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PARA A ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO ESCOLAR
UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
F383p
ISBN 978-85-7141-295-8
CDD 371.716
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO ....................................................................05
CAPÍTULO 1
O que Devo Saber Sobre o Estado Nutricional e a
Alimentação do Pré-Escolar e Escolar?...........................07
CAPÍTULO 2
Políticas e Programas Nacionais de Alimentação e
Nutrição do Escolar.............................................................67
CAPÍTULO 3
Educação Nutricional: Estratégias e Desafios Atuais....123
APRESENTAÇÃO
Prezado acadêmico! A disciplina Políticas e Programas para a Alimentação
e Nutrição Escolar do curso Educação Alimentar e Nutricional na Educação Básica
tem como objetivo contribuir para que você tenha uma capacitação qualificada
com conhecimento teórico e prático de qualidade e que te ofereça uma visão amp-
la e coordenada sobre a gestão de pessoas que possam exercer o controle social,
especialmente referente às políticas e aos programas de saúde voltados para a
educação básica no Brasil, com enfoque para a Política Nacional de Alimentação
e Nutrição (PNAN) e o Programa Nacional de Alimentação do Escolar (PNAE).
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo, abordaremos de maneira global os desafios atuais da tran-
sição nutricional, o impacto das mudanças alimentares no crescimento e no desen-
volvimento das crianças, características gerais, necessidades e recomendações,
especialmente na idade pré-escolar e escolar.
Por último, sugerimos que você, ao realizar a leitura do capítulo, faça si-
multaneamente as leituras indicadas ao longo de todo o texto. Esses materiais
auxiliarão ainda mais o entendimento e a consolidação dos conceitos, além de
serem um suporte interessante para o seu estudo e aprendizado.
Boa leitura!
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
Transição Nutricional
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Masculino Feminino
35 34,8
32,0
30 29,3
26,7
25
20
16,6
14,7 15,0
15 12,8 11,9
10,9 11,8
10 8,6
7,2 6,3
5,7 5,4
5 4,3 4,1 3,9
2,2 2,9 1,5 1,8 2,4
0
Déficit de Déficit de Excesso Obesidade Déficit de Déficit de Excesso Obesidade
altura peso de peso altura peso de peso
ENDEF 1974 -1975 PNSN 1989 POF 2008-2009
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
40
34,8
35 32,0
30
25
21,7
20 19,4
16,7
15,0 15,1
15 13,9
10,9 11,9
10 8,6 7,7 7,6
5 3,7
0
Masculino 5-9 anos Feminino 5-9 anos Masculino 10-19 anos Feminino 10-19 anos
18,0
16,6
16,0
14,0
12,0 11,8
10,0
8,0
6,0 5,9
4,1 4,1 4,0
4,0 2,9 3,0
2,4 2,2
2,0 1,8 1,5
0,4 0,7
0,0
Masculino 5-9 anos Feminino 5-9 anos Masculino 10-19 anos Feminino 10-19 anos
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
Conceito Definição
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
O SISVAN
recomenda a O SISVAN recomenda a classificação do Índice de Massa
classificação do
Corporal - IMC -, proposta pela Organização Mundial da Saúde, tanto
Índice de Massa
Corporal - IMC para menores de 5 anos (WHO, 2006) como para crianças a partir
-, proposta pela dos 5 anos de idade (WHO, 2007). Importante destacar que as curvas
Organização Mundial de avaliação do crescimento para crianças dos 5 aos 19 anos foram
da Saúde, tanto lançadas recentemente pela OMS. Trata-se de uma releitura dos dados
para menores de 5 do NCHS de 1977, além de uma reestruturação das curvas no período
anos (WHO, 2006)
de transição entre os menores de 5 anos de idade, avaliados segundo
como para crianças
a partir dos 5 anos o estudo-base dos dados lançados em 2006, e os indivíduos a partir
de idade (WHO, dos 5 anos.
2007). Importante
destacar que as Desde 2009, a Coordenação Geral da Política de Alimentação e
curvas de avaliação Nutrição do Ministério da Saúde do Brasil adota as curvas de 2007,
do crescimento para
desenvolvidas pela OMS, que incluem curvas de IMC desde o lactente
crianças dos 5 aos 19
anos foram lançadas até os 19 anos de idade e consideram os pontos de corte para
recentemente pela sobrepeso e obesidade os percentis 85 e 97, respectivamente.
OMS.
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A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
≥ Percentil ≥ Escore-z
3 e < Per- -2 e < Es- Eutrofia Eutrofia
centil 15 core-z -1
Peso
≥ Percentil ≥ Escore-z
adequado
15 ≤ Per- -1 ≤ Es- Eutrofia Eutrofia
centil 85 core-z +1 para a
idade
Estatura
> Percentil > Escore-z
Risco de Risco de adequada
85 e ≤ Per- +1 e ≤ Es-
sobrepeso sobrepeso para a idade
centil 97 core-z +2
> Percen-
> Escore-z
til 97 e ≤ Peso
+2 e ≤ Es- Sobrepeso Sobrepeso
Percentil elevado
core-z +3
99,9 para a
> Percentil > Escore-z idade
Obesidade Obesidade
99,9 +3
FONTE: SISVAN (2011, p. 76)
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
3 NECESSIDADES, RECOMENDAÇÕES
E DESAFIOS NUTRICIONAIS DO PRÉ-
ESCOLAR
O crescimento e o desenvolvimento infantil estão relacionados às O crescimento e o
condições de saúde da criança, especialmente nos primeiros anos de desenvolvimento
vida. O público infantil representa um grupo de maior vulnerabilidade infantil estão
relacionados às
e isso se deve ao rápido crescimento e à imaturidade imunológica e
condições de
fisiológica. O déficit de crescimento na fase pré-escolar está associado saúde da criança,
à maior morbimortalidade, ao surgimento das doenças infecciosas, ao especialmente nos
comprometimento do desenvolvimento psicomotor, ao baixo rendimento primeiros anos de
escolar e à menor capacidade de desempenho na fase adulta. vida.
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
Por volta dos três anos de idade, todos os dentes da primeira dentição, ou
dentes de leite, já apareceram, e as crianças podem ingerir diferentes alimentos
nas variadas texturas, expondo e amadurecendo o sistema digestório a novas
composições alimentares, propiciando ao organismo uma dieta diversificada em
quantidade e qualidade. Quanto à saúde bucal, observa-se também um maior
amadurecimento, sendo o ato de mastigar uma atividade importante para o
desenvolvimento da musculatura da face. À medida que os dentes nascem e que
haja concomitantemente uma maturidade cognitiva, os alimentos amassados e/ou
picados devem ser gradativamente substituídos por alimentos inteiros seguidos
de alimentos crus, em pequenos pedaços, como a cenoura e a pera (SBP, 2012).
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
PERFIS CARACTERÍSTICAS
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
Estudos apontam Estudos apontam que quanto mais neofóbica a criança, mais os pais
que quanto mais usam a persuasão, a recompensa e o preparo de alimentos escolhidos
neofóbica a criança, pelos filhos, independentemente da qualidade nutricional (SBP, 2012).
mais os pais usam
Outra questão muito comum entre as crianças que apresentam alguma
a persuasão,
a recompensa DA é que estas tendem a comer pequenas refeições e de maneira mais
e o preparo de lenta, essas crianças ainda podem apresentar alguns comportamentos
alimentos escolhidos inadequados no momento das refeições, como:
pelos filhos,
independentemente • Recusa alimentar.
da qualidade
• Brincadeiras com a comida.
nutricional (SBP,
2012). • Desinteresse para com o alimento.
Alguns autores
sugerem que a criança As crianças na fase pré-escolar podem apresentar uma relutância
prove o alimento de em consumir alimentos novos prontamente (neofobia). Para que esse
oito a dez vezes em comportamento se altere, alguns autores sugerem que a criança prove
diferentes preparações o alimento de oito a dez vezes em diferentes preparações e momentos,
e momentos,
mesmo que seja em quantidades bem pequenas. Essa estratégia
mesmo que seja em
quantidades bem permitirá maiores contatos com o alimento e familiarização das
pequenas. Essa preparações, podendo ser estabelecidos novos hábitos alimentares e
estratégia permitirá aceitação de outras formas alimentares.
maiores contatos
com o alimento e
familiarização das
preparações, podendo
ser estabelecidos
novos hábitos
alimentares e
aceitação de outras
formas alimentares.
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
ATIVIDADE DE ESTUDO:
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
Percentual do VCT*
Macronutrientes 1-3 anos 4-18 anos
Carboidrato 45-65 45-65
Gorduras totais 30-40* 25-35**
Proteína 5-20 10-30
Ácidos graxos W-6 (linoleico): *1-3 anos: 5-10% do valor energético total.
**4-18 anos: 5-10% do valor energético total.
Ácidos graxos W-3 (linolênico): *1-3 anos: 0,6 a 1,2% do valor energético
total (até 10% desse valor pode ser consumido como EPA e DHA).
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
** 4-18 anos: 0,6 a 1,2% do valor energético total (até 10% desse valor pode
ser consumido como EPA e DHA).
Açúcar de adição: até 25% da energia total.
Fibras: [idade + 5 (g)], no máximo 25 g/dia.
% do total no
Lipídios Exemplos
VET
Gorduras trans – alimentos industri-
alizados (preparados com gordura
- ≤1% * vegetal hidrogenada): pães, bola-
chas, margarinas, batatas fritas,
salgadinhos
Gorduras saturadas – derivados
Gordura 30% lácteos, carne, coco, embutidos,
<10% gordura de palma (presente em
do VET produtos industrializados em substi-
tuição às gorduras trans)
PUFA n-3 – peixes, principalmente
os marinhos (salmão, sardinha,
1% a 2% tainha), produtos enriquecidos,
óleos vegetais (canola e soja), se
mente de linhaça
5% a 15% PUFA PUFA n-6 – óleos vegetais (girassol
4% a 13% e milho), sementes de gergelim e
nozes
MUFA – azeite de oliva, abacate,
Sem restrição amendoim, avelã, amêndoa,
castanhas (no Brasil, caju)
Legendas: Gorduras trans: isômero trans dos ácidos graxos poli-insaturados que
sofreram hidrogenação, por exemplo de origem vegetal – ácido elaídico (C18:1 9t)
e de animal – trans-vacênico (C18:1 11t). PUFA – ácido graxo poli-insaturado: n-6
(ômega-6) e n-3 (ômega-3) MUFA – ácido graxo monoinsaturado. * Quantidade:
< 2 g/dia.
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
Fontes de fibra solúvel: cereais (aveia, cevada, milho), frutas (banana, maçã,
abacate), leguminosas (feijões, ervilhas), legumes (couve-flor, abobrinha, cenoura),
sementes oleaginosas (linhaça, chia, coco, amêndoas, castanhas, nozes).
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
Recomendação
Micronutriente Suplementação
(RDA ou AI*)
(indicação da suple-
1 a 3 anos: 300 µg/dia mentação somente nas
Vitamina A
4 a 8 anos: 400 µg/dia Regiões Vale do Jequitin-
honha, Vale Mucuri – MG e
Noroeste → ↑ prevalência
de deficiência).
1 a 3 anos: 5 μg/dia
Vitamina D 1 a 18 anos: 600 UI/dia
4 a 8 anos: 5 μg/dia
1 a 3 anos: 6 mg/dia
Vitamina E -
4 a 8 anos: 7 mg/dia
1 a 3 anos: 15 mg/dia
Vitamina C -
4 a 8 anos: 25 mg/dia
1 a 3 anos: 0.9 mcg/dia
Vitamina B12 -
4 a 8 anos: 1.2 mcg/dia
20 mg > 6 meses
1 a 3 anos: 3 mg/dia
Zinco (somente para crianças
4 a 8 anos: 5 mg/dia com diarreia, no período de
10 a 14 dias).
1 a 3 anos: 1 g/dia*
Sódio
4 a 8 anos: 1.2 g/dia*
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
Além disso, conforme foi visto no Quadro 9, em regiões com alta prevalência
de deficiência de vitamina A, a OMS, o Ministério da Saúde e a Sociedade
Brasileira de Pediatria determinam que haja a sua suplementação medicamentosa
entre os 6 a 72 meses de vida na forma de megadoses por via oral, seguindo o
esquema apresentado (BRASIL, 2015).
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
MENINOS: 3 a 8 anos
• EER = 88,5 – 61,9 x idade + FA x (26,7 x peso + 903 x altura)
+ 20
MENINAS: 3 a 8 anos
• EER= 135,3 – 30,8 x idade + FA x (10,0 x peso + 934 x altura)
+ 20
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
FA = 1,0 sedentário
1,6 pouco ativo
1,31 ativo
1,56 muito ativo
Legenda: EER = Necessidade média estimada; FA = Fator de
atividade física.
4 NECESSIDADES, RECOMENDAÇÕES E
DESAFIOS NUTRICIONAIS DO ESCOLAR
A idade escolar é caracterizada por um período de transição entre a infância
e a adolescência e contempla a faixa etária entre 7 a 10 anos incompletos.
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
SEXO MASCULINO:
SEXO FEMININO:
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
Percentual do VCT*
MACRONUTRIENTES
4-18 anos
Carboidrato 45-65
Proteína 10-30
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
Ácidos graxos W-6 (linoleico): **4-18 anos: 5-10% do valor energético total.
Ácidos graxos W-3 (linolênico): ** 4-18 anos: 0,6 a 1,2% do valor energético
total (até 10% desse valor pode ser consumido como EPA e DHA).
Açúcar de adição: até 25% da energia total.
Fibras: [idade + 5 (g)], no máximo 25 g/dia.
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
4 a 8 anos: 7 mg/dia
Vitamina E -
9 a 13 anos: 11 mg/dia
4 a 8 anos: 25 mg/dia
Vitamina C -
9 a 13 anos: 45 mg/dia
4 a 8 anos: 1.2 mcg/dia
Vitamina B12 -
9 a 13 anos: 1.8 mcg/dia
4 a 8 anos: 5 mg/dia
Zinco
9 a 13 anos: 8 mg/dia
4 a 8 anos: 1.2 g/dia*
Sódio
9 a 13 anos: 1.5 g/dia*
Legenda: RDA: Recommended Dietary Allowance; AI: Ingestão Adequada; UI: Uni-
dade Internacional.
• Vitamina A:
• Ferro
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
• Vitamina D
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
Para estimar o gasto energético total, o fator de atividade física precisa ser
considerado. As atividades com suas respectivas medidas de intensidades estão
listadas no Quadro 14.
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
• Café da manhã.
• Lanche da manhã.
• Almoço.
• Lanche vespertino.
• Jantar.
• Lanche da noite.
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Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
ATIVIDADE DE ESTUDO:
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Vamos relembrar alguns pontos importantes que vimos ao longo de todo o
capítulo?
62
Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
6 REFERÊNCIAS
ABAP. Somos todos responsáveis. 2016. Disponível em: <http://www.abap.com.
br/pdfs/06-relatorio.pdf>. Acesso em: 24 nov. 2018.
ANDRÉ, H. P. et al. Food and nutrition insecurity indicators associated with iron
deficiency anemia in Brazilian children: a systematic review. Ciência & Saúde
Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 4, p. 1159-1167, 2018.
INSTITUTE OF MEDICINE. Food and Nutrition Board: dietary reference for cal-
cium and vitamin D. Washington, DC: The National Academy Press, 2011.
JAIME, P. C. et al. A look at the food and nutrition agenda over thirty years of the
Unified Health System. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 6, p. 1829-1836, 2018.
64
Capítulo 1 O QUE DEVO SABER SOBRE O ESTADO NUTRICIONAL E
A ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR?
65
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
SHIM J. E. et al. Associations of infant feeding practices and picky eating behaviors
of preschool children. J Am Diet Assoc., v. 111, p. 1363-8, 2011.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Food systems and diets: facing the chal-
lenges of the 21st century. London: WHO, 2016.
66
C APÍTULO 2
POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
68
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A população brasileira, nos últimos anos, vivenciou intensas modificações
socioeconômicas em comparação a outros períodos marcantes na história do
país, que modularam a transição nutricional e, consequentemente, os resultados
dessas mudanças, sendo elas positivas (a diminuição da pobreza, da fome e da
desnutrição) e também negativas para a saúde coletiva (o aumento das doenças
crônicas não transmissíveis, dentre elas a obesidade e as carências nutricionais
específicas), situações essas que demandam total atenção do governo, das
instituições, de todos os profissionais de saúde e da sociedade civil para que a
população tenha preservado o seu direito a uma vida saudável e de qualidade.
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
70
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
ATIVIDADE DE ESTUDO:
71
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
A PNAN e demais
estratégias que A primeira versão da PNAN, elaborada no final da década de 1990,
culminaram na sua teve como propósito a garantia da qualidade dos alimentos colocados
criação representam
para consumo no Brasil, a promoção de práticas alimentares saudáveis
uma importante
conquista no que diz e a prevenção e o controle dos distúrbios nutricionais (BRASIL, 2003).
respeito à legitimação
das ações nesta área Como acabamos de ver, a PNAN e demais estratégias que
e na determinação culminaram na sua criação representam uma importante conquista
da contribuição do
no que diz respeito à legitimação das ações nesta área e na
setor de saúde para
a garantia da SAN determinação da contribuição do setor de saúde para a garantia da
e concretização SAN e concretização do direito humano à alimentação, reafirmando
do direito humano a necessidade de diálogo e articulação para a realização de medidas
à alimentação, que não se restringem apenas ao setor público de saúde, mas que
reafirmando a
necessidade de precisam estar alinhadas com demais instituições.
diálogo e articulação
para a realização
de medidas que
não se restringem
apenas ao setor
público de saúde,
mas que precisam
estar alinhadas com
demais instituições.
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Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
O que é SISVAN?
A sigla significa: Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional.
Consiste em um sistema de informação cujo objetivo é conferir a
necessária racionalidade como base de decisões nas ações de
alimentação, nutrição e promoção da saúde em qualquer das três
esferas de Governo - Municipal, Estadual e Federal.
77
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
Para que haja uma boa assistência e cobertura da Atenção Básica, é muito
importante que as equipes façam um rastreamento apurado e identificação de
locais de produção, comercialização, distribuição de alimentos e acesso da
população, assim como a identificação dos costumes e das tradições alimentares
mais comuns naquela região, entre outras informações que possam associar
a população contemplada pelo serviço aos seus hábitos alimentares, estado
nutricional e desenvolvimento de práticas alimentares.
78
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
ATIVIDADE DE ESTUDO:
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Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
Vamos estudar?
85
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
86
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
87
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
FONTE: <https://www.hypeness.com.br/2016/07/anvisa-divulga-lista-de-
alimentos-com-maior-nivel-de-contaminacao-por-agrotoxicos/>.
88
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
AGROTÓXICO NA MESA
Ranking de alimentos de acordo com percentual de
amostras inadequadas para o consumo, segundo a Anvisa.
6º Abacaxi
5º Cenoura
49,6%
32,8%
89
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
7,4% 6,5%
6,3%
0%
4% 3,1%
FONTE: <https://www.hypeness.com.br/2016/07/anvisa-divulga-lista-de-alimentos-
com-maior-nivel-de-contaminacao-por-agrotoxicos/>. Acesso em: 26 nov. 2018.
90
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
Podemos observar ainda que tais normas são amplamente discutidas e têm
como objetivo estabelecer a livre circulação de gêneros alimentícios saudáveis
e seguros, adaptadas às políticas e aos programas públicos de cada país que
compõe esse grupo. Além dessa participação, o Brasil participa de outro fórum
internacional de regulação de alimentos, conhecido como: Codex Alimentarius,
que tem como foco principal a defesa da saúde e nutrição da população brasileira.
91
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
ATIVIDADE DE ESTUDO:
o monitoramento
De maneira complementar, entende-se que o monitoramento da
da qualidade
alimentar deve qualidade alimentar deve levar em conta os aspectos sanitários, como
levar em conta os aspectos microbiológicos e toxicológicos, perfil nutricional (macro e
aspectos sanitários, micronutrientes), em conjunto às estratégias de fortificação obrigatória
como aspectos de alimentos (citados no capítulo anterior, como a fortificação da
microbiológicos e farinha com ferro) e da reformulação das características nutricionais
toxicológicos, perfil
de alimentos processados, objetivando a redução de aditivos, como
nutricional (macro
e micronutrientes), as gorduras, os açúcares e o sódio.
em conjunto às
estratégias de
fortificação obrigatória
de alimentos e da
reformulação das
características
nutricionais
de alimentos
processados,
objetivando a
redução de aditivos,
como as gorduras, os
açúcares e o sódio.
92
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
93
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
3 PROGRAMA NACIONAL DE
ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE):
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é o mais antigo
programa do governo brasileiro referente à alimentação escolar e à Segurança
Alimentar e Nutricional (SAN). Com visibilidade no mundo inteiro por sua
abrangência, especialmente no que se refere ao atendimento universal aos
escolares, o PNAE garante ainda o direito humano à alimentação adequada e
saudável (BRASIL, 2018).
94
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
95
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
Com a promulgação
Com a promulgação da Constituição Federal, em 1988, ficou
da Constituição
Federal, em 1988, assegurado o direito à alimentação escolar a todos os alunos do Ensino
ficou assegurado o Fundamental por meio de programa suplementar de alimentação
direito à alimentação escolar a ser oferecido pelos Governos Federal, estaduais e municipais
escolar a todos os (BRASIL, 2011).
alunos do Ensino
Fundamental por
De maneira centralizada, desde sua criação até 1993, o órgão
meio de programa
suplementar de gerenciador estabelecia os cardápios, adquiria os produtos por
alimentação escolar licitação, contratava laboratórios especializados para efetuar o controle
a ser oferecido de qualidade e ainda se responsabilizava pela distribuição dos
pelos Governos alimentos em todo o âmbito nacional (BRASIL, 2015).
Federal, estaduais e
municipais (BRASIL,
Em 1994, a descentralização dos recursos para execução do
2011).
Programa foi estabelecida por meio da Lei n° 8.913, de 12/7/94,
mediante celebração de convênios com as cidades e com a participação
das Secretarias de Educação dos estados e do Distrito Federal, às quais se
96
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
delegou competência para atendimento aos estudantes dos municípios que não
haviam aderido à descentralização. Nesse período, o número de cidades que
concordaram com a descentralização cresceu de 1.532, em 1994, para 4.314,
em 1998, representando mais de 70% dos municípios brasileiros (BRASIL, 2015).
97
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
98
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
99
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
RENDIMENTO ESCOLAR
E APRENDIZAGEM
100
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
ATIVIDADE DE ESTUDO:
101
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
4 GESTÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DA
POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E
NUTRIÇÃO E GESTÃO DOS RECURSOS E
REPASSES FINANCEIROS DO PROGRAMA
DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DO
ESCOLAR
A PNAN passou, em 2011, por um processo de aprimoramento de suas
bases e diretrizes para atender aos novos desafios a serem enfrentados no
campo da alimentação e nutrição no âmbito do SUS. A atualização foi conduzida
pelo Ministério da Saúde por meio de 26 seminários estaduais e do Seminário
Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN 10 anos), com a presença de gestores
e trabalhadores de saúde, conselheiros de saúde e da área de segurança
alimentar e nutricional, entidades da sociedade civil e especialistas em políticas
públicas de saúde e de alimentação e nutrição <https://www.paho.org/>.
102
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
4.1 Gerenciamento e
OPeracionaliZação da PNAN
Considerado o gestor federal da PNAN, o Ministério da Saúde tem como
objetivo:
103
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
ATIVIDADE DE ESTUDO:
104
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
105
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
106
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
108
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
Você deve estar pensando: “De que forma o Governo Federal faz isso?”.
A resposta é simples: através da transferência de recursos financeiros, em
caráter suplementar, de forma automática. Você, agora, pode ter um novo
questionamento: “E quem faz o repasse desses recursos e de onde sai esse
recurso?”. No âmbito federal, esse repasse é realizado pelo FNDE, que é o órgão
financiador e gerenciador do PNAE. Já os recursos (verba destinada ao PNAE)
provêm do Tesouro Nacional e estão assegurados, anualmente, no Orçamento da
União. Dessa forma, o repasse orçamentário é feito do FNDE para as prefeituras,
109
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
ATIVIDADE DE ESTUDO:
Execução
Transferência em 10 parcelas
FNDE
Escola
Prefeitura
SEDUC
Escolas
públicas e
filantrópicas
110
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
111
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
4.4 Gerenciamento e
OPeracionaliZação do PNAE
Conforme aponta o documento da PNAE (BRASIL, 2011), para
operacionalização do programa, as EE podem fazer a escolha por uma das quatro
formas de gestão, são elas:
112
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
113
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
114
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
ATIVIDADE DE ESTUDO:
115
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
Modalidade
2008 2009 2010 2011 2012
de Ensino
Creche 0,22 0,44 0,60 0,60 1,00
116
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
Além disso, para que a EE saiba exatamente o valor financeiro que receberá
todo ano, para cada especificação, a conta deverá ser conduzida da seguinte
maneira: multiplicar o número de alunos declarados no Censo Escolar do
ano anterior pelo valor per capita estabelecido e pelo número de dias letivos.
117
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
118
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Vamos recapitular o que vimos nesse capítulo? Relembrando os princípios
gerais da PNAN, temos:
119
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
120
Capítulo 2 POLÍTICAS E PROGRAMAS NACIONAIS DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DO ESCOLAR
REFERÊNCIAS
ALVES, K. P. S.; JAIME, P. C. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição e
seu diálogo com a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Ciênc.
saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 11, p. 4331-4340, nov. 2014. Disponível
em: <http://dx.doi.org/10.1590/1413-812320141911.08072014>. Acesso em:
21 nov. 2018.
121
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
122
C APÍTULO 3
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS
E DESAFIOS ATUAIS
124
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) utilizada como ferramenta no
ambiente escolar, presente especialmente no processo de ensino-aprendizagem,
possibilita as ações de promoção e proteção da alimentação saudável da criança,
repercutindo ao longo de toda a sua vida. Diante disso, torna-se fundamental
que a adoção de bons hábitos alimentares seja consolidada ainda nos primeiros
anos, para que os efeitos positivos de saúde apareçam em todos os períodos de
crescimento e desenvolvimento em seu mais amplo aspecto.
Boa leitura!
125
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
2 DESENVOLVENDO HÁBITOS
SAUDÁVEIS: DA CONCEPÇÃO À VIDA
ADULTA
A garantia de desfechos positivos na saúde da gestante é uma questão
prioritária na pauta da Organização Mundial da Saúde. Nos últimos anos, as
evidências científicas para fundamentar Políticas de Alimentação e Nutrição e
intervenções nutricionais para alimentação saudável na gravidez ganharam força,
especialmente, pelos inúmeros benefícios provenientes de uma alimentação
adequada que beneficiam não só a mãe, como também o bebê a longo prazo,
repercutindo na sua vida adulta. Além disso, a adoção de hábitos alimentares é
uma construção e, dessa forma, o Governo Federal, a partir de cartilhas, manuais
e orientações, formulou materiais de apoio para as diferentes fases da vida.
126
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
Por esse motivo, é necessário que todos que estão direta ou indiretamente
relacionados ao mundo infantil, como a família, a escola e os ambientes
frequentados pela criança concentrem seus esforços para que haja uma educação
alimentar e nutricional saudáveis. Isso contribuirá para uma vida equilibrada
em todos os aspectos. Além disso, é necessário entender que a saúde é uma
chave importante para todo o desenvolvimento infantil e que uma estratégia para
prevenir a obesidade na criança é criar o costume de se alimentar bem. O alimento
adequado oferecido desde o seu nascimento é a melhor forma de mantê-la com
boa saúde (FNDE, 2018).
127
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
128
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
129
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
130
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
ATIVIDADE DE ESTUDO:
131
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
132
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
ATIVIDADE DE ESTUDO:
133
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
FONTE: A autora
135
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
136
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
137
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
Tipo de
Idade Atividade
Artigo atividade
(anos) desenvolvida
desenvolvida
138
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
139
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
140
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
FONTE: A autora
141
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
142
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
O programa de inter-
venção nutricional teve du-
ração de 12 semanas, no
qual os adolescentes rece-
biam somente orientações
abrangendo temas sobre
alimentação saudável.
Hábitos nu-
Foram realizadas medidas
tricionais de
antropométricas para veri-
adolescentes
ficar o estado nutricional.
obesos en-
volvidos em Questionário e
11 a 12 anos Posteriormente, foi apli-
um programa orientação. cado um questionário de
de orientação frequência alimentar e
nutricional um registro alimentar. As
(UTZIG et al., avaliações dietéticas e
2014). antropométricas foram re-
alizadas antes e após o
programa, para verificar a
influência das orientações
nutricionais sobre os hábi-
tos alimentares dos ado-
lescentes.
143
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
Na integração escola/
universidade houve a re-
alização de duas expla-
nações, uma com foco
“Alimentação na Adoles-
cência” e outra com foco
“Aproveitamento Total de
Alimentos” por acadêmica
de nutrição. A explanação
educativa “Alimentação
na Adolescência” foi real-
Significação
izada por meio de slides
dos conteúdos
abordando os temas: a
escolares no
importância do café da
contexto da
Estudantes manhã, merenda escolar,
temática “edu-
do 2º ano do Debate necessidades nutricionais
cação alimen-
Ensino Médio na adolescência e alimen-
tar e nutricion-
tação saudável.
al” (GIROTTO;
BOOF; BIAN- Utilizou-se também, dois ál-
CHI, 2015). buns seriados, onde foram
apresentados rótulos de
alimentos com sachês de
sal e açúcar, representan-
do o teor de sódio e açúcar
contidos neles. A segun-
da explanação teve o foco
“Aproveitamento Total de
Alimentos” com utilização
do vídeo “Alimentação e
Sustentabilidade”.
144
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
145
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
Apresentação e discussão
do documentário “Mui-
to além do peso”, com o
auxílio de um projetor de
mídia. O foco principal
foi a influência da mídia
no consumo alimentar e
o valor nutricional de ali-
mentos ultraprocessados.
A segunda intervenção foi
a apresentação de uma
palestra sobre alimen-
Avaliação de tação saudável. O conteú-
uma ação do programático consistiu
educativa nu- em grupos de alimentos,
tricional para Vídeo, debate e funções dos nutrientes no
atividade de organismo humano e in-
adolescentes
terpretação de rótulos de
de uma escola 13 a 17 anos avaliação de
alimentos. Nesse mesmo
pública de en- rótulos de dia, foi realizada uma ativ-
sino integral da alimentos. idade com rótulos de ali-
cidade de Jun- mentos, com o objetivo de
diaí - SP (LIMA mostrar para o aluno como
et al., 2016). identificar os nutrientes e
os ingredientes mais evi-
dentes nos produtos anal-
isados. Ao final foram apli-
cados dois questionários,
um com o intuito de aval-
iar o conhecimento so-
bre alimentação saudável
e saúde após as ações
educativas e outro ques-
tionário com três questões
para avaliar as atividades
educativas realizadas.
146
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
Os adolescentes recru-
tados foram divididos em
dois grupos (A e B), de
acordo com a turma em
que se encontravam ma-
triculados. Baseado nesta
divisão, duas estratégias
de intervenção em EAN
foram então conduzidas
com os adolescentes.
147
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
Impacto de
um Programa
Interdisciplinar Atividades lúdicas, work-
de Educação shop sobre alimentação
Equipe juve-
Alimentar, saudável, grupo de dis-
nil de vôlei
Nutricional Debate, workshop cussão sobre os efeitos de
feminino da
e em Saúde e jogos. uma alimentação pré-tre-
cidade de
para jogadoras ino e pós-treino. Jogos
Santos-SP.
de voleibol como: rouba-bandeira, fa-
adolescentes zendo alusão a alimentos.
(DANIEL et al.,
2017).
FONTE: A autora
ATIVIDADE DE ESTUDO:
148
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
149
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
Além disso, você já deve ter visto essa palavra nos documentos de saúde e
organização do Sistema Único de Saúde (SUS). A equidade é uma das doutrinas
fundamentais que constituem o SUS. Isso significa que todos os cidadãos têm o
direito de usufruir do sistema de saúde. Apesar de todos terem acesso a cuidados
prestados pelo SUS, a equidade contempla a realidade que locais e pessoas
diferentes têm necessidades diferentes e por isso soluções e esforços diferentes
devem ser feitos de acordo com o contexto em questão (BARROS; SOUZA, 2016).
150
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
151
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
ATIVIDADE DE ESTUDO:
152
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
153
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
154
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
155
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
• Terreno plano.
• Terra revolvida (“fofa”).
• Boa luminosidade e, preferencialmente, o local da horta voltado para o
nascente.
• Disponibilidade de água para irrigação e sistema de drenagem, como
canaletas.
• Longe de sanitários e esgotos ou qualquer tipo de contaminantes do solo.
• Isolado com pouco trânsito de pessoas e animais (você pode sinalizar
para as pessoas não transitarem).
156
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
2º Passo: “FERRAMENTAS”
• Antes de iniciar a preparação dos canteiros, o terreno deve ser limpo com
o auxílio de algumas ferramentas, como enxada, ancinho e carrinho de
mão.
• Com o auxílio de uma enxada, revira-se a terra a uns 15 cm de
profundidade.
• Com o ancinho, desmancham-se os torrões, retirando pedras e outros
objetos, nivelando o terreno.
• Iniciar a demarcação dos canteiros com o auxílio de estacas e cordas com
a seguinte dimensão; 1,20 m x 2 a 5 m e espaçamento de um canteiro a
outro de 50 cm.
• Caso o solo necessite de correção, podem ser utilizadas cal hidratada ou
serragem.
157
Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
• A horta deve ser regada duas vezes ao dia, mas lembre-se de que isso
varia de região para região, pela diferença de clima entre elas.
• O solo não pode ficar encharcado para evitar o aparecimento de fungos.
• A horta tem que ser mantida limpa, as ervas daninhas e outras sujidades
devem ser retiradas diariamente com a mão.
• A cada colheita, deve ser feita a reposição do adubo para garantir a
qualidade da terra e das hortaliças (FERNANDEZ; IRALA, 2001).
158
Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
ATIVIDADE DE ESTUDO:
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Políticas e Programas Para a Alimentação e Nutrição Escolar
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Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
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5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Vamos relembrar alguns pontos importantes que vimos ao longo de todo o
capítulo?
• A escola tem um papel formador que vai muito além da grade curricular
tradicional. Além disso, a agricultura familiar melhora a vida tanto dos
produtores rurais quanto das crianças, escola e sociedade.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, L. M. M. C. et al. Redes de segurança alimentar e agricultura familiar: a
merenda escolar como instrumento de desenvolvimento local. Interações, Campo
Grande, v. 7, n. 11, 2016.
FAO. The state of food insecurity in the world. Rome: Food and Agriculture
Organization of the United Nations. 2015.
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Capítulo 3 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS E DESAFIOS
ATUAIS
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