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Sumá rio
1. Introdução......................................................................................................................................8
2. Suplementação de Bezerros de Corte............................................................................................9
3. O Sistema Vaca-Bezerro...............................................................................................................10
4. A prática do Creep-Feeding..........................................................................................................11
5. Objetivo da prática.......................................................................................................................11
6. Medidas, instalação do creepfeeding...........................................................................................12
7. Ração para suplementação alimentar..........................................................................................13
8. Respostas ao creepfeeding...........................................................................................................14
9. O consumo...................................................................................................................................14
10. Condições de manejo...............................................................................................................15
11. Comportamento de amamentação..........................................................................................15
12. Comportamento de pastejo.....................................................................................................15
13. Desempenho das crias no creepfeeding...................................................................................16
14. Comportamento de amamentação..........................................................................................16
15. Creep – grazing (pasto privativo)..............................................................................................16
16. Suplementação pós-desmama precoce....................................................................................17
17. Preparação da ração.................................................................................................................17
18. Creep-feeding móvel................................................................................................................19
19. Creep-grazing na cria e recria de bezerros...............................................................................20
20. Como atrair os bezerros para esses locais................................................................................21
21. Desempenho das matrizes.....................................................................................................21
22. Viabilidade econô mica do creep-feeding e restriçã o de consumo do concentrado com sal
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23. Quais cuidados e indicaçõ es os bezerros precisam logo apó s o parto para evitar doenças?
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24. Implicações...............................................................................................................................28
Referência Bibliográficas......................................................................................................................30
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1. Introduçã o
Com esse trabalho visamos mostrar de uma maneira simples o sistema
de criação de bezerros pelo creep-feeding e creep-grazing até seu abate.

Nesse trabalho iremos apresentar toda a trajetória necessária para esse


sistema de criação. Assim mostrando as vantagens do mesmo, como é realizado,
aonde foi criado, suas instalações, os fatores que afetam sua produtividade, a idade
necessária para que os bezerros tenham um bom rendimento e seu comportamento
de pastejo.

Nesse trabalho visamos mostrar, o manejo das crias, vantagens e


desvantagens do sistema, e logicamente sua praticidade de manutenção do sistema.

Esse é um método onde só os bezerros tem acesso aos cochos para


consumirem o suplemento, para terem uma grande vantagem sobre bezerros
criados a pasto e com isso se obtém uma desmama precoce com um maior ganho
de peso e até mesmo indo mais cedo para o abate.

Para realização desse trabalho foram feitas visitas a fazenda Sant’anna,e os


dados das pesquisas realizadas serão apresentadas neste trabalho de conclusão de
curso.

Para a realização das pesquisas foram utilizados computadores,livros e


visitas técnicas realizadas em fazendas da região, que é a mais influente sobre esse
tema.
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A principal fonte de pesquisa foi o site da Embrapa, que é uma fonte muito
rica em informações do tipo, além de dar varias opções para compra e, além disso,
suas informações são bem detalhadas e explicadas.

2. Suplementaçã o de Bezerros de Corte


Normalmente bezerros de raças taurinas começam a pastejar ea ruminar
entre 2 e 3 semanas de idade, com um tempo médio depastejo de 3 horas/dia. Aos 4
meses, pastejam durante 38% do dia,ou por um período equivalente a 60% do
tempo de pastejo de umanimal adulto. Normalmente bezerros zebuínos, em sistema
extensivo de criação, iniciam a ruminação aos 30 dias de idade.

A prática da suplementação de bezerros de corte, em zonastropicais, cumpre


muitas vezes a finalidade de beneficiar a vaca emseu potencial reprodutivo. Com
relação ao bezerro, tal suplementação destina-se a compensar a quantidade
insuficiente de leite produzida pela matriz, principalmente a partir do terceiro mês
pós-parto, ou durante períodos desfavoráveis do ano.

A suplementação também é usada quando há interesse do produtor em


promover o máximo de peso e vigor em tourinhos e novilhas para a venda de futuros
reprodutores.

O período compreendido entre o nascimento e a desmama é a fase de vida


do animal em que se apresentam as mais altas taxas de ganho de peso,
alcançando, em apenas sete meses, cerca de 25% a 35% do peso final de abate. O
leite oferece nutrientes indispensáveis ao bezerro, sob uma forma simples e de fácil
absorção, de maneira a suprir as exigências relativamente altas nesta fase. Até certo
ponto, quanto mais leite o bezerro consome, mais depressa ele cresce.
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Porém, a relação entre esses dois fatores diminui bastante de intensidade,


depois de 16 semanas do parto. Portanto, a partir da idade de 3 a 4 meses, parte
dos nutrientes necessários ao bezerro de corte provém de outras fontes que não o
leite materno.

A palavra "creep" em inglês significa rastejar ou "engatinhar", sendo uma


alusão ao movimento que o bezerro teria que fazer para entrar no cercado e ter
acesso ao cocho privativo. A palavra “feeding” significa alimentação.

A utilização de creep-feedingtem como objetivo aumentar o ganho de peso


dos bezerros durante o período de lactação, obtendo-se animais mais pesados ao
desmame.

A suplementação alimentar deve ser criteriosa e adequada às condições de


produção de cada sistema, sendo necessária umaavaliação de cada dieta dentro
dos modernos sistemas de nutrição,indicando se há equilíbrio entre os alimentos e
se os requerimentossão atendidos, sem gastos desnecessários de nutrientes.

As desvantagens na utilização de suplementação alimentar através do uso de


creep-feeding no manejo de bezerros de corte são: o custo do peso corporal
adicional pode ser mais alto do que a receita, pouca diferença ao sobreano entre
animais que receberam ou não o suplemento e gastos com instalações.

3. O Sistema Vaca-Bezerro
Os fatos que afetam mais significantemente o desenvolvimento de um bezerro de
corte são:

1) A produção de leite da vaca que por sua vez é uma função de três principais
fatores:
 Nutrição
 Genética;
 Sanidade;

A produção de leite das vacas de corte é fundamental para o sucesso do


sistema de produção de carne.A produção de leite da vaca apresenta uma relação
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positiva coma eficiência de produção em gado de corte, desde o nascimento até o


desmame e o abate.

A avaliação de vacas em relação à produção de leite,com o objetivo de usar a


informação para o processo de seleção,em rebanhos comerciais é realizada a partir
de informações do peso ao desmame. No peso ao desmame tem se a contribuição
do potencial genético do bezerro.

2) A oferta e a quantidade da pastagem;


3) A alimentação suplementar,que afeta:
 O desenvolvimento do bezerro;
 O desempenho reprodutivo da vaca.

4. A prá tica do Creep-Feeding


É uma pratica de manejo alimentar que tem como alvo a suplementação dos
bezerros de corte ainda durante o período que estão mamando. Para viabilizar a
técnica do creep- feeding é necessário o uso de instalações que permitam acesso
apenas de animais jovens ao cocho onde será disponibilizado o suplemento ou
ração, o creep-feeding é uma palavra da língua inglesa onde creep significa rastejar,
engatinhar, e se refere a maneira como os bezerros chegam, ao cocho e feeding
significa alimentação.

O creep–feeding pode ser utilizado para ganhar mais elevados em peso (25 à
40 kg a mais de peso vivo na desmama) em sistema intensivo de produção, ou para
ganhos modernos em peso (8 à 15 kg a mais na desmama) em sistemas menos
intensivos de produção.

5. Objetivo da prá tica


Objetivos principais da adoção da prática do creep-feeding pode ser resumida,
em:
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1) Aumentar o ganho de peso dos bezerros reduzindo a idade ao abate ou a


idade a primeira prenhes;
2) Produzir lotes de bezerros mais uniformes;
3) Diminuir o estresse pós – desmama;
4) Melhorar a condição corporal das vacas magras, de forma que cheguem ao
final do período de amamentação e melhores condições.

6. Medidas, instalaçã o do creepfeeding


Os cochos devem ser localizados perto da onde os animais ficam em
descanso, sombras, cochos de sal, e bebedouros.

No segundo mês quando os bezerros aprendem a consumir o suplemento, o


cocho pode ser movimentado para lugares que são menos utilizados, forçando um
pastoreio uniforme, e a medida das cercas devem permitir a passagem dos bezerros
e impedir a passagem das vacas.

Fonte:https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwi78-
mH_7rdAhXJHZAKHe78DuEQjhx6BAgBEAM&url=http%3A%2F%2Fblog.ruralpecuaria.com.br
%2F2011%2F01%2Fcreep-feeding-ou-cocho-privativo.html&psig=AOvVaw2ISxtD-
wHdITvy8fRZEbAA&ust=1537031534643974

As instalações devem ser mais simples e baratas possíveis, sendo compostas


de um cercado de arame liso ou ripas de madeiras, ambos permitindo a entrada do
bezerro e restringindo a entrada do animal adulto.
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A medida que os animais vão crescendo vai-se modificando a altura do ultimo


arame da cerca. Dentro do cercado devem estar disponíveis cochos,que devem ser
calculados e confeccionados com o tamanho de 20cm linear por animal para facilitar
o acesso, e evitar disputas por causa do cocho.

A área do cercado deve ser em media de 1,5 metros por bezerro, deixando-se
um espaço de 3 metros entre o cocho e a cerca, para facilitar a circulação dos
bezerros. O arame do cercado deve conter 40 cm do solo evitando a entrada de
animais adultos.

Os cochos para instalações podem ser feitos com materiais que se obtém na
propriedade sendo tambores de plástico e tábuas, assim reduzindo os custos dos
sistemas.

7. Raçã o para suplementaçã o alimentar


O sucesso da suplementação depende muito do consumo de concentrado por
parte dos animais. Por tanto, o concentrado deve ser muito palatável, com fontes de
proteína verdadeira e com boa digestibilidade, minerais com boa biodigestibilidade,
aditivos promotores de crescimento e eficiência alimentar, vitaminas e etc.

Embora seja possível usar ureia a partir do quarto mês de idade, o seu uso
deve ser feito de restrição, pois pode causar redução na acessibilidade do consumo.

O farelo de trigo, soja e milho podem ser utilizados na ração do creepfeeding.

Alimentos mais volumosos como polpa cítrica e feno de alfafa moído ou


peletizado podem reduzir riscos de problemas digestíveis entre tanto o custo pode
inviabilizar o processo.

Para melhorar a aceitabilidade dos suplementos pelos bezerros podem-se


usar combinação de grãos, melaço, sal, etc...

A utilização de melaço ao nível de 3% induziria uma diminuição da poeira da


ração alem de estimular o consumo.
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O período de suplementação alimentar varia de 3 á 4 meses, oferecendo aos


bezerros 1% do peso corporal por dia, completamente as exigências da matéria
seca com a ingestão de forragem.

Consumo de concentrado em bezerro expressa em kg por mês e dia em


função da idade dos bezerros entre um á dois anos de idade/kg/dia 0,2 e kg/mês
6,0, entre dois ás três anos de idade kg/ dia 0,6 e kg/mês 0,6.

A técnica do creepfeeding vai depender da idade em que se deseja


desmamar os bezerros com 7 á 8 meses de idade, assim começa a suplementação
apartir dos 60 dias e quando se pretende fazer a desmama precoce aos 3 ás 4
meses, se inicia a suplementação logo após o nascimento dos bezerros.

Para que os bezerros novos aprendam a entrar no creep é comum a


utilização de um bezerro mais velho adaptado ao creepfeeding.

O creepfeeding serve como forma de obter bezerros com maior peso ao


desmame e, assim,melhor desempenho em confinamento.

Além do que,animais que recebem alimentação suplementar antes da


desmama,geralmente tem potencial de consumir 10% a mais do que um
confinamento.

8. Respostas ao creepfeeding
A instalação do creepfeeding, se obtém uma boa resposta para o produtor,
assim com maior desempenho em confinamento. Alem do que, animais que
recebem alimentação suplementar antes da desmama, geralmente, tem o potencial
de consumir 10% á mais de MS (matéria seca) no confinamento.

Para as fêmeas em fase de reposição e aleitamento, o creepfeeding pode


afetar o seu desempenho, caso seja mal manejo permitindo ganhos de peso
superiores à 1 kg por dia nesta fase de aleitamento e também nas fases
subsequentes até sua puberdade.
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9. O consumo
O ganho de peso que é desejado diariamente que definira o tipo de
suplementação a ser oferecida aos bezerros.

Fatores a serem detectados:

1) Bezerros que pertencem a genética de gado europeu;


2) Em regiões chuvosas o consumo tende a ser menor;
3) Em pastagens adubadas o consumo é menor;
4) Em lotes com menos de 100 animais o consumo é maior.

10. Condiçõ es de manejo


Em suplementos com limitador de consumo deve-se dispor de
aproximadamente 6 á 10 cm de cocho para cada bezerro do lote. Nos casos onde se
utilizam cocho móvel, uma maneira que obtém bons resultados é pintar o cocho de
branco, pois ajuda na identificação da área de creep pelos bezerros.

11. Comportamento de amamentaçã o


O comportamento de amamentação varia com o momento da lactação. Com o
avanço da lactação, a frequência de mamadas declina. O comportamento do
bezerro é influenciado pelo nível de produção de leite da vaca.

O tempo total de amamentação por dia varia com a raça, sendo


significativamente superior para bezerros zebuínos com 11,8 minutos por dia,
comparados com bezerros cruzados com 9,4 minutos por dia.

12. Comportamento de pastejo


A maior parte dos bovinos de corte do Brasil, baseiam-se na utilização de
pastagem. As plantas forrageiras são responsáveis por quase toda oferta de
energia, proteína, vitaminas e partes dos elementos minerais necessários ao
atendimento das exigências de manutenção e produção dos animais.
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Há algumas décadas o uso de suplementos é praticamente em larga escala


para aumentar a produtividade bovina. Com a intensificação da produção, esta
pratica passou a ser utilizada desde a fase de amamentação. Esse tipo de
suplementação além de minerais, contem proteínas necessárias para correção de
deficiências, principalmente no período de seca.

O resultado desta medida se traduz em maior ingestão de forragem pelos


animais em pastejo, levando a manutenção de peso vivo ou modestas taxas de
ganho de peso, sendo até 200 gramas por dia, desde que a disponibilidade de
massa seca não seja limitante.

13. Desempenho das crias no creepfeeding


O efeito da suplementação para os bezerros em aleitamento sobre o peso a
desmama e pós desmama. O suplemento pré desmama consiste em 80% de milho
desintegrado com palha e sabugo e 20% de farelo de algodão.

14. Comportamento de amamentaçã o


O comportamento de amamentação varia com o aumento da lactação. Com o
avanço da lactação a frequência de mamadas declina.

O tempo total de amamentação por dia varia com a raça sendo de 9,4 á 11,8
minutos de mamada por dia.

15. Creep – grazing (pasto privativo)


É um método poço utilizado no Brasil, o mesmo consiste em uma
suplementação com pasto diferenciado, onde os bezerros também permanecem
juntos com sua,mães e tem acesso exclusivo a um piquete formado com forrageiras
de alto valor nutritivo, de pequeno porte e alta densidade, como aveia e milheto. As
suas instalações são semelhante a do creepfeeding, sendo o tamanho do piquete
proporcional ao numero de bezerros e a produção de matéria seca da forrageira
escolhida. Corresponde a 5% da área de invernada de cria.
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16. Suplementaçã o pó s-desmama precoce


Bezerros com 90-120 dias de idade são desmamados e colocados em
pastagens adequadas, bem afastadas das mães. Com as mães e as crias
desmamadas e separadas em pasto, demonstram maior tranquilidade, tanto para as
vacas quanto para os bezerros, desde os primeiros dias. Por tanto as separações
exigem a existência de cercas apropriadas, evitando possíveis mamadas.

O pasto adequado para desmama deve ser formado com forrageiras,


obedecendo aos requisitos do “creep-grazing”.

Além do pasto, é sempre bom suplementar as crias com uma ração


concentrada, a mesma do creep-feeding, até 6-7 meses, idade correspondente á
desmama tradicional. Bezerros desmamados aos 90-120 dias de vida conseguem,
logo cedo, retirar do concentrado tanto de energia tanto quanto obteriam com o leite.

http://www.estanciadamatinha.com.br/crbst_5.html
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17. Preparaçã o da raçã o


A ração do creep-feeding é facilmente preparada. Sendo uma mistura que
contem de 16 á 20% de proteína bruta, que garante um bom crescimento ao
bezerro. Para formular uma ração satisfatória, basta misturar 70 kg de quirela de
milho com 30 kg de farelo de soja e adicionar 3% de sal mineral fornecido para as
vacas de cria, ou 1% de sal comum e 2% de farinha de ossos calcinada, ou fosfato
bicálcico. O milho pode ser substituído pelo sorgo, farelo de trigo, etc.

Bem como a soja substituída pela torta de algodão ou algo similar. Na fase
final é recomendado adicionar um suplemento de vitamina A, tendo em conta o
reduzido teor de caroteno na época seca.

Inicialmente, espera-se que os bezerros consumam de 200 á 400 g/cab/dia.


Com o decorrer do tempo, eles aumentam gradativamente a ingestão, chegando a
atingir, na fase final, 2 á 2,5 kg/cab/dia. Pode-se oferecer a quantidade de 1% do
peso vivo médio de cada lote, para cada animal por dia, durante o período de 3 a 4
meses. As crias deverão complementar sua alimentação com o pasto.

Uma boa observação é de que os bezerros aceitam melhor grãos inteiros do


que triturados, ou ainda ração sob a forma de peletes do que farelada. No caso do
milho e do sorgo, devem ser grosseiramente triturados para aumentar o
aproveitamento no trato digestivo. A ração deve ser renovada, periodicamente, no
cocho, de maneira a não faltar nem sobrar.

Para o criador, é muito importante conhecer a economicidade do sistema.


Preço, época de compre e disponibilidade de ração, bem como seu uso racional,
podem, eventualmente, fornecer a relação custo da ração /preço do bezerro.
Entretanto, é preciso não esquecer que, além das despesas com suplementação em
si, ocorrem gastos adicionais com o novo tipo de manejo a ser utilizado.

Em todo o caso, deve-se levar sempre em consideração que um bezerro bem


nutrido, durante o primeiro ano de vida, é capaz de suportar maiores estresses
climáticos e orgânicos.
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18. Creep-feeding mó vel


Esta alternativa atende, logicamente, a necessidade de rotação periódica das
áreas, alternando períodos ocupados ora com agricultura e ora com pasto, para os
bovinos de corte. O cercado é totalmente em grade de ferro. O cocho conta com
uma pequena cobertura, apenas para proteção parcial da ração. O creep pode ser
facilmente transportado manualmente. Os vãos de ferro são de aproximadamente de
40 cm, e são por esses vãos que os bezerros entram.

Esse sistema de creep-feeding móvel tem um custo de R$ 400,00 á 500,00


reais, com uma vida útil de 20 anos. Esse sistema também é viável para a adoção
dos pastejo rotacionado, permitindo uma rápida mudança de um piquete para o
outro.

Fonte:https://www.mfrural.com.br/mobile/ClassificadosAnuncio.aspx?id=183737&titulo=creep-feeding-
movel-e-bezerreiro-individual
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19. Creep-grazing na cria e recria de bezerros


O uso de pastagens, como gramíneas e leguminosas forrageiras, constituem
a principal fonte de nutrientes essenciais ao crescimento, á saúde e a reprodução
dos bovinos.

A exploração dos rebanhos depende fundamentalmente da produção das


forragens por área, devendo as mesmas serem tratadas como culturas e manejadas
corretamente. Sendo assim, o objetivo de um sistema de produção eficiente é o
suprimento diário dos animais com forragem de boa qualidade, capaz de atender de
forma econômica as exigências nutricionais dos mesmos.

Por isso são necessários alguns ajustes na curva de produção de forragem


considerando as exigências nutricionais do rebanho ao longo do ano. Nessas
condições, a suplementação alimentar dos animais, o uso de técnicas para
aumentar a taxa de crescimento da forrageira e a incorporação de novas tecnologias
deve ser utilizado como forma de ajudar manter e melhorar a nutrição do rebanho,
principalmente das categorias animais com elevada demanda por nutrientes, como
os bezerros em crescimento.

Nesse intuito, uma alternativa eficiente é o uso do creep-grazing, que é


definido como uma forma de suplementar os bezerros ainda em aleitamento, por
meio de dispositivos que permitem o acesso exclusivo das crias as áreas contendo
forragens de melhor qualidade em relação aquela onde suas mães são mantidas.
Esta tecnologia quando combinado com um manejo adequado, normalmente resulta
em maior produtividade, viabilizando economicamente o sistema de produção.
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https://dicas.boisaude.com.br/a-importancia-e-a-diferenca-do-creep-feeding-e-creep-grazing/

20. Como atrair os bezerros para esses locais


Primeiramente, traga um bezerro que já tenha a experiência de entrar no
cercado. Coloque-o junto aos outros animais e o produtor irá perceber que ele será
como um guia. Esse líder trará conhecimento e segurança aos demais. Em um
momento inicial, tire as limitações de entrada e leve a matriz até o cercado. Após se
acostumarem, retorne com as limitações.

21. Desempenho das matrizes

Um dos problemas mais graves relacionados aos baixos índices zootécnicos


obtidos na pecuária de corte brasileira é a taxa de retorno de cio pós-parto das
vacas. É importante que as vacas cheguem ao parto com um escore de condição
corporal adequado-entre5 e 6- isso por que elas perdem peso no pós-parto e por
estarem amamentando tem dificuldade em recuperar a condição corporal para a
próxima cobertura.

O que o pecuarista pode fazer para aumentar a fertilidade das fêmeas que
pariram magra? O correto é alterar o sistema da alimentação para que no próximo
ano elas cheguem no momento do parto com boa condição corporal. Mas o que
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fazer neste ano quando se observa que existe um grande número de matrizes que
pariram magra?

A primeira opção seria a suplementação das matrizes após o parto e durante


a estação de monta, com alimentos concentrados, porem a recuperação da
condição corporal nesta fase é muito difícil. Este é o período de maior exigência
nutricional da vaca, devido à produção de leite e a recuperação do sistema
reprodutivo. Os nutrientes ingeridos pelo animal estão sendo direcionados para o
úbere, de modo a garantir a produção de leite e o crescimento do bezerro.

A maioria dos animais perdem peso durante os primeiros 3 meses pós-parto,


devido à mobilização de gordura para obtenção de energia. A suplementação neste
período pode aumentar a produção de leite da vaca e o peso à desmama do
bezerro, mas dificilmente se consegue fazer com que a vaca ganhe peso neste
período, devido à concorrência entre produção de leite e deposição de gordura.
Sendo assim, custa muito caro a suplementação de vacas magras no pós-parto de
modo a aumentar sua condição corporal antes da estação de monta.

Qual a alternativa? O creep-feeding pode ser utilizado como ferramenta de


manejo em lotes de vacas que pariram muito magras de modo a aumentar a
fertilidade durante a estação de monta. Porém, o creep-feeding sozinho não é
suficiente para aumentar significativamente o desempenho reprodutivo das matrizes.
Experimentos mostram que o uso do creep-feeding aumenta o peso vivo das vacas,
porém dificilmente aumenta de maneira significativa o desempenho reprodutivo. A
saída é utilizar o creep-feeding em conjunto com a desmama antecipada dos
bezerros, e aí sim, é possível aumentar de maneira significativa e econômica a
fertilidade de vacas magras.

Em sistemas convencionais, os bezerros são desmamados entre 6-7 meses


de idade, portanto após a estação de monta. A desmama antecipada pode ser feita
com 60-90 dias de idade, o que reduz o requerimento nutricional das matrizes,
permite que elas entrem na estação de monta sem o bezerro, levando a um
aumento da fertilidade. A desmama precoce de vagas magras melhora a fertilidade
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da vaca, aumenta seu peso vivo e não altera o peso vivo do bezerro aos 7 meses de
idade.

Fonte: http://www.estanciadamatinha.com.br/crbst_5.html

A grande preocupação quando se realiza a desmama precoce é o período de


adaptação ao alimento concentrado, quando os bezerros deixam de receber o leite
materno e precisam consumir somente alimentos concentrados, daí a importância do
creep-feeding neste sistema, pois permite que o bezerro seja desmamado quando já
possui um consumo adequado de alimento concentrado, o que reduz bastante o
estresse e a mortalidade de bezerros na desmama precoce. O ideal é que o bezerro
seja desmamado quando já se encontra com pelo menos 100 kg e quando já está
consumindo pelo menos 500 g de alimento concentrado.

A quantidade de alimento concentrado que continuará a ser fornecida aos


bezerros após a desmama depende bastante da condição da pastagem presente no
piquete dos bezerros. Quando a pastagem é de boa qualidade, o consumo de
concentrado após a desmama pode ficar restrito a 0,6% do peso vivo do bezerro, no
entanto quando não se tem pastagem disponível, deve ser fornecida maior
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quantidade de alimento concentrado para que o ganho de peso dos bezerros se


mantenha ao redor de 0,7-0,8 kg/dia.

22. Viabilidade econô mica do creep-feeding e restriçã o de


consumo do concentrado com sal

A fase de cria do bezerro, que gira em torno de 210 dias, pode influir de
maneira circunstancial no bom desenvolvimento pós-desmama do mesmo. Nesta
fase, alguns fatores, como a boa alimentação da mãe e, consequentemente, a boa
produção de leite, exercem papel importante no bom desenvolvimento dos bezerros.
O uso de creep-feeding para suplementação dos bezerros é uma estratégia que
auxilia de maneira efetiva o crescimento e desenvolvimento progressivo do animal.
Em outros radares já foram discutidos os benefícios do uso estratégico de creep-
feeding para suplementação de bezerros, como maior peso a desmama, diminuição
na idade ao abate, e melhoria na eficiência reprodutiva das vacas.

No entanto, devemos considerar os custos envolvidos no ganho de peso


corporal adicional, que envolvem as instalações (cochos cobertos, cerca, etc.) e a
alimentação, que deve ser constituída preferencialmente de alimentos mais nobres
(farelo de soja, milho, farelo de trigo, etc). As instalações podem ser feitas de
maneira simples, visando baratear os custos, e o concentrado pode ter seu consumo
limitado, já que deve ser apenas um complemento da qualidade da pastagem.

Neste contexto, Sampaio et al. (2002) realizaram trabalho na Embrapa-São


Carlos onde o objetivo principal foi avaliar o desempenho de bezerros de corte
lactentes suplementados ou não em creep-feeding. Foram usados dois níveis de
cloreto de sódio com o objetivo de limitar o consumo de concentrado. Os autores
avaliaram também a viabilidade econômica das estratégias de suplementação.

O trabalho foi realizado durante o período das águas, e as vacas e os


bezerros permaneceram em pastagens de Brachiariabrizantha, em sistema
rotacionado de pastejo. Foram usados no total 32 bezerros da raça Canchim,
divididos em três lotes: controle, concentrado com 5% de cloreto de sódio (71% de
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milho moído, 15% f. soja, 9% f. algodão, 5% sal) e concentrado com 10 % de cloreto


de sódio (67% de milho moído, 20% f. soja, 3% f. algodão, 10% sal). Aos 120 dias
de idade iniciou-se a suplementação dos bezerros, que apresentavam peso médio
aproximado de 135 kg. Antes do início do trabalho os animais passaram por um
período de adaptação à ração e ao creep por dez dias, onde recebiam cerca de
50g/animal/dia de fubá. O período experimental foi de 90 dias.

Os consumos médios dos suplementos foram de 0,72 e de 0,47 kg/animal/dia


(0,43 e 0,26% do peso vivo), para os concentrados com 5 e 10% de sal,
respectivamente. O consumo de concentrado aumentou com ao aumento do peso
(idade) dos animais, sendo que o efeito do sal como limitador de consumo ficou
evidente após os primeiros 30 dias do período de suplementação (tabela 1). 
O aumento do consumo pode ter sido devido principalmente pelo aumento de peso
dos bezerros, além da provável diminuição da produção de leite das vacas (fase
descendente da curva de lactação). Segundo os autores, a relação média entre os
consumos dos suplementos com 5% e 10% manteve-se na ordem de 1,5:1, após os
primeiros 30 dias.

Tabela 1: Consumo médio do suplemento.

Na tabela 2, observa-se que os animais que receberam a suplementação em


creep-feeding apresentaram maior ganho total e diário em relação aos animais do
grupo controle. A pouca diferença no peso final entre os animais dos tratamentos
controle e com 5 % de sal no concentrado foi devido, provavelmente, às diferenças
no peso inicial, sendo que os animais controle estavam mais pesados ao início do
trabalho.
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Tabela 2: Desempenho de bezerros suplementados em creep-feeding com


dois níveis de sal na ração.

O ganho médio diário dos animais do tratamento com 5% de sal foi


semelhante estatisticamente ao do tratamento controle, que, por sua vez, foi inferior
ao tratamento com 10% de sal. Teoricamente esperara-se maior desempenho dos
animais do tratamento com 5% de sal, devido ao maior consumo da ração e à maior
energia disponível da mesma, porém, com base nos resultados observados e na
discussão dos autores, o ganho não foi maior, provavelmente em função da
substituição do leite materno e da forragem pelo concentrado. Devemos ressaltar
que nesta fase, lactente, o alimento mais adequado para suprir a maior parte das
exigências do bezerro é o leite materno. A inclusão do concentrado deve ser feita
como complemento da pastagem para que as exigências energéticas do animal
sejam supridas para que o seu potencial genético seja explorado, ou melhor, que a
capacidade de crescimento do animal seja explorada ao máximo.

A avaliação dos autores da viabilidade econômica do creep-feeding com os


dois níveis de ingestão de alimento é apresentada na Tabela 3. A análise foi feita
com base no diferencial necessário no desempenho (Kg/animal ou %PV) dos
bezerros tratados em creep em relação aos animais controle, para uma determinada
rentabilidade pretendida:

a) rentabilidade zero: o ganho adicional só serviria para cobrir o custo da


ração;
b) 0,6% de rentabilidade: equivalente a caderneta de poupança;
c) 1,2% de rentabilidade: obtido em fundos de renda fixa;
21

d) 6% de rentabilidade: remuneração média de um confinamento em anos


propícios à atividade, segundo os autores.

Tabela 3: Viabilidade econômica da suplementação em creep-feeding.

Dados utilizados pelos autores: milho R$8,5/saca, f.soja 45% R$380,00;


f.algodão 38% R$ 330,00; @ bezerro R$ 40,00, e rendimento de carcaça 52%.
Diferença no ganho de peso em relação ao controle para que se tenha a
rentabilidade desejada.

Com base nos resultados acima, os autores relatam que a suplementação


com creep-feeding com o consumo de concentrado limitado com de 10% de sal, foi
economicamente o de maior viabilidade. O tratamento com maior consumo de
suplemento necessitaria obter ganho adicional de no mínimo três quilos a mais do
observado, para retorno da suplementação igual a zero.

Os autores concluem que o suplemento com 10% de sal, por limitar o


consumo e propiciar maior ganho de peso, foi a alternativa de maior retorno
produtivo e econômico como estratégia de suplementação de bezerros em creep-
feeding. Os autores ainda lembram que o bom desempenho de bezerros em creep-
feeding é também resultado da interação de uma série de outros fatores. Como
exemplo, citam que bezerros filhos de vacas boas produtoras de leite e em
pastagens em boas condições, portanto bezerros bem nutridos, raramente
apresentam acréscimos nos ganhos, pois já estão com ganhos próximos ao seu
potencial genético de crescimento.
22

23. Quais cuidados e indicaçõ es os bezerros precisam logo


apó s o parto para evitar doenças?

A cura do umbigo de bezerros tem fundamental importância nos aspectos


sanitários gerais do rebanho. Esse procedimento, associado à administração correta
do colostro, representam medidas indispensáveis que influenciarão diretamente na
saúde do rebanho de cria.

O umbigo deve ser cortado na medida de dois dedos e desinfetado com


solução de iodo, a 10% em álcool, ou produto similar, imediatamente após o
nascimento, repetindo diariamente até o umbigo secar (EMBRAPA, 1996).

Indicações:

 Fornecer 04 g de Biosan Flora B12 no dia do nascimento. (dose única).


 Misturar 01 Kg de Amino Flora Corte (02g/animal/dia) em 01 saco do
Suplemento Mineral (30 Kg) específicos para bezerros (as), contendo
NDT (nutrientes digestíveis totais) e poteína, deixando a vontade no
chocho através do creep-feeding.
 Fornecer ração para bezerros no creep-feeding
•Ração para creep-feeding:
– 77 Kg de Grão de milho triturado;
– 22 Kg de Farelo de soja 45% Proteína Bruta;
– 01 Kg do Amino Flora Corte (02g/animal/dia).
23

24. Implicaçõ es
A suplementação altera o desempenho das crias, mas não das vacas. Nesse
processo os machos tiveram um maior desempenho do que as fêmeas,
independentemente o suplemento. Com esse método os bezerros são desmamados
precocemente e com um maior ganho de peso, gastando menos e tendo um lucro
maior, saindo com 350 á 400 kg. Esse é um sistema para produtores que visão ter
um maior lucro em menos tempo e com mais facilidade com o manejo de bezerros
que futuramente serão para corte.
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Referência Bibliográ ficas.


O uso da técnica do Creep-feeding na suplementação de bezerros. PUBVET,
Londrina, V. 4, N. 28, Ed. 133, Art. 902, 2010.,Editores: Carlos Clayton Oliveira
Dantas1 , Fagton de Mattos Negrão1 , Luiz Juliano Valério Geron2 , Alexandre
Agostinho Mexia.

Desempenho de matrizes nelores com crias suplementadas no Creep-Feeding


Editora:Marcela Ramos Duarte –Lavras; UFRAS-2007

O uso do Creep-Feeding na produção de gado de corte


Editor: Prof. Dr. Antonio Ferriani Branco/ PhD em Nutrição e Produção de
Ruminantes

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