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Introdução.
Importância Econômica
Proteção Ambiental
• Manejo Nutricional
Planejamento da Produção
SISTEMA DE CRIAÇÃO
MANEJO REPRODUTIVO
Vulva (Cachimbo)
- Vulva Infantil ( Muito pequena, problemas na monta e no parto)
- Vulva Exagerada ( Muito Grande, Porta de entrada de contaminação “Doenças
Reprodutivas”)
Quantidade / Assimetria dos Tetos (Peitos) :
- Tipo Carne 8 pares Caipira 6 pares
Habilidade Materna :
- Docilidade
- Cuidado com a leitegada
- Boa produção de Leite (De 10 a 15 Lts / 24 hs)
Boa Produção de Leitões Acima de 10 Leitões
Quantidade de Partos 2,3 partos por Ano
ESCOLHA DO MACHO
RAÇAS :
RAÇAS MATERNAS :
LANDRAC
Origem
A raça Landrace
teve sua origem na
Dinamarca, entre 1830 a
1840, tendo como base
genética suínos exógenos
(alemães, chineses,
espanhóis e portugueses),
que foram cruzados com
raças nativas. É provável
que a Large White tenha
sido utilizada.
A Dinamarca
manteve, por muitos anos, o
monopólio da exploração do
Landrace, conseqüência da
decisão da Alemanha
(1887) e Inglaterra (1892)
de proibirem o comércio
internacional de suínos vivos. Isso levou a Dinamarca a implementar um audacioso programa
de seleção (em 1896 foi criado o primeiro centro de melhoramento genético do país e do
mundo) e aumentar a exploração da espécie com fins industriais (em 1887 era constituída a
primeira cooperativa de criadores de suínos que construiu, igualmente, o primeiro frigorífico) e,
posteriormente exportacionistas. Para objetivar a seleção foi fundada, em 1907, uma estação de
teste de suínos em Elscominde. A impossibilidade de exportação formal fortaleceu o
contrabando, gerando diferentes Landraces (Belga, Suíço, Alemão, etc).
Características Morfológicas
- Perfil retilíneo
- Orelhas tipo Céltica
- Linha dorso-lombar reta
- Totalmente despigmentado
- Pelagem branca
- Mamas bem constituídas
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Características Produtivas
- Alto rendimento de carcaça
- Alta percentagem de cortes nobres
- Algumas linhagens apresentam PSE (principalmente os oriundos do Landrace ou
Branco Belga).
- Alto ganho médio diário de peso (GMDP)
- Ótima conversão alimentar
Características Reprodutivas
- Ótima habilidade materna
- Alta prolificidade
- Precocidade reprodutiva
- Machos e fêmeas utilizados em cruzamento
LARGE WHITE
Origem
Originária
do condado de
York, região norte
da Inglaterra. Entre
os anos de 1770-
1780, suínos locais
foram cruzados com
animais asiáticos da
região de Cantão,
que tinham como
características
principais a
precocidade,
pelagem escura,
orelhas curtas e finas, esqueleto fino e pernil pobre.
O fato de se cruzarem animais distantes geneticamente, determinou um alto grau de
heterose. Por volta de 1850, alguns suínos da raça Napolitana foram levados da Ilha de Malta
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para a Inglaterra, e cruzados com a raça que havia se formado. É provável que os suínos
Napolitanos tivessem relação genética com estirpes asiáticas, mas em geral, possuíam melhor
conformação (lombo e pernil). Como conseqüência desses cruzamentos e contínua seleção
morfológica surgiram dois agrupamentos raciais: Yorkshire e Leicestershire.
O agrupamento de animais Yorkshire era composto por animais brancos e/ou
parcialmente pigmentados, com orelhas tipo asiáticas e bom desenvolvimento. O Leicestershire
foi resultado de 100 anos de seleção e melhoramento, sendo caracterizado pela pelagem escura e
ter, predominantemente, aspectos morfo e fisiológicos de raças estrangeiras.
As interações genéticas entre Yorkshire e Leicestershire determinaram o aparecimento
do Small, Middle e Large White. Este último, por ter qualidades superiores, teve em 1868
espaço exclusivo na Royal Show.
Em 1995, o Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves (EMBRAPA/CNPSA),
relacionou, segundo o valor genético, os 50 melhores machos e as 200 melhores fêmeas. A
seguir estão listados, por sexo, com suas caracterizações, os cinco melhores de cada grupo. É
muito importante para o técnico, principalmente com o advento da tipificação de carcaças,
conhecer o material genético disponível no mercado.
Características Morfológicas
- Perfil côncavo - Orelhas tipo Asiática
- Linha dorso-lombar reta
- Boa morfologia dos terços anteriores e posteriores - Bons aprumos e membros
curtos
- Mamas com boa inserção - Grande perímetro torácico
Características Produtivas
- Auto rendimento de carcaça - Ótima qualidade de carcaça
- Ótima conversão alimentar - Alto ganho médio diário de
peso (GMDP)
Características Reprodutivas
- Ótima habilidade materna
- Alta prolificidade
- Precocidade reprodutiva
- Machos e fêmeas utilizados em cruzamentos
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WESSEX
Origem:
Inglaterra. Na
literatura, constata-se
que esta raça é produto
do cruza mento entre o
porco preto New Forest
e o Sussex (que era um
ani mal fachado), duas
raças de porcos
indígenas ingleses,
classificados como tipo
bacon.
Pelagem:
O corpo todo preto, sendo cintado por uma faixa contínua de pêlos
brancos sobre os me mbr os anteriores e paletas.
Cabeça:
Características desejáveis:
Registro genealógico:
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RAÇAS PATERNAS :
DUROC
Origem
Características Morfológicas
Características Produtivas
Características Reprodutivas
- Média prolificidade
- Baixa habilidade materna
- Precocidade reprodutiva
- Somente macho em cruzamento
- Ótima rusticidade
HAMPSHIRE
Origem
Características Morfológicas
Características Produtivas
Características Reprodutivas
PIETRAIN
Origem
É oriundo de uma
povoação que lhe deu o
nome, na província de
Brabante-Bélgica. Entre os
anos de 1919 e 1920, foram
exportados os primeiros
suínos de for ma intensiva.
Até 1950 o Piétrain não
alcançou notoriedade. Em
1953 foi reconhecido com raça e m Brabante; e m 1954 se estabeleceu o padrão
racial e, e m 1952, foi reconhecida como raça em toda Bélgica. Mas foi na
França que obteve o bônus racial. Em 1955, i mportou seletos ani mais, e já e m
1958, criou a escrita genealógica que em 1963 se transformou e m livro. Daí
para diante começa a difusão européia e americana.
Características Morfológicas
Características Produtivas
Características Reprodutivas
RAÇAS NACIONAIS
Foi
destinado espaço à “genética nacional” pela importância que ela representa na suinocultura de
subsistência brasileira. Mas é fundamental, a priori, ratificar que “raça nacional” não traduz a
realidade genética do meio produtivo.
O que se observa são agrupamentos genéticos de raças estrangeiras, que foram se
definindo de acordo com os ciclos produtivos brasileiros (cacau, algodão, oleaginosas, etc.).
O que está bastante claro atualmente, é a perda quase que total dos referenciais
genéticos de suínos no Brasil. Isso significa dizer que há necessidade de uma ação no sentido de
resgatar, estudar e preservar esses agrupamentos. Várias experiências, no sentido de
aproveitamento dessa genética, foram desenvolvidas. Como exemplo estão as raças Sorocaba,
Moura, Piau, entre outras.
Características Morfológicas
- Animais curtos com rugas, papada, tipos de orelhas e de perfis fronto nasais variados;
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Características Produtivas
Características Reprodutivas
Principais Representantes:
- Piau - Canastra
- Canastrão - Caruncho
- Nilo - Macau
- Sorocaba - Moura
- Pirapitinga - Junqueira
- Pereira.
• Pode-se utilizar um cachaço mais novo pra identificar o cio e depois realizar o
teste do reflexo;
• Realizar o Teste Reflexo ( fazer pressão na anca da porca, se ela ficar parada se
deixar ser montado e ficar com as orelhas em pé, encaminhas para monta;
12 hs Após a Ident.
1ª Monta
12 hs Após a 1ª M.
2ª Monta
12 hs Após a 2ª M.
3ª Monta
• Sempre realizar as montas nas horas mais frescas do dia, de ao amanhecer (08:00
hs) ou ao entardecer (17:00 hs);
• Fêmeas com retorno de cio atrasado (acima de 7 dias após o desmame), A
migração (deslocamento) dos óvulos e mais Lento :
12 hs Após a 1ª M.
2ª Monta
12 hs Após a 2ª M.
3ª Monta
Manejo de Gestação :.
• - Após estourar a Bolsa Placentária, so após 25 min e não ter saído nem um leitão
deve-se preocupar;
• Do nascimento :
Se pega o leitão pelas patas traseiras e desobstruir as vias aerias (Boca e narinas pra que o
leitão respire);
Realiza-se a cura do umbigo :
Fazer um amarrio cerca de 2 a
3 cm da barriga do leitão;
1 a 2 cm do amarrio realizar o
corte com a tesoura
Realizar a cura do umbigo com
a solução de Iodo a 5%
(Cicatrizante e
Desidratante), mergulhando
todo o Umbigo na solução.
Colocar o leitão pra mamar logo após. Os menores na tetas Peitorais e os leitões mais
desenvolvidos nos tetos a Abdominais. A imunidade passiva do leitão se dá via
colostral, sendo diretamente proporcional à ingestão e absorção de colostro. A
permeabilidade intestinal e a produção de anticorpos se reduzem drasticamente já nas
primeiras 24 horas de vida para as principais imunoglobulinas.
O leitão só marca o teto após 3 dias de nascido :
Receita caseira de Colostro :
Ensinar os leitões entrarem o escamoteador :
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COLOSTRO CASEIRO
Caso o leitão esteja mole parecendo sem vida, mas o cordão umbilical ainda pulsa (tentando
respirar) tem que se fazer uma reanimação : pegando o leitão pelas duas patas traseiras
e as duas dianteiras e abrir e fechar, fazendo a musculatura contrair o pulmão.
Utilizando a parte de cima de uma garrafa pet, faz-se um “boca a boca”, colocando a
cabeça do leitão na garrafa e soprando levemente.
•
2º dia de nascido :
Corte das Presas, rente a gengiva do leitão, tendo cuidado pra não pra não machucar a
língua nem as gengiva dos leitões. ( essa operação e realizada para se evitar
machucados nos tetos da matriz). leitão nasce com 8 dentes (4 caninos e 4 incisivos)
extremamente pontiagudos. Até 72 horas após o nascimento cada leitão definirá sua
teta. Nessa definição as disputas pelas melhores (peitorais) levam a lesões peri-orais
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contundentes. Além disso, não tão comum quanto no caso anterior, poderão provocar
lesões mamárias comprometendo a secreção e/ou produção láctea. Para evitar tais
circunstâncias é recomendado, em criações médias e grandes, o corte dos dentes com
um alicate 8 a 10 horas após o nascimento. Deve-se ter cuidado para não lesionar a
gengiva e não deixar pontas.;
P
esagem e realizada por leitegada, pesados junto e dividido pelo numero de leitões da se
Brincos Método Australiano
a media da leitegada ;
Tatuagem
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• Desmame :
• Creche :
Existe uma máxima em suinocultura que diz “se não alimentar o leitão imediatamente após
a desmama mata, se alimentar mata do mesmo jeito”. Isso mostra a sensibilidade do
momento e os cuidados, principalmente alimentares. Na creche fornecer ração limitada
até 5 dias após a desmama. O excesso de alimentação pode determinar sobras
substanciais de nutrientes no intestino delgado oportunizando substrato à multiplicação
de E.coli. Esse quadro pode levar a transtornos intestinais graves com altas morbilidade
e mortalidade.
É importante a observação na creche, ainda, do número, tamanho e sexo dos animais ao
colocá-los nas baias. Faz-se necessário cuidados permanentes de higiene e limpeza das
instalações.
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• Crescimento e Engorda :
• Crescimento e Engorda :
• Processo de Abate
ABATE TRADICIONAL ;
Os matadouros frigoríficos possuem um conjunto de técnicas que vem sendo cada vez
mais aprimoradas no abate de animais. Basicamente consiste no transporte dos animais, através
de veículos próprios, dos locais onde são criados paras os matadouros-frigoríficos. Após o
desembarque, os animais são armazenados em currais de descanso, aguardando o manejo para o
abate. Este manejo consiste na condução dos animais desde o curral de descanso passando pela
rampa de acesso até a sala de abate, onde estes serão postos em estado de inconsciência
(insensibilização) para posteriormente ser realizada a sangria (corte ou perfuração das artérias
do pescoço do animal para a saída do sangue)
MANEJO ALIMENTAR
ALIMENTOS :
ALIMENTOS ENERGÉTICOS
ALIMENTOS PROTEICOS
Soja 30% na ração
Farelo de soja 30% na ração
Soja (Grão) :Pode ser o única fonte protéica de porcas em gestação,
mas não em lactação. O Farelo cru provoca redução superior a 50% na taxa de crescimento e
superior a 40% na eficiência alimentar de leitões; o efeito é diluído com o crescimento, ficando,
no total, em 22 e 19%, respectivamente.
Cozinhar por 30 minutos e secar
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ALIMENTOS ALTERNATIVOS
Capim ou Grama (Derruba velho)
Estrela
Africana
Quicuia
Bremuda
Cross cross
Batatais
Leguminosa (Leucena, Estililosante)
Verduras (Chuchu, Tomate, Cenoura, Abóbora, ...)
Frutas (Goiaba, Manga, Abacate, Mamão, ...)
Coco (Macaúba, Baru, Bacuri, entre outros)
Guariroba
Palma
Soro do leite :
Soro de laticínio, cuidado com a contaminação do soro com soda e ácido
(usado pra limpeza e lavagem das tubulações do laticínio ;
Receita caseira de Soro :
SORO DE LEITE
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Medicamentos :
• PNEUMONIA SUINA
Sintomas :
Tratamento :
- BAYTRIL
- FLOTRIL
- TRISSULFIN ( Injetável )
- SULFAMAX ( Injetavel )
- TRIBISSEN
- NORFLOMAX ( PÓ )
- TORMICINA
- QUINOTRIL
- OXIPLUS
• INTOXICAÇÃO
Sintomas :
Tratamento :
- ANTOXICO + Purgante Salino ou Salamargo
- ANTITOXIL
- MERCEPTRON ORAL
- HEPATOX
- ANTI-TOXICO UCB
- BANAMINE
- BIOXAN
• INFECÇÕES GENITURINARIAS
Dentre alguns sinais de uma possível infecção geniturinária, podemos citar alterações
no aspecto da urina (como presença de sangue e pus) e na freqüência para urinar (aumentada,
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Tratamento :
- BAYTRIL ( Injetável )
- AMPICILINA
- ESTREPITORMICINA
- OXIVET
- FLOXIVET PLUS
• ARTRITE
Sintomas :
Tratamento :
- ESTREPTOMAX
- ESTREPTOMICINA
- AGROVET PLUS
- PENCIVET PLUS
- BIODEX
- OXITETRACICLINA 50% PS
- ALGIVET
- BACTROSINA
• INFECÇÃO URINARIA
Sintomas :
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Tratamento :
- Fazer o animal urinar mais vezes.
- TRIBISSEN
- TRIMOXIL
- NORFLOMAX
- ESTREPITOMICINA
- CHEMITRIL ( 10% ou 2,5% Injetável)
- AMPICILINA UNIVETE 2g (Injetável)
• PROBLEMAS DE CASCO
Sintomas :
Principais causas das lesões
nos cascos Pisos, novos, ásperos,
lisos, com buracos, irregulares, com
poças de água, úmidos. Ripados,
quebrados, vãos largos, irregulares altos e baixos. Áreas de piquetes com pedras,
buracos, poças d'água, áreas muito íngremes, corredores esburacados e com muito
desnível.
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Tratamento :
- KROMA CASCO
- FORMOPED
- CASCOMIX
- MIOSTAL
- UMBICASCO
- UNGUENTO VASIL PLUS
- TRIBISSEN
- TANIDIL / LARVIDIL / BOMFIN PÓ
20 Lt. Água
1 Kg Sulfato de Cobre
1 Lt Formol Comercial
8 Kg Cal Hidratado
- Pasta para curar feridas no casco :
• SARNA
A sarna dos suínos causada pelo Sarcoptes scabiei var suis, tem sido um problema para
os produtores de todo mundo. Está presente nas criações a menos que tenham sido tomadas
medidas para sua eliminação, aumentando na medida em que são empregados os métodos
intensivos de produção.
Sintomas :
Tratamento :
- BIOCID
- BIOFOR
- IODOFOR
- SARNAVET
- DECTOMAX
- IVERMECTINA
- IVOMEC
- RANGER
- TRICLOVET
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- DRAXXIN
• CONJUTIVITE
Tratamento :
- TERRACOTRIL (Bater a 10 a 15 cm do olho do animal)
- NEOTOPIC (Bater a 10 a 15 cm do olho do animal)
- PREDET
- KERAVIT
- DEXAMAX
É uma doença infecciosa que ocorre entre cinco semanas a quatro meses. O suíno pode
apresentar a forma aguda onde se observa morte súbita ou acompanhada de enfraquecimento,
dificuldade de locomoção e manchas avermelhadas na pele, principalmente orelha e barriga. Já
na forma crônica, o que mais chama atenção é a febre, dificuldade de respiração, falta de apetite
e diarréia líquida, esverdeada ou amarelada ou sanguinolenta e com mau cheiro. A enfermidade
pode causar grande perda de animais e aqueles que sobrevivem se tornam refugos. O suíno se
infecta através de alimentos contaminados ou pela introdução no plantel de outro suíno
portador, que em situações de stress, passa a eliminar a bactéria. O controle da enfermidade
deve ser feito através de rigorosas medidas tais como: vacinação nas fêmeas no último mês de
gestação e, nos leitões, aos sete dias de vida com revacinação no décimo quinto dia. Higiene e
desinfecção das instalações, separação e tratamento dos animais doentes, evitar o excesso de
animais numa mesma baia, evitar juntar animais de fora da propriedade com os de dentro sem
antes fazer uma quarentena.
Tratamento :
- TETRABIOTICO (Antibiótico, antiinfeccioso e balsâmico)
- OUROTETRA PLUS L.A. (antibiótico e anti-inflamatório)
- TALCIN MAX
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- MOGIPEN
• DOENÇAS REPRODUTIVAS
☻ MÁ FORMAÇÃO
☻ CRIPTORQUIDA (UNILATERAL E BILATERAL) (RONCOI)
☻ BRUCELOSE
☻ PARVOVIROSE
☻ RINITE ATROFICA (ESPIRADEIRA)
☻ PROLAPISO RETAL EM SUÍNOS (HEMORROIDA)
☻ NATIMORTOS ( NASCE MAS MORRE ATE O 5º DIA)
☻ MUMIFICADOS (NASCE MORTO)
☻ ERISIPELA
• OUTRAS DOENÇAS
☻ CISTICERCOSE (SOLITARIAS, CANJIQUINHA OU PIPOQUINHA)
☻ MMA ( MASTITE / METRITE / AGALACIA)
☻ AFTOSA
☻ ABCESSOS
☻ ANEMIA (CARCAÇA/ RINS)
☻ HERNIA ( VENTRAL / ESCROTAL / UMBILICAL)
☻ DERMATITE HEMORAGICA POR ATRITO
☻ LEPSTOPIROSE ( RATO)
☻ ASCARIDIASE ( LOMBRIGA DE PORCO)
☻ BOTULISMO
☻ RAIVA ( MORCEGO)
☻ TOSSE SECA ( VERME NO PULMÃO)
HIGIENE E PROFILAXIA
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A sanidade ou saúde é um dos pilares de sustentação da produção intensiva de suínos, uma vez
que objetiva diminuir riscos e reduzir custos, e para tanto exige medidas de biossegurança, programas de
vacinação, medicacõs profiláticas, programas de limpeza e desinfecção, entre outros.
Para uma boa manutenção ambiental, mantendo o nível de contaminação ambiental sob controle,
é necessária a adoção de um programa de limpeza e desinfecção da granja, garantindo um sistema mais
eficiente e lucrativo.
Algumas práticas simples podem ser adotadas como evitar presença de fezes no piso, de leitões
doentes junto com os sadios, de cadáveres não enterrados, instrumentos de trabalho sujos e contaminados
como tesouras, alicates, pás, carrinhos...e instituir a utilização de roupas e botas exclusivas para uso na
granja, diminuir ao máximo o contato dos funcionários da granja com outras criações, limitar o número
de visitantes na granja e, quando o tiver, instituir o banho e a troca de roupa das visitas.
Estas medidas não irão impedir totalmente o risco da ocorrência de doenças, mas o minimiza
significativa-mente.
A monitoria de insumos como água, ração, vacinas é importante também para prevenção de
agentes não desejados na granja, evitando o uso de rações mofadas, água suja ou quente, e medicamentos
com prazo de validade vencido ou armazenados de forma incorreta.
Essas práticas de monitoria, limpeza e desinfecção trarão benefícios ao criador não só na
melhoria da performance e na produtividade, mas também na redução de gastos com medicamentos, de
animais refugos e de doenças como diarréias, problemas de pele e respiratórios e com parasitas.
Limpeza
A limpeza consiste na remoção dos detritos acumulados nas instalações, visa fundamentalmente
reduzir a carga de contaminação microbiana e minimizar o contato dos animais com um excesso de
matéria orgânica (seca ou úmida) o qual potencialmente aumenta o risco da veiculação de agentes
patogênicos aos animais. A limpeza prévia é um passo essencial ao sucesso dos programas de
desinfecção.
A limpeza pode ser subdividida em limpeza seca e limpeza úmida. Quando se limpa uma
instalação deve-se iniciar pela limpeza seca a qual se caracteriza pela retirada de cama, de restos de ração,
do esterco, da sujeira impregnada no piso e paredes e nas baias. Em muitas granjas, antes da limpeza tem-
se por norma umedecer as diferentes partes da instalação com água ou com uma solução de detergente, o
que além de facilitar a limpeza reduz o tempo gasto para tal.
Os detergentes utilizados na limpeza são substancias que tem ação umedecedora e surfactante
que quando adicionados a água reduzem a tensão superficial aumentando a capacidade de penetração da
água e o poder de remoção da sujeira aderida no piso nos equipamentos, piso e paredes de uma instalação.
Além disto eles tem efeito emulsionante dissolvendo e, sobre tudo, saponificando as gorduras, impedindo
que as mesmas voltem a se depositar sobre as superfícies.
A velocidade das reações de um detergente podem ser aumentada pelo calor. Muitas vezes, na
limpeza úmida com água quente à pressão, o fato de se realizar mudanças em alguns fatores tais como
pressão, débito e temperatura da água não são, por si só, suficientes para realizar-se uma limpeza de boa
qualidade. Através da adição de um detergente à água quente pode-se melhorar em muito a qualidade da
limpeza.
Soluções de detergentes podem ser utilizados de duas formas:
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☻ Sob forma de solução na concentração de 0,3 a 3,0%, a ser aplicada através de jato de água
quente sob pressão.
☻ Aplicando os em altas concentrações, com auxilio de um balde ou regador diretamente sobre o
que se deseja limpar. Neste caso, após um tempo de ação de até 20 minutos, enxágua-se com jato
de água para após 30 minutos eliminar a sujeira com água sob pressão.
Esta forma de aplicação requer mais tempo que a anterior. A mecanização da limpeza úmida
com jato de água fria ou quente sob pressão humanizou e dignificou a função de quem limpa, pois com
alta pressão combinada com temperatura elevada e aditivos (detergentes) a sujeira ressecada ou
encrostada são facilmente removidas sem que a pessoa entre em contato com o material. As vantagens da
limpeza com jato de água quente sob pressão são:
☻ Baixo custo
☻ Redução do tempo de lavagem
☻ Redução do número de pessoas necessárias para fazer a limpeza
☻ A qualidade da limpeza é boa
☻ Com o jato de alta pressão limpa-se inclusive os lugares de mais difícil acesso
☻ Prepara a instalação para uma desinfecção eficaz
☻ O mesmo aparelho pode ser utilizado tanto para desinfecção e pintura das instalações com cal
como limpeza e desinfecção das partes desmontáveis da instalação
A pressão de impacto da água sobre o objeto a ser lavado depende dos seguintes fatores:
☻ Pressão do aparelho: A pressão de impacto para lavagem de pisos e paredes é de 1 a 10 bares e
para lavagem de equipamentos de 0,6 a 1 bar.
☻ Ângulo de abertura do jato: A medida que aumenta o ângulo do jato a pressão de impacto
diminui. Para uma boa limpeza de instalações sem animais recomenda-se um ângulo de até 25o;
para limpeza de instalações com animais o ângulo pode ser de 50 a 80o.
☻ Distância entre o bico de saída do jato e o objeto : Para uma boa limpeza a distância ideal entre o
bico de saída do jato e o objeto esta entre 10 e 30 cm. Quanto maior esta distância menor será a
pressão de impacto.
Para uma boa limpeza o débito mínimo deve ser de 400 litros/hora e o máximo de 3.000
litros/hora. No caso de valores menores de 400 litros/hora o jato facilmente é pulverizado e a força
mecânica exercida por ele é muito baixa sendo seu efeito de limpeza muito baixo. No caso de valores
acima de 3.000 litros/hora a força de recuo dificilmente é suportada pelo operador e em pouco tempo o
acúmulo de água na instalação é grande.
Uma boa limpeza é muito difícil de ser realizada somente com água fria uma vez que, por
exemplo, a eliminação de películas de gordura sobre o piso ou em paredes é praticamente irrealizável.
Quando se utiliza água quente para limpeza pode-se reduzir o tempo gasto nesta atividade, em relação à
água fria, de 40 a 60%. O efeito da água quente pode ser melhorado quando se adiciona à água quente um
detergente. Com relação a água quente podemos distinguir os jatos em:
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☻ Jato de água quente: A água atinge no máximo 100oC e o jato tem forte efeito mecânico o que
facilita o desprendimento e a eliminação de sujeira. A mesmo tempo parte da temperatura da
água é transmitida ao objeto que esta sendo limpo.
☻ Jato de vapor: Sob pressão a água , em forma de vapor, atinge até 140oC e seu poder de
penetração nas ranhuras existentes principalmente em pisos é maior do que da água quente.
Considerando estes fatos, para uma lavagem eficiente, recomenda-se por exemplo ao lavar o piso de
uma instalação utilizar inicialmente o jato de água quente com detergente e posteriormente passar um jato
de vapor de água.
Desinfecção
Um desinfetante deve sempre ser utilizado na dosagem preconizada pelo fabricante e/ou médico-
veterinário. É inútil diminuir a dose e é uma ilusão pensar que agindo assim será alcançado um custo
menor com o mesmo efeito . Reduzindo a dose não se consegue um bom resultado a partir da aplicação
do produto, podendo, além disso, ocorrer uma seleção de microorganismos resistentes.
O desinfetante deve sempre ser aplicado sobre superfícies secas, pois corre-se o risco de diluir-se
a dose do produto quando este é aplicado sobre superfícies molhadas. O tempo de ação depende
essencialmente da temperatura e da natureza da superfície a ser desinfetada, uma vez que nenhum
desinfetante tem um efeito instantâneo. Quanto mais baixa for a temperatura da superfície, maior deve ser
o tempo necessário para a ação uma vez que as temperaturas baixas diminuem o efeito dos desinfetantes.
Em superfícies lisas, a aplicação de desinfetantes em paredes verticais, a capacidade de aderência da
solução é menor em função da menor porosidade e da tensão superficial e devido a isto a ação do
desinfetante fica prejudicada devido ao menor tempo de contato.
A qualidade da água utilizada é importante tanto para a limpeza quanto para a desinfecção. No
caso da desinfecção, a utilização de águas poluídas, por exemplo, por coliformes e estreptococus fecais,
causa uma diminuição da eficácia do desinfetante já que parte do produto será consumida para a
desinfecção da água de diluição antes de a solução ser aplicada sobre as superfícies. Por outro lado, a
qualidade físico-química da água também é muito importante. A concentração de microrganismos, a
dureza e o pH da água podem interferir sobre a eficiência do desinfetante. Devido a estes fatos
recomenda-se que seja realizada pelo menos uma análise físico-química e microbiológica da água a cada
seis meses.
Os desinfetantes não são igualmente eficientes quando usados como bactericidas, fungicidas ou
viricidas. Diferenças em sua ação também ocorrem entre espécies dentro de grupos de microorganismos
i.é alguns desinfetantes destroem apenas determinada categoria de microorganismos. Devido a isto, uma
forma de aumentar a eficácia da desinfecção é proceder a rotação de desinfetantes visando aumentar o
espectro de atividade e para evitar o aparecimento de resistências por parte dos microorganismos
patogênicos.
A periodicidade da troca de desinfetante varia de 3 a 6 meses e depende do PLD implantado no
sistema de produção. Neste contexto, deve-se salientar a importância do PLD ser elaborado por um
médico-veterinário.
nascidos e constante reinfecção em animais mais velhos, resultando em perda de leitões e num maior
gasto com medicamentos curativos e com mão-de-obra. Efeito semelhante é observado em outras faixas
etárias, nessas a falta de uma limpeza diária conduz a um aumento na incidência de doenças clínicas e
subclínicas. Essas têm como resultado uma pior conversão alimentar, queda no ganho de peso e aumento
no número de refugos e, por conseqüência prejuízos econômicos.
As principais etapas de um programa de limpeza em instalações que estejam ocupadas com
animais são as seguintes:
Maternidade : Iniciar a limpeza das celas parideiras retirando as fezes e a parte úmida da cama
dos leitões. A lavagem da cela com água e a sua posterior desinfecção (neste caso, a desinfecção é feita
mesmo com os animais presentes na instalação) pode ser feita quando houver necessidade como por
exemplo na presença da diarréia dos leitões. Quando for realizado essa forma de lavagem, para evitar que
os leitões sejam molhados, deve-se colocá-los numa caixa com uma fonte de calor, ou mantê-los presos
no escamoteador. A solução do desinfetante a ser usada deve ser de baixa toxicidade e não irritante e
aplicada por meio de um pulverizador. Uma vez aplicada a solução, deixa-se secar o ambiente e coloca-se
a cama, para posteriormente soltar os leitões.
Outras instalações : As demais instalações devem sofrer diariamente uma limpeza completa
com vassoura e pá, retirando-se o esterco. Naquelas que tiverem cama, trocar apenas a parte úmida.
A limpeza deve ser feita no mesmo dia da retirada dos animais na seguinte seqüência:
☻ Após a saída dos animais das instalações, retirar os equipamentos desmontáveis (como
comedouros e lâmpadas de aquecimento) para um lugar onde possam ser lavados e guardados,
de tal forma que não sofram contaminação;
☻ Retirar e queimar materiais remanescentes nas salas (como sacos de ração, restos de cordão
utilizados para amarrar umbigo, algodão , toalhas de papel, etc.);
☻ Retirar todo o esterco e qualquer outra matéria orgãnica das instalações, incluindo o que estiver
incrustado no piso. Utilizar, para tal, ferramentas como escovas e pás.
Lavagem da instalação
Esta operação deve ser executada até, no máximo, um dia após a retirada dos animais na seguinte
seqüência:
47
☻ Trabalhar de uma extremidade da instalação até a outra. Prestar atenção principalmente aos
cantos, rachaduras e outros lugares onde a sujeira possa estar aderida.
Grande número de microorganismos patogênicos passam através das fezes para o piso e para as
partes inferiores das paredes. A desinfecção nessas áreas deve seguir a seguinte seqüência:
☻ Impregnar completamente com a solução desinfetante as regiões inferiores das paredes, o piso e
o equipamento em geral. Prestar especial atenção aos cantos, aberturas e demais locais onde a
sujeira tende a se acumular;
☻ As superfícies de madeira e outras áreas porosas devem ser impregnadas totalmente, pois essas
abrigam agentes infecciosos com maior facilidade;
☻ Desinfetar a área de acesso à instalação. Manter a sala tratada fechada, mantendo-a assim por 24
horas;
☻ Limpar e trocar o desinfetante dos pe-dilúvios colocados na entrada das instalações.
A presença de organismos patogênicos no teto e nas partes superiores das paredes representa
uma importante fonte de infecção para os animais que serão introduzidos nas instalações. A poeira que
cobre essas superfícies representa um risco especial, pois na mesma são encontrados altas concentrações
de microorganismos. Para diminuir a carga infecciosa nessas áreas, deve-se proceder da seguinte forma:
☻ Utilizar um desinfetante de largo espectro, que mantenha sua atividade em presença de matéria
orgânica;
☻ Pulverizar, com uso de pressão, as superfícies internas do teto e das paredes laterais;
☻ Prestar atenção especial aos cantos, rachaduras nas superfícies que estão sendo tratadas e canos
onde possa estar acumulada poeira.
• CONTROLE DE PARASITAS
Doenças causadas por endoparasitas, mais conhecidas como verminoses, merecem grande
atenção dos criadores, pois são responsáveis por grandes perdas anuais em granjas de suínos cujo sistema
seja extensivo ou semi-intensivo, ou seja, em sistemas nos quais os animais têm contato com a terra.
Essas doenças podem acometer tanto animais jovens como adultos, retardando muito – quando
não levam à morte - o desenvolvimento do animal e a obtenção do produto desejado.
Os sintomas mais observados são diarréias, anemias, desidratação, perda de apetite, podendo
levar à morte.
Além das medidas de limpeza e desinfecção é adotado o uso de anti-helmínticos para controle de
endoparasitoses, mas estes devem ser usados corretamente para cada fase do sistema de produção, como
na amamentação, suínos desmamados ou na engorda, matrizes e cachaços e por isso devem ser
ministrados sob orientação de veterinários.
As ectoparasitoses também são comumente encontradas nas granjas causando grandes perdas na
produção. São representadas pelas sarnas, piolhos, pulgas e bicheiras (moscas causadoras de miíases).
49
A sarna caracteriza-se pelo aparecimento de prurido intenso, pústulas (feridas), crostas, queda de
pêlo e espessamento da pele nos animais.
Normalmente, usa-se a pulverização, banhos de imersão, camas medicadas e aplicações manuais
(injetável ou pour-on) de acaricidas, ou seja, sarnicidas, sendo que estes medicamentos devem ser
prescritos por veterinários.
Já os piolhos são percebidos pelo criador só ao longo de um certo tempo, com perdas graduais e
contínuas , retardando o crescimento de leitões, perda de peso e ainda pode ser vetor de doenças graves
como peste suína, varíola e erisipela.
É facilmente diferenciado da sarna, pois é possível visualizar o parasito na pele dos animais.
Diversos inseticidas têm ação piolhicida, mas é preciso a indicação correta do medicamento,
além da boa aplicação do medicamento em todas as partes do corpo do animal (inclusive dentro das
orelhas), bem como nas instalações e equipamentos.
• CONTROLE DE MOSCAS
Esse inseto é causador de grandes prejuízos na prática de produção de suínos, uma vez que
veiculam agentes causadores de doenças como bactérias, vírus, protozoários, ovos de vermes, além de
utilizarem, em alguns casos, do próprio tecido animal (pele, sangue) quando este apresenta alguma lesão,
para completarem seu ciclo de vida.
Além desses problemas, as moscas causam estresse nos animais e sujam o ambiente (paredes,
vidros, lâmpadas, bebedouros, comedouros) com suas fezes e vômitos.
Algumas medidas de controle podem ser citadas, entre elas: não deixar esterco acumulado nas
instalações; lavar as instalações com água, pelo menos 2 vezes por semana; animais mortos, resíduos de
parições e outros resíduos devem ser enterrados ou colocados em fossa construída para tal finalidade; uso
de telas e portas nos locais onde se trabalha com alimentos; utilização de inseticidas indicados para tal
fim; ter um esquema de tratamento de dejetos ou, pelo menos, separar a parte sólida da líquida.
Essas medidas permitem uma redução de 90% da população de moscas, com a vantagem de
serem de baixo custo.
• VACINAÇÃO :
Vacina subcutânea: atrás da orelha e acima das vértebras cervicais (adultos) e entre o
umbigo e a virilha e na prega do joelho ( jovens).
Vacina intramuscular: tábua do pescoço (adultos). Músculo da coxa (jovens).
Vacina intravenosa: veia auricular ou do pavilhão auricular (orelha); garrotilhar a base
da orelha e pegar a veia pelo lado externo da orelha, depois soltar o garrote e aplicar.
50
INSTALAÇÕES
O tipo ideal de edificação deve ser definido fazendo-se um estudo detalhado do clima da região
e(ou) do local onde será implantada a exploração, determinando as mais altas e baixas temperaturas
ocorridas, a umidade do ar, a direção e a intensidade do vento. Assim, é possível projetar instalações com
características construtivas capazes de minimizar os efeitos adversos do clima sobre os suínos.
Para manter a temperatura interna da instalação dentro da zona de conforto térmico dos animais,
aproveitando as condições naturais do clima, alguns aspectos básicos devem ser observados, como:
localização, orientação e dimensões das instalações, cobertura, área circundante e sombreamento.
No sistema de produção de suínos ocorrem grandes perdas de água, devido a deficiência dos
bebedouros, tanto em relação a sua instalação como ao tipo de equipamento usado. Nestas condições
ocorre grande acúmulo de umidade nos pisos das edificações, o que pode trazer prejuízo ao
desenvolvimento dos animais, principalmente por proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento
de microorganismos causadores de doenças.
O excesso de água também contribui para o aumento da parte líquida dos dejetos, aumentando
seu poder de poluição e diminuindo seu potencial como fertilizante. Com finalidade de estudar maneiras
de evitar perdas de água e reduzir o excesso de umidade, proporcionando economia e conforto aos
animais, conduziu-se um experimento na EMBRAPA–CNPSA, comparando-se dois tipos de bebedouros,
um tipo chupeta normalmente em uso pelos produtores e outro tipo de nível adaptado na EMBRAPA–
CNPSA.
53
O experimento foi conduzido na fase de crescimento e terminação, com 4 suínos por baias (2 _ 2
m) e 4 baias para cada tipo de bebedouro. Foram realizadas duas observações para as épocas, quente e
fria.
Os animais utilizados foram as raças Landrace, Large White e Landrace _ Large White, com
peso inicial em torno de 31,0 kg. Instalou-se um hidrômetro em cada rede de alimentação de água
dosbebedouros, para registrar o consumo.
Entende-se por consumo de água nos bebedouros a soma entre a água consumida e a
desperdiçada pelos animais.
Os resultados obtidos encontram-se na Tabela 1.
Tabela 1 – Valores de ganho de peso diário – GPD (g) e consumo de água (litros/dia) nas
Analisando-se os dados, verificou-se que não houve diferenças para ganho de peso diário, entre
os bebedouros, porém é muito grande a diferença de consumo de água entre eles. Concluiu-se que o
bebedouro tipo nível apresentou um desempenho superior, gastando 2,32 vezes menos água do que o
bebedouro tipo chupeta, sem ocorrer interferência no ganho de peso diário dos animais.
54
Como consequência deste trabalho, recomenda-se o uso do bebedouro de nível para os suínos
nas fases de crescimento e terminação, instalando-se dois bebedouros por baia para no máximo 14
animais.
A rede de alimentação principal deve ter o máximo 40 m para o cano com diâmetro de 50 mm.
Para extensões maiores usar cano com diâmetro adequado.
A construção e o material necessário encontram-se a seguir:
A avaliação e os controles interativos do conforto térmico dos suínos pela análise de imagem
superam os problemas inerentes ao método convencional de observação, pois utilizam os próprios
animais como um biossensor em resposta aos reflexos do ambiente por meio do estudo comportamental.
Dessa forma, o esforço da pesquisa é desenvolver um sistema automatizado, em tempo real, pela
análise de imagens, que execute a avaliação e o controle contínuo do conforto térmico dos suínos
confinados, baseando-se em seus testes padrões de comportamento. O objetivo geral desta pesquisa
consiste na avaliação do comportamento de leitões em diferentes sistemas de aquecimento nos abrigos
escamoteadores, utilizando como ferramenta de avaliação a análise de imagem para o entendimento do
comportamento animal.
A introdução do termostato tubular (3.000 W) corrige as deficiências de manejo do criador em
relação à adequação do ambiente do leitão e o seu acoplamento a um escamoteador de madeira de
pequeno (70 X 80 X 70 cm) ou médio porte (70 X 80 X 90 cm) com lâmpadas comuns de 60 ou 100 W
de potência, possibilita a obtenção de um acondicionamento ambiental adequado e uma economia de
energia elétrica por leitegada da ordem de 58% (40 KW) em relação a resistência elétrica e de 70% (92
KW) para a lâmpada infravermelha e para o sistema tradicionalmente manipulado pelo criador.
O custo de implantação do sistema com lâmpada comum é cerca de 8,0% menor por unidade do
que o sistema com lâmpada infravermelha, e a capacidade do termostato permite a instalação de 40
unidades com lâmpadas comuns de 60 W e 25 com lâmpadas comuns de 100 W, contra apenas 10
infravermelhas.
Considerando que cerca de 42,5% das maternidades possuem fonte de aquecimento, dessa forma
a implantação do sistema com termostato não implicaria em grandes investimentos. Espera-se que a curto
prazo (3 anos), 20% das propriedades que já utilizam fonte de aquecimento na maternidade (4.250) se
beneficiem dessa tecnologia, o que vai gerar uma economia de aproximadamente 7.976.400 KW/ano,
equivalente a 4.963 suínos vivos com aproximadamente 100 kg de peso vivo.
Para a construção de pisos ripados em concreto, são utilizadas vigas pré-moldadas cujas
dimensões estão especificadas na Tabela. Estas vigas são apenas assentadas e encaixadas nas reentrâncias
das paredes laterais do fosso, mantendo-se afastadas umas das outras com um chanfro de argamassa de
cimento e areia que define a largura das frestas.
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Tabela. Dimensões das vigas de concreto em centímetros, construídas na forma de trapézio, projetadas
para uma carga atuante de 150 kg/m.
Comprimento da Base maior (parte Altur Base menor (parte Barra de ferro de
viga superior) a inferior) reforço
8
122,00 10,16 7,62 3/8"
,89
1
183,00 10,16 7,62 3/8"
2,70
1
244,00 12,70 10,16 1/2"
3,97
1
305,00 12,70 10,16 5/8"
2,70
1
366,00 12,70 10,16 5/8"
0,05
Localização
A área selecionada deve permitir a locação da instalação e de sua possível expansão, de acordo
com as exigências do projeto, de biossegurança e daquelas descritas na proteção ambiental.
O local deve ser escolhido de tal modo que se aproveitem as vantagens da circulação natural do
ar e se evite a obstrução do ar por outras construções, barreiras naturais ou artificiais. A instalação deve
ser situada em relação à principal direção do vento. Caso isto não ocorra, a localização da instalação, para
diminuir os efeitos da radiação solar em seu interior, prevalece sobre a direção do vento dominante.
Escolher o local com declividade suave, voltada para o norte, é desejável para boa ventilação. No entanto,
os ventos dominantes locais, devem ser levados em conta, principalmente no período de inverno,
devendo-se prever barreiras naturais.
É recomendável dentro do possível, que sejam situadas em locais de topografia plana ou
levemente ondulada, contudo é interessante observar o comportamento da corrente de ar, por entre vales e
planícies, nestes locais é comum o vento ganhar grandes velocidades e causar danos nas construções.
O afastamento entre instalações, deve ser suficiente para que uma não atue como barreira à
ventilação natural da outra. Assim, recomenda-se afastamento de 10 vezes a altura da instalação, entre as
58
duas primeiras a barlavento, sendo que da segunda instalação em diante o afastamento deverá ser de 20 à
25 vezes esta altura, como representado na Figura.
Orientação
Largura
Pé direito
Comprimento
Cobertura
O telhado recebe a radiação do sol emitindo-a, tanto para cima, como para o interior da
instalação. O mais recomendável é escolher para o telhado, material com grande resistência térmica,
como a telha cerâmica. Pode-se utilizar estrutura de madeira, metálica ou pré-fabricada de concreto.
Sugere-se a pintura da parte superior da cobertura na cor branca e na face inferior na cor preta.
Antes da pintura deve ser feita lavagem do telhado para retirar o limo ou crostas que estiverem aderidos à
telha e facilitar assim, a fixação da tinta.
A proteção contra a radiação recebida e emitida pela cobertura para o interior da instalação, pode
ser feita com uso de forro. Este atua como segunda barreira física, permitindo a formação de camada de ar
junto à cobertura e contribuindo na redução da transferência de calor para o interior da construção.
Outras técnicas para melhorar o desempenho das coberturas e condicionar ótima proteção contra
a radiação solar, tem sido o uso de isolantes sobre as telhas (poliuretano), sob as telhas (poliuretano,
poliestireno extrusado, lã de vidro ou similares), ou mesmo forro à altura do pé-direito.
O lanternim, abertura na parte superior do telhado, é altamente recomendável para se conseguir
adequada ventilação, pois, permite a renovação contínua do ar pelo processo de termossifão resultando
em ambiente confortável. Deve ser em duas águas, disposto longitudinalmente na cobertura. Este deve
permitir abertura mínima de 10% da largura (L) da instalação, com sobreposição de telhados com
afastamento de 5% da largura da instalação ou 40 cm no mínimo. Deve ser equipado, com sistema que
permita fácil fechamento e com tela de arame nas aberturas para evitar a entrada de pássaros.
Áreas circundantes
A qualidade das áreas circundantes afetam a radiosidade. É comum o plantio de grama em toda a
área delimitada das instalações pois reduz a quantidade de luz refletida e o calor que penetra nos mesmos,
além de evitar erosão em taludes aterros e cortes. Esta grama deve ser de crescimento rápido que feche
bem o solo não permitindo a propagação de plantas invasoras. Deverá ser constantemente aparada para
evitar a proliferação de insetos.
Para receber as águas provenientes do telhado, construir uma canaleta ao longo da instalação de
0,40 m de largura com declividade de 1%, revestida de alvenaria de tijolos ou de concreto pré-fabricado.
A rede de esgoto deve ser em manilhas ou tubos de PVC, sendo recomendado diâmetro mínimo
de 0,30 para as linhas principais e de 0,20 m para as secundárias.
Sombreamento
O emprego de árvores altas produz micro clima ameno nas instalações, devido a projeção de
sombra sobre o telhado. Para as regiões onde o inverno é mais intenso as árvores devem ser caducifólias.
Assim, durante o inverno as folhas caem permitindo o aquecimento da cobertura e no verão a copa das
árvores torna-se compacta sombreando a cobertura e diminuindo a carga térmica radiante para o interior
da instalação. Devem ser plantadas nas faces norte e oeste da instalação e mantidas desgalhadas na região
do tronco, preservando a copa superior. Desta forma a ventilação natural não fica prejudicada. Fazer
verificação constante das calhas para evitar entupimento com folhas.
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Pré-Cobrição e Gestação
Comprimento da Goiola (m) 2,50
Largura da Gaiola (m) 0,80
Altura do pé direito do Telhado (m) 2,50
Altura da mureta lateral que cerca o galpão (m) 1,40
Caimento do piso (%) 2,0
Altura do bebedouro - Chupeta (m) 0,60
Altura do bebedouro - Tipo taça (m) 0,40
Espaço de cocho por aminal (m) 0,40
Altura do cocho (m) 0,25
Altura da cerca do piquete (m) 1,20
Área de piquete por animal (m) 600
Obs.: A gestação pode ser em baias ou em gaiolas indiviuais.
Maternidade
Comprimento da Goiola (m) 2,50
Largura da Gaiola (m) ( 0,50m x 0,80m x 0,50m ) 1,80
Altura da Gaiola (m) ( 0,50m x 1,20m x 0,50m )
Altura do pé direito do Telhado (m) 3,00
Largura dos corredores (m) 0,80
Caimento do piso (%) para as laterais do Galpão 2,0
Altura a barra de Proteção (escamotiador) (m) 0,30
Creche
0,30
Lotação por aminal (m²)
64
Obs: No sistema SISCAL, manter uma área de 70 m² por animal e dividir a área de piquete de todos os
animais em dois piquetes, fazendo rodízio entre eles.
Crescimento ou Engorda
Lotação por aminal (m²) 0,50
Comprimento da baia - Baia de 15 animais (m) 2,50
Largura da baia - Baia de 15 animais (m) 3,00
Altura do pé direito do Telhado (m) 2,80
Altura da mureta (m) 1,20
Caimento do piso (%) 2,0
Altura do bebedouro - Chupeta (m) 0,50
Altura do bebedouro - Tipo taça (m) 0,30
Numero de animais por chupeta 10
Espaço de cocho por aminal (m) 0,35
Altura do cocho (m) 0,25
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Terminação ou Acabamento
Lotação por aminal (m²) 0,75
Comprimento da baia - Baia de 10 animais (m) 2,50
Largura da baia - Baia de 10 animais (m) 3,00
Altura do pé direito do Telhado (m) 2,80
Altura da mureta (m) 1,40
Caimento do piso (%) 2,0
Altura do bebedouro - Chupeta (m) 0,50
Altura do bebedouro - Tipo taça (m) 0,30
Numero de animais por chupeta 10
Espaço de cocho por aminal (m) 0,35
Altura do cocho (m) 0,25
TRANSPORTE DE SUÍNOS
Veja, a seguir, algumas providências que devem ser tomadas antes de pegar a estrada:
MANEJO DE DEJETOS
Antes de pensar em qualquer sistema de tratamento é importante voltar as atenções para dentro
do sistema de produção. O manejo e o tratamento do dejeto devem ser vistos como parte do processo
produtivo. Tudo que for feito dentro das instalações influenciará positiva ou negativamente a eficiência
do sistema de manejo e tratamento de dejetos.
Uma série de cuidados devem ser tomados no que dizem respeito às instalações para evitar a
diluição do dejeto. Desviar água de chuva, diminuir o desperdício com bebedores, otimizar a limpeza das
instalações com uso de raspagem, para lavagem com água utilizar sistemas de alta pressão e baixa vazão
(lava-jatos) e reuso da parte líquida dos dejetos.
O excesso de água para o sistema de tratamento de dejetos deve ser visto como um fato a ser
evitado, pois um dejeto muito diluído causa:
Superdimensionamento das instalações de tratamento, com o respectivo aumento dos
custos;
Baixa eficiência de alguns sistemas;
Consumo excessivo de produtos químicos, energia elétrica e em muitos casos transporte do
dejeto para disposição final.
Outro ponto diz respeito a nutrição animal. Utilizando-se rações de alta eficiência, que permitam
um maior aproveitamento pelo animal, evitará o desperdício de nutrientes não absorvidos no trato
digestivo e que podem em muitos casos sobrecarregar o tratamento.
A entrada de antibióticos, detergentes e outros produtos químicos devem ser objetos de atenção e
cuidado. Deve se ter em mente que os sistemas biológicos podem perder eficiência ou mesmo serem
inativados por estes produtos, causando grandes prejuízos ao tratamento.
O último e mais importante ponto diz respeito a capacitação do pessoal responsável pela
operação dos sistemas de tratamento. Na maioria dos casos o insucesso do tratamento está relacionado a
erros humanos, causados pela má operação dos sistemas. Este pessoal deve receber constante capacitação
e entender claramente a importância do processo e como ele funciona, tendo subsídios para a tomada de
decisões. Caso o fator humano seja desconsiderado qualquer opção tecnológica adotada estará fadada ao
insucesso.
A escolha do melhor sistema de tratamento sempre é uma tarefa bastante difícil, haja vista que
não existe uma alternativa tecnológica que possa ser aplicado universalmente para todos os resíduos. A
famosa “solução milagrosa”, que resolva todos os problemas ambientais da suinocultura, não existe.
Todas as alternativas tem vantagens e desvantagens. A aplicabilidade ao resíduo deve ser avaliada
levando-se em conta a realidade e complexidade da situação ambiental vivida em cada região.
A primeira pergunta que deve ser feita antes da escolha do tratamento diz respeito ao que se
pretende com a escolha da tecnologia (abatimento de carga orgânica, remoção de nutrientes, inativação de
organismos patogênicos, reuso da água, etc). Em função disso e das possibilidades financeiras de cada
produtor, existe uma gama de tecnologias que podem ser utilizadas de acordo com a realidade de cada
sistema de produção.
• COMPOSTAGEM
A composteira pode ser construída com madeiras brutas (troncos) ou beneficiada, com menor
tempo de vida útil, ou alvenaria de tijolos ou blocos de cimento pré-fabricados.
Uma recomendação fundamental está na impermeabilização do solo ou na construção de
estrutura acima dele, evitando a contaminação dos lençóis d’água.
A construção de uma estrutura com câmaras de 2x2m de área (máximo para manejo manual),
com paredes elevadas até 1,60m de altura e telhado de abas largas a 2 ou 2,5m de altura, facilita o manejo
dos resíduos no seu interior .
A parte superior deve ser aberta, protegida ou não por tela de aviário, permitindo total
ventilação. Essa estrutura simples deve garantir que a pilha feita com as carcaças e o material aerador
possa ser formada com facilidade, ficando protegia da chuva e da ação de animais (carnívoros e
roedores).
A composteira é destinada ao uso na mortalidade normal que ocorre em uma criação. Não serve
para mortalidade catastrófica, resultante de calor excessivo, problemas com instalações, perdas por
doenças, etc. Nesse caso, deve-se montar uma estrutura em separado, emergencial, seguindo todos os
passos recomendados, em local próximo à estrutura definitiva.
A ÁGUA
A água é adicionada em quantidade suficiente para manter o material úmido, pois a mistura
nunca deve ficar saturada de água. As quantidades de água recomendadas devem equivaler, em litros, no
mínimo, à metade do peso das carcaças, ou mais, dependendo da umidade relativa do ar de cada região.
Sempre deve-se proteger as pilhas de compostagem da entrada de água da chuva que poderiam ser em
excesso.
O PROCESSO DE COMPOSTAGEM
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TEMPO DE FERMENTAÇÃO
O tempo de fermentação vai depender do tipo de carcaça alojada. Para carcaças de frangos de
corte pode-se usar dois períodos de 10 dias, a partir da última carcaça alojada. Para poedeiras e matrizes,
dois períodos de 15 a 30 dias. Para carcaças de suínos e bovinos, um período de 120 dias após o
fechamento da composteira.
Na compostagem de carcaças não se pode movimentar a pilha que está sendo processada, pois
isto exporia as carcaças parcialmente compostadas, gerando desequilíbrio desse pequeno ambiente
alterando a temperatura, apressando a evaporação, podendo ocorrer maus odores e atração de animais.
A única modificação feita é quando se agregam novas carcaças. A pilha fica sem movimento
pelo tempo recomendado para cada espécie, até que os ossos menores e mais flexíveis sejam decompostos
e a temperatura comece a cair.
O manejo da compostagem requer pouco tempo por dia, mas é necessário seguir criteriosamente
os passos da operação, pois o seu manejo errado poderá realmente resultar na produção de odores
desagradáveis e na atração de moscas.
3 – Adicione uma camada de carcaças. Não amontoe as aves e ser for carcaça de suínos até 30 kg de
peso, corte a barrigada e perfure as tripas. Sendo uma animal de mais de 30 kg, corte em pedaços
menores (esquartejado). Faça uma camada de carcaça deixando um espaço de 15 cm entre uma
carcaça e outra (ou entre um pedaço de carcaça e outro) e entre eles e as paredes.
4 – Contorne as carcaças com cama de aviário (ou esterco seco). Durante um único dia, quando as
aves estão maiores ou quando ocorre alta mortalidade, podem ser formadas várias camadas de
palha, aves e esterco. Trate cada camada individualmente.
5 – Adicione água para umedecer a superfície, em quantidade correspondente a 50% do peso das
carcaças (para cada quilo de carcaça acrescentar meio litro de água). Se as carcaças forem
cobertas com cama, é aconselhável inserir o regador dentro da pilha após umedecer a superfície
para assegurar que a água penetre no material.
6 – Cubra com 15 cm de cama ou esterco secos sobre a parte umedecida.
7 – Quando a última camada de carcaça for adicionada à composteira, cubra a pilha com uma camada
dupla de esterco seco ou cama.
• BIODIGESTOR E BIOFERTILIZANTE
Diante da preocupação com a emissão dos Gases do Efeito Estufa e com a degradação ambiental
das atividades agropecuárias, a agroenergia ganhou ênfase dentro das diretrizes do Desenvolvimento
Sustentável, principalmente com o Plano Nacional de Agroenergia5, que veio incentivar o uso racional de
energias renováveis brasileiras. Dentre as mais variadas fontes de energias renováveis (hidroelétricas,
eólica, biomassa, solar e geotérmica) a biomassa merece destaque pela sua quantidade disponível e por
ser a mais sustentável dentre as demais.
A geração de energia através da biomassa se dá pela combustão de compostos orgânicos, como
os produtos agrícolas, restos de processamento e dejetos de criação animal.
O presente Plano do Governo Federal, com base nos estudos internacionais, analisa a demanda
projetada de energia no mundo indicando o aumento de 1,7% ao ano, de 2000 a 2030, alcançando 15,3
bilhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEP)6 ao ano.
De acordo estes estudos, em 2030, se colocar sob hipótese que não haverá alteração na matriz
energética mundial, os combustíveis fósseis responderiam por 90% do aumento projetado. Nesse sentido,
considerando o volume de dejetos provenientes da suinocultura e seu potencial energético, a biomassa é o
recurso mais empregado na geração de energia e diminuição da poluição, através da tecnologia de
biodigestores que produzem subprodutos de considerável valor agregado.
Dentro dos biodigestores, a transformação de compostos orgânicos em produtos mais simples,
ocorre em três fases distintas, primeiro se dá a quebra das moléculas grandes, posteriormente ocorre a
transformação de moléculas de proteína, gordura e carboidratos em ácidos orgânicos e na última fase tem-
se a produção de metano. Todo esse processo origina gases (biogás), sólidos decantados no fundo do
tanque (biofertilizante), e líquidos (efluentes mineralizados – tratados). Além dessas contribuições, o
70
tratamento dos resíduos da produção de suínos traz consigo, a notável melhoria da sanidade da
propriedade, com a diminuição de organismos patogênicos e parasitas, redução dos coliformes fecais e
odor desagradável.
Para a implementação de biodigestores, é importante considerar os mais variados tipos de
biodigestores presentes no mercado, buscando adequar sempre para as características de cada
propriedade.
Biofertilizante
O material que se encontra no interior da câmara de fermentação, que já foi biodigerido, será
deslocado para caixa de descarga no momento que o sistema for abastecido com nova carga. Esse efluente
tem grande quantidade de nutrientes, é utilizado, como fertilizante orgânico, nas lavouras nos sistemas de
irrigação. O biofertilizante não possui odores desagradáveis, característicos dos dejetos que abastecem o
biodigestor, é isento de microorganismos patogênicos e no solo favorece a multiplicação de bactérias que
fixam o nitrogênio. Devido ao pH na faixa de 7,0 a 8,5 o biofertilizante corrige a acidez do solo e
contribui para aumentar a produtividade (SGANZERLA, 1983).
O fator que diferencia a prioridade da produção de biogás ou biofertilizante no biodigestor é o
tempo de retenção hidráulico (TRH). Tempo de retenção hidráulico (TRH) corresponde ao tempo
necessário que leva para toda carga do biodigestor ser substituída. Esse será o tempo que os
microrganismos atuaram no substrato para fermentá-lo.
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