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BOVINOCULTURA DE CORTE

(Bárbara Oliveira Arantes)

A Índia, o Brasil, a China, os Estados Unidos e a União Européia detém os maiores


rebanhos de bovinos do mundo. Na Índia é esperado que se encontre o maior efetivo de
bovinos, em razão da cultura do país. O Brasil, mesmo tendo um rebanho menor que a
Índia, aparece como o segundo maior produtor de carne do mundo. No Brasil 80% do
gado de corte são zebuínos.  O sucesso e a expansão desses animais no território
nacional se deram, principalmente em função da sua adaptação em climas tropicais e fez
do país um dos líderes mundiais em produção de carne. São animais mais rústicos, o que
se traduziu em exigências nutricionais menores e maior resistência a doenças que o gado
europeu. O produção primária é a produção de carne, dessa maneira, muitos produtores
optam pela compra de novilhas ou por terceirizar a criação dos bezerros, ao invés de
fazer o ciclo completo, que muitas vezes é ineficiente. O ciclo de produção do gado de
corte bovino se divide em cria, recria e terminação. A fase de cria se estende do
nascimento até a desmama dos bezerros que tem duração de seis, com manejo de
bezerro ao pé. O produtor de cria deve ter recursos financeiros suficientes para a
aplicação de tecnologias que garantam o desmame de um bezerro pesado e saudável por
ano, de cada vaca do rebanho. Após os bezerros serem desmamados, eles entram na
fase de recria ou crescimento, que irá se estender até a puberdade, com duração média
de 12 a 14 meses. O objetivo desse período é explorar ao máximo o potencial genético
dos novilhos de forma a obter animais com boa estrutura e carcaças uniformes, para que
ele possa expressar ao máximo o seu potencial genético. Também conhecida como
terminação, a fase da engorda é a última na criação do gado de corte. Para garantir a
qualidade e agregar o máximo de valor possível a todo o trabalho desenvolvido nas duas
fases anteriores, o animal recebe uma ração ou regime alimentar apropriado ao ganho de
peso e para que a carne seja a melhor possível. A Austrália e a Nova Zelândia, grandes
produtoras mundiais de carne, com menores custos de produção do mercado, optam por
fazer as 3 fases com sistema extensivo de pastagens. No Brasil, a maioria dos produtores
fazem as 2 primeiras fases, de cria e recria no pasto extensivo com suplementação
nutricional, com a fase de engorda sendo feita em confinamento, buscando melhores
acabamentos de carcaça, com melhor deposição de gordura, em função da dieta de alta
energia que recebem. Os animais em diferentes fases de vida e em diferentes sistemas
de criação respondem ao manejo que é desenvolvido sobre os animais. Ou seja, cada
fase e sistema têm necessidades diferentes em relação ao balanceamento de dietas e
fornecimento de alimentos, aspectos sanitários e bem estar. A deposição de gordura na
carcaça tem grande importância na qualidade do produto, onde os principais critérios de
avaliação são a espessura de gordura e grau de marmoreio da carcaça. O grau de
marmoreio da carcaça está relacionado a ter mais gordura intramuscular, causando um
aspecto de mármore na carne, deixando mais macia e suculenta. A gordura de cobertura
é muito importante para os abatedouros, pois durante o processo de resfriamento da
carne é ela quem perde água, ao invés das gorduras internas, garantindo a qualidade da
carne no resfriamento. Apesar da imensa importância que a pecuária exerce na
economia do país, essa atividade provoca, ao mesmo tempo, grandes impactos
ambientais: degradação de pastagens, poluição dos recursos hídricos, degradação de
ecossistemas ambientais e emissão de gases do efeito estufa. que devem ser
considerados e minimizados ao máximo.

Resenha produzida sobre BOVINOCULTURA DE CORTE na aula ministrada no dia


27/04/2021

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