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ROBÉRIO RIBEIRO
THAYS SANTOS
IPIAÚ
2019
ROBÉRIO RIBEIRO
THAYS SANTOS
IPIAÚ
2019
AGRADECIMENTO
Com as mudanças nos hábitos alimentares das crianças e o surgimento do novo perfil
consumidor infantil, as indústrias alimentícias aumentaram suas propagandas e seu
marketing, voltadas para produtos infantis. Este estudo busca analisar a influência das
propagandas alimentícias nas crianças e sua relação com a obesidade infantil. Visa
conhecer a legislação vigente no Brasil acerca do assunto, sob a ótica da publicidade.
Todavia, muitos quesitos da legislação já são observados com a finalidade de não serem
oferecidas denúncias ao órgão responsável pela regulamentação da propaganda no Brasil.
A avaliação das informações mostrou que a presente legislação vigente no Brasil sobre a
veiculação de anúncios publicitários com alto teor calórico, ricos em gordura, sódio e açúcar
dirigidos ao público infantil, por vezes, não é cumprida por parte das empresas, contribuindo
assim, de forma direta para a elevação das taxas de sobrepeso e obesidade infantil. Trata-
se de uma pesquisa bibliográfica com delineamento exploratório e natureza qualitativa. Este
trabalho foi realizado apoiando-se nas concepções de MOURA (2010), ALMEIDA (2002),
RIBEIRO (2008), SANTOS (2007) entre outros. Foi verificado influência da mídia, através
das embalagens dos produtos e comerciais passados na televisão, o estado nutricional da
maioria foi diagnosticado com eutrofia, e uma minoria com Obesidade, as crianças
apresentaram um entendimento sobre alimentação saudável, mas mesmo diante das
informações dos malefícios do consumo de alimentos ultra processados a crianças
apresentaram preferência por estes alimentos não saudáveis.
With the changes in children's eating habits and the emergence of the new consumer profile,
the food industry has increased its advertising and marketing, aimed at children's products.
This study aims to analyze the influence of food advertising on children and its relation with
childhood obesity. It aims to know the legislation in force in Brazil on the subject, from the
perspective of advertising. However, many aspects of the legislation are already observed in
order not to be offered complaints to the agency responsible for regulating advertising in
Brazil. The evaluation of the information showed that the current legislation in Brazil on the
commercialization of advertisements with high calorie content, high in fat, sodium and sugar
directed at the children's public, is sometimes not fulfilled by the companies, thus
contributing, in direct way to raise rates of overweight and childhood obesity. This is a
bibliographical research with exploratory design and qualitative nature. This work was carried
out based on the conceptions of MOURA (2010), ALMEIDA (2002), RIBEIRO (2008),
SANTOS (2007) and others. It was verified the influence of the media, through the packaging
of products and commercials passed on television, the nutritional status of the majority was
diagnosed with eutrophy, and a minority with Obesity, children presented an understanding
about healthy eating, but even in the face of information of the harms of the consumption of
processed foods to children showed preference for these unhealthy foods.
1.0 INTRODUÇÃO
Em 2001 foi criado o projeto de Lei nº 5.921, que proíbe a publicidade dirigida
ao público de até 12 anos de idade e regulamenta a publicidade dirigida aos
adolescentes, a fim de determinar forma mais precisas e exatas do que é ou não
permitido na venda de produtos direcionados ao público infantil. Em julho de 2008, o
substitutivo mais específico e detalhado desse projeto foi aprovado pela Comissão
de Defesa do Consumidor, da Câmara de Deputados em Brasília. A lei proposta
proíbe qualquer tipo de publicidade dirigida ao público infantil, vetando promoções
com distribuição de brindes colecionáveis prêmios e o uso de imagens animadas,
desenhos e atuação das crianças ou artistas com apelo ao público infantil.
Conforme KARAGEORGIADIS, (2014)
A publicidade é uma técnica usada pelas empresas para fazer com que as
crianças consumam seus produtos pobres em nutrientes e ricos em açúcar, sal e
gordura. Com a consciência de que doenças como a obesidade podem acontecer
ainda mais facilmente, especialistas têm sugerido que a propaganda desses
alimentos ruins seja menos atrativa, assim tornando as escolhas saudáveis mais
fáceis.
Os hábitos alimentares estão em constantes mudanças e a indústria de
alimentos processados vem ganhando destaque cada vez mais, onde os alimentos
prontos passam a substituir com mais frequência a comida tradicional. Sabe-se que
esses hábitos se desenvolvem na infância, e que a probabilidade de uma criança
obesa se tornar um adulto obeso é muito grande.
A publicidade de alimentos faz parte da realidade da criança, que vive em
uma sociedade onde os hábitos alimentares estão mudando, com produtos
processados de fácil acesso sendo ofertados a todos momento através dos meios
eletrônicos. A criança é um ser humano em formação, portanto, mais vulnerável às
práticas desleais de marketing, tornando-se a principal vítima dos apelos
publicitários. O crescimento demasiado do consumo de alimentos processados,
juntamente com o apelo da publicidade influenciam consideravelmente os
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A infância sempre foi conhecida como uma fase de grande energia, em que
as crianças brincam, corre, saltam, caem, no entanto, em pleno século XXI assiste-
se a um novo grupo de crianças: “crianças sedentárias, crianças menos saudáveis,
crianças mais propensas ao desenvolvimento de doenças, nomeadamente ao
desenvolvimento da obesidade” (Toews e Parton, 2004; Ribeiro, 2008). As crianças
em geral, são consideradas um público alvo muito influenciável aos apelos da mídia,
pois só conseguem entender o caráter convincente da mesma a partir dos 12 anos
de idade.
A publicidade interfere nos hábitos e preferências alimentares do público
infantil, principalmente por promover campanhas de propagandas por meio de
personagens de desenhos, embalagens divertidas e brindes, apelando para o
consumo de alimentos considerados não saudáveis, como os industrializados, que
são podres em nutrientes, ricos em açúcares, sódio, gorduras ruins, e que são
direcionados na maioria das vezes à primeira infância.
O excesso de publicidade de alimentos voltada para o público infantil é um
dos fatores que contribuem para o aumento da obesidade infantil. Especialistas
acreditam que uma das saídas para este problema é a regulamentação deste setor.
5.0 CONCLUSÃO
6. 0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e
dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa
INSTITUTO, Alana. Projeto criança e consumo. Consumismo infantil, um problema de todos 2003.
Disponível em: http://www.alana.org.br. Acesso em 7 abr. 2019.
SANTOS, Andréia Mendes dos. Sociedade do Consumo: Criança e propaganda, uma relação que
dá peso. 2007. Tese (Doutorado em Serviço Social) – Faculdade
47de Serviço Social. Porto Alegre, 2007, 197 p.
VILLLAGELIN, André Silvestre Brasil; PRADO, Shirley Donizete. Alguns reflexos sobre marketing
televisivo: o olhar do nutricionista sobre um filme de alimentos industrializados. Programa de pós-
graduação em Alimentação Nutrição e Saúde. 2008, p. 17.
ALMEIDA, Sebastião de Sousa; NASCIMENTO, Paula Carolina BD; QUAIOTI, Teresa Cristina
Bolzan. Quantidade e qualidade deprodutos alimentícios anunciados na televisão brasileira.
Revista Saúde Pública, São Paulo, 2002, 3 p
TOEWS, Judy e PARTON, Nicole (2004). A Alimentação dos nossos filhos – Guia para um
crescimento feliz e saudável. Lisboa: Livros Horizonte
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7.0 CRONOGRAMA