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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA

ANABELA DAMIÃO HUO

IMPACTO DA DIETA ALIMENTAR NO CRESCIMENTO


FÍSICO DA CRIANÇA EM IDADE PRÉ-ESCOLAR: ESTUDO
DO CASO ESCOLINHA PRIMEIRA OPÇÃO – BEIRA (2022)

Beira

2022
ANABELA DAMIÃO HUO

IMPACTO DA DIETA ALIMENTAR NO CRESCIMENTO


FÍSICO DA CRIANÇA EM IDADE PRÉ-ESCOLAR: ESTUDO
DO CASO ESCOLINHA PRIMEIRA OPÇÃO – BEIRA (2022)

Monografia Científica apresentada ao curso


de Licenciatura em Educação de Infância,
Faculdade de edução, para com requisito
para obtenção do título de licenciatura em
Educação de infância.

Orientador: PhD. Paulo Zebo Bulaque

Beira

2022
Dedicatória
Dedico esta conquista aos meus pais, sem os quais o caminho até aqui teria sido bem mais
difícil.
Agradecimento

Agradeço primeiramente, ao meu bom Deus que foi meu verdadeiro guia nessa jornada.
Também agradeço a toda minha família por todo o apoio recebido, por sempre acreditar em
mim. Em fim agradeço aos meus amigos pelo incentivo, pelas risadas e por não me deixarem
desistir mesmo nos momentos de maior dificuldade.

Ao PhD. Paulo Bulaque, meu docente e supervisor, pela paciência na orientação, incentivo, e
ajudar-me a esclarecer minhas dúvidas que torna-se possível a execução e conclusão desta
monografia.

As educadoras da Escolinha Primeira Opção, por disponibilizar seu tempo para fornecer
informações importantes para a elaboração deste trabalho e a todos encarregados de educação
Resumo

O trabalho teve como objectivo principal avaliar o impacto da dieta alimentar no crescimento
físico das crianças de 3-5 anos na Escolinha Primeira Opção – Beira. Para a efectivação do
mesmo usou-se o método bibliográfico que consistiu na investigação das obras já elaboradas e
por outro lado também as técnicas de recolha de dados que foram inquérito por entrevista,
inquérito por questionário e observação directa. Diante da questão de partida “Qual é o
impacto da dieta alimentar no crescimento físico dos educandos da Escolinha Primeira
Opção – Beira?”, no final da pesquisa, concluiu-se que a dieta alimentar causa um impacto
positivos no crescimento físico e estes alimentos, assetam-se como fortalecimento da nutrição
na criança. A análise e interpretação dos dados emergentes contribuíram para a compreensão
do objecto de estudo e permitiu reconhecer a importância de uma abordagem contextualizada,
dirigida e sistemática no âmbito da educação alimentar. A pesquisa demonstra que a educação
nutricional em crianças evidencia uma maior redução de doenças. Por outro lado os pais
podem influenciar mudanças nos hábitos alimentares e na actividade física da criança. No
ambiente pré-escolar, as crianças também estão vulneráveis as alterações de comportamento.
Desta maneira, é necessário que as instituições de ensino desenvolvam estratégias para
formação de hábitos de vida saudáveis para promoção da saúde e prevenção de doenças. A
pesquisa concluiu que o impacto de uma boa alimentação que tem no crescimento de cada
criança, requer também conhecimentos no âmbito da alimentação por parte da família e das
educadoras.

Palavras-chave: Dieta alimentares. Educação alimentar. Pré-escolar.


Summary

The main objective of the work was to evaluate the impact of the diet on the physical growth
of children aged 3-5 years at the Escolinha Primeira Oportunidade – Beira. .to carry it out, the
bibliographic method was used, which consisted in the investigation of the works already
elaborated and, on the other hand, also the data collection techniques that were survey by
interview, survey by questionnaire and direct observation. .Faced with the starting question
“What is the impact of the diet on the physical growth of the students of the First Choice
School – Beira?”, at the end of the research, it was concluded that the diet has a positive
impact on physical growth and these foods, They settle down as a strengthening of the.child
nutrition.the analysis and interpretation of emerging data contributed to the understanding of
the object of study and made it possible to recognize the importance of a contextualized,
directed and systematic approach in the context of food education. .research shows that
nutritional education in children shows a greater reduction in diseases. On the other hand,
parents can influence changes in the child’s eating habits and physical activity. .in the
preschool environment, children are also vulnerable to behavioral changes. In this way, it is
necessary for educational institutions to develop strategies for the formation of healthy
lifestyle habits for health promotion and disease prevention. .the research concluded that the
impact of good nutrition on the growth of each child also requires knowledge in the area of
nutrition on the part of the family and educators.

Keywords: Food diet. Nutrition education. Preschool.


Lista de Tabelas

Tabela 1:....................................................................................................................................20
Tabela 2:....................................................................................................................................20
Tabela 3: Número de refeições por dia.....................................................................................21
Tabela 4: Refeições por semana (almoço e jantar)...................................................................21
Tabela 5: Medidas antropométricas: peso e comprimento.......................................................22
Tabela 6: situação do encarregado da criança...........................................................................22
Tabela 7: Os alimentos que as crianças consomem diariamente em cada refeição..................24
Tabela 8: Número de sessões de educação alimentar efetuadas às “Crianças expostas”.........29
Índice
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................9

1.1. Problematização.........................................................................................................10

1.2. Justificativa.................................................................................................................11

1.3. Objectivos...................................................................................................................12

1.3.1. Objectivo geral....................................................................................................12

1.3.2. Objectivos específicos.........................................................................................12

1.4. Hipóteses....................................................................................................................12

1.5. Delimitação do tema...................................................................................................12

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................................13

2.1. Teorias Ecológica.......................................................................................................13

2.2. A alimentação em Moçambique.................................................................................14

2.3. Aspectos gerais sobre a dieta alimentar nas crianças em idade de pré-escolares......14

2.4. Situação da alimentação em idade pré-escolar...........................................................16

2.4.1. Grupo de alimentos que contribuem para o crescimento da criança......................17

2.5. A Merenda na pré-escola............................................................................................19

2.5.1. A importância da boa merenda escolar...............................................................19

3. METODOLOGIA DE PESQUISA...................................................................................21

3.1. Abordagem metodológica..........................................................................................21

3.2. Pesquisa Bibliográfica................................................................................................21

3.3. Pesquisa quanto aos Procedimentos...........................................................................22

3.3.1. Questionário.......................................................................................................22

3.3.2. A observação.......................................................................................................22

3.4. População e amostra...................................................................................................22

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.............................................24

4.1. Caracterização global da amostra...............................................................................24


4.2. Discussão dos dados...................................................................................................27

4.2.1. Sessões efetuadas pelas educadoras....................................................................32

5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.........................................................................36

5.1. Verificação das Hipóteses..........................................................................................36

5.2. Conclusões Finais.......................................................................................................37

5.3. Sugestões................................................................................................................39

6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................40

Apêndice A: Questionário dirigido criança..............................................................................43

Apêndice B: Questionário dirigido aos parentes da criança.....................................................44

Apêndice C: Questionário dirigido aos Educadores.................................................................45

Apêndice D: Folha de registos efetuadas com as cainças.........................................................46


10

CAPITULO I

1. INTRODUÇÃO
A alimentação infantil é um tema que nos últimos anos tem merecido grande interesse
em vários campos do saber por envolver diferentes aspectos além dos nutricionais. O
conhecimento das reflexões imediatas e de longo prazo relativamente a uma alimentação
inadequada tem contribuído para a busca de melhor entendimento de como o hábito alimentar
é formado e chamado a atenção para a importância das práticas alimentares nos primeiros
anos de vida da criança.

Para além disso, é de conhecimento geral que para manutenção do corpo se faz
necessário uma alimentação saudável. De acordo com Ribeiro (2013), a alimentação é um dos
factores mais importantes em qualquer fase da vida para promover a saúde e prevenir doenças

Todavia, conforme o mesmo autor acima, os hábitos alimentares são influenciados por
inúmeros factores de ordem genética, socioeconómica, cultural, étnica, religiosa, entre outros.
A dieta alimentar tem de alguma forma impactado no crescimento físico da criança
principalmente em idade pré-escolar, razão pela qual a presente pesquisa tem como o intuito
de abordar sobre o impacto da dieta alimentar no crescimento físico das crianças em idade
pré-escolar na escolinha primeira opção – Beira.

Como sabemos que quase em todas instituições de ensino pré-escolar reservam uma
pequena refeição para os educandos a fim de garantir aos educandos a oferta no mínimo de
uma refeição diária, durante o seu período de permanência na escola. Assim, torna-se
indispensável também às interacções e actuação do nutricionista e os profissionais da
educação, para elucidar a prática da alimentação saudável, com vistas a suprir as necessidades
nutricionais diárias, e formação de hábitos alimentares saudáveis, de acordo com a realidade
social vivenciada (Almeida, 2014).

Quanto a estrutura, o presente trabalho compreende cinco capítulos, incluindo o presente que
é o capítulo introdutório, onde faz-se uma abordagem inicial para se determinar o porquê do
assunto escolhido, assim como a viabilidade do estudo.

No que tange ao segundo capítulo consta a fundamentação do tema escolhido como objecto
de pesquisa, baseado em alguns autores especialistas que outrora abordaram sobre o assunto.
11

Já no terceiro capítulo será apresentado as metodologias empregues para a concretização desta


pesquisa.

No quarto capítulo serão analisados e interpretados os dados colhidos a partir dos métodos de
recolha de dados e por fim, no quinto capítulo onde caberá ao autor finalizar esta pesquisa
com as considerações finais, e deverá conter uma análise final sobre os objectivos da
pesquisa.

1.1. Problematização
Segundo UNICEF (2019) uma questão relacionada com o crescimento saudável na
infância que tem merecido especial atenção nos últimos tempos é má nutrição infantil. Esta
acarreta consequências nefastas para o crescimento e o desenvolvimento das crianças,
principalmente as que estão inseridas no ensino pré-escolar, pelo que se torna urgente
implementar mecanismos de uma boa dieta alimentar no crescimento fisco dos educandos.

Esta problemática é, também, partilhada por Freitas, Minayo, Fontes e Gardênia, (2010, p.
14), que argumenta nos seguintes termos:

A criança que possui uma alimentação deficiente e que não possua uma dieta alimentar
equilibrada em termos da qualidade, está predisposta há problemas que poderão acarretar no
seu fracasso escolar. Infelizmente, os reflexos nas fases posteriores muitas vezes são
irrecuperáveis.

Por outro lado, um estudo realizado pela UNICEF em 2019, em diferentes áreas rurais
de Moçambique, no âmbito da situação Mundial da Infância examinou a má nutrição infantil
em várias regiões do país. Apercebendo-se que as comunidades encaram cada vez mais uma
tripla carga de má nutrição, apesar do declínio da desnutrição, 149 milhões de crianças com
menos de 5 anos ainda sofrem de insuficiência de crescimento e quase 50 milhões têm baixo
peso, 340 milhões de crianças sofrem com a fome oculta e as taxas de sobre peso e obesidade
estão subindo rapidamente. Diante disto, estes factores impedem um bom carecimento físico
da criança e geralmente a criança não possui imunidade alguma às doenças, vivem fraco, sem
ânimo e em consequência seu rendimento escolar é baixo (UNICEF, 2019).

Conforme Yokota et al., (2010, citado em Yassin, Lorene, Almeida, Priscila, Beraldi,
Damaris e Carlos 2016) a fase da idade pré-escolar apresenta importantes aspectos para a
formação de hábitos e práticas comportamentais em geral, e especialmente alimentares, este
processo essencial tem seu início nesta fase e se estende por todas as demais fases do ciclo da
vida do indivíduo. Para além disso, na perspectiva da teoria compreensiva, a criança na idade
pré-escolar necessita de um maior cuidado em relação à alimentação, principalmente pelo fato
12

de ocorrer inserção de novos hábitos alimentares que implica novos sabores, texturas e cores,
experiências sensoriais que influenciarão o padrão alimentar a ser adoptado pelo educando
(Barbosa, 2005).

No entanto, a partir das informações acima referenciadas, aferiu-se que o impacto da


dieta alimentar no crescimento físico na idade pré-escolar, A Escolinha Primeira Opção -
Beira esta vocacionada ao ensino infantil pré-escolar, porém, nela a dieta alimentar tem sido
repetitiva, facto que pode contribuir no bom ou mau crescimento físico dos educandos. Nesta
ordem de ideias, levou-nos a levantar a seguinte questão:

Qual é o impacto da dieta alimentar no crescimento físico dos educandos da


Escolinha Primeira Opção – Beira?

1.2. Justificativa
A compilação desta monografia foi originada pela uma leitura profunda no que tange a
má nutrição que vem prejudicando profundamente o crescimento e o desenvolvimento das
crianças no ensino pré-escolar. Para além disso, deveu-se também pela observação obtida pela
autora aquando do seu estágio pré-profissional, também deveu-se ao reconhecimento do
grande desafio que as escolinhas têm para garantir a boa dieta alimentar dos petizes em sua
idade pré-escolar.

Assim, a realização desta pesquisa justifica-se, a partir da relevância: a nível social pôs
poderá constituir também interesse da autora contribuir com a sua capacidade intelectual que
veio adquirindo ao longo do tempo da formação em torno da dieta alimentar tendo em conta o
crescimento físico salutar nas crianças, pois, a alimentação é uma necessidade fisiológica ou
primária que o ser humano geralmente tem no seu quotidiano. Para além disso, no âmbito
académico, a pesquisa poderá trazer algumas estratégias para a implementação de uma boa
dieta no ensino pré-escolar.

Em fim, ademais, a escolha do tema em estudo prende-se com o facto de se constatar o


impacto da dieta alimentar no crescimento físico da criança em idade pré-escolar.

1.3. Objectivos

1.3.1. Objectivo geral


a) Avaliar o impacto da dieta alimentar no crescimento físico das crianças na Escolinha
Primeira Opção – Beira.
13

1.3.2. Objectivos específicos


a) Identificar os alimentos que contribuem para o crescimento dos educandos da
Escolinha Primeira Opção – Beira;
b) Descrever a dieta alimentar adoptada na Escolinha Primeira Opção – Beira;
c) Propor sugestões para melhoria da dieta alimentar no crescimento físico dos
educandos do na Escolinha Primeira Opção – Beira;

1.4. Hipóteses
Com base na revisão da literatura efectuada espera-se que:

a) (H1) A dieta alimentar adoptada pelos educandos da Escolinha Primeira Opção -


Beira, tenha impacto positivo no crescimento físico dos educandos;
b) (H2) As refeições, os lanches e as actividades de preparo de alimentos ofereçam às
crianças uma oportunidade de praticar e fortalecer seu conhecimento nutricional,
assim como de demonstrar seu aprendizado cognitivo.

1.5. Delimitação do tema


Esta monografia, trata do impacto da dieta alimentar no crescimento físico das
crianças na idade pré - escolar, visando sobretudo aferir a situação física nas crianças de 3-
5anos de idade. Sobretudo, a pesquisa foi realizada na Escolinha Primeira Opção, cidade da
Beira, Província de Sofala durante o ano de 2022. A escolha do local deveu-se ao fato da
autora ser residente da mesma cidade e por conseguinte, haver mais facilidade para o contacto
e realização da pesquisa. Esta temática enquadra-se, no das ciências biológicas, especialmente
na nutrição.

Importa referir que a mesma pesquisa é sustentada pelos pressupostos da teoria


ecológica, justamente porque essa visão advoga que a criança que possui uma alimentação
deficiente e que não possua uma dieta alimentar equilibrada em termos da qualidade, está
predisposta há problemas que poderão acarretar no seu fracasso escolar Bandeira, (1986).
14

CAPÍTULO II

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo está relacionado com a revisão da literatura e dos conceitos básicos no
que tange ao tema em estudo. Conforme Lakatos e Marconi (2003, p. 43), a revisão da
literatura ou bibliográfica tem como objectivo demonstrar competência para a pesquisa,
entendimento do fenómeno e justificar a pertinência do estudo. Assim, consideramos que para
entendermos melhor o objecto deste estudo é necessário fazer uma abordagem teórica no que
tange aos conceitos-chave da pesquisa.

2.1. Teoria Ecológica


Apesar de fazer parte da preocupação do homem desde os primórdios das civilizações
minimamente complexas, foi apenas em 1798 que o problema populacional ganhou grande
repercussão (Sherbinin, 2007), com a publicação, por Thomas Malthus  ‐  economista
britânico e professor de economia política ‐ do livro Essay on the Principle of Population, que
se tornou um clássico. Este trabalho foi pioneiro e seu impacto perdura até os dias de hoje.
Nele, Malthus estabelece duas premissas. Primeiro, ele diz que alimentos são necessários para
a existência humana. Segundo, afirma que a paixão dos sexos é necessária,   fato que está
intimamente ligado ao crescimento populacional. Malthus afirma que o poder de crescimento
da população será sempre maior que o poder da terra de oferecer subsistência para o homem:
a população cresce em progressão geométrica enquanto a produção de alimentos cresce em
progressão aritmética. O economista vai além e afirma que uma população só cresce onde
existem meios de subsistência. É justamente a tensão crescente entre população e a produção
de subsistência que geraria miséria  

Bronfenbrenner e Morris (1998, citado em Cristiane, 2013), em revisão no modelo


ecológico original, enfatizam a importância do conceito de nutrição. As teorias que
concernem a dieta, no período que compreende as décadas de 1970-80, mostram duas linhas
distintas de investigação. Uma, das vais médicos sanitarista e influenciada pelo debate
nacional sobre a superação do subdesenvolvimento. Castro, (2010), procurava na condição
socioeconómico a causalidade para o quadro geral de desnutrição que se averiguava na ao
redor do mundo, e investigou sobretudo as áreas urbanas.
15

Para além disso, no intuito de fazer conhecer um pouco da história da Alimentação,


Ornellas (1978, citado em Sherbinin, 2007) relata que no Período Quaternário 6.000 a.C.,
Paleolítico Superior (Pedra Lascada), anterior ao dilúvio, vivia o homem em cavernas
dedicava-se à caça enquanto a mulher colhia frutos, nozes, raízes e cereais silvestres, para
completar a ração alimentar, no que se houveram muito bem."

Nesta ordem de ideia, fica claro que em tempos antigo já havia a preocupação com a
alimentação e hábitos alimentares. Para revelar esta importância a nível mundial, Ornellas
(1978, p.223, citado em Sherbinin, 2007, p. 27) expressa:

O colonizador português mantinha tanto possível seus hábitos alimentares trazendo


sementes de vegetais, frutas (lima, limão, laranja, uvas, figos, cerejas, etc.), cereais
(arroz, trigo e cevada), açúcar e animais (gado, porco, galinha, etc) antes de aderir aos
frutos silvestres, à caça de pena e pêlo e aos amplos recursos da pesca lacustre, fluvial
e marítima […].

Nota-se que realmente havia uma preocupação sobre os hábitos alimentares, e que nas
mais remotas civilizações o homem conquistava seu espaço para semear sua sobrevivência.

2.2. A alimentação em Moçambique


A economia do país é baseada principalmente na agricultura, mas a indústria está crescendo,
principalmente alimentos e bebidas, fabricação de produtos químicos e produção de alumínio
e petróleo. Um estudo feito pela ANIM (2019) aponta que:

Moçambique contém cerca de 36 milhões de hectares de terras férteis e aráveis, mas


actualmente apenas 16% das terras adequadas para agricultura são cultivadas. Para
além disso, em Moçambique, mais de 70% das famílias pobres vivem em áreas rurais
e dependem principalmente da agricultura para obtenção de alimentos e geração de
renda. O sector emprega 80% da força de trabalho e constitui a principal fonte de
renda para mais de 70% da população. Em geral, a produtividade agrícola do país é
baixa.

Nesta perspectivas, é possível perceber que a fonte principal do consumo de alimentos esta na
agricultura, logo os alimentos mais consumidos neste país são as frutas e os vegetais, visto
que existem famílias em zonas rurais que depende totalmente da agricultara como as suas
fontes principais de alimento.

2.3. Aspectos gerais sobre a dieta alimentar nas crianças em idade de pré-
escolares
A assistência alimentar à criança que vai à escola tem sua origem no século passado. Durante
a Revolução Francesa, em 1791, foi inaugurado, na França, o primeiro serviço de distribuição
de merenda. A "sopa escolar" constituiu a primeira forma de suplementação alimentar; era
16

preparada nas residências das famílias e transportada até as escolas. Nessa época, entretanto,
não havia a preocupação com o estado nutricional da criança que recebia o alimento, pois, a
desnutrição proteico energética deficiência só identificada na década de 30, ainda não se
definia como tal. O que se pretendia era minimizar a fome das crianças que chegavam à
escola sem ter ingerido qualquer alimento (Savage e Birch, 2007 citado em Paim, 2015).

Nos dias actuais os hábitos alimentares são formados por meio de complexa rede de
influências genéticas e ambientais. Evidências demonstram que a formação dos hábitos
alimentares inicia-se já no período gestacional, por meio do contacto do feto com o líquido
amniótico, e continua durante a infância, sobretudo nos primeiros 2-3 anos de vida, com
repercussão no comportamento alimentar aos 03 anos até a fase adulta (Savage e Birch, 2007
citado em Paim, 2015).

Conforme Costa, Ribeiro, e Ribeiro (2009 p. 24) entende a dieta alimentar como sendo

[…]. a garantia, a todos, de condições de acesso a alimentos básicos de qualidade, em


quantidade suficiente, de modo permanente e sem comprometer o acesso a outras
necessidades básicas, com base em práticas alimentares que possibilitem uma
saudável reprodução do organismo humano, contribuindo, assim, para uma existência
digna ou por outra, trata se de um conjunto de alimentos e bebidas ingeridos
usualmente por uma pessoa.

Perin e Zanardo (2013) salientam que a alimentação saudável é considerada aquela


que faz bem, promovendo saúde para a criança que recebe orientações e informações
adequadas. Nesta faixa há necessidade de um maior cuidado em relação à alimentação,
principalmente pelo fato de ocorrer inserção de novos hábitos alimentares que implica novos
sabores, texturas e cores, experiências sensoriais que influenciarão o padrão alimentar a ser
adoptado pelo infante (Barbosa, 2005).

Almeida e Afonso (1997, p. 37) entendem que o alimento

[…] é toda a substância utilizada para nutrir os seres vivos e que contribui,
consequentemente, para assegurar: os materiais necessários param a formação,
crescimento e reparação das células e tecidos, os materiais necessários para o seu
metabolismo equilibrado, os constituintes orgânicos necessários à produção de
energia.

Neste sentido, a importância da alimentação nos primeiros cinco anos de vida de uma
criança requer cuidados específicos. A selecção de alimentos diversificados e seguros, do
ponto de vista da sua qualidade e higiene, é determinante para a saúde de qualquer criança.
Outro factor essencial é o tipo de alimentos, bem como os métodos de preparação e as
refeições, pois devem corresponder às necessidades de todos os indivíduos.
17

Para além destes cuidados e princípios, Viana (2002) refere que no período pré-
escolar, compreendido entre os 3 e 5 anos (DeCS, 2014), as crianças apresentam ritmo de
crescimento físico1, com velocidade inferior à dos dois primeiros anos de vida, com
consequente decréscimo nas necessidades nutricionais e no apetite. Estudos indicam que esse
período é oportuno para a formação e consolidação de bons hábitos alimentares (Savage,
2013)

2.4. Situação da alimentação em idade pré-escolar


Vários estudos em diversos países comprovam a má qualidade da dieta de pré-
escolares (Mazzilli, 1978). Dados sobre o consumo alimentar da Pesquisa Nacional de
Demografia e Saúde (PNDS), com amostra de 4.322 crianças entre 3 a 6 anos de idade,
revelaram que a maioria das crianças não consumia diariamente verduras de folhas, legumes,
carnes e frutas, mas consumia, na frequência diária ou de uma a três vezes na semana,
biscoitos, refrigerantes, doces e salgados (Savage, 2013).

Segundo o autor acima, ao longo do período Pré-Escolar é crucial a escolha dos


alimentos, tendo em conta a sua qualidade, a sua higiene e a sua diversidade. É especialmente
nesta fase que as crianças adquirem comportamentos relativos à alimentação, sobretudo o
consumo de doces e gorduras e a ausência ou consumo insuficiente de legumes e frutos no seu
quotidiano conforme vimos acima. Segundo Cordeiro (2014), uma criança deste grupo etário
necessita de alimentos por vários motivos, nomeadamente: (i) para viver, pois as células
funcionam através da energia que vem da transformação da glicose com o oxigénio que nos
chega da respiração; (ii) para manter a temperatura corporal; (iii) para crescer, pois na criança
todos os órgãos e tecidos crescem com fases de grande aceleração, de onde decorre a
necessidade de energia (hidratos de carbono) e de outros nutrimentos (proteínas, gorduras,
vitaminas, minerais, fibras e água); (iv) para realizar actividades intelectuais e físicas
(Mazzilli, 1978).

Por outra, nos primeiros anos de vida os hábitos alimentares são condicionados e,
como tal, “ […] para os mais pequenos são particularmente importantes as estratégias que
incluem a exposição às comidas num contexto social positivo, tendo como modelos de

1
Crescimento físico refere-se a um processo de carácter concreto e mensurável que compreende a formação, o
aumento da massa e a renovação dos tecidos, sendo na infância a fase na qual se inicia o aumento global do
organismo. o crescimento não é representado simplesmente por um aumento de estatura. Ele inclui também a A
A formação de novos tecidos que por sua vez retiram energia dos alimentos mostra que para a criança e para o
adolescente além das necessidades habituais de manutenção é preciso juntar as necessidades suplementares de
crescimento: a formação de novos tecidos como os alimentos de origem animal e os suplementos minerais
sobretudo o cálcio e o fósforo. Lalanne (1970, citado em Candeias e Silva (2005)).
18

referência pares e adultos, bem como a utilização apropriada de incentivos” (Loureiro 2004,
p. 44). Por outro lado, Nunes e Breda (2001, p. 8) referem “ […] que as crianças não estão
dotadas de uma capacidade inata para escolher alimentos em função do seu valor nutricional,
pelo contrário, os seus hábitos alimentares são aprendidos através da experiência, da
observação e da educação”

2.4.1. Grupo de alimentos que contribuem para o crescimento da criança


No que refere às funções da alimentação, Candeias e Silva (2005), referem que a
alimentação tem assegurado a sobrevivência do ser humano, fornece energia e nutrientes
necessários ao bom funcionamento do organismo, para além disso, contribui para a
manutenção do nosso estado de saúde físico e mental e desempenha um papel fundamental na
prevenção de certas doenças assim como também contribui para o adequado crescimento e
desenvolvimento das crianças e adolescentes (idem).

Conforme a Direcção-geral do Consumidor e a Associação dos Nutricionistas (2013)


designaram e caracterizaram alguns grupos de alimentos que contribuem para o crescimento
físico do ser humano, principalmente nas crianças em idade pré-escolar:

a) Grupo dos cereais, seus derivados e tubérculos – este grupo é encarado como o maior
grupo da nova Roda dos Alimentos e, em relação aos restantes grupos, os alimentos
que o integram devem ser consumidos em maior quantidade. Neste grupo estão
incluídos cereais (arroz, trigo, milho, centeio, aveia e cevada) e seus derivados
(farinha, pão, massa e cereais), tubérculos (batata). Estes alimentos têm como
principal característica ser a principal fonte de hidratos de carbono e fornecedores de
energia do organismo (idem) é de realçar que são os principais alimentos protectores e
comer esses alimentos diariamente pode evitar o desenvolvimento de câncer;
b) Grupo da fruta – deste grupo faz parte os frutos, por exemplo, a maçã, a pêra, o
morango, a ameixa, os citrinos (limão e laranja), os frutos tropicais (manga e papaia),
entre outros. Estes alimentos têm como principal característica fornecer vitaminas,
minerais, fibra e água. É fundamental variar o consumo de fruta, pois isso resulta
numa maior diversidade de nutrimentos. Em relação aos frutos secos e frutos gordos,
estes não pertencem a este grupo pois têm características nutricionais diferentes estes
alimentos também são protectores (idem);
c) Grupo dos lacticínios ou energéticos - estes grupos inclui o leite, o iogurte e outros
leites fermentados, queijos e requeijão. Estes lacticínios fornecem proteínas de
19

elevado valor biológico. Fornecem também vitaminas e minerais, em particular, o


cálcio. Este mineral é essencial para os ossos e dentes durante a fase de crescimento da
criança (idem);
d) Grupo das carnes, pescado e ovos / construtores – neste grupo estão incluídos as
carnes, o pescado e os ovos. Todos estes alimentos fornecem proteínas de elevado
valor biológico, vitaminas, alguns minerais e possuem uma quantidade de gordura
variável. Em relação ao pescado, o seu consumo é muito importante, uma vez que é
considerado uma excelente fonte de ácidos gordos ómega 3. Pode, também, fornecer
zinco e ferro, minerais fundamentais para o crescimento da criança (DCAN, 2013).

Conforme o autor os alimentos energética primeira posição justamente por serem os grandes
abastecedores da dose diária de energia (DCAN, 2013). Pós sem eles o ser humano não
poderá realizar alguma actividade física, praticar exercícios ou exercer uma série de acções
inerentes ao bem-estar do organismo. Afinal, de uma forma geral são ricos em vitaminas A,
B, C, D, E, K, fibras e sais minerais.

Por outro lado os alimentos protectores são responsáveis por regular todas as funções do
nosso organismo. Eles tendem a ajudar a manter o corpo em equilíbrio, trabalham para a
manutenção das funções mais orgânicas, e fornecem mais disposição, ânimo e energia, para
além de serem fontes de nutrientes importantes (DCAN, 2013). O grupo é composto
por alimentos de origem vegetal, como frutas (banana, laranja, maçã, uva, pera, mamão, limão
e mais), verduras e hortaliças (como rúcula, alface, couve, repolho) e legumes (cenoura,
quiabo, vagem, beterraba etc.).

Em fim os alimentos construtores fazem parte da estrutura do corpo humano, esse grupo se
destaca pela responsabilidade de manter o organismo funcionamento correctamente, por
fortalecer e regenerar os tecidos musculares, cuidar do sistema imunológico, ajudar a
cicatrizar ferimentos e muito mais (DCAN, 2013). O grupo é composto principalmente por
proteínas, e dentre a imensa lista de alimentos que as representam podemos citar carnes,
peixes, frango, tofu, ovos, leite e seus derivados - como iogurtes e queijos -, e todas as
leguminosas, como soja, feijão, lentilha, ervilha e grão-de-bico.

Portanto, uma alimentação saudável deve incluir diariamente alimentos dos diferentes
grupos que, por sua vez, devem ser consumidos com moderação e variedade. Nenhum dos
alimentos possui todos os nutrimentos que o ser humano necessita e, como tal, nenhum deles
é completo.
20

No que diz respeito à quantidade de alimentos que a criança em idade Pré-Escolar


deve ingerir diariamente, os mesmos autores Nunes e Breda, (2001) mencionam que essa
quantidade varia consoante a idade, o sexo e o grau de actividade física da criança. É, no
entanto, indispensável assegurar uma alimentação variada que integre os alimentos que lhe
proporcionem os nutrimentos necessários para o seu desenvolvimento.

2.5. A Merenda na pré-escola


A merenda na pré-escola ou simplesmente merenda refere-se à refeição que os
educandos têm dentro das crês, especialmente durante os intervalos. Muitas pré-escolas
oferecem aos educandos alimentos preparados na própria instituição, enquanto outras apenas
oferecem espaços para que os educandos comam os alimentos trazidos em suas próprias casa
ou, como são mais comummente chamadas hoje, lancheiras (Fonseca, 2015).

De acordo com Flávio, (2018) a maior parte dos géneros alimentícios utilizados para
compor os cardápios são comprados por meio de licitação. Estes cardápios, por sua vez, são
elaborados com ajuda de nutricionistas escolares, de modo a suprir a necessidade diária no
período em que a criança passa na escola. O cardápio passa por diversos testes, incluindo
testes de aceitabilidade com os próprios educandos, para verificar se o alimento terá uma boa
aceitação ou recusa, o que acarreta a substituição por outro similar. Os cardápios servidos nas
escolas, e são diferentes de acordo com a faixa etária atingida, e também, de acordo com a
região, prezando pelos hábitos culturais e alimentares dos educandos Mazzilli (1987, citado
em Flávio, 2018).

Segundo este programa a ingestão de alimentos deve ser distribuída por 5 a 6 refeições
diárias e, é fundamental que a criança compreenda a necessidade de fazer várias refeições ao
longo do dia. Uma das refeições mais importantes do dia é o pequeno-almoço e, no caso da
sua ausência, a criança poderá não conseguir estar atenta e concentrada devido à falta de
energia (glicose) que é utilizada pelo cérebro. Segundo Mindell (1998, citado em Flávio, 2018
p. 42), “o pequeno-almoço é tomado depois do maior intervalo de tempo sem ingerir
alimentos. É o primeiro carregamento nutritivo que as crianças fazem […] e precisam dele
para aguentar com energia a actividade física e psíquica do dia”

2.5.1. A importância da boa merenda escolar


Conforme Flávio (2018) a maioria das pré-escolas se alimenta de forma errada,
preferindo alimentos industrializados, sendo ricos em gorduras, açúcar, corante, que
prejudicam a saúde, o aprendizado e até mesmo o seu desenvolvimento. Com isso, conforme
21

Flávio (2018) na escola é de extrema importância às interacções e actuação do nutricionista e


os profissionais da educação, para elucidar a prática da alimentação saudável, a partir do
PNAE, com vistas a suprir as necessidades nutricionais diárias, e formação de hábitos
alimentares saudáveis, de acordo com a realidade social vivenciada (Almeida, 2014)

Neste sentido, Fonseca, (2015) salienta que a merenda escolar oferecida nas pelas
instituições públicas é importante ao desenvolvimento psicofísico do educando, auxiliando-o
em todos os aspectos: físico motor, intelectual, afectivo emocional, económico e social. Esses
aspectos de bem-estar contribuem para que o sujeito tenha condições satisfatórias para
aprender.

Para além disso, Flávio (2018) diz que o crescimento do ser humano é dividido em
fases, a criança tem um crescimento lento já o adolescente tem um crescimento mais
acelerado, devido a essas disparidades o cardápio de uma unidade pré-escolar deve ser
elaborado levando em consideração as necessidades das crianças. Uma alimentação pobre e
inadequada pode causar doenças nutricionais e psicossociais nesta criança/adolescente. Na
mesma ordem de ideia, percebe-se que para que isto não ocorra é de fundamental importância
que os responsáveis em preparar os cardápios e também a merenda escolar tenham
conhecimento das necessidades nutricionais dos educandos (Flávio, 2018).
22

CAPITULO III

3. METODOLOGIA DE PESQUISA
Neste capítulo são abordados os meios que foram aplicados na efectivação da presente
pesquisa, no qual encontram-se patentes: o tipo de pesquisa, métodos de procedimentos,
instrumentos de recolha de dados, amostra ou participantes, critérios de selecção, e
procedimentos para a análise e interpretação de dados.

3.1. Abordagem metodológica


Para Minayo (1993), do ponto de vista epistemológico, nenhuma das duas abordagens
(qualitativa/ quantitativa) é mais científica do que a outra, mas o que determina a eficácia do
método é a utilização de todos os métodos e técnicas que cada abordagem oferece. No
entanto, “se a relação entre quantitativo e qualitativo, entre objectividade e subjectividade não
se reduz a um continuum (Minayo, 1993, p. 45).
Diante disso, a abordagem utilizada para este trabalho foi quanti-quanlitativa. Trata-se ainda
de uma pesquisa de campo do tipo exploratória. De acordo com Lakatos e Marconi (2003), há
vários tipos de pesquisa de campo, um deles é o exploratório.
A escolha deste tipo de pesquisa deve-se ao facto de ser um estudo complexo e de carácter
social, pois a sua análise tende quantificação e a qualificação. Assim, a pesquisa ira
interpretador a realidade através da descrição detalhada de fenómenos, comportamentos,
citações directas de pessoas, transcrições de entrevista e discursos, atendendo que este tipo de
pesquisa assume uma realidade subjectiva, socialmente construída e que também utiliza os
próprios dados para propor e resolver as questões de pesquisa.

3.2. Pesquisa Bibliográfica


Segundo Marconi e Lakatos (2003), a pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado
desenvolvido com base em material acessível para o público bem geral. Nesta mesma
linhagem a pesquisa bibliográfica neste estudo teve como suporte na busca de diferentes obras
que abordam sobre os aspectos relacionado com o estudo.

Este método foi utilizado durante o processo da presente pesquisa, a partir do momento em
que estabeleceu-se, inevitavelmente, um contacto constante com artigos, monografias,
dissertações obras publicadas, filmadas e registada.
23

3.3. Pesquisa quanto aos Procedimentos                    


Constituem procedimentos: Pesquisa do campo, entrevista, questionário. Quanto aos
procedimentos técnicos, trata-se de estudo do campo foi desenvolvido por meio de descrição e
de entrevista com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre no
grupo.

Todavia, a pesquisa permitiu observar um determinado local ou situação descrevendo


uma realidade e buscar soluções para um problema específico.   Assim, trata-se de um estudo
do campo amplificado por meio de descrição directa das actividades do grupo estudado e de
entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre no
grupo alvo.

3.3.1. Questionário
De acordo com Lakatos & Marconi (1991, p. 88), o questionário é um instrumento de
colecta de dados, constituído por uma série de perguntas ordenadas que devem ser
respondidas por escrito e sem a presença do pesquisador. Neste contexto, o pesquisador pode
não se interessar de que formas foram respondidas as perguntas.

Contudo, é de ressaltar que, esta técnica foi aplicada as educadoras cuidadoras das
crianças de 3-5 anos de idade, aos próprios educandos e aos pais/encarregado de educação.
Foram feitas questões abertas em que os entrevistados respondiam de forma livre. O critério
usado para escolha das pessoas foi aleatório.

3.3.2. A observação
É uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e utilizados sentidos na
obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas
também em examinar factos ou fenómenos que se desejam estudar, Lakatos e Marconi (1992).
Este método foi aplicado as crianças de faixa etária em estudo, que são de 3 a 5 anos, onde
foram medidos o perímetro branquial, peso, estatura e presença de edemas.

3.4. População e amostra


De acordo com Gil (2008), entende-se por amostra, o subconjunto do universo ou da
população, por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo
ou população.

Para o estudo procedeu-se a uma técnica de amostragem não probabilística, onde


Foram aleatoriamente seleccionadas 49 crianças de 3 a 5 anos de idade num universo de 153
24

crianças com idades inferiores a 6 anos residentes na Cidade da Beira (32,02% da população
total). Para a operacionalização da pesquisa, inquiriu-se também 4 educadoras e 5
encarregados de educação das crianças. Portanto, pode-se afirmar que pesquisa contou com
um publico-alvo de 58 participantes.
25

CAPÍTULO IV

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


Neste capítulo apresentar-se-á os resultados em dois subcapítulos. O primeiro subcapítulo
trata sobre a apresentação dos resultados obtidos no campo e o segundo traduz-se na
discussão dos resultados obtidos. Inicia-se com a apresentação do primeiro subcapítulo.

4.1. Caracterização global da amostra


Do total dos 153 educandos que frequentam a escolinha primeira opção, 49 crianças dos 3 aos
5 anos de idade foram seleccionadas para o estudo em causa.

De forma a verificar que conhecimentos possuíam as crianças em relação aos alimentos e


quais eram as suas principais escolhas alimentares, foram entrevistadas, numa primeira fase,
20 crianças e numa segunda fase foram entrevistadas 19 crianças, salienta-se que todas essas
crianças pertencem ao jardim-de-infância. Relativamente das 49 crianças, 27 (55.1%) eram do
sexo masculino e 22 (44.9%) eram do sexo feminino. A idade média das crianças avaliadas
foi de 4.1 (DP=.70) anos de idade, como ilustra a tabela 1.

Tabela 1:

Informações sociodemográficas das crianças

Fr %
Sexo Masculino 27 55.1
Feminino 22 44.9
Idade Mínima Máxima Média DP
3.00 5.0 4.1 70
Fonte: Elaborado pela autora.

Ressalta-se que ao longo da recolha dos dados, também foram colectados dados
antropométrico (i.e., peso e comprimento). Esses dados foram recolhidos no
primeiro momento de aplicação do “Questionário sobre conhecimentos
alimentares”. Com os dados em causa, procedeu-se aos cálculos apresentados na
tabela abaixo:
26

Tabela 2:

Caracterização estato-ponderal da amostra

Percentagem
  Amostra % Feminino Masculino
Baixo Peso 8 16,32% 3 5
Peso Normal 27 55,20% 11 16
Peso Ponderal 14 28,57% 5 9
Obesidade 0 0% 0 0
Total 49 100% 19 30
Fonte: Elaborado pela autora.
Um dos objectivos do estudo visava identificar o número de refeições que as crianças têm por
dia. Segundo os dados recolhidos, foi possível perceber que 46 (93,9%) das crianças tem tido
4 refeições por dia, nomeadamente matabicho, lanche, almoço e jantar. Apenas 3 (4.1%)
crianças passam três refeições por dia. Trata-se do matabicho, almoço e jantar. Na tabela 4
são apresentados os alimentos que as crianças consomem dirimente em cada refeição

Tabela 3:

Número de refeições por dia

Refeições Fr  Percentagem%
3 Refeições 3 4,1
4 Refeições 46 93,9
Fonte: Elaborado pela autora.

No que tange ao que habitualmente ingeriam no almoço, averigua-se que as crianças


nomearam e optaram alimentos que eram consistentes com a refeição em causa, ou seja, as
crianças tinham um entendimento de quais eram os alimentos apropriados para incluir esta
refeição (almoço). Dos alimentos apresentados, as crianças afirmaram comer com maior
frequência a o arroz como ilustra abaixo na tabela 5:
27

Tabela 4:

Refeições por semana (almoço e jantar)

Alimentos Todos os dias 1vez por semana +1vez/semana Nunca


Arroz 7 2 2
Xima 6 2 3
Ovos 4 5
Verduras 7 2 3
Legumes (Feijão nhenba, 4 3 3
feijão
manteiga)
Carne de vaca 0 5 5
Carne de frango 0 6 4
Peixe 0 6 4
Esparguete 0 2 2
Fonte: Elaborado pela autora.

O quadro acima ilustra os alimentos que são do consumo frequente das crianças no momento
de jantar ou almoço, os dados mostram que 7 (14,28%) participantes consomem mais o
Arroz, e 4 (8,16%) consome Xima. Já uma vez por semana 6 (12,24%) crianças afirmaram
que consome carne de frango, 2 (4,08%) afirmam que como esparguete uma vez por semana,
5 (10,20%) consomem carne de vaca, 4 (8,16%) consomem ovos e 6 (12,40%) consomem
peixe uma vez por semana o que é benéfico para saúde porque as proteínas são essenciais no
organismo de forma que a ajudam no desenvolvimento da placenta e no crescimento
fundamental do feto.

Para alicerçar ainda estes aspectos, a pesquisa procedeu a recolha das medidas
antropométricas, nomeadamente o peso e comprimento das crianças recorrendo ao uso do
altímetro (fita métrica) para o comprimento e uma balança para o peso. Neste estudo, as
crianças avaliadas tiveram o peso médio de 17.4 quilogramas (DP=3.1) variando entre 11 a
25 quilos e o comprimento de 103.8 metros, (DP=6.9), variando entre 90 a 117 metros, como
ilustra a tabela 3. Com base nas recomendações da Organização Mundial da Saúde, 3 (6.1%)
tiveram o peso abaixo do normal, isto é, igual ou inferior a (≤-2DP) e 2(4.1%) tiveram
28

comprimento abaixo do normal, isto é, (≤-2DP).

Tabela 5:

Medidas antropométricas: peso e comprimento

  Mínimo Máximo Média Desvio Padrão


Peso 11 25 17,4 3,1
 Comprimento 90 117 103,8 6,9
Fonte: Elaborado pela autora.

Como um dos focos da pesquisa, era também colher informações sobre o que as crianças
comem em casa e como os pai/encarregado de educação olham tem gerenciado esta situação
no que tange ao conhecimento nutricional e alimentação. Neste estudo, percebeu-se que dos 5
participantes, 3 (60%) dos pais/encarregado não tinham um emprego fixo alguns sem nível
académico outros com nível básico, por outro 2 (40%) dos pais/encarregado tinham empregão
fixo e estes tinham um nível académico médio e baixo, conforme ilustra na tabela a seguir.

Tabela 6:

Situação do encarregado da criança

Encarregado Situação Financeira Idade Nível de Escolaridade


1 Empregado 28 Nível médio
2 Empregado 30 Nível Básico
3 Conta própria 27 Nível Básico
4 Conta própria 40 ----
5 Conta própria 47  
Fonte: Elaborado pela autora

Tabela 7:

Os alimentos que as crianças consomem diariamente em cada refeição


29

TIPO DE TIPO DE ALIMENTO VITIMAS


REFEIÇÃO
Crianças que tem tido quatro refeições por dia
Matabicho Pão, Mandioca, Bata doce Chá acompanhado por  Vitima A; B; C; D e
batata ou salada K
Lanche Sopa (legumes e feijão), Banana e Laranja Possuem vítimas A,
CeB
Almoço Os alimentos variam diariamente (feijão, arroz, A; B; C; D; K
chima, frango, verduras, e esparguete, peixe etc.)
Por vesses esses refeições são acompanhadas por
saldas, batatas ou mesmo salchichas
Jantar  Para o caso de janta, por algumas vezes repete-se A;B; C; D; K
as refeições mencionadas no almoço. Mas em
algum os mento os alimentos também podem
variar
Crianças que tem tido três refeições por dia
Matabicho Sopa, banana cozida, Pão, Mandioca, Bata doce Vitima A; B; C; D e
Chá acompanhado por batata ou salada K
Almoço Também variam diariamente (arroz/chima e feijão, A;B; C; D; K
arroz/chima e frango, arroz/chima e verduras etc.)
Por vesses esses refeições são acompanhadas por
saldas, batatas ou mesmo salchichas
Jantar Repete-se as refeições mencionadas no almoço. A;B; C; D; K
Mas em algum os mento os alimentos também
podem variar
Fonte: Adaptado pela autora

4.2. Discussão dos resultados


A presente investigação pretendeu avaliar o impacto da dieta alimentar no crescimento físico
das crianças na Escolinha Primeira Opção – Beira, ao conhecimento sobre conceitos de
30

alimentação e nutrição, bem como averiguar a influência desse conhecimento nos seus hábitos
alimentares. Para o efeito foram elaborados questionários usados nas entrevistas.

As entrevistas resultaram de forma individual e num contexto familiar na sala de actividades.


A escolha por este ambiente proporcionou o bem-estar à criança pois tratava-se de uma zona
receptiva e que a própria conhecia. Como sustenta Oliveira (2008, p. 23), […] o discurso da
criança tende a ser mais extenso, claro e complexo quando ela se encontra num contexto […]
com adultos familiares” A duração da entrevista das duas fases foram aproximadamente 10 a
15 minutos.

Dos 49 educandos escolhidos como a amostra da pesquisa, conforme a Tabela 2, apurar-se


que a maioria (55,20%) apresenta um peso normal, sendo que uma minoria (16,32 %) exibiu
um baixo peso. Também, verifica-se o predomínio de excesso de peso em 28,57% da amostra
considerada como o peso ponderal. Das amostras, não existe nenhum educando com a
obesidade, mas apenas o peso ponderal em que é superior nas crianças do sexo masculino.
Verifica-se também que existe uma percentagem de 16,32% de crianças com peso baixo,
apesar de a percentagem ser pouca, esta preocupa a própria instituição e aos educadores, visto
que já é uma problemática que a UNICEF já vinha declarado que 340 milhões de crianças
sofrem com a fome oculta e as taxas de sobre peso baixo e obesidade estão subindo
rapidamente.
Quanto a questão feita sobre quantas refeições tem tido por dia? A tabela 3 ilustra que 46
(93,9%) das crianças tem tido 4 refeições por dia, nomeadamente matabicho, lanche, almoço e
jantar, por outro lado 3 (4.1%) consomem 3 refeições por dia, isto é, matabicho, almoço e
jantar.
Por outro lado, ao questionar as crianças se costumam se alimentar em casa antes de irem para
a escolinha, 46 educandos (93,90%) responderam que sim diariamente e 3 (4,10%)
responderam que não diariamente.
O facto de matabicho ser realizado diariamente é um comportamento alimentar a relevar, uma
vez que ingerir um pequeno-almoço saudável pode melhorar a função cognitiva
(especialmente a memória), aumentar os níveis de atenção, reduzir o absentismo escolar
(Rampersaud et al., 2005 Taras, 2009) e melhorar a performance académica, nomeadamente
ao nível da matemática. Adicionalmente, a ingestão de pequeno-almoço tem sido associada a
padrões alimentares que previnem a obesidade.
31

Relativamente ao local onde são efetuadas as refeições, verificou-se, para ambos os


momentos, que a maioria das crianças tem ingerido o matabicho e o jantar em casa enquanto
lanche, almoço na escolinha primeira opção.
Estes resultados vão ao encontro dos obtidos num estudo, que avaliou o consumo alimentar e
nutricional de crianças em idade pré-escolar, intitulado “Geração 21” (G21), referente uma
coorte de nascimentos que acompanhou prospectivamente 8647 crianças (Lopes 2014). Nesta
coorte, no que se refere a dias úteis, também a maior percentagem de crianças toma o
pequeno-almoço e o jantar em casa, bem como o almoço no jardim-de-infância.

Relativamente sobre as questões que focavam em saber se caso o que tem comido diariamente
no matabicho, almoço, lanche e jantar. Com esta questão as crianças responderam ter comido
vários tipos de alimentos.

Dada a importância desta refeição matinal, constatámos que, das 49 crianças entrevistadas,
apenas 32 (65,30%) crianças referiram ingerir pão/mandioca/batata-doce e chá no momento
de matabicho e 17 (34,66) % referiram consumir no momento de matabicho sopa/pão e chá.
Sob este ponto de vista verificou-se um reduzido número de crianças a ingerir a sopa no
momento de lanche. Ainda em relação a esta questão, sendo os frutos um complemento
saudável no momento de lanche, estes foram mencionados por apenas 4 (8,16%) crianças.

Ressalta-se ainda que na tabela 4 ilustra-se os alimentos que são do consumo frequente das
crianças em estudo, os dados mostram que 17 participantes consome mais a sopa/pão e chá e
32 consome mais mandioca/batata-doce e chá, de referir que estes fazem parte dos alimentos
de base por pertencerem a família dos Carboidratos e o seu principal benefício para saúde é
o fornecimento da energia ao organismo, além disso contêm vitaminas e minerais para o
funcionamento do corpo.

De acordo com Lucyk (2008) Os Carboidratos constituem a principal fonte de energia que o
feto utiliza para assegurar seu crescimento e desenvolvimento, eles são representados
principalmente pela glicose, e utilizados em forma glicogénio. O não consumo deste a
gestante pode agravar em problemas como obstipação intestinal durante a gestação.

Quanto ao questionário “o que preferes mas no teu prato e o que normalmente tem comido
no momento almoço e jantar?

A tabela 5 ilustra os alimentos que são do consumo frequente das crianças no momento de
32

jantar ou almoço, os dados mostram que 7 (14,28%) participantes consomem mais o Arroz, e
4 (8,16%) consome Xima. Já uma vez por semana 6 (12,24%) crianças afirmaram que
consome carne de frango, 2 (4,08%) afirmam que como esparguete uma vez por semana, 5
(10,20%) consomem carne de vaca, 4 (8,16%) consomem ovos e 6 (12,40%) consomem
peixe uma vez por semana o que é benéfico para saúde porque as proteínas são essenciais no
organismo de forma que a ajudam no desenvolvimento da placenta e no crescimento
fundamental do feto.

É de referir que Hamaoui (2003) salienta que as proteínas são essenciais para o
desenvolvimento da placenta, hipertrofia de tecidos maternos e a expansão do volume
sanguíneo e são consideradas base fundamental para o crescimento do feto, portanto as
necessidades do feto durante a gestação são aumentadas e a deficiência deste nesse período
haverá restrição de crescimento fetal da energia ao organismo, além disso contêm vitaminas
e minerais para o funcionamento do corpo.

De acordo com o quadro 5, verifica-se também que 4 (8,16%) participantes afirmaram que
consomem Legumes (feijão) todos os dias, salientar que este mineral é rico em ferro, um
elemento presente na hemoglobina, molécula principal dos glóbulos vermelhos, responsável
pelo aumento sanguíneo durante a gestação e a prevenção de anemia. E são um grupo
alimentar mais denso, fornecendo um nível comparativamente alto de nutrientes por caloria.

No entanto, 7 (14,28%) as crianças aferiram que consomem verduras todos os dias e 4


(8,16%) crianças consomem uma vês por semana. Visto que esses alimentos são
indispensável na alimentação da criança porque reduzem os níveis de colesterol pressão
arterial, além incrementar a saúde dos vasos sanguíneos e do sistema imunológico. Neste
caso a OMS recomenda duas porções para o consumo diário das verduras por serem de baixa
caloria, fáceis de se preparar, ricos em nutrientes e fibras que protegem sistema imunológico
e actuam na saciedade. Alimentação saudável na gravidez e a maior ingestão de verduras
tem sido associada a menor ocorrência de asma.

Contudo, em relação à primeira parte da pesquisa que dizia respeito à identificação dos
alimentos apresentados, verificou-se que, as crianças identificaram e seleccionaram
alimentos que eram consistentes com a refeição em causa. As crianças tinham conhecimento
de quais eram os alimentos adequados para integrar no almoço.

Assim sendo, os alimentos alegados pelas crianças causam um impacto positivos no


crescimento físico e estes alimentos, assetam-se como fortalecimento da nutrição em
33

Moçambique (2018) onde estes designaram e caracterizaram alguns grupos de alimentos que
contribuem para o crescimento físico do ser humano, principalmente nas crianças em idade
pré-escolar, tais como: o grupo dos cereais, (arroz, trigo, milho, centeio, aveia e cevada;
Grupo da fruta (limão e laranja, manga e papaia, entre outros); e grupo das carnes, pescado e
ovos (USAID, 2018). Portanto, fica evidente que a hipótese primária da pesquisa “ A dieta
alimentar adoptada na Escolinha Primeira Opção - Beira, tenha impacto positivo no
crescimento físico dos educandos” é validade com sucesso nesta pesquisa. Pós Todas as
crianças deste estudo consumem porções do grupo recomendadas pela USAID, que é de uma
porção diária. Portanto, também essa situação pode contribuir para o desenvolvimento de
doenças crónicas não transmissíveis.

É de salientar que as questões efectuadas as educadoras, sobre os alimentos que a instituição


tem incluído no cardápio da merenda escolar, foram questionadas verbalmente se esses
alimentos fazem partem do quotidiano deles. Os educadores, foram unânimes em responder
que a instituição oferece vários tipos de alimentos (carne, fruta, peixe), também salientaram
que gostaria de incluir, outros alimentos porem o dinheiro da instituição é suficiente para
comprar apenas os alimentos descritos acima.

Ressalta-se que a pesquisa submeteu um questionário, dirigido aos encarregados de


educação das crianças em estudo, a fim de saber o que as crianças tem consumido
diariamente.
Assim, dos cincos (5) encarregado de educação escolhidos para responder esta questão, 3
(60%) e não tinham emprego fixo como ilustra na tabela 6, o que segundo eles em algumas
tem tido dificuldades de colocar alimentos variáveis até mesmo o matabicho e estes ainda
fora, unânimes em aferir que as crianças têm ingerido aquilo que estiver na messa. Por outro
lado, 2 encarregado também foram unânimes em dizer que “colocamos alimentos
recomendáveis e saudáveis, ou seja temos variado os alimentos”.

Percebe-se que dentre os encarregados alguns não tem acesso a produtos que criam menores
chances de desenvolver doenças, que cuja origem são as escolhas inadequadas dos alimentos.

Segundo Guideline (2012), observa-se que os indivíduos com menor poder aquisitivo têm
menos acesso aos alimentos em termos quantitativos e qualitativos, diferentemente de uma
pessoa com uma boa condição financeira. Um indivíduo com melhores condições financeiras
têm acesso fácil há todos os géneros alimentícios em quantidade e qualidade e isso acaba
influenciando na escolha inadequada dos alimentos, o individuo acaba em preferir alimentos
34

industrializados, com alto teor de gordura, açúcar e sal, o que acaba culminando em doenças
de origem nutricional como obesidade, hipertensão, diabetes e desnutrição.

Ainda segundo o mesmo autor, a alimentação saudável evolui com o tempo, sendo
influenciada por diversos factores sociais, e económicos. Esses factores que incluem rendam,
preço dos produtos (o que afectará a disponibilidade e acessibilidade aos alimentos saudáveis,
preferências, crenças individuais, tradições e culturais), aspectos geográficos e ambientais
incluindo as mudanças climáticas.

Ainda na linhagem da dos resultados do estudo, ilustra-se que 2 encarregado de educação não
eram escolarizados devido à falta de condições e oportunidades, não sabiam ler e nem
escrever, o que nos leva a pensar que este problema por vezes influencia na escolha dos
alimentos e estas consideram indispensáveis os produtos com baixo valor nutritivo e com
elevadas quantidades de açúcar, gordura e produtos embutidos porque não estão cientes que
uma alimentação deve ser nutritiva contendo todos os macro e micronutrientes necessários
para o bom funcionamento do organismo diferentemente dos outros que tem um
conhecimento científico a respeito do mesmo.

Segundo Castro, (2010), o nível de escolaridade tem sido apontado como variável capaz de
interferir na forma como a população escolhe seus alimentos, que pode ser decisiva para
qualidade do autocuidado e para a capacidade de interpretar informações relativas á protecção
da saúde, desta forma acredita-se que a educação escolar é capaz de influenciar o
conhecimento sobre alimentação e nutrição.

Dentro do mesmo item, foram questionados os encarregados/pais se caso participam nas


palestras educativas feitas na escolinha primeira opção sobre alimentação dos filhos. Diante
dos depoimentos das entrevistadas, estes aferiam que “em algumas vezes tenho participado
nas reuniões e dentro da própria reunião um dos temas abordados é a dieta alimentar da
criança” segundo estes entrevistados dizem ter seguido com as recomendações dadas pelas
educadoras e este, tem causado bons resultados em relação a dieta da criança.

Cruzando o depoimento acima com Flávio, (2008) a criação de programas de promoção da


saúde nas escolas ajuda as crianças, pais/encarregado de educação a programar e manter tanto
a alimentação saudável e comportamentos de actividade física.
35

4.2.1. Sessões efetuadas pelas educadoras


Tendo em conta que a pesquisa trabalhou com crianças de 03-05 anos, crianças essas que
estão no período pré-escolares, os padrões alimentares das crianças estão em desenvolvimento
ainda, e muitas vezes precisam de incentivo para comer refeições e lanches saudáveis
Candeias e Silva (2005). Nessa fase é a melhor forma de educar as crianças sobre os
princípios da boa nutrição. Para isso, segundo as educadoras, a instituição estabelece práticas
de saúde que incluam hábitos alimentares saudáveis por meio do fornecimento de refeições
que contenham alimentos adequados e seguros sob o ponto de vista higiénico-sanitário.

Portanto, a pesquisa preparou algumas sessões do modo a verificar se as refeições, os lanches


e as actividades de preparo de alimentos oferecem às crianças uma oportunidade de praticar e
fortalecer seu conhecimento nutricional, assim como de demonstrar seu aprendizado
cognitivo.

Conforme as “Folhas de Registo das Acções Efetuadas com as Crianças”, das 4 educadoras de
infância somente 2 concretizaram algumas das sessões solicitadas. As restantes 2 educadoras
não realizaram qualquer sessão, alegando a impossibilidade de o fazer (as sessões) por causa
das actividades curriculares que careciam de cumprir bem como a outras actividades às quais
tiveram de ser priorizadas

Salienta-se que as sessões realizadas tiveram uma duração que variou entre os 30 e 45
minutos, sendo que uma larga maioria durou 30 minutos. As actividades realizadas foram, de
um modo universal, ao encontro do descrito no documento “Educação Alimentar – Conteúdos
a desenvolver”. No Quadro 8 é possível averiguar quais as sessões de educação alimentar
implementadas, bem como a frequência das mesmas.

Tabela 8:

Número de sessões de educação alimentar efetuadas às “Crianças expostas”

Temas abordados nas sessões de educação alimentar


Grupos
de A energia dos Alimentação
Alimento Origem dos alimentos Alimentos Saudável
Educadora 0 0 0 0
36

1
Educadora
2 0 0 0 0
Educadora
3 2 1 1 3
Educadora
4 2 2 2 2

Fonte: Elaborado pela autora

Tendo em conta o solicitado, cada uma das educadoras de infância pertencentes ao “grupo
com intervenção”, deveriam ser abordados os 4 temas indicados nas “Folhas de Registo das
Acções Efetuadas com as Crianças”, sendo que cada um deveria ser ministrado ao menos duas
vezes, o que concluiria o total de 60 sessões de educação alimentar, mas pelo contrário,
verifica-se que foram implementadas 17 sessões forme o quadro 7 ilustra.

Das quatro educadoras de infância que realizaram as sessões de educação alimentar, a


educadora da sala 4 foi a que mais se aproximou-se dos objectivos, tendo abordado a
totalidade dos 4 temas, 3 dos quais duas vezes. Em seguida ergue-se a educadora da sala 3,
com a abordagem de 4 temas, um dos quais três vezes. Conforme o quadro acima, os temas
mais abordados pelas várias educadoras foram “Alimentação Saudável “ e “Grupo dos
alimentos”. De forma geral, as sessões implementadas pelas educadoras seguiram as
indicações de abordagem dos temas, referidos no documento.

É de realçar que das 4 educadoras, envolvidas no presente estudo, uma aferiu que quanta
abordagem efetuada a conteúdos de alimentação e nutrição, aferiu que as crianças por si
acompanhadas participaram em actividades associadas com os temas da alimentação e
nutrição. Uma das educadoras também aferiu que “têm por hábito realizar actividades
relacionadas com o Dia Mundial da Alimentação, como por exemplo preparar uma salada de
fruta em conjunto com as crianças e estimular os pais/encarregado de educação a situar
perpetuamente frutas como lanche das crianças; provar alimentos que geralmente não
consomem (tomate, rodelas de cenoura); concretizar uma ida às compras de “faz de conta” e
seleccionar os alimentos mais saudáveis para situar no cesto; fazer uma “mini-horta” com as
crianças.
37

Assim sendo, o ambiente da escolinha em estudo mostra-se como um local interessante para o
desenvolvimento de novos hábitos alimentares e promoção da saúde da criança. Visto que a
criança permanece a maior parte do tempo escolinha, nela realiza-se uma ou duas refeições
diárias. Segundo Costa (2009) as acções educativas desenvolvidas no âmbito escolar, de
forma lúdica, são importantes para o aprimoramento de conhecimentos importantes de
alimentação e nutrição, também motivação e troca de saberes entre as crianças.

De um modo geral, as educadoras de infância aludiram também utilizar factos relacionados


com o dia alimentar (ocorridos durante a hora do lanche ou do almoço que), ou singularidades
da alimentação de alguma criança da turma (por exemplo a assistência de uma criança
diabética), para abordar os temas da alimentação. Indicaram a “Alimentação Saudável” como
o tema que mais versam junto das crianças abrangendo: exemplos de lanches saudáveis, onde
consta a fruta e se eliminam bolos e bolachas; a relevância de comer sopa e acompanhar o
prato com salada; a relevância de evitar os doces e os refrigerantes. O segundo tema mais
abordado foi o grupo de alimentos, com explicações às crianças sobre quais os alimentos que
se devem consumir em maior e menor quantidade.

Face ao exposto, no presente estudo, a melhoria verificada ao nível dos conhecimentos das
crianças expostas às sessões de educação alimentar, segundo educadoras estas, demonstraram
a efectividade do programa implementado. O facto das sessões de educação alimentar terem
incluído, além da componente teórica, uma componente prática, efetuada com recurso a jogos,
como por exemplo os realizados com as fichas de alimentos e o tapete didáctico “ Mesa de
Refeições”, poderá ter contribuído para a aquisição de conhecimentos por parte das crianças.

Um estudo, que avaliou diferentes abordagens pedagógicas, verificou que o ensino tradicional
em conjunto com uma abordagem pedagógica baseada em jogos, com o duplo objectivo de
aquisição de conceitos de nutrição e melhoria dos hábitos alimentares, é aquele que obtém
melhores resultados em ambos os aspectos (Turnin, et al., 2012 citado em Pereira 2013)

Contudo, cabe aos educadores criarem condições favoráveis para oferecerem oportunidade de
praticar e fortalecer o conhecimento nutricional na criança, assim como para os
pais/encarregado de educação. A formação de hábitos alimentares saudáveis, variada e
equilibrada no período pré-escola é de extrema importância, pois esses hábitos tende a
continuar no decorrer da vida adulta da criança. A interacção positiva pode dar lugar a
interacções negativas, com os pais utilizando estratégias para a inserção de novos alimentos.
38

CAPITULO V

5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Neste capítulo, pretende-se verificar as hipóteses inicialmente formuladas, assim como
elaborar as conclusões resultantes de toda esta investigação.

Nesta fase, é também pertinente referir quais as limitações encontradas durante o caminho
percorrido desde o início até ao fim deste trabalho. Uma vez reunidos todos estes
conhecimentos, encontram-se em condições de levantar novos problemas, bem como abordar
o problema de outra perspectiva, o que será bastante útil para apresentar propostas para
futuras investigações.

5.1. Verificação das Hipóteses


Após a análise dos resultados obtidos, a pesquisa encontram-se em condições de confirmar ou
refutar as hipóteses anteriormente formuladas.

Relativamente à “H1 - A dieta alimentar adoptada pelos educandos da Escolinha


Primeira Opção - Beira, tenha impacto positivo no crescimento físico dos educandos”
esta confirma-se através do subcapítulo e das respostas dadas às perguntas do grupo I do
guião de entrevista, onde os alimentos alegados pelas crianças causam um impacto positivos
no crescimento físico e estes alimentos, assetam-se como fortalecimento da nutrição em
Moçambique (2018) onde estes designaram e caracterizaram alguns grupos de alimentos que
contribuem para o crescimento físico do ser humano, principalmente nas crianças em idade
pré-escolar, tais como: o grupo dos cereais, (arroz, trigo, milho, centeio, aveia e cevada;
Grupo da fruta (limão e laranja, manga e papaia, entre outros); e grupo das carnes, pescado e
ovos (USAID, 2018).

No que diz respeito à “H2 - as refeições, os lanches e as actividades de preparo de


alimentos ofereçam às crianças uma oportunidade de praticar e fortalecer seu
conhecimento nutricional, assim como de demonstrar seu aprendizado cognitivo”. Esta
refuta-se através da análise feita às perguntas face ao exposto, no presente estudo vimos que
através das secções a maioria das verificada ao nível dos conhecimentos das crianças expostas
às sessões de educação alimentar, segundo educadoras estas, demonstraram a aquisição de
conhecimentos e a efectividade do programa implementado.
39

5.2. Conclusões
Este estudo foi motivado pelo desejo de pesquisar assuntos relacionados à nutrição infantil,
que possam contribuir para melhorar a saúde das crianças, exclusivamente nos educandos do
centro infantil roda das crianças.

Durante a intervenção educativa na escolinha primeira opção-Beira, o autor teve em reflexão


as ocasiões de diálogo com as crianças, que são determinantes no seu método de progresso.
Sobre este aspecto a pesquisa procurou numa primeira fase, averiguar que conhecimentos
tinham as crianças em relação aos alimentos e quais as suas primordiais escolhas alimentares,
recorrendo à entrevista como forma privilegiada de recolher essa informação.

Essa recolha de informação possibilitou na organização actividades contextualizadas e


dirigidas às principais carências de educação alimentar das crianças que incorporavam as
secções apresentadas pelas educadoras. As actividades desenvolvidas no âmbito da
investigação permitiram-nos observar o comportamento e a reacção das crianças face a
determinados alimentos.

Considerando as tarefas que foram realizadas no decorrer deste estudo, pelo envolvimento,
pelas reacções e pelo conteúdo dos diálogos, conclui-se que as crianças aperfeiçoaram os seus
conhecimentos sobre os alimentos e sobre a alimentação saudável. No entanto, essa melhoria
requer continuidade para que se traduzam em hábitos alimentares mais saudáveis e
permanentes.

Os pais podem influenciar mudanças nos hábitos alimentares e na actividade física da criança.
No ambiente escolar, os escolares também estão vulneráveis as alterações de comportamento.
Desta maneira, é necessário que a escola desenvolva estratégias para formação de hábitos de
vida saudáveis para promoção da saúde e prevenção de doenças crónicas não transmissíveis.

É, neste sentido, importante compreender a importância que uma boa alimentação tem no
crescimento de cada criança. Educar as crianças requer também conhecimentos no âmbito da
alimentação por parte da família e dos/das educadores/as.

No que tange à composição desta monografia, importa também frisar que todos os objectivos
visados neste estudo só foram obtidos devido à ajuda das educadoras colaboradoras que
auxiliaram no decorrer desta pesquisa e à participação das crianças.
40

5.3. Sugestões
Conforme exposto nesta pesquisa alguns encarregado de educação carecem de informações de
uma boa dieta, para tal, há necessidade de se desenvolver projectos de investigação de
natureza longitudinal e que abranjam uma população mais representativa da realidade
nacional. Assim, tornar-se-á possível identificar os factores condicionantes e a forma como os
encarregados se relacionam com o estado de nutrição das crianças.
41

6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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tratamento de fissuras mamilares. Rio de Janeiro: Jornal de Pediatria.

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42

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Yassin, L., Almeida, P., Beraldi, D., & Carlos, A. (2016). Ensino da alimentação saudável
para pré-escolar e escolares. Paraná: Ponta Grossa.
43

Apêndice A: Questionário dirigido criança


O presente inquérito realiza-se no âmbito de uma pesquisa no campo para análise a dieta
alimentar dos educandos. Pretende identificar o ponto de vista dos educandos equadores e
os encarregados de educação da Escolinha Primeira Opção -Beira sobre o impacto da dita
alimentar no crescimento físico da criança em idade Pré-escolar.

Nome do educando______________________________________________________
Parte I: Informações sociodemográficas
a) Idade da criança ______; Sexo da criança_____
b) Peso________________; Comprimento__________
Parte II
Parte: II conhecimentos alimentares

a) Quantas refeições têm tido por dia? 3() 4() 5()


b) Quais os tipos de alimentos em cada refeição
i. Matabicho____________________________________________________________
ii. Almoco______________________________________________________________
iii. Lanche______________________________________________________________
iv. Jantar_______________________________________________________________
c) O que preferes mas no teu prato?
__________________________________________________
d) Costuma se alimentar em casa antes de virem para a escolinha? sim ( ) não ( )
44

Apêndice B: Questionário dirigido aos parentes da criança


Parte I: Informações sociodemográficas parentais
a) Idade do encarregado da criança____; Situação laboral: empregada____;
desempregada____ conta própria_____; Nível Académico__________
b) Rendimento_____________________________________________________________
Parte II: conhecimentos alimentares
a) Sabe o que é dieta alimentar? Sim ( ) Não ( )
b) Qual é o numero de refeições que a criança toma por dia? sim ( ) não ( )
c) O que a criança consome diariamente?
_____________________________________________________________________
d) Tem participado nas palestras educativas sobre alimentação das crianças?
sim ( ) não ( )
e) Qual interesse de participar de palestras educativas sobre alimentação dos filhos?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
f) Algumas sugestões a respeito da deita alimentar das crianças?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
45

Apêndice C: Questionário dirigido aos Educadores


1. Habilitações académicas: Básico ________ Médio ______ Bacharelato _____
Licenciatura ______ Mestrado________
2. Níveis de ensino que lecciona: jardim-de-infância ____ crês _____
3. Horário do estabelecimento:

a) Hora de abertura_________; Hora de encerramento:_________

b) Qual a duração da componente lectiva? ___________________

c) Qual é o horário do almoço e lanche?___________________________________________

4. Sabe o que é dieta alimentar?


a) Sim ( ) b) Não ( )
5. O que come os educandos como a merenda escolar?
_____________________________________________________________________
6. Qual é a frequência alimentar da criança por dia?
a) 3Vezes por cada 3 horas ( ) b) 3 vezes por dia ( ) c) 6 vezes por dia ( )
7. Tem dado palestra sobre a dieta alimentar? Sim ( ) Não ( ).
8. Qual o grau de participação da família na creche?

a) ( ) Nula ( ) Pontual ( ) Frequente

b) ( ) Festas ( ) Reuniões ( ) Actividades e/ou projectos

8. Algum comentário a respeito da dieta alimentar da criança?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
46

Apêndice D: Folha de registos efetuadas com as cainças


Tema 1 Grupos de Alimentos
Data Hora de Inicio Hora de Inicio
Material didáctico usado    
Observações    
Tema 2 Origem dos alimentos
Data Hora de Inicio Hora de Inicio
Material didáctico usado    
Observações    
Tema 3 A energia dos alimentos
Data Hora de Inicio Hora de Inicio
Material didáctico usado    
Observações    
Tema 4 Alimentação Saudável
Data Hora de Inicio Hora de Inicio
Material didáctico usado    
Observações    

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