Flávio, 2018).
Segundo este programa a ingestão de alimentos deve ser distribuída por 5 a 6 refeições
diárias e, é fundamental que a criança compreenda a necessidade de fazer várias refeições ao
longo do dia. Uma das refeições mais importantes do dia é o pequeno-almoço e, no caso da
sua ausência, a criança poderá não conseguir estar atenta e concentrada devido à falta de
energia (glicose) que é utilizada pelo cérebro. Segundo Mindell (1998, citado em Flávio, 2018
p. 42), “o pequeno-almoço é tomado depois do maior intervalo de tempo sem ingerir
alimentos. É o primeiro carregamento nutritivo que as crianças fazem […] e precisam dele
para aguentar com energia a actividade física e psíquica do dia”
Neste sentido, Fonseca, (2015) salienta que a merenda escolar oferecida nas pelas
instituições públicas é importante ao desenvolvimento psicofísico do educando, auxiliando-o
em todos os aspectos: físico motor, intelectual, afectivo emocional, económico e social. Esses
aspectos de bem-estar contribuem para que o sujeito tenha condições satisfatórias para
aprender.
Para além disso, Flávio (2018) diz que o crescimento do ser humano é dividido em
fases, a criança tem um crescimento lento já o adolescente tem um crescimento mais
acelerado, devido a essas disparidades o cardápio de uma unidade pré-escolar deve ser
elaborado levando em consideração as necessidades das crianças. Uma alimentação pobre e
inadequada pode causar doenças nutricionais e psicossociais nesta criança/adolescente. Na
mesma ordem de ideia, percebe-se que para que isto não ocorra é de fundamental importância
que os responsáveis em preparar os cardápios e também a merenda escolar tenham
conhecimento das necessidades nutricionais dos educandos (Flávio, 2018).
22
CAPITULO III
3. METODOLOGIA DE PESQUISA
Neste capítulo são abordados os meios que foram aplicados na efectivação da presente
pesquisa, no qual encontram-se patentes: o tipo de pesquisa, métodos de procedimentos,
instrumentos de recolha de dados, amostra ou participantes, critérios de selecção, e
procedimentos para a análise e interpretação de dados.
Este método foi utilizado durante o processo da presente pesquisa, a partir do momento em
que estabeleceu-se, inevitavelmente, um contacto constante com artigos, monografias,
dissertações obras publicadas, filmadas e registada.
23
3.3.1. Questionário
De acordo com Lakatos & Marconi (1991, p. 88), o questionário é um instrumento de
colecta de dados, constituído por uma série de perguntas ordenadas que devem ser
respondidas por escrito e sem a presença do pesquisador. Neste contexto, o pesquisador pode
não se interessar de que formas foram respondidas as perguntas.
Contudo, é de ressaltar que, esta técnica foi aplicada as educadoras cuidadoras das
crianças de 3-5 anos de idade, aos próprios educandos e aos pais/encarregado de educação.
Foram feitas questões abertas em que os entrevistados respondiam de forma livre. O critério
usado para escolha das pessoas foi aleatório.
3.3.2. A observação
É uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e utilizados sentidos na
obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas
também em examinar factos ou fenómenos que se desejam estudar, Lakatos e Marconi (1992).
Este método foi aplicado as crianças de faixa etária em estudo, que são de 3 a 5 anos, onde
foram medidos o perímetro branquial, peso, estatura e presença de edemas.
crianças com idades inferiores a 6 anos residentes na Cidade da Beira (32,02% da população
total). Para a operacionalização da pesquisa, inquiriu-se também 4 educadoras e 5
encarregados de educação das crianças. Portanto, pode-se afirmar que pesquisa contou com
um publico-alvo de 58 participantes.
25
CAPÍTULO IV
Tabela 1:
Fr %
Sexo Masculino 27 55.1
Feminino 22 44.9
Idade Mínima Máxima Média DP
3.00 5.0 4.1 70
Fonte: Elaborado pela autora.
Ressalta-se que ao longo da recolha dos dados, também foram colectados dados
antropométrico (i.e., peso e comprimento). Esses dados foram recolhidos no
primeiro momento de aplicação do “Questionário sobre conhecimentos
alimentares”. Com os dados em causa, procedeu-se aos cálculos apresentados na
tabela abaixo:
26
Tabela 2:
Percentagem
Amostra % Feminino Masculino
Baixo Peso 8 16,32% 3 5
Peso Normal 27 55,20% 11 16
Peso Ponderal 14 28,57% 5 9
Obesidade 0 0% 0 0
Total 49 100% 19 30
Fonte: Elaborado pela autora.
Um dos objectivos do estudo visava identificar o número de refeições que as crianças têm por
dia. Segundo os dados recolhidos, foi possível perceber que 46 (93,9%) das crianças tem tido
4 refeições por dia, nomeadamente matabicho, lanche, almoço e jantar. Apenas 3 (4.1%)
crianças passam três refeições por dia. Trata-se do matabicho, almoço e jantar. Na tabela 4
são apresentados os alimentos que as crianças consomem dirimente em cada refeição
Tabela 3:
Refeições Fr Percentagem%
3 Refeições 3 4,1
4 Refeições 46 93,9
Fonte: Elaborado pela autora.
Tabela 4:
O quadro acima ilustra os alimentos que são do consumo frequente das crianças no momento
de jantar ou almoço, os dados mostram que 7 (14,28%) participantes consomem mais o
Arroz, e 4 (8,16%) consome Xima. Já uma vez por semana 6 (12,24%) crianças afirmaram
que consome carne de frango, 2 (4,08%) afirmam que como esparguete uma vez por semana,
5 (10,20%) consomem carne de vaca, 4 (8,16%) consomem ovos e 6 (12,40%) consomem
peixe uma vez por semana o que é benéfico para saúde porque as proteínas são essenciais no
organismo de forma que a ajudam no desenvolvimento da placenta e no crescimento
fundamental do feto.
Para alicerçar ainda estes aspectos, a pesquisa procedeu a recolha das medidas
antropométricas, nomeadamente o peso e comprimento das crianças recorrendo ao uso do
altímetro (fita métrica) para o comprimento e uma balança para o peso. Neste estudo, as
crianças avaliadas tiveram o peso médio de 17.4 quilogramas (DP=3.1) variando entre 11 a
25 quilos e o comprimento de 103.8 metros, (DP=6.9), variando entre 90 a 117 metros, como
ilustra a tabela 3. Com base nas recomendações da Organização Mundial da Saúde, 3 (6.1%)
tiveram o peso abaixo do normal, isto é, igual ou inferior a (≤-2DP) e 2(4.1%) tiveram
28
Tabela 5:
Como um dos focos da pesquisa, era também colher informações sobre o que as crianças
comem em casa e como os pai/encarregado de educação olham tem gerenciado esta situação
no que tange ao conhecimento nutricional e alimentação. Neste estudo, percebeu-se que dos 5
participantes, 3 (60%) dos pais/encarregado não tinham um emprego fixo alguns sem nível
académico outros com nível básico, por outro 2 (40%) dos pais/encarregado tinham empregão
fixo e estes tinham um nível académico médio e baixo, conforme ilustra na tabela a seguir.
Tabela 6:
Tabela 7:
alimentação e nutrição, bem como averiguar a influência desse conhecimento nos seus hábitos
alimentares. Para o efeito foram elaborados questionários usados nas entrevistas.
Relativamente sobre as questões que focavam em saber se caso o que tem comido diariamente
no matabicho, almoço, lanche e jantar. Com esta questão as crianças responderam ter comido
vários tipos de alimentos.
Dada a importância desta refeição matinal, constatámos que, das 49 crianças entrevistadas,
apenas 32 (65,30%) crianças referiram ingerir pão/mandioca/batata-doce e chá no momento
de matabicho e 17 (34,66) % referiram consumir no momento de matabicho sopa/pão e chá.
Sob este ponto de vista verificou-se um reduzido número de crianças a ingerir a sopa no
momento de lanche. Ainda em relação a esta questão, sendo os frutos um complemento
saudável no momento de lanche, estes foram mencionados por apenas 4 (8,16%) crianças.
Ressalta-se ainda que na tabela 4 ilustra-se os alimentos que são do consumo frequente das
crianças em estudo, os dados mostram que 17 participantes consome mais a sopa/pão e chá e
32 consome mais mandioca/batata-doce e chá, de referir que estes fazem parte dos alimentos
de base por pertencerem a família dos Carboidratos e o seu principal benefício para saúde é
o fornecimento da energia ao organismo, além disso contêm vitaminas e minerais para o
funcionamento do corpo.
De acordo com Lucyk (2008) Os Carboidratos constituem a principal fonte de energia que o
feto utiliza para assegurar seu crescimento e desenvolvimento, eles são representados
principalmente pela glicose, e utilizados em forma glicogénio. O não consumo deste a
gestante pode agravar em problemas como obstipação intestinal durante a gestação.
Quanto ao questionário “o que preferes mas no teu prato e o que normalmente tem comido
no momento almoço e jantar?
A tabela 5 ilustra os alimentos que são do consumo frequente das crianças no momento de
32
jantar ou almoço, os dados mostram que 7 (14,28%) participantes consomem mais o Arroz, e
4 (8,16%) consome Xima. Já uma vez por semana 6 (12,24%) crianças afirmaram que
consome carne de frango, 2 (4,08%) afirmam que como esparguete uma vez por semana, 5
(10,20%) consomem carne de vaca, 4 (8,16%) consomem ovos e 6 (12,40%) consomem
peixe uma vez por semana o que é benéfico para saúde porque as proteínas são essenciais no
organismo de forma que a ajudam no desenvolvimento da placenta e no crescimento
fundamental do feto.
É de referir que Hamaoui (2003) salienta que as proteínas são essenciais para o
desenvolvimento da placenta, hipertrofia de tecidos maternos e a expansão do volume
sanguíneo e são consideradas base fundamental para o crescimento do feto, portanto as
necessidades do feto durante a gestação são aumentadas e a deficiência deste nesse período
haverá restrição de crescimento fetal da energia ao organismo, além disso contêm vitaminas
e minerais para o funcionamento do corpo.
De acordo com o quadro 5, verifica-se também que 4 (8,16%) participantes afirmaram que
consomem Legumes (feijão) todos os dias, salientar que este mineral é rico em ferro, um
elemento presente na hemoglobina, molécula principal dos glóbulos vermelhos, responsável
pelo aumento sanguíneo durante a gestação e a prevenção de anemia. E são um grupo
alimentar mais denso, fornecendo um nível comparativamente alto de nutrientes por caloria.
Contudo, em relação à primeira parte da pesquisa que dizia respeito à identificação dos
alimentos apresentados, verificou-se que, as crianças identificaram e seleccionaram
alimentos que eram consistentes com a refeição em causa. As crianças tinham conhecimento
de quais eram os alimentos adequados para integrar no almoço.
Moçambique (2018) onde estes designaram e caracterizaram alguns grupos de alimentos que
contribuem para o crescimento físico do ser humano, principalmente nas crianças em idade
pré-escolar, tais como: o grupo dos cereais, (arroz, trigo, milho, centeio, aveia e cevada;
Grupo da fruta (limão e laranja, manga e papaia, entre outros); e grupo das carnes, pescado e
ovos (USAID, 2018). Portanto, fica evidente que a hipótese primária da pesquisa “ A dieta
alimentar adoptada na Escolinha Primeira Opção - Beira, tenha impacto positivo no
crescimento físico dos educandos” é validade com sucesso nesta pesquisa. Pós Todas as
crianças deste estudo consumem porções do grupo recomendadas pela USAID, que é de uma
porção diária. Portanto, também essa situação pode contribuir para o desenvolvimento de
doenças crónicas não transmissíveis.
Percebe-se que dentre os encarregados alguns não tem acesso a produtos que criam menores
chances de desenvolver doenças, que cuja origem são as escolhas inadequadas dos alimentos.
Segundo Guideline (2012), observa-se que os indivíduos com menor poder aquisitivo têm
menos acesso aos alimentos em termos quantitativos e qualitativos, diferentemente de uma
pessoa com uma boa condição financeira. Um indivíduo com melhores condições financeiras
têm acesso fácil há todos os géneros alimentícios em quantidade e qualidade e isso acaba
influenciando na escolha inadequada dos alimentos, o individuo acaba em preferir alimentos
34
industrializados, com alto teor de gordura, açúcar e sal, o que acaba culminando em doenças
de origem nutricional como obesidade, hipertensão, diabetes e desnutrição.
Ainda segundo o mesmo autor, a alimentação saudável evolui com o tempo, sendo
influenciada por diversos factores sociais, e económicos. Esses factores que incluem rendam,
preço dos produtos (o que afectará a disponibilidade e acessibilidade aos alimentos saudáveis,
preferências, crenças individuais, tradições e culturais), aspectos geográficos e ambientais
incluindo as mudanças climáticas.
Ainda na linhagem da dos resultados do estudo, ilustra-se que 2 encarregado de educação não
eram escolarizados devido à falta de condições e oportunidades, não sabiam ler e nem
escrever, o que nos leva a pensar que este problema por vezes influencia na escolha dos
alimentos e estas consideram indispensáveis os produtos com baixo valor nutritivo e com
elevadas quantidades de açúcar, gordura e produtos embutidos porque não estão cientes que
uma alimentação deve ser nutritiva contendo todos os macro e micronutrientes necessários
para o bom funcionamento do organismo diferentemente dos outros que tem um
conhecimento científico a respeito do mesmo.
Segundo Castro, (2010), o nível de escolaridade tem sido apontado como variável capaz de
interferir na forma como a população escolhe seus alimentos, que pode ser decisiva para
qualidade do autocuidado e para a capacidade de interpretar informações relativas á protecção
da saúde, desta forma acredita-se que a educação escolar é capaz de influenciar o
conhecimento sobre alimentação e nutrição.
Conforme as “Folhas de Registo das Acções Efetuadas com as Crianças”, das 4 educadoras de
infância somente 2 concretizaram algumas das sessões solicitadas. As restantes 2 educadoras
não realizaram qualquer sessão, alegando a impossibilidade de o fazer (as sessões) por causa
das actividades curriculares que careciam de cumprir bem como a outras actividades às quais
tiveram de ser priorizadas
Salienta-se que as sessões realizadas tiveram uma duração que variou entre os 30 e 45
minutos, sendo que uma larga maioria durou 30 minutos. As actividades realizadas foram, de
um modo universal, ao encontro do descrito no documento “Educação Alimentar – Conteúdos
a desenvolver”. No Quadro 8 é possível averiguar quais as sessões de educação alimentar
implementadas, bem como a frequência das mesmas.
Tabela 8:
1
Educadora
2 0 0 0 0
Educadora
3 2 1 1 3
Educadora
4 2 2 2 2
Tendo em conta o solicitado, cada uma das educadoras de infância pertencentes ao “grupo
com intervenção”, deveriam ser abordados os 4 temas indicados nas “Folhas de Registo das
Acções Efetuadas com as Crianças”, sendo que cada um deveria ser ministrado ao menos duas
vezes, o que concluiria o total de 60 sessões de educação alimentar, mas pelo contrário,
verifica-se que foram implementadas 17 sessões forme o quadro 7 ilustra.
É de realçar que das 4 educadoras, envolvidas no presente estudo, uma aferiu que quanta
abordagem efetuada a conteúdos de alimentação e nutrição, aferiu que as crianças por si
acompanhadas participaram em actividades associadas com os temas da alimentação e
nutrição. Uma das educadoras também aferiu que “têm por hábito realizar actividades
relacionadas com o Dia Mundial da Alimentação, como por exemplo preparar uma salada de
fruta em conjunto com as crianças e estimular os pais/encarregado de educação a situar
perpetuamente frutas como lanche das crianças; provar alimentos que geralmente não
consomem (tomate, rodelas de cenoura); concretizar uma ida às compras de “faz de conta” e
seleccionar os alimentos mais saudáveis para situar no cesto; fazer uma “mini-horta” com as
crianças.
37
Assim sendo, o ambiente da escolinha em estudo mostra-se como um local interessante para o
desenvolvimento de novos hábitos alimentares e promoção da saúde da criança. Visto que a
criança permanece a maior parte do tempo escolinha, nela realiza-se uma ou duas refeições
diárias. Segundo Costa (2009) as acções educativas desenvolvidas no âmbito escolar, de
forma lúdica, são importantes para o aprimoramento de conhecimentos importantes de
alimentação e nutrição, também motivação e troca de saberes entre as crianças.
Face ao exposto, no presente estudo, a melhoria verificada ao nível dos conhecimentos das
crianças expostas às sessões de educação alimentar, segundo educadoras estas, demonstraram
a efectividade do programa implementado. O facto das sessões de educação alimentar terem
incluído, além da componente teórica, uma componente prática, efetuada com recurso a jogos,
como por exemplo os realizados com as fichas de alimentos e o tapete didáctico “ Mesa de
Refeições”, poderá ter contribuído para a aquisição de conhecimentos por parte das crianças.
Um estudo, que avaliou diferentes abordagens pedagógicas, verificou que o ensino tradicional
em conjunto com uma abordagem pedagógica baseada em jogos, com o duplo objectivo de
aquisição de conceitos de nutrição e melhoria dos hábitos alimentares, é aquele que obtém
melhores resultados em ambos os aspectos (Turnin, et al., 2012 citado em Pereira 2013)
Contudo, cabe aos educadores criarem condições favoráveis para oferecerem oportunidade de
praticar e fortalecer o conhecimento nutricional na criança, assim como para os
pais/encarregado de educação. A formação de hábitos alimentares saudáveis, variada e
equilibrada no período pré-escola é de extrema importância, pois esses hábitos tende a
continuar no decorrer da vida adulta da criança. A interacção positiva pode dar lugar a
interacções negativas, com os pais utilizando estratégias para a inserção de novos alimentos.
38
CAPITULO V
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Neste capítulo, pretende-se verificar as hipóteses inicialmente formuladas, assim como
elaborar as conclusões resultantes de toda esta investigação.
Nesta fase, é também pertinente referir quais as limitações encontradas durante o caminho
percorrido desde o início até ao fim deste trabalho. Uma vez reunidos todos estes
conhecimentos, encontram-se em condições de levantar novos problemas, bem como abordar
o problema de outra perspectiva, o que será bastante útil para apresentar propostas para
futuras investigações.
5.2. Conclusões
Este estudo foi motivado pelo desejo de pesquisar assuntos relacionados à nutrição infantil,
que possam contribuir para melhorar a saúde das crianças, exclusivamente nos educandos do
centro infantil roda das crianças.
Considerando as tarefas que foram realizadas no decorrer deste estudo, pelo envolvimento,
pelas reacções e pelo conteúdo dos diálogos, conclui-se que as crianças aperfeiçoaram os seus
conhecimentos sobre os alimentos e sobre a alimentação saudável. No entanto, essa melhoria
requer continuidade para que se traduzam em hábitos alimentares mais saudáveis e
permanentes.
Os pais podem influenciar mudanças nos hábitos alimentares e na actividade física da criança.
No ambiente escolar, os escolares também estão vulneráveis as alterações de comportamento.
Desta maneira, é necessário que a escola desenvolva estratégias para formação de hábitos de
vida saudáveis para promoção da saúde e prevenção de doenças crónicas não transmissíveis.
É, neste sentido, importante compreender a importância que uma boa alimentação tem no
crescimento de cada criança. Educar as crianças requer também conhecimentos no âmbito da
alimentação por parte da família e dos/das educadores/as.
No que tange à composição desta monografia, importa também frisar que todos os objectivos
visados neste estudo só foram obtidos devido à ajuda das educadoras colaboradoras que
auxiliaram no decorrer desta pesquisa e à participação das crianças.
40
5.3. Sugestões
Conforme exposto nesta pesquisa alguns encarregado de educação carecem de informações de
uma boa dieta, para tal, há necessidade de se desenvolver projectos de investigação de
natureza longitudinal e que abranjam uma população mais representativa da realidade
nacional. Assim, tornar-se-á possível identificar os factores condicionantes e a forma como os
encarregados se relacionam com o estado de nutrição das crianças.
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6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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tratamento de fissuras mamilares. Rio de Janeiro: Jornal de Pediatria.
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revisão de literatura. Rio de Janeiro Cad. Saúde Pública.
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aprendizagem e produção de conhecimento. Rev Nutr.
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implementação do programa nacional alimentação na escola. São Luís, EDUCARE,
PUC.
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perspectiva das teorias compreensivas. Departamento de Ciência da Nutrição, Escola
de Nutrição, Universidade Federal da Bahia.
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Paim, B. S. (2015). Alimentação infantil nos primeiros quatro meses de vida nas práticas
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Campus de Erechim, Revista Electrónica de Extensão da URI.
Yassin, L., Almeida, P., Beraldi, D., & Carlos, A. (2016). Ensino da alimentação saudável
para pré-escolar e escolares. Paraná: Ponta Grossa.
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Nome do educando______________________________________________________
Parte I: Informações sociodemográficas
a) Idade da criança ______; Sexo da criança_____
b) Peso________________; Comprimento__________
Parte II
Parte: II conhecimentos alimentares