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SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural


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Introdução.

O presente sistema de produção está direcionado para a criação de suínos


em ciclo completo, confinado, desenvolvido em um único sítio e contemplando um
plantel de 160 a 320 matrizes. Todas as etapas de produção a partir da
maternidade estão previstas para serem desenvolvidas seguindo o princípio do
sistema "todos dentro todos fora" (all-in all-out), onde os animais de cada lote
ocupam ou desocupam uma sala num mesmo momento. Este manejo possibilita a
limpeza e desinfecção completa das salas e a realização do vazio sanitário.
Pelo fato de contemplar todas as etapas da produção, desde a aquisição do
material genético até a entrega dos suínos de abate na plataforma do frigorífico, as
orientações descritas neste documento aplicam-se também a sistemas de produção
que executam apenas parte das etapas de produção de suínos, como a Unidade de
Produção de Leitões (UPL) que produz leitões até a saída da creche e a Unidade de
Terminação (UT) que recebe os leitões de uma UPL e executa as fases de
crescimento e terminação.
Outros sistemas de produção de suínos, como o Sistema Intensivo de Suínos
Criados ao Ar Livre (SISCAL), o agroecológico, o orgânico e outros, precisam ser
tratados separadamente em razão de suas particularidades. Mesmo assim, grande
parte dos conceitos sobre a criação de suínos, caracterizados neste sistema, podem
ser considerados com as devidas adaptações.
A criação de suínos sobre cama, que está ganhando espaço considerável
entre os suinocultores, principalmente por facilitar o manejo dos dejetos, também
apresenta peculiaridades que merecem e precisam ser tratadas de forma específica.
Informações sobre a produção de suínos sobre cama poderão ser obtidas em várias
publicações da Embrapa Suínos e Aves.

Importância Econômica

A produção mundial de carne suína em 2001 foi de 83.608 mil toneladas e,


segundo a FAO, o crescimento anual de consumo de carnes no mundo até o ano
2015 deve ficar em torno de 2%. Considerando ser a carne suína a mais produzida
no mundo, uma parcela significativa deste percentual deverá ser atendida via
expansão da produção de suínos. A posição dos principais países produtores de
carne suína, (China, União Européia e Estados Unidos não deve ser alterada pelo
menos no curto e médio prazos, uma vez que a diferença entre eles, no volume
produzido em 2001, é significativa, 42.400; 17.419 e 8.545 mil toneladas
respectivamente. O Brasil ocupa atualmente a 4ª posição com 2.240 mil t. e
concorre diretamente com o Canadá para manter essa classificação. As previsões
para 2002 indicam que o Brasil deverá crescer cerca de 5,81% com relação a 2001,
enquanto a produção de carne suína no Canadá crescerá apenas 1,74% no mesmo
período. Tais níveis de produção solidificam a posição brasileira no ranking mundial.
No mercado interno espera-se que, uma crescente recuperação da economia
com o conseqüente aumento no poder aquisitivo da população, o consumo per
capita atual de 14 kg/habitante/ano volte a crescer, estimulando o setor produtivo
e exercendo pressão sobre os preços pagos por quilo de suíno vivo.
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Observando o consumo de carne suína no Estado de Santa Catarina, com


cerca de 23 kg/habitante/ano, percebe-se que há espaço para o aumento do
consumo em nível nacional.

Proteção Ambiental

Além da produtividade e competitividade econômica, qualquer sistema de


produção deve primar pela proteção ambiental, não somente pela exigência legal,
mas também por proporcionar maior qualidade de vida a população rural e urbana.
Com relação a proteção ambiental o produtor deve implantar um sistema de
gestão ambiental integrado contemplando as seguintes etapas:

• Avaliação dos riscos de impacto ambiental

• Manejo voltado para a proteção ambiental

• Manejo Nutricional

• Manejo de água na propriedade


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Planejamento da Produção

Na suinocultura moderna e intensiva, um dos aspectos mais importantes na


prevenção de doenças é o correto manejo das instalações, visando reduzir a
pressão infectiva e a transmissão de agentes patogênicos entre animais de
diferentes idades e racionalizar o uso da mão de obra nas atividades de manejo.
Isto é possível através da utilização do sistema de produção "todos dentro todos
fora" com vazio sanitário entre cada lote, pelo menos nas fases de maternidade,
creche e crescimento/terminação. Para poder adotar esse sistema é necessário
planejar as instalações estabelecendo o número de salas que atendem um
determinado fluxo de produção (intervalo entre lotes). Para calcular o número de
salas necessárias em cada fase de produção deve-se definir algumas variáveis
conforme segue:

• Intervalo entre lotes: os intervalos entre lotes de 7 ou 21 dias são os


mais utilizados para facilitar as atividades de manejo, mas, teoricamente,
pode-se utilizar qualquer período com menos de 22 dias. A opção de 7 ou 21
dias de intervalo entre lotes, depende de uma análise das vantagens e
desvantagens de cada um (Quadro 2) e de algumas características do
rebanho e instalações onde pretende-se utiliza-lo.

• Idade ao desmame: para fins de cálculo das instalações e para realizar o


desmame sempre no mesmo dia da semana, usar 21 ou 28 dias.

• Idade de saída dos leitões da creche: geralmente é de 63 a 70 dias.

• Idade de venda dos suínos: deve ser definida em função das


características do mercado que se pretende atender.

• Intervalo desmama/cio: normalmente utiliza-se como média 7 dias.

• Duração da gestação: essa variável é fixa de 114 dias.

• Duração do vazio sanitário entre cada lote: para esse período


recomenda-se 7 dias (1 dia para lavagem + 1 dia para desinfecção + 5 dias
de descanso).

Definidas estas variáveis é possível fazer os cálculos do número de salas


necessárias em cada fase de produção e o número de lotes de matrizes necessários
para atender o fluxo de produção. A seguir serão dados exemplos de cálculos para
atender os intervalos entre lotes de 7 e 21 dias.
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SISTEMA DE CRIAÇÃO

• Sistema Extensivo  os animais são rústicos, não recebem nenhuma


alimentação, sem controle sanitário, restos de cultura, sem ração, ou na
própria cultura.

• Sistema Semi-Extensivo  animais presos em mangueirão recebendo


algum tipo de alimentação (animais rústicos).

• Sistema Intensivo  confinado e semi-confinado

a) confinado: diminui a vida útil do animal. Os animais engordam e cai


eficiência reprodutora, raças altamente especializadas. Todas as fases
ocorrem em confinamento. Balanceamento perfeito da alimentação,
mão-de-obra especializada. Manejo perfeito.

b) semi-confinado: algumas fases ocorrem em piquetes (gestação, pré-


gestação, machos reprodutores, aleitamento). Outras fases confinadas
(recria, acabamento). Parição: (5 a 7 dias antes a porca é confinada

• SISCAL (Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre)  O


Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre (SISCAL) teve a sua origem
em países europeus, no final da década de 50, e foi introduzido no Brasil no
final da década de 80, com técnicas de manejo baseadas em experiências
européias. Observou-se que algumas práticas apresentavam-se inviáveis,
principalmente na interação homem, animal, solo e planta, ocasionando por
vezes problemas ambientais e sanitários que tinham reflexo negativo nos
resultados de produtividade.

MANEJO REPRODUTIVO

 ESCOLHA DAS MATRIZES


OBS: Diferença de Marrãn e Matriz
 Peso :
- Tipo Carne  90 kg Caipira  30 kg a 40 kg
 Idade :
- Tipo Carne  5 meses Caipira  7 meses
 Aprumos :
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- Centrados, sem desvios, patas mesma proporção e boa formação.


 Comprimento / Altura / Profundidade :
- Quanto maior nas três medidas, mas capacidade de produzir leitões maiores e
bem desenvolvidos ;

 Linha do Dorso (Suam ou Lombo) :

(reta) (Celada) (Arqueada)

 Vulva (Cachimbo)
- Vulva Infantil ( Muito pequena, problemas na monta e no parto)
- Vulva Exagerada ( Muito Grande, Porta de entrada de contaminação “Doenças
Reprodutivas”)
 Quantidade / Assimetria dos Tetos (Peitos) :
- Tipo Carne  8 pares Caipira  6 pares
 Habilidade Materna :
- Docilidade
- Cuidado com a leitegada
- Boa produção de Leite (De 10 a 15 Lts / 24 hs)
 Boa Produção de Leitões  Acima de 10 Leitões
 Quantidade de Partos  2,3 partos por Ano

 ESCOLHA DO MACHO

 Consanguidade (sem parentesco com as fêmeas)


- estreita: 1º e 2º graus (pai - filha) (inbreedin);
- colateral: 3º e 4º graus (tios - sobrinhos ou primos);
- larga: 4º até 10º graus (line - breeding).
 Idade :
- Tipo Carne  7 meses Caipira  9 meses
 Peso :
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- Tipo Carne  90 kg Caipira  60 kg a 70 kg


 Aprumos
- Centrados, sem desvios, patas mesma proporção e boa formação.
Principalmente as Traseiras por causa da monta.
 Comprimento / Altura / Profundidade
- Pelo cruzamento o macho passa ate 70% da genética para a prole (Quanto
maior nas três medidas, mas capacidade de produzir leitões maiores e bem
desenvolvidos) ;

 Linha do Dorso (Suam)

(reta) (Celada) (Arqueada)

 Quantidade / Assimetria dos Tetos


- Tipo Carne  8 pares Caipira  6 pares
 Observar Defeitos no parelho reprodutivo :
- Roncoi ( Cripitorquida )
- Tamanho do Perímetro escrotal (Saco) (tamanho e assimetria)
- Ligamentos (Distancia da Bolsa escrotal do abdômen do macho)
- Prepúcio (Umbigueira) (pus, corrimento, feridas)

RAÇAS :

O cruzamento entre raças de suínos é recomendado devido às vantagens da


heterose ou vigor híbrido e dos efeitos de completação entre raças. Os produtores
de suínos devem valer-se de tais benefícios, de origem genética, para melhorar
seus índices de produtividade e retornos econômicos.
A escolha das combinações raciais utilizadas na criação constitui um fator
importante para a obtenção destes benefícios, uma vez que as leitoas e os machos
de plantel devem apresentar as melhores taxas de desempenho durante o
crescimento, e de reprodução durante a fase adulta.
Uma das perguntas mais frequentes, feitas por técnicos e criadores, diz
respeito à formade combinação das raças, isto é, se há diferenças quando se
utilizam animais de determinada raça no lado paterno ou materno.
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 RAÇAS MATERNAS :

LANDRAC
Origem

A raça Landrace
teve sua origem na
Dinamarca, entre 1830 a
1840, tendo como base
genética suínos exógenos
(alemães, chineses,
espanhóis e portugueses),
que foram cruzados com
raças nativas. É provável
que a Large White tenha
sido utilizada.
A Dinamarca
manteve, por muitos anos, o
monopólio da exploração do
Landrace, conseqüência da
decisão da Alemanha
(1887) e Inglaterra (1892)
de proibirem o comércio
internacional de suínos vivos. Isso levou a Dinamarca a implementar um audacioso programa
de seleção (em 1896 foi criado o primeiro centro de melhoramento genético do país e do
mundo) e aumentar a exploração da espécie com fins industriais (em 1887 era constituída a
primeira cooperativa de criadores de suínos que construiu, igualmente, o primeiro frigorífico) e,
posteriormente exportacionistas. Para objetivar a seleção foi fundada, em 1907, uma estação de
teste de suínos em Elscominde. A impossibilidade de exportação formal fortaleceu o
contrabando, gerando diferentes Landraces (Belga, Suíço, Alemão, etc).

Características Morfológicas
- Perfil retilíneo
- Orelhas tipo Céltica
- Linha dorso-lombar reta
- Totalmente despigmentado
- Pelagem branca
- Mamas bem constituídas
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Características Produtivas
- Alto rendimento de carcaça
- Alta percentagem de cortes nobres
- Algumas linhagens apresentam PSE (principalmente os oriundos do Landrace ou
Branco Belga).
- Alto ganho médio diário de peso (GMDP)
- Ótima conversão alimentar

Características Reprodutivas
- Ótima habilidade materna
- Alta prolificidade
- Precocidade reprodutiva
- Machos e fêmeas utilizados em cruzamento

LARGE WHITE

Origem

Originária
do condado de
York, região norte
da Inglaterra. Entre
os anos de 1770-
1780, suínos locais
foram cruzados com
animais asiáticos da
região de Cantão,
que tinham como
características
principais a
precocidade,
pelagem escura,
orelhas curtas e finas, esqueleto fino e pernil pobre.
O fato de se cruzarem animais distantes geneticamente, determinou um alto grau de
heterose. Por volta de 1850, alguns suínos da raça Napolitana foram levados da Ilha de Malta
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para a Inglaterra, e cruzados com a raça que havia se formado. É provável que os suínos
Napolitanos tivessem relação genética com estirpes asiáticas, mas em geral, possuíam melhor
conformação (lombo e pernil). Como conseqüência desses cruzamentos e contínua seleção
morfológica surgiram dois agrupamentos raciais: Yorkshire e Leicestershire.
O agrupamento de animais Yorkshire era composto por animais brancos e/ou
parcialmente pigmentados, com orelhas tipo asiáticas e bom desenvolvimento. O Leicestershire
foi resultado de 100 anos de seleção e melhoramento, sendo caracterizado pela pelagem escura e
ter, predominantemente, aspectos morfo e fisiológicos de raças estrangeiras.
As interações genéticas entre Yorkshire e Leicestershire determinaram o aparecimento
do Small, Middle e Large White. Este último, por ter qualidades superiores, teve em 1868
espaço exclusivo na Royal Show.
Em 1995, o Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves (EMBRAPA/CNPSA),
relacionou, segundo o valor genético, os 50 melhores machos e as 200 melhores fêmeas. A
seguir estão listados, por sexo, com suas caracterizações, os cinco melhores de cada grupo. É
muito importante para o técnico, principalmente com o advento da tipificação de carcaças,
conhecer o material genético disponível no mercado.

Características Morfológicas
- Perfil côncavo - Orelhas tipo Asiática
- Linha dorso-lombar reta
- Boa morfologia dos terços anteriores e posteriores - Bons aprumos e membros
curtos
- Mamas com boa inserção - Grande perímetro torácico
Características Produtivas
- Auto rendimento de carcaça - Ótima qualidade de carcaça
- Ótima conversão alimentar - Alto ganho médio diário de
peso (GMDP)
Características Reprodutivas
- Ótima habilidade materna
- Alta prolificidade
- Precocidade reprodutiva
- Machos e fêmeas utilizados em cruzamentos
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WESSEX

Origem:

Inglaterra. Na
literatura, constata-se
que esta raça é produto
do cruza mento entre o
porco preto New Forest
e o Sussex (que era um
ani mal fachado), duas
raças de porcos
indígenas ingleses,
classificados como tipo
bacon.

Pelagem:

O corpo todo preto, sendo cintado por uma faixa contínua de pêlos
brancos sobre os me mbr os anteriores e paletas.

Cabeça:

Comprida; focinho moderada me nte longo e reto; orelhas de ta manho


mé dio, com ar mação para a frente, do tipo célticas.
Limitações da raça: baixa qualidade de sua carcaça e a grande variação
de sua pelage m.

Características desejáveis:

Docilidade, rusticidade, fêmeas apresenta m boa habilidade materna e


produção de leite.

Registro genealógico:
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A Associação Brasileira de Criadores de Suínos, no ano de 1998, não


emitiu nenhum registro genealógico para esta raça, tonando-se provável que a
mes ma venha a ser substituída por outra raça que apresente características que
atendam as exigências do mercado consumidor.
A raça Wessex foi a preferida para a criação em sistema extensivo ou ao
ar livre, que é um sistema pouco utilizado no Brasil, fato que contribui para a
di minuição do número de registros genealógicos.

RAÇAS PATERNAS :
DUROC
Origem

Esta raça foi


desenvolvida nos
Estados Unidos. Parece
que, no início do
século XIX, optou-se
pela padronização dos
suínos vermelhos de
New Jerse y,
Massachussets,
Connecticut, New
York, entre outros,
como forma de
aproveitar as melhores características do material existente. Inicialmente
denominou- se Duroc Jerse y pela associação de duas estirpes mais qualificadas
disponíveis: a Duroc e a Jerse y. Em 1882 foi criada a Associação de Criadores
de Suínos Ver melhos, que no ano seguinte, recebeu o nome de Americam
Duroc-Jerse y Swine Breeders Association. As raças Berkshire e Tamworth
ta mbé m contribuíram com o melhora me nto do Duroc. Até 1915-1920 a raça
sofreu, como outras, uma “crise de standard”, que com o melhoramento dos
siste mas produtivos, se definiu e e m 1940 passou a denominar- se unicamente
Duroc.
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Características Morfológicas

- Totalmente pigmentado com pelagem vermelha (com variação de tonalidades - do


dourado até castanho escuro).
- Perfil fronto-nasal sub-côncavo
- Orelhas tipo Ibéricas
- Lombo arqueado

Características Produtivas

- Boa qualidade de carcaça


- Alto rendimento de carcaça
- Marmorização da massa muscular
-Ótima C.A.
-Alto GMDP

Características Reprodutivas

- Média prolificidade
- Baixa habilidade materna
- Precocidade reprodutiva
- Somente macho em cruzamento
- Ótima rusticidade

HAMPSHIRE

Origem

É uma das três mais


criadas nos Estados
Unidos, merecendo
atenção por sua
participação e m alguns
programas de hibridação
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de linhas machos importadas ou desenvolvidas no Brasil. Foi desenvolvida nos


Estados Unidos, entre o final do século XVIII e o início do XIX, tendo como
base genética o Essex e Wessex Saddleback. A difusão da raça aconteceu e m
decorrência da I guerra Mundial que estabeleceu o “corn Belt”, e
posteriormente, os agregados transformadores, principalmente a suinocultura.

Características Morfológicas

- Perfil fronto nasal côncavo ou subcôncavo


- Orelhas tipo Asiática
- Faixa de pelagem branca despigmentada, de 10 a 25 cm de largura, circundando todo
o corpo do animal na região das cruzes
- Animal curto

Características Produtivas

- Ótima conversão alimentar


- Alto ganho médio diário de peso (GMDP)
- Bom rendimento de carcaça
- Ótima qualidade de carne

Características Reprodutivas

- Boa prolificidade; baixa habilidade materna


- Linha macho utilizada em cruzamentos industriais
- Resistência aos fatores estressantes
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PIETRAIN

Origem

É oriundo de uma
povoação que lhe deu o
nome, na província de
Brabante-Bélgica. Entre os
anos de 1919 e 1920, foram
exportados os primeiros
suínos de for ma intensiva.
Até 1950 o Piétrain não
alcançou notoriedade. Em
1953 foi reconhecido com raça e m Brabante; e m 1954 se estabeleceu o padrão
racial e, e m 1952, foi reconhecida como raça em toda Bélgica. Mas foi na
França que obteve o bônus racial. Em 1955, i mportou seletos ani mais, e já e m
1958, criou a escrita genealógica que em 1963 se transformou e m livro. Daí
para diante começa a difusão européia e americana.

Características Morfológicas

- Pelagem branca despigmentada com manchas pretas ou vermelhas pigmentadas


- Orelhas tipo Asiática
- Perfil fronto nasal retilíneo ou subcôncavo
- Animal “curto e grosso”
. - Excepcional desenvolvimento do terço anterior, o que determinou o pseudônimo do
“suíno de 4 pernis”.

Características Produtivas

- Alto rendimento de carcaça


- Baixa qualidade da carne das linhagens portadoras do gene de sensibilidade ao
halotano, ou seja, tem carcaças PSE, fato esse que está determinando a seleção
unicamente de animais halotano negativos, garantindo carne de boa qualidade.
- Alto ganho médio diário de peso (GMDP)
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- Ótima conversão alimentar

Características Reprodutivas

- Fêmea com baixa habilidade materna


- Somente a linha macho em cruzamentos industriais
- Desarmonia anátomo-funcional (baixa capacidade cardiorrespiratória em relação à
massa corporal, e como fator complicador, essa grande massa muscular torácica
dificulta a total expansão dos órgãos alojados nessa cavidade).

 RAÇAS NACIONAIS

Foi

destinado espaço à “genética nacional” pela importância que ela representa na suinocultura de
subsistência brasileira. Mas é fundamental, a priori, ratificar que “raça nacional” não traduz a
realidade genética do meio produtivo.
O que se observa são agrupamentos genéticos de raças estrangeiras, que foram se
definindo de acordo com os ciclos produtivos brasileiros (cacau, algodão, oleaginosas, etc.).
O que está bastante claro atualmente, é a perda quase que total dos referenciais
genéticos de suínos no Brasil. Isso significa dizer que há necessidade de uma ação no sentido de
resgatar, estudar e preservar esses agrupamentos. Várias experiências, no sentido de
aproveitamento dessa genética, foram desenvolvidas. Como exemplo estão as raças Sorocaba,
Moura, Piau, entre outras.

Características Morfológicas

- Animais curtos com rugas, papada, tipos de orelhas e de perfis fronto nasais variados;
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Características Produtivas

- Baixo rendimento e qualidade de carcaça


- Baixo ganho médio diário de peso (GMDP)
- Baixa conversão alimentar

Características Reprodutivas

- Baixas prolificidade e habilidade materna


- Alta rusticidade
- Animais tardios

Principais Representantes:

- Piau - Canastra
- Canastrão - Caruncho
- Nilo - Macau
- Sorocaba - Moura
- Pirapitinga - Junqueira
- Pereira.

 RELAÇÃO FEMEA X MACHO

E da proporção de 1 macho x 20 a 25 Fêmeas

 MANEJO REPRODUTI VO MACHO


(Cachaço,Varrão, Barrão)

Reação do macho quando tem uma Fêmea no Cio por perto:


- Espuma a Boca
- Bate o Queixo
- Urina
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• 5 a 7 meses  2 coberturas / semana (Porca mais calma) ( com o uso de um cachaço


mais experiente, para não depender de um reprodutor mais novo) ;

• 8 a 10 meses  4 coberturas / semana;

• > 11 meses  2 coberturas / semana;

150 a 500 ml de ejaculado


(prazo de descanso para renovar o sême m 3 a 6 hs)

MANEJO REPRODUTI VO FEMÊA


(Marrãn, Leitoas) e (Matrizes, Porcas)

• Reação da Fêmea no Cio :


• Vulva Crescida (Cachimbo Inchado)
• Desinquieta
• Subido em cima das outras fêmeas
• Perca de Apetite
• Secreção Cristalizada (textura de clara de ovo)

• Pode-se utilizar um cachaço mais novo pra identificar o cio e depois realizar o
teste do reflexo;

• Realizar o Teste Reflexo ( fazer pressão na anca da porca, se ela ficar parada se
deixar ser montado e ficar com as orelhas em pé, encaminhas para monta;

• O ciclo do cio de um Fêmea e de 21 em 21 dias.

• Tem a duração de 2 a 3 dias.


• Os dois primeiros cios são cios de crescimento, não se deve realizar a monta, pois o
aparelho reprodutivo da fêmea não este totalmente desenvolvido.
• No 3º cio sim realizar a monta;
• Fêmeas Primiparas (Primeira monta) e Fêmeas após o desmame (entre 5 a 7 dias
depois do desmame), A migração (deslocamento) dos óvulos e mais rápido :
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Hora “0” (zero)


Identificação do cio

12 hs Após a Ident.
1ª Monta

12 hs Após a 1ª M.
2ª Monta

12 hs Após a 2ª M.
3ª Monta

• Sempre realizar as montas nas horas mais frescas do dia, de ao amanhecer (08:00
hs) ou ao entardecer (17:00 hs);
• Fêmeas com retorno de cio atrasado (acima de 7 dias após o desmame), A
migração (deslocamento) dos óvulos e mais Lento :

Hora “0” (zero)


1ª Monta

12 hs Após a 1ª M.
2ª Monta

12 hs Após a 2ª M.
3ª Monta

 Manejo de Gestação :.

• Tem a duração de 114 dias.


• Realizado a monta;
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• 21 dias  Observação se a Fêmea der cio :


• Se der cio, voltar essa fêmea com o resto dos amimais e realizar nova monta
quando der o cio. Se não tiver Gestação positiva em três montas descartar essa
fêmea;
• Se NÂO observar o cio após is 21 dias Gestação positiva;
• 30 dias  essa fêmea deve ser separada das outras fêmeas ao 30 dias de gestação,
para se evitar acidentes (briga ente animais) e perder essa Gestação;
• 107 dias  Levar essa Fêmea para a maternidade (Baia individual ou gaiola de
gestação). Dar um banho antes, com sabão e solução desinfetante (a base de iodo)
para se evitar contaminações. E vermifugar essa fêmea (Proverme ou utilizar folha
de mamão);
• 111 dias  10g de Purgante Salino ou Salamargo, 3 dias antes do parto e 3 dias
depois, para limpar o organismo (fezes compactadas) e expulsar a Placenta após o
parto;
• 114 dias  Jejum de alimento, fornecer água a vontade;
Reações : - Querendo fazer ninho
Inquieta ( Levanta ⇔ Deita )
Barriga desce
Fuçar o chão
Passar mão no úbere e sair leite ( no maximo me 1 hora nasce o 1º
leitão)

 Manejo durante o parto :

• - Após estourar a Bolsa Placentária, so após 25 min e não ter saído nem um leitão
deve-se preocupar;

• - Únicos 2 momentos que se pode haver a interferência no meto do parto :


Quanto se nota que a matriz não esta tendo força pra fazer
(contração uterina) pra se colocar o leitão pra fora. Utiliza-se 2
ml Ocitocina e 10ml de Cálcio, para ajudar na contração por via
INTRAVENOSA.

Se o leitão estiver atravessado (parto distosico), primeiro deve-se


fazer essa matriz levantar pois esse leitão pode se colocar na
posição certa só com esse procedimento; Se não tiver como ai
calças uma luva de toque e colocar esse leitão na posição certa.
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Logo após aplicar antibiótico Gentrin 50 (ver indicação da bula)


e fazer uma infusão uterina com uma mangueira e uma seringa
dentro do útero ( não aplicar Terramicia pois seca o Leite).

 MANEJO DOS LEITÕES (DO NASCIMENTO AO ABATE)

• Do nascimento :

 Utiliza-se pra essa operação :


Papel tolha (Não se deve utilizar pano
evitando a contaminação)
Barbante de algodão
Tesoura desinfectada
Solução de Iodo a 5%

 Se pega o leitão pelas patas traseiras e desobstruir as vias aerias (Boca e narinas pra que o
leitão respire);
 Realiza-se a cura do umbigo :
Fazer um amarrio cerca de 2 a
3 cm da barriga do leitão;
1 a 2 cm do amarrio realizar o
corte com a tesoura
Realizar a cura do umbigo com
a solução de Iodo a 5%
(Cicatrizante e
Desidratante), mergulhando
todo o Umbigo na solução.
 Colocar o leitão pra mamar logo após. Os menores na tetas Peitorais e os leitões mais
desenvolvidos nos tetos a Abdominais. A imunidade passiva do leitão se dá via
colostral, sendo diretamente proporcional à ingestão e absorção de colostro. A
permeabilidade intestinal e a produção de anticorpos se reduzem drasticamente já nas
primeiras 24 horas de vida para as principais imunoglobulinas.
 O leitão só marca o teto após 3 dias de nascido :
 Receita caseira de Colostro :
 Ensinar os leitões entrarem o escamoteador :
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COLOSTRO CASEIRO

1,0 lt de Leite de vaca +


250 ml de nata +
1 colher de sopa suco de limão +
2,0 g de Terramicina
Aquecer a 36º C e dar na Chuquinha

 Caso o leitão esteja mole parecendo sem vida, mas o cordão umbilical ainda pulsa (tentando
respirar) tem que se fazer uma reanimação : pegando o leitão pelas duas patas traseiras
e as duas dianteiras e abrir e fechar, fazendo a musculatura contrair o pulmão.
Utilizando a parte de cima de uma garrafa pet, faz-se um “boca a boca”, colocando a
cabeça do leitão na garrafa e soprando levemente.


2º dia de nascido :

 Corte das Presas, rente a gengiva do leitão, tendo cuidado pra não pra não machucar a
língua nem as gengiva dos leitões. ( essa operação e realizada para se evitar
machucados nos tetos da matriz). leitão nasce com 8 dentes (4 caninos e 4 incisivos)
extremamente pontiagudos. Até 72 horas após o nascimento cada leitão definirá sua
teta. Nessa definição as disputas pelas melhores (peitorais) levam a lesões peri-orais
25

contundentes. Além disso, não tão comum quanto no caso anterior, poderão provocar
lesões mamárias comprometendo a secreção e/ou produção láctea. Para evitar tais
circunstâncias é recomendado, em criações médias e grandes, o corte dos dentes com
um alicate 8 a 10 horas após o nascimento. Deve-se ter cuidado para não lesionar a
gengiva e não deixar pontas.;

 a calda (só e utilizado quando esta prezo


em baias), corta-se a calda no seu
terço final. 2 dedos antes da
vasourinha da caldado leitão. Utiliza-
se cauterizar e a cura com a solução
de Iodo. É uma prática muito comum
difundida em médias e grandes
criações. Sua justificativa
fundamenta-se na maior prevalência
de canibalismo em animais não
caudectomizados parcialmente. Muitos autores não consideram essa hipótese por
entenderem que o canibalismo é uma síndrome que teria, como uma das muitas
possíveis causas, a irritação provocada pela vassoura da cauda. Mas ela por si só não
desencadearia o processo . Se recomenda adaptar à prática ao modelo e tamanho de
exploração. Se o programa de manejo da granja definir como necessário fazer
caudectomia parcial, procedê-la 8 a 10 horas após o início do parto. O processo é
simples: com o mesmo alicate utilizado para o corte dos dentes, desinfetado, faz-se o
esmagamento do terço final; a isquemia determinará a queda do terço final rapidamente
sem hemorragias.

 Aplicação de Ferro : a reserva de


ferro no organismo de leitão e
mínima e a porca tem o leite fraco
em teor de ferro (Subcutania) :
0,5 ml – 2º dia de vida
1,0 ml – 10º a 12º dia de vida
1,5 ml – 20º ao 22º dia de vida
26

 Aplicação de Cálcio (Subcutânea)  2 ml;

 Identificação : Criações para a produção de reprodutores e indústrias (opcional por lotes ou


dias de nascimento) devem identificar os animais. O método mais usado é o
Australiano, que consiste numa associação de furos e piques nas bordas das orelhas.
Pelo método é possível alcançar o úmero máximo de 1599.

 P
esagem e realizada por leitegada, pesados junto e dividido pelo numero de leitões da se
Brincos Método Australiano
a media da leitegada ;

 Transferência de Leitões : A transferência de leitões é, sem dúvida, a prática mais


dependente desta forma de manejo. A transferência pode ser unilateral ou cruzada. A
primeira ocorre em caso de morte da mãe, hipo ou agalactia, refugo dos filhos ou

Tatuagem
27

pequena leitegada. A segunda, em equalização de leitegadas por peso, sexo ou em


leitegadas numerosas. O sucesso de ambas se relaciona à precocidade com que são
realizadas: quanto mais novos os leitões maior é a aceitação pela mãe adotiva. A
sobrevivência do leitão está relacionada com o peso ao nascer A identificação do filho
pela mãe é feita pelo cheiro. Recomenda-se, então, mascarar essa característica dos
leitões misturando e mantendo-os fechados por 30 minutos no escamoteador. Esse
processo pode ser aprimorado com banho odorizante em baixa concentração (creolina,
por exemplo). Outra forma, ou complementaria a anterior, é fechar os leitões por 3
horas; esse tempo sem sucção levará à repleção mamária determinando dor e
desconforto à mãe que aceita facilmente os leitões. Apesar de referência garantir que as
transferências são conseqüentes até 72 horas, dê preferência de 24 a 36 horas.

• 10º ao 12º dia de nascido :

 Castração : Castração é a prática de manejo de


caráter cirúrgico realizada com o objetivo de
evitar a venda de carnes de animais inteiros
ao consumidor, devido ao odor e sabor
desagradáveis que não são eliminados, nem
destruídos pela cocção ou processo de
industrialização. A castração dos leitões
destinados a terminação pode ser realizada
em qualquer idade, porém existem certas
vantagens que favorecem a castração nas
primeiras semanas de vida. Entre elas, citam-se:

 Os leitões estão confinados e são mais acessíveis;


 Pouca mão-de-obra: uma pessoa para conter o leitão e outra para realizar a
castração;
 Facilidade da operação;
 Ocorrência de hemorragia é rara;
 Cicatrização rápida e inexistência de risco ou complicação na operação;
 Menor chance de ocorre infecção e, sobretudo, perdas totais por morte;
 O estresse para o leitão é menor; e
 Quando morrer um leitão castrado nesta idade, a perda econômica é menor do
que quando morrer um leitão mais velho.
28

 Aplicar anestesia em amimais adultos (errados) antes de se realizar a


castração ;
 Sempre amarrar a antes de efetuar o corte dos Bagos para de evitar a
sangramento do animal, em amimais com as veias mais grossas ;
 Maneiras de se castrar :
 Raspar o cordão ;
 Arramar com barbante (desinfetado com álcool ou
iodo) e depois cortar ;
 Torcer ;
 Arrancar (Empurrar o liquido do cordão pra dento e
depois puxar ate arrancar ;
 Anel de castração ;
 Seringa (retirar o liquido);

• Desmame :

 A separação dos leitões da mãe interfere, principalmente, de três formas diferentes:


nutricional, afetiva e imunológica. O sucesso da desmama condiciona os resultados
técnicos econômicos de qualquer criação.
 As criações brasileiras com fins comerciais desmamam os leitões com idades que variam de
21 a 35 dias. É usual, quanto mais tecnificada a criação, menor o tempo de lactação. Os
melhores resultados foram com idades de 20 a 28 dias.
 Retira-se a mãe e deixa-se a leitegada, também retira-se a água por 6 horas evitando
diarréia.

• Creche :

 Existe uma máxima em suinocultura que diz “se não alimentar o leitão imediatamente após
a desmama mata, se alimentar mata do mesmo jeito”. Isso mostra a sensibilidade do
momento e os cuidados, principalmente alimentares. Na creche fornecer ração limitada
até 5 dias após a desmama. O excesso de alimentação pode determinar sobras
substanciais de nutrientes no intestino delgado oportunizando substrato à multiplicação
de E.coli. Esse quadro pode levar a transtornos intestinais graves com altas morbilidade
e mortalidade.
 É importante a observação na creche, ainda, do número, tamanho e sexo dos animais ao
colocá-los nas baias. Faz-se necessário cuidados permanentes de higiene e limpeza das
instalações.
29

 - Vermifugar os leitões com vermífugo em pó (Proverme) na ração ou na água, ou com


produtos caseiros (Erva Santa Maria + semente de abóbora).

30 dias 70 aos 75 dias


5 a 7 Kg 18 a 22 kg

• Crescimento e Engorda :

70 aos 75 dias 105 aos 110 dias


18 a 22 kg 40 a 50 kg

• Crescimento e Engorda :

105 aos 110 dias 150 aos 180 dias


40 a 50 kg 90 a 100 kg

• Processo de Abate

ABATE TRADICIONAL ;

 Local lavar com Creolina (tirar o cheiro se sangue do local) ;


 Deixar o animal 6 horas antes do abate em jejum Hídrico sem alimentação sólida ;
 Banho de água fria (para realizar uma limpeza e acalmar o animal ;
 Atordoamento com marreta ou cabo de machado ;
 Sangria rápida ;
 Pelar com água quente e/ou sapecar com fogo ;

ABATE INDUSTRIAL ( FRIGORIDICO ) ;


30

Os matadouros frigoríficos possuem um conjunto de técnicas que vem sendo cada vez
mais aprimoradas no abate de animais. Basicamente consiste no transporte dos animais, através
de veículos próprios, dos locais onde são criados paras os matadouros-frigoríficos. Após o
desembarque, os animais são armazenados em currais de descanso, aguardando o manejo para o
abate. Este manejo consiste na condução dos animais desde o curral de descanso passando pela
rampa de acesso até a sala de abate, onde estes serão postos em estado de inconsciência
(insensibilização) para posteriormente ser realizada a sangria (corte ou perfuração das artérias
do pescoço do animal para a saída do sangue)

 MANEJO ALIMENTAR

 ALIMENTOS :

 ENERGETICOS  Abaixo de 20% de proteína


 PROTEICOS  Acima de 20% de Proteína

 ALIMENTOS ENERGÉTICOS

 Milho (9% PB)  (Triturado) ate 80% da ração


o Silagem  Imprópria por ser muito volumosa (alta fibra).
o Sabugo  não deve ser usado para aqueles com menos de 35 kg.
o Palha  5 a 8% na ração
o Planta inteira, seco e moida  ate 30% na ração.
o Glúten (40 a 60% PB)  ate 15% na ração (Substituído outras fontes
Protéicas), em quantidade elevada, tona o toucinho mole.
 Casca de Soja (11% PB)  ate 10% na ração
 Casca de Algodão (3% PB)  5% na ração
 Farelo de Sorgo (9 a 13% PB) 
 Farelo de Trigo (16% PB)  a adição de ate 10% à ração faz aumentar o consumo e a torna
3 a 6% mais eficiente. O farelo mais grosso, de 10 a 25%, é especialmente indicado
para porcas parideiras, antes e depois do parto, pelo benefícios efeito laxativo.
 Trigo (Grão) (10 a 17% PB)  ate 50% na ração
 Arroz (7,3 %) :
 Farelinho (13 a 15% PB)  25 a 30% na ração, Acima disso pode
provocar diarréia em leitões novos e toucinho mole nos animais em
31

terminação; Ate 30 a 40% na ração na fase de terminação níveis mais


baixos devem ser usados.
 Grão (7,3% PB)  10 a 40 % na ração.
 Quirera ou Quebrado  ate 10% na ração, toucinho firme.
 Grão com casca (Semente) :
o Suínos de criação  10 a 40% ração, substituindo uma parte
do milho, geralmente 20%, ate o limite de 50%.
o Suínos de terminação  30% da ração, toucinho firme.
 Milheto (Triturado)
 Mandioca (25% PB)
 Tanto a rama quando a parte aérea, ter o cuidado de secar por 24 a 72 horas
dependendo da região, por causa da alta concentração Ácido Cianídrico.
 Servir Triturada.
o Crescimento e Cachaço  20 a 30% na ração
o Porcas em Reprodução  15 a 30% na ração
o Engorda e reprodução  ate 50% da ração
 Batata Doce (2,18% PB)  até 2 a 3kg dia por animal adulto, Leitões ate 1,5kg por animal.
 Pode ser servida seca, crua ou cilada.
 Único problema alta formação de gazes no suíno.
 Cana-de-açúcar
 Triturada  na ração ate 30% (pedaços menores, Gomos)
 Garapa  Sempre fresca (evitar a fermentação)
 Picada  Sempre fresca (evitar a fermentação)
- Bagaço  Não deve ser dado, pois tem alto índice de fribas.
- Melaço  ate 20% na ração.
- Melaço em pó  ate 2% na ração.
 Palma (16 a 18% PB)  ate 20% na ração

 ALIMENTOS PROTEICOS
 Soja  30% na ração
 Farelo de soja  30% na ração
 Soja (Grão) :Pode ser o única fonte protéica de porcas em gestação,
mas não em lactação. O Farelo cru provoca redução superior a 50% na taxa de crescimento e
superior a 40% na eficiência alimentar de leitões; o efeito é diluído com o crescimento, ficando,
no total, em 22 e 19%, respectivamente.
 Cozinhar por 30 minutos e secar
32

 Torrado por 10 a 25 minutos ; Servir na ração de 15% a 20% para


amimais de 45 kg acima.
 Algodão (41 a 43% PB)  9 a 10% na ração ou 25 a 30% do suplemento protéico.
 Torta de Mamona (37% até 50% PB)  10% a 15% na ração (Suplementar com lisina e
metionina)
 Girassol ( Farelo) (28% ate 40% PB)  até 15% na Ração
 Girassol (Grão) (40% a 42% de PB)  7% a 10% na Ração
 Amendoim (45% PB)  de 5 a 10% na ração
 Crescimento  15 a 20% na ração
 Engorda  10 a 12% na ração
 Feijão (Grão) (20 a 25% PB) : Cru  ate 20% na ração triturado
 Feijão quebrado, carunchado, estragado
 Cozinhar por 20 minutos e secar – Ate 50% da ração pra animais acima de 50kg PV
 Ou tostar por 10 a 20 minutos  Servir na ração 15%.

 ALIMENTOS ALTERNATIVOS
 Capim ou Grama (Derruba velho)
 Estrela
 Africana
 Quicuia
 Bremuda
 Cross cross
 Batatais
 Leguminosa (Leucena, Estililosante)
 Verduras (Chuchu, Tomate, Cenoura, Abóbora, ...)
 Frutas (Goiaba, Manga, Abacate, Mamão, ...)
 Coco (Macaúba, Baru, Bacuri, entre outros)
 Guariroba
 Palma
 Soro do leite :
 Soro de laticínio, cuidado com a contaminação do soro com soda e ácido
(usado pra limpeza e lavagem das tubulações do laticínio ;
 Receita caseira de Soro :

SORO DE LEITE
33

 ALIMENTOS NAS FAZES DE CRIAÇÃO


• Cachaço  1,0 kg a 2,0 kg / dia ... servir duas vezes ao dia pra haver uma boa
absorção da alimento ;
• Matrizes Vazias  1,0 kg a 2,0 kg / dia ... servir duas vezes ao dia pra haver uma boa
absorção da alimento ;
• Matrizes Gestantes ... servir duas vezes ao dia pra haver uma boa absorção da
alimento ;
 3 dias antes da cobertura (Monta)  2,0 kg / dia ;
 Ate aos 30 dias  1,8 kg ate 2,2 kg / dia ;
 Dos 30 ate os 80 dias  2,2 kg ate 2,8 kg / dia ;
 Dos 80 ate o 15 dias antes do parto  3,0 kg ate 3,2 kg / dia ;
 15 dias antes do parto ir diminuído a ração ate o dia do parto ficar em Jejum
Hídrico (Só Água);
 Após o parto  a vontade. Depois media de 2,0 kg + 0,300 g por leitão nascido;
• Leitões  servir duas vezes ao dia pra haver uma boa absorção da alimento ;

8 a 15 kg 0,75 kg / ração / dia

16 a 22 kg 1,5 kg / ração / dia

23 a 60 kg 2,5 kg / ração / dia

60 a 100 kg 3,5 a 4,5 kg / ração / dia


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 DOENÇAS NOS SUINOS

• DIARREIA (Tifo / Tifose Suína / Enterite Infecciosa)


Sintomas :

Observa-se diarréia amarelada, febre. E na necrópsia, congestão e inflamação


do intestino, alimento não digerido e grande quantidade de líquido não absorvido.

Medicamentos :

Via Oral (Preventivo) Injetavel (Tratamento)


- BAYTRIL PIG DOSER - BORGOL
- TRIBISSEN - FLOTRIL
- CHEMITRIO - TRIMOXIL
- PENTABIOTICO - CURSOVET
- NUFLOR
- CURSONEGRIL
- EUROTEC 5 PIG
- AURION
- NORFLOMAX
- SULFENOL

• PNEUMONIA SUINA
 Sintomas :

Os sintomas típicos do estágio muito agudo são aparecimento repentino de


animais gravemente doentes em uma ou mais baias, febre alta (41,5 C), sintomas
respiratórios distintos, dispnéia, respiração pela boca, posição sentada, descargas
espumosas manchadas com sangue através da boca e das narinas e pele cianótica. A
forma crônica desenvolve após o desaparecimento dos sintomas agudos. Os animais tem
tosse espontânea ou intermitente, perda de apetite e queda na taxa de crescimento. Em
rebanhos com infecções crônicas muitas vezes há animais que estão doentes
subclinicamente, cujos únicos sintomas observados são tosse, perda de crescimento e
pleurite na linha de abate.
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 Tratamento :
- BAYTRIL
- FLOTRIL
- TRISSULFIN ( Injetável )
- SULFAMAX ( Injetavel )
- TRIBISSEN
- NORFLOMAX ( PÓ )
- TORMICINA
- QUINOTRIL
- OXIPLUS

• INTOXICAÇÃO
 Sintomas :

A intoxicação clássica caracteriza-se por dores abdominais agudas, diarréias


com náuseas e febre e vômitos raros. Os sintomas aparecem de 8 a 12 horas após
ingestão do alimento contaminado. Baixa no consumo de ração por causa da
deterioração do fígado, que fica inchado; Perda da carcaça (aumento do peso do fígado
em relação ao peso do animal); Influência direta na conversão alimentar do animal.

 Tratamento :
- ANTOXICO + Purgante Salino ou Salamargo

- ANTITOXIL
- MERCEPTRON ORAL
- HEPATOX
- ANTI-TOXICO UCB
- BANAMINE
- BIOXAN

• INFECÇÕES GENITURINARIAS

Dentre alguns sinais de uma possível infecção geniturinária, podemos citar alterações
no aspecto da urina (como presença de sangue e pus) e na freqüência para urinar (aumentada,
36

diminuída ou ausente), presença de corrimentos vaginais, relutância de macho ou fêmea para a


cobertura, relutância da fêmea para a inseminação, abortamentos, etc.

 Tratamento :
- BAYTRIL ( Injetável )
- AMPICILINA
- ESTREPITORMICINA
- OXIVET
- FLOXIVET PLUS

• ARTRITE
 Sintomas :

As áreas afetadas apresentam-se inflamadas, com articulações (juntas) inchadas,


com volume aumentado, com presença de exsudato, que pode ser seroso, sanguinolento,
seropurulento e ou purulento, os animais apresentam-se com andar difícil, claudicante,
andando como se estivessem com as pernas engessadas, apresentam desenvolvimento
retardado, as vezes perda de peso, inapetência, e ainda temperatura elevada, mas o
grande comprometimento das artrites, dependendo do agente causador, são as
complicações secundarias, como: pneumonia, onfalite, endocardite, e outras;
reprodutores podem ainda apresentar impotência coeundi.

 Tratamento :
- ESTREPTOMAX
- ESTREPTOMICINA
- AGROVET PLUS
- PENCIVET PLUS
- BIODEX
- OXITETRACICLINA 50% PS
- ALGIVET
- BACTROSINA

• INFECÇÃO URINARIA
 Sintomas :
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Os sinais clínicos inespecíficos apresentados pelos animais com IU são: apatia,


perda de peso, alterações na pele e dificuldade para levantar, permanecendo pouco
tempo em pé e trocando constantemente de membro de apoio. Em geral, consideram-se
como principais sinais clínicos relacionados com o aparelho urinário: a) descarga vulvar
(mucóide, muco-hemorrágica ou purulenta), geralmente observada no final da micção;
b) presença de descarga vulvar ressequida nos lábios vulvares, cauda ou re gião
adjacente; c) alterações nas características físicas, químicas e bacteriológicas da urina
tais como hematúria, leucocitúria, epiteliocitúria, proteinúria e bacteriúriasevera.

 Tratamento :
- Fazer o animal urinar mais vezes.

- TRIBISSEN
- TRIMOXIL
- NORFLOMAX
- ESTREPITOMICINA
- CHEMITRIL ( 10% ou 2,5% Injetável)
- AMPICILINA UNIVETE 2g (Injetável)

• PROBLEMAS DE CASCO

São alterações na estrutura interna ou


externa dos cascos que poderá ter origem
traumática e ou infecciosa, que levam os
animais a claudicação e conseqüente descarte.

 Sintomas :
Principais causas das lesões
nos cascos  Pisos, novos, ásperos,
lisos, com buracos, irregulares, com
poças de água, úmidos. Ripados,
quebrados, vãos largos, irregulares altos e baixos. Áreas de piquetes com pedras,
buracos, poças d'água, áreas muito íngremes, corredores esburacados e com muito
desnível.
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As lesões nos cascos, principalmente os posteriores, dependendo da gravidade


pode comprometer a qualidade das montas, e até tornar o reprodutor incapaz de realiza-
la; nas fêmeas devido a dor, observamos uma ocorrência maior de leitões esmagados na
maternidade, em função da dificuldade que as matrizes com lesões de cascos, tem para
se deitarem; menor produção de leite, fêmeas magras (inapetência), abortos,
infertilidade e descartes.

 Tratamento :
- KROMA CASCO
- FORMOPED
- CASCOMIX
- MIOSTAL
- UMBICASCO
- UNGUENTO VASIL PLUS
- TRIBISSEN
- TANIDIL / LARVIDIL / BOMFIN PÓ

- Adotar o uso de pedilúvio, com um colchão de espuma com 5 cm de


espessura, da largura do corredor e com pelo menos 1,5 metros de
comprimento, usando a seguinte solução (Passando todos os animais de
reposição, ou com problemas de cascos pelo menos 2 a 3 vezes por semana
por este pedilúvio) :

100 ml Formol a 40%


100 gr. Sulfato de Cobre
100 gr. Cal Hidratado
700 ml. Água.
- Pedilúvio EM PASTA :

20 Lt. Água
1 Kg Sulfato de Cobre
1 Lt Formol Comercial
8 Kg Cal Hidratado
- Pasta para curar feridas no casco :

200 gr. Oxido de Zinco


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200 gr. Sulfato de Cobre


200 ml Formol Comercial
2 Kg Cal Hidratado

• SARNA

A sarna dos suínos causada pelo Sarcoptes scabiei var suis, tem sido um problema para
os produtores de todo mundo. Está presente nas criações a menos que tenham sido tomadas
medidas para sua eliminação, aumentando na medida em que são empregados os métodos
intensivos de produção.

 Sintomas :

Os acaruses de Sarcoptes por meio de seus hábitos nutritivos e a escavação da


pele, causam uma irritação e um picor grandes e produzem os ferimentos com os
exudates esses scabs originando ascendentes secos. O inflammation contínuo da pele
vai unido ao proliferation do weave subcutaneous do conjuntivo. A pele thickened e
inflamed pode ser rachada, causando as feridas profundas que podem ser contaminadas
com as bactérias. Os porcos afetados são ansiosos e são rascan e riscaram
continuamente. A peça interna das orelhas torna-se inflamed e transforma-se escamosa.
O Sarcoptes perfura normalmente a pele da cabeça, das orelhas, da parte traseira, e da
garganta. Nos infestaciones severos, os ferimentos da pele podem ser estendidos por
todo o corpo.

 Tratamento :
- BIOCID
- BIOFOR
- IODOFOR
- SARNAVET
- DECTOMAX
- IVERMECTINA
- IVOMEC
- RANGER
- TRICLOVET
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- DRAXXIN

• CONJUTIVITE

 Tratamento :
- TERRACOTRIL (Bater a 10 a 15 cm do olho do animal)
- NEOTOPIC (Bater a 10 a 15 cm do olho do animal)

- PREDET
- KERAVIT
- DEXAMAX

• PNEUMOENTERITE DOS SUÍNOS ( BATEDEIRA )

É uma doença infecciosa que ocorre entre cinco semanas a quatro meses. O suíno pode
apresentar a forma aguda onde se observa morte súbita ou acompanhada de enfraquecimento,
dificuldade de locomoção e manchas avermelhadas na pele, principalmente orelha e barriga. Já
na forma crônica, o que mais chama atenção é a febre, dificuldade de respiração, falta de apetite
e diarréia líquida, esverdeada ou amarelada ou sanguinolenta e com mau cheiro. A enfermidade
pode causar grande perda de animais e aqueles que sobrevivem se tornam refugos. O suíno se
infecta através de alimentos contaminados ou pela introdução no plantel de outro suíno
portador, que em situações de stress, passa a eliminar a bactéria. O controle da enfermidade
deve ser feito através de rigorosas medidas tais como: vacinação nas fêmeas no último mês de
gestação e, nos leitões, aos sete dias de vida com revacinação no décimo quinto dia. Higiene e
desinfecção das instalações, separação e tratamento dos animais doentes, evitar o excesso de
animais numa mesma baia, evitar juntar animais de fora da propriedade com os de dentro sem
antes fazer uma quarentena.

 Tratamento :
- TETRABIOTICO (Antibiótico, antiinfeccioso e balsâmico)
- OUROTETRA PLUS L.A. (antibiótico e anti-inflamatório)
- TALCIN MAX
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- MOGIPEN

• DOENÇAS REPRODUTIVAS
☻ MÁ FORMAÇÃO
☻ CRIPTORQUIDA (UNILATERAL E BILATERAL) (RONCOI)
☻ BRUCELOSE
☻ PARVOVIROSE
☻ RINITE ATROFICA (ESPIRADEIRA)
☻ PROLAPISO RETAL EM SUÍNOS (HEMORROIDA)
☻ NATIMORTOS ( NASCE MAS MORRE ATE O 5º DIA)
☻ MUMIFICADOS (NASCE MORTO)
☻ ERISIPELA

• OUTRAS DOENÇAS
☻ CISTICERCOSE (SOLITARIAS, CANJIQUINHA OU PIPOQUINHA)
☻ MMA ( MASTITE / METRITE / AGALACIA)
☻ AFTOSA
☻ ABCESSOS
☻ ANEMIA (CARCAÇA/ RINS)
☻ HERNIA ( VENTRAL / ESCROTAL / UMBILICAL)
☻ DERMATITE HEMORAGICA POR ATRITO
☻ LEPSTOPIROSE ( RATO)
☻ ASCARIDIASE ( LOMBRIGA DE PORCO)
☻ BOTULISMO
☻ RAIVA ( MORCEGO)
☻ TOSSE SECA ( VERME NO PULMÃO)

 HIGIENE E PROFILAXIA
42

A sanidade ou saúde é um dos pilares de sustentação da produção intensiva de suínos, uma vez
que objetiva diminuir riscos e reduzir custos, e para tanto exige medidas de biossegurança, programas de
vacinação, medicacõs profiláticas, programas de limpeza e desinfecção, entre outros.
Para uma boa manutenção ambiental, mantendo o nível de contaminação ambiental sob controle,
é necessária a adoção de um programa de limpeza e desinfecção da granja, garantindo um sistema mais
eficiente e lucrativo.
Algumas práticas simples podem ser adotadas como evitar presença de fezes no piso, de leitões
doentes junto com os sadios, de cadáveres não enterrados, instrumentos de trabalho sujos e contaminados
como tesouras, alicates, pás, carrinhos...e instituir a utilização de roupas e botas exclusivas para uso na
granja, diminuir ao máximo o contato dos funcionários da granja com outras criações, limitar o número
de visitantes na granja e, quando o tiver, instituir o banho e a troca de roupa das visitas.
Estas medidas não irão impedir totalmente o risco da ocorrência de doenças, mas o minimiza
significativa-mente.
A monitoria de insumos como água, ração, vacinas é importante também para prevenção de
agentes não desejados na granja, evitando o uso de rações mofadas, água suja ou quente, e medicamentos
com prazo de validade vencido ou armazenados de forma incorreta.
Essas práticas de monitoria, limpeza e desinfecção trarão benefícios ao criador não só na
melhoria da performance e na produtividade, mas também na redução de gastos com medicamentos, de
animais refugos e de doenças como diarréias, problemas de pele e respiratórios e com parasitas.

Limpeza

A limpeza consiste na remoção dos detritos acumulados nas instalações, visa fundamentalmente
reduzir a carga de contaminação microbiana e minimizar o contato dos animais com um excesso de
matéria orgânica (seca ou úmida) o qual potencialmente aumenta o risco da veiculação de agentes
patogênicos aos animais. A limpeza prévia é um passo essencial ao sucesso dos programas de
desinfecção.
A limpeza pode ser subdividida em limpeza seca e limpeza úmida. Quando se limpa uma
instalação deve-se iniciar pela limpeza seca a qual se caracteriza pela retirada de cama, de restos de ração,
do esterco, da sujeira impregnada no piso e paredes e nas baias. Em muitas granjas, antes da limpeza tem-
se por norma umedecer as diferentes partes da instalação com água ou com uma solução de detergente, o
que além de facilitar a limpeza reduz o tempo gasto para tal.
Os detergentes utilizados na limpeza são substancias que tem ação umedecedora e surfactante
que quando adicionados a água reduzem a tensão superficial aumentando a capacidade de penetração da
água e o poder de remoção da sujeira aderida no piso nos equipamentos, piso e paredes de uma instalação.
Além disto eles tem efeito emulsionante dissolvendo e, sobre tudo, saponificando as gorduras, impedindo
que as mesmas voltem a se depositar sobre as superfícies.
A velocidade das reações de um detergente podem ser aumentada pelo calor. Muitas vezes, na
limpeza úmida com água quente à pressão, o fato de se realizar mudanças em alguns fatores tais como
pressão, débito e temperatura da água não são, por si só, suficientes para realizar-se uma limpeza de boa
qualidade. Através da adição de um detergente à água quente pode-se melhorar em muito a qualidade da
limpeza.
Soluções de detergentes podem ser utilizados de duas formas:
43

☻ Sob forma de solução na concentração de 0,3 a 3,0%, a ser aplicada através de jato de água
quente sob pressão.
☻ Aplicando os em altas concentrações, com auxilio de um balde ou regador diretamente sobre o
que se deseja limpar. Neste caso, após um tempo de ação de até 20 minutos, enxágua-se com jato
de água para após 30 minutos eliminar a sujeira com água sob pressão.

Esta forma de aplicação requer mais tempo que a anterior. A mecanização da limpeza úmida
com jato de água fria ou quente sob pressão humanizou e dignificou a função de quem limpa, pois com
alta pressão combinada com temperatura elevada e aditivos (detergentes) a sujeira ressecada ou
encrostada são facilmente removidas sem que a pessoa entre em contato com o material. As vantagens da
limpeza com jato de água quente sob pressão são:
☻ Baixo custo
☻ Redução do tempo de lavagem
☻ Redução do número de pessoas necessárias para fazer a limpeza
☻ A qualidade da limpeza é boa
☻ Com o jato de alta pressão limpa-se inclusive os lugares de mais difícil acesso
☻ Prepara a instalação para uma desinfecção eficaz
☻ O mesmo aparelho pode ser utilizado tanto para desinfecção e pintura das instalações com cal
como limpeza e desinfecção das partes desmontáveis da instalação

A pressão de impacto da água sobre o objeto a ser lavado depende dos seguintes fatores:
☻ Pressão do aparelho: A pressão de impacto para lavagem de pisos e paredes é de 1 a 10 bares e
para lavagem de equipamentos de 0,6 a 1 bar.
☻ Ângulo de abertura do jato: A medida que aumenta o ângulo do jato a pressão de impacto
diminui. Para uma boa limpeza de instalações sem animais recomenda-se um ângulo de até 25o;
para limpeza de instalações com animais o ângulo pode ser de 50 a 80o.
☻ Distância entre o bico de saída do jato e o objeto : Para uma boa limpeza a distância ideal entre o
bico de saída do jato e o objeto esta entre 10 e 30 cm. Quanto maior esta distância menor será a
pressão de impacto.

Para uma boa limpeza o débito mínimo deve ser de 400 litros/hora e o máximo de 3.000
litros/hora. No caso de valores menores de 400 litros/hora o jato facilmente é pulverizado e a força
mecânica exercida por ele é muito baixa sendo seu efeito de limpeza muito baixo. No caso de valores
acima de 3.000 litros/hora a força de recuo dificilmente é suportada pelo operador e em pouco tempo o
acúmulo de água na instalação é grande.
Uma boa limpeza é muito difícil de ser realizada somente com água fria uma vez que, por
exemplo, a eliminação de películas de gordura sobre o piso ou em paredes é praticamente irrealizável.
Quando se utiliza água quente para limpeza pode-se reduzir o tempo gasto nesta atividade, em relação à
água fria, de 40 a 60%. O efeito da água quente pode ser melhorado quando se adiciona à água quente um
detergente. Com relação a água quente podemos distinguir os jatos em:
44

☻ Jato de água quente: A água atinge no máximo 100oC e o jato tem forte efeito mecânico o que
facilita o desprendimento e a eliminação de sujeira. A mesmo tempo parte da temperatura da
água é transmitida ao objeto que esta sendo limpo.
☻ Jato de vapor: Sob pressão a água , em forma de vapor, atinge até 140oC e seu poder de
penetração nas ranhuras existentes principalmente em pisos é maior do que da água quente.

Considerando estes fatos, para uma lavagem eficiente, recomenda-se por exemplo ao lavar o piso de
uma instalação utilizar inicialmente o jato de água quente com detergente e posteriormente passar um jato
de vapor de água.

Desinfecção

A desinfecção consiste no controle e/ou eliminação de microorganismos indesejáveis de


materiais inanimados limpos, através de processos químicos ou físicos, que atuam sobre a estrutura ou do
metabolismo destes microorganismos, independente de seu estado funcional. Busca-se, dessa forma, a
redução da dose infectante. A desinfecção pode ser classificada em desinfecção preventiva e desinfecção
de emergência, essa última adotada em casos de surtos de doenças contagiosas.
A maioria dos países possui regulamentações específicas para os casos de doenças de notificação
obrigatória. Essas determinam, entre outros aspectos, o esquema de desinfecção a ser utilizado no caso da
ocorrência de cada doença.
Uma desinfecção completa somente pode ser executada após a retirada dos animais das
instalações. Somente dessa forma se obtém o máximo de ação do desinfetante, uma vez que a ausência de
animais e de equipamentos permite que o produto tenha um contato direto com os microorganismos e
tempo suficiente para agir. A eficácia de uma desinfecção depende de vários fatores, cabendo ressaltar a
limpeza prévia, a escolha do desinfetante, a concentração e a temperatura da solução desinfetante e o
tempo de ação a qualidade da água utilizada.
Uma limpeza prévia tem por finalidade a obtenção de superfícies limpas, uma vez que a maioria
dos desinfetantes são inativados pela matéria orgânica. Sua presença sobre as superfícies dificulta ou até
mesmo torna impede a penetração dos desinfetantes em todas as frestas onde possam se alojar os
microorganismos. Dessa forma, a limpeza prévia, permite uma ação direta do produto desinfetante sobre
os agentes causadores de doenças. Um aumento da dose do produto não irá compensar a falta de uma
limpeza prévia. Pode-se até dizer que é preferível limpar sem desinfetar do que desinfetar sem
limpar. A limpeza e desinfecção são duas operações essenciais e distintas que se complementam.
A escolha de um desinfetante é decisiva para que se obtenha o efeito desejado. Em princípio, a
escolha de um produto que apresente todas as condições ideais de atuação parece extremamente difícil.
Entretanto, o exame criterioso de sua composição, espectro de ação e custo por metro quadrado, entre
outros, tornam a tarefa bem mais fácil.
O criador de suínos não deve usar a propaganda dos vendedores como critério para escolha de
um princípio ativo de desinfetante para uso em sua criação. Para selecionar o produto mais apropriado,
deveria buscar orientação junto a um profissional que reuna os conhecimentos teóricos adequados para
selecionar o produto mais indicado para as condições inerentes a cada granja.
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Um desinfetante deve sempre ser utilizado na dosagem preconizada pelo fabricante e/ou médico-
veterinário. É inútil diminuir a dose e é uma ilusão pensar que agindo assim será alcançado um custo
menor com o mesmo efeito . Reduzindo a dose não se consegue um bom resultado a partir da aplicação
do produto, podendo, além disso, ocorrer uma seleção de microorganismos resistentes.
O desinfetante deve sempre ser aplicado sobre superfícies secas, pois corre-se o risco de diluir-se
a dose do produto quando este é aplicado sobre superfícies molhadas. O tempo de ação depende
essencialmente da temperatura e da natureza da superfície a ser desinfetada, uma vez que nenhum
desinfetante tem um efeito instantâneo. Quanto mais baixa for a temperatura da superfície, maior deve ser
o tempo necessário para a ação uma vez que as temperaturas baixas diminuem o efeito dos desinfetantes.
Em superfícies lisas, a aplicação de desinfetantes em paredes verticais, a capacidade de aderência da
solução é menor em função da menor porosidade e da tensão superficial e devido a isto a ação do
desinfetante fica prejudicada devido ao menor tempo de contato.
A qualidade da água utilizada é importante tanto para a limpeza quanto para a desinfecção. No
caso da desinfecção, a utilização de águas poluídas, por exemplo, por coliformes e estreptococus fecais,
causa uma diminuição da eficácia do desinfetante já que parte do produto será consumida para a
desinfecção da água de diluição antes de a solução ser aplicada sobre as superfícies. Por outro lado, a
qualidade físico-química da água também é muito importante. A concentração de microrganismos, a
dureza e o pH da água podem interferir sobre a eficiência do desinfetante. Devido a estes fatos
recomenda-se que seja realizada pelo menos uma análise físico-química e microbiológica da água a cada
seis meses.
Os desinfetantes não são igualmente eficientes quando usados como bactericidas, fungicidas ou
viricidas. Diferenças em sua ação também ocorrem entre espécies dentro de grupos de microorganismos
i.é alguns desinfetantes destroem apenas determinada categoria de microorganismos. Devido a isto, uma
forma de aumentar a eficácia da desinfecção é proceder a rotação de desinfetantes visando aumentar o
espectro de atividade e para evitar o aparecimento de resistências por parte dos microorganismos
patogênicos.
A periodicidade da troca de desinfetante varia de 3 a 6 meses e depende do PLD implantado no
sistema de produção. Neste contexto, deve-se salientar a importância do PLD ser elaborado por um
médico-veterinário.

Aplicação prática de um programa de limpeza e desinfecção

Apesar de fazerem parte de um programa de limpeza e desinfecção dois processos distintos –


limpeza e desinfecção – nem sempre aplica-se os dois seqüencialmente. No caso da presença de animais
na instalação somente o processo de limpeza é aplicado enquanto que nas instalações das quais foram
retirados os animais, aplicam-se os dois processos.

Limpeza diária de instalações ocupadas com animais

Uma limpeza diária e completa é necessária para reduzir a probabilidade da ocorrência de


infecções gastrointestinais, da pele e de verminoses, entre outras. A falha nesse tipo de manejo na
maternidade pode resultar num aumento da probabilidade da ocorrência de infecções em leitões recém-
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nascidos e constante reinfecção em animais mais velhos, resultando em perda de leitões e num maior
gasto com medicamentos curativos e com mão-de-obra. Efeito semelhante é observado em outras faixas
etárias, nessas a falta de uma limpeza diária conduz a um aumento na incidência de doenças clínicas e
subclínicas. Essas têm como resultado uma pior conversão alimentar, queda no ganho de peso e aumento
no número de refugos e, por conseqüência prejuízos econômicos.
As principais etapas de um programa de limpeza em instalações que estejam ocupadas com
animais são as seguintes:

Maternidade : Iniciar a limpeza das celas parideiras retirando as fezes e a parte úmida da cama
dos leitões. A lavagem da cela com água e a sua posterior desinfecção (neste caso, a desinfecção é feita
mesmo com os animais presentes na instalação) pode ser feita quando houver necessidade como por
exemplo na presença da diarréia dos leitões. Quando for realizado essa forma de lavagem, para evitar que
os leitões sejam molhados, deve-se colocá-los numa caixa com uma fonte de calor, ou mantê-los presos
no escamoteador. A solução do desinfetante a ser usada deve ser de baixa toxicidade e não irritante e
aplicada por meio de um pulverizador. Uma vez aplicada a solução, deixa-se secar o ambiente e coloca-se
a cama, para posteriormente soltar os leitões.
Outras instalações : As demais instalações devem sofrer diariamente uma limpeza completa
com vassoura e pá, retirando-se o esterco. Naquelas que tiverem cama, trocar apenas a parte úmida.

Limpeza e desinfecção após a saída dos animais da instalação

As principais etapas de um programa de limpeza e desinfecção para construções de onde foram


retirados todos os animais são as seguintes:

Limpeza seca e desmontagem do equipamento

A limpeza deve ser feita no mesmo dia da retirada dos animais na seguinte seqüência:

☻ Após a saída dos animais das instalações, retirar os equipamentos desmontáveis (como
comedouros e lâmpadas de aquecimento) para um lugar onde possam ser lavados e guardados,
de tal forma que não sofram contaminação;
☻ Retirar e queimar materiais remanescentes nas salas (como sacos de ração, restos de cordão
utilizados para amarrar umbigo, algodão , toalhas de papel, etc.);
☻ Retirar todo o esterco e qualquer outra matéria orgãnica das instalações, incluindo o que estiver
incrustado no piso. Utilizar, para tal, ferramentas como escovas e pás.

Lavagem da instalação

Esta operação deve ser executada até, no máximo, um dia após a retirada dos animais na seguinte
seqüência:
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☻ Molhar todas as superfícies internas, adicionando um detergente à água. Adicionando um


detergente à água assegura-se um máximo de impregnação e limpeza sendo que o volume de
água a ser usado e o tempo necessário para a limpeza pode ser reduzido em até 60%. Por outro
lado adicionando ao mesmo tempo um detergente e um desinfetante, pode-se inativar durante
essa pré-lavagem até 80% dos microorganismos causadores de doenças. Em instalações com
baias metálicas, utilizar produtos com baixa corrosividade.
☻ O tempo necessário para amolecer a sujeira mais dura presa sobre o piso ou partes baixas das
paredes varia com a freqüência da limpeza diária da instalação. Em geral, na maternidade e
creche, onde na maioria das granjas é realizada uma limpeza diária não se observa muita sujeira
sobre o piso e equipamentos após a retirada dos animais. Neste caso, o tempo necessário para
amolecer a sujeira é de aproximadamente três horas. Já nas baias das fases de recria e
terminação, onde a freqüência das limpezas geralmente não é diária, a quantidade de sujeira
presente após a retirada dos animais é bastante grande e, por isto, o tempo necessário para
amolecer a sujeira acumulada varia de doze a dezesseis horas;

☻ Após esse período, passar a vassoura e lavar com água;

☻ Trabalhar de uma extremidade da instalação até a outra. Prestar atenção principalmente aos
cantos, rachaduras e outros lugares onde a sujeira possa estar aderida.

Limpeza do equipamento móvel

Os equipamentos móveis, em geral, se apresentam altamente contaminados. No caso de não


serem lavados com detergente e posteriormente desinfetados, poderão tornar-se veiculadores de agentes
patogênicos.
A lavagem do equipamento pode ser efetuada durante o período de impregnação, e devendo-se
proceder da seguinte forma:

☻ Molhar ou colocar o equipamento num tanque com água, detergente e desinfetante;


☻ Deixar impregnar, para amolecer a sujeira incrustada;
☻ Escovar e lavar com água sob pressão, para retirar o restante da sujeira residual;
☻ Guardar o equipamento num lugar limpo, protegido da poeira normal da granja, para evitar o
risco de nova contaminação;
☻ Permitir aos equipamentos que sequem por um dia Essa limpeza deve ser feita num local limpo e
onde haja um fácil escoamento da água.
Desinfecção das partes inferiores das paredes, pisos e equipamentos

Grande número de microorganismos patogênicos passam através das fezes para o piso e para as
partes inferiores das paredes. A desinfecção nessas áreas deve seguir a seguinte seqüência:

☻ Preparar a solução do desinfetante a ser usado;


☻ Montar os equipamentos que estejam desmontados;
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☻ Impregnar completamente com a solução desinfetante as regiões inferiores das paredes, o piso e
o equipamento em geral. Prestar especial atenção aos cantos, aberturas e demais locais onde a
sujeira tende a se acumular;
☻ As superfícies de madeira e outras áreas porosas devem ser impregnadas totalmente, pois essas
abrigam agentes infecciosos com maior facilidade;
☻ Desinfetar a área de acesso à instalação. Manter a sala tratada fechada, mantendo-a assim por 24
horas;
☻ Limpar e trocar o desinfetante dos pe-dilúvios colocados na entrada das instalações.

Desinfecção do teto e das paredes

A presença de organismos patogênicos no teto e nas partes superiores das paredes representa
uma importante fonte de infecção para os animais que serão introduzidos nas instalações. A poeira que
cobre essas superfícies representa um risco especial, pois na mesma são encontrados altas concentrações
de microorganismos. Para diminuir a carga infecciosa nessas áreas, deve-se proceder da seguinte forma:

☻ Utilizar um desinfetante de largo espectro, que mantenha sua atividade em presença de matéria
orgânica;
☻ Pulverizar, com uso de pressão, as superfícies internas do teto e das paredes laterais;
☻ Prestar atenção especial aos cantos, rachaduras nas superfícies que estão sendo tratadas e canos
onde possa estar acumulada poeira.

• CONTROLE DE PARASITAS

Doenças causadas por endoparasitas, mais conhecidas como verminoses, merecem grande
atenção dos criadores, pois são responsáveis por grandes perdas anuais em granjas de suínos cujo sistema
seja extensivo ou semi-intensivo, ou seja, em sistemas nos quais os animais têm contato com a terra.
Essas doenças podem acometer tanto animais jovens como adultos, retardando muito – quando
não levam à morte - o desenvolvimento do animal e a obtenção do produto desejado.
Os sintomas mais observados são diarréias, anemias, desidratação, perda de apetite, podendo
levar à morte.
Além das medidas de limpeza e desinfecção é adotado o uso de anti-helmínticos para controle de
endoparasitoses, mas estes devem ser usados corretamente para cada fase do sistema de produção, como
na amamentação, suínos desmamados ou na engorda, matrizes e cachaços e por isso devem ser
ministrados sob orientação de veterinários.
As ectoparasitoses também são comumente encontradas nas granjas causando grandes perdas na
produção. São representadas pelas sarnas, piolhos, pulgas e bicheiras (moscas causadoras de miíases).
49

A sarna caracteriza-se pelo aparecimento de prurido intenso, pústulas (feridas), crostas, queda de
pêlo e espessamento da pele nos animais.
Normalmente, usa-se a pulverização, banhos de imersão, camas medicadas e aplicações manuais
(injetável ou pour-on) de acaricidas, ou seja, sarnicidas, sendo que estes medicamentos devem ser
prescritos por veterinários.
Já os piolhos são percebidos pelo criador só ao longo de um certo tempo, com perdas graduais e
contínuas , retardando o crescimento de leitões, perda de peso e ainda pode ser vetor de doenças graves
como peste suína, varíola e erisipela.
É facilmente diferenciado da sarna, pois é possível visualizar o parasito na pele dos animais.
Diversos inseticidas têm ação piolhicida, mas é preciso a indicação correta do medicamento,
além da boa aplicação do medicamento em todas as partes do corpo do animal (inclusive dentro das
orelhas), bem como nas instalações e equipamentos.

• CONTROLE DE MOSCAS

Esse inseto é causador de grandes prejuízos na prática de produção de suínos, uma vez que
veiculam agentes causadores de doenças como bactérias, vírus, protozoários, ovos de vermes, além de
utilizarem, em alguns casos, do próprio tecido animal (pele, sangue) quando este apresenta alguma lesão,
para completarem seu ciclo de vida.
Além desses problemas, as moscas causam estresse nos animais e sujam o ambiente (paredes,
vidros, lâmpadas, bebedouros, comedouros) com suas fezes e vômitos.
Algumas medidas de controle podem ser citadas, entre elas: não deixar esterco acumulado nas
instalações; lavar as instalações com água, pelo menos 2 vezes por semana; animais mortos, resíduos de
parições e outros resíduos devem ser enterrados ou colocados em fossa construída para tal finalidade; uso
de telas e portas nos locais onde se trabalha com alimentos; utilização de inseticidas indicados para tal
fim; ter um esquema de tratamento de dejetos ou, pelo menos, separar a parte sólida da líquida.
Essas medidas permitem uma redução de 90% da população de moscas, com a vantagem de
serem de baixo custo.

• VACINAÇÃO :

 Vacina subcutânea: atrás da orelha e acima das vértebras cervicais (adultos) e entre o
umbigo e a virilha e na prega do joelho ( jovens).
 Vacina intramuscular: tábua do pescoço (adultos). Músculo da coxa (jovens).
 Vacina intravenosa: veia auricular ou do pavilhão auricular (orelha); garrotilhar a base
da orelha e pegar a veia pelo lado externo da orelha, depois soltar o garrote e aplicar.
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 INSTALAÇÕES

O tipo ideal de edificação deve ser definido fazendo-se um estudo detalhado do clima da região
e(ou) do local onde será implantada a exploração, determinando as mais altas e baixas temperaturas
ocorridas, a umidade do ar, a direção e a intensidade do vento. Assim, é possível projetar instalações com
características construtivas capazes de minimizar os efeitos adversos do clima sobre os suínos.
Para manter a temperatura interna da instalação dentro da zona de conforto térmico dos animais,
aproveitando as condições naturais do clima, alguns aspectos básicos devem ser observados, como:
localização, orientação e dimensões das instalações, cobertura, área circundante e sombreamento.

 COMEDOUROS (Convencionais e alternativos)

A alimentação de suínos no crescimento e


terminação em comedouro/bebedouro conjugados (CBC)
melhora a taxa de crescimento e a eficiência alimentar. No
entanto, essa melhora estaria relacionada à mudança do
comportamento ingestivo dos animais, que gastam menos
tempo com o consumo de ração e diminuem os
deslocamentos entre o comedouro e bebedouro.
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A melhor eficiência alimentar estaria, então, relacionada à redução no desperdício de ração e ao


menor gasto de energia para atividade física. Como o CBC melhora o ganho de peso, houve um aumento
na utilização deste equipamento pelos suinocultores o que instigou o Centro Nacional de Pesquisa de
Aves e Suínos a estudos e produção de comunicados técnicos sobre o tema.
Embora o equipamento continue a ser fabricado, comercializado e utilizado pelos suinocultores,
poucos trabalhos realizados no Brasil foram publicados em periódicos indexados. Um desses trabalhos
mostra que a alimentação de suínos em comedouros conjugados se revelou interessante no período pré-
abate.
No entanto, a ingestão de dietas úmidas altera o consumo e o metabolismo aumentando a
espessura de toucinho e a área de olho de lombo. Animais alimentados em comedouros conjugados têm
carcaças de qualidade inferior àqueles alimentados em comedouro convencional.
Essa redução de qualidade é creditada, à quase sempre, ao aumento da espessura de toucinho e
diminuição do rendimento de carne magra. No entanto, existem trabalhos indicando que animais
alimentados com dietas úmidas podem ter carcaças de qualidade superior aos animais alimentados com
dietas secas. De maneira geral, a literatura revela uma grande variação nos efeitos do uso de comedouros
conjugados sobre as características da carcaça.
A partir dos anos 90, as indústrias brasileiras começaram a remunerar o produtor pela qualidade
da carcaça e não mais pelo peso vivo. Isso criou algumas incertezas quanto à recomendação prática do
uso de comedouros conjugados, pois, apesar de os animais alimentados nesses equipamentos
apresentarem maior taxa de crescimento, suas carcaças apresentavam maior teor de gordura.
Os aspectos de desempenho foram estudados por LOVATTO et al. ( 2004), que verificaram
superioridade do CBC, mas não identificaram os cortes ou tecidos (muscular ou adiposo) beneficiados
por esse crescimento diferencial. Portanto, este trabalho foi realizado com o objetivo de estudar as
características da carcaça de suínos alimentados do desmame ao abate em comedouro de acesso único
equipado ou não com bebedouro.
52

 BEBEDOUROS (Convencionais, chupeta e alternativos)

No sistema de produção de suínos ocorrem grandes perdas de água, devido a deficiência dos
bebedouros, tanto em relação a sua instalação como ao tipo de equipamento usado. Nestas condições
ocorre grande acúmulo de umidade nos pisos das edificações, o que pode trazer prejuízo ao
desenvolvimento dos animais, principalmente por proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento
de microorganismos causadores de doenças.
O excesso de água também contribui para o aumento da parte líquida dos dejetos, aumentando
seu poder de poluição e diminuindo seu potencial como fertilizante. Com finalidade de estudar maneiras
de evitar perdas de água e reduzir o excesso de umidade, proporcionando economia e conforto aos
animais, conduziu-se um experimento na EMBRAPA–CNPSA, comparando-se dois tipos de bebedouros,
um tipo chupeta normalmente em uso pelos produtores e outro tipo de nível adaptado na EMBRAPA–
CNPSA.
53

O experimento foi conduzido na fase de crescimento e terminação, com 4 suínos por baias (2 _ 2
m) e 4 baias para cada tipo de bebedouro. Foram realizadas duas observações para as épocas, quente e
fria.
Os animais utilizados foram as raças Landrace, Large White e Landrace _ Large White, com
peso inicial em torno de 31,0 kg. Instalou-se um hidrômetro em cada rede de alimentação de água
dosbebedouros, para registrar o consumo.
Entende-se por consumo de água nos bebedouros a soma entre a água consumida e a
desperdiçada pelos animais.
Os resultados obtidos encontram-se na Tabela 1.

Tabela 1 – Valores de ganho de peso diário – GPD (g) e consumo de água (litros/dia) nas
Analisando-se os dados, verificou-se que não houve diferenças para ganho de peso diário, entre
os bebedouros, porém é muito grande a diferença de consumo de água entre eles. Concluiu-se que o
bebedouro tipo nível apresentou um desempenho superior, gastando 2,32 vezes menos água do que o
bebedouro tipo chupeta, sem ocorrer interferência no ganho de peso diário dos animais.
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Como consequência deste trabalho, recomenda-se o uso do bebedouro de nível para os suínos
nas fases de crescimento e terminação, instalando-se dois bebedouros por baia para no máximo 14
animais.
A rede de alimentação principal deve ter o máximo 40 m para o cano com diâmetro de 50 mm.
Para extensões maiores usar cano com diâmetro adequado.
A construção e o material necessário encontram-se a seguir:

Material necessário para instalação do bebedouro

 1 caixa de água para cada lateral da edificação;


 bóia para cada caixa de água;
 cano soldável de 50 mm para rede principal com comprimento máximo 40 m;
 cano soldável de 20 mm para conexão com rede principal;
 nipel redutor tipo "T" de 50 mm para 20 mm;
 nipel adaptador de 20 mm para 2/1";
 nipel de ferro de 1/2" com 45 o;
 chapa de ferro com 3mm de espessura (150 _ 150 mm);
 4 parafusos e buchas número 10 para fixação.
55

 ESCAMOTIADOR (Industrial, alvenaria e material alternativo)

Na suinocultura, um dos maiores problemas relacionados ao conforto térmico e bem-estar animal


está na maternidade, na qual se têm dois ambientes distintos a serem avaliados, com exigências bem
diferenciadas. Na realidade, essa situação é um dos grandes problemas do produtor, pois em um pequeno
espaço físico, há a necessidade de proporcionar dois microambientes diferentes e, caso isso não ocorra, os
desempenhos das matrizes e dos leitões não serão satisfatórios.
Os animais exibem o nível de conforto térmico apresentando comportamentos distintos, ora
amontoados, ora agrupados lado a lado ou esparsos. Esses são os padrões de postura dos leitões que se
submetem ao frio, ao conforto e à sensação de calor, respectivamente.
56

A avaliação e os controles interativos do conforto térmico dos suínos pela análise de imagem
superam os problemas inerentes ao método convencional de observação, pois utilizam os próprios
animais como um biossensor em resposta aos reflexos do ambiente por meio do estudo comportamental.
Dessa forma, o esforço da pesquisa é desenvolver um sistema automatizado, em tempo real, pela
análise de imagens, que execute a avaliação e o controle contínuo do conforto térmico dos suínos
confinados, baseando-se em seus testes padrões de comportamento. O objetivo geral desta pesquisa
consiste na avaliação do comportamento de leitões em diferentes sistemas de aquecimento nos abrigos
escamoteadores, utilizando como ferramenta de avaliação a análise de imagem para o entendimento do
comportamento animal.
A introdução do termostato tubular (3.000 W) corrige as deficiências de manejo do criador em
relação à adequação do ambiente do leitão e o seu acoplamento a um escamoteador de madeira de
pequeno (70 X 80 X 70 cm) ou médio porte (70 X 80 X 90 cm) com lâmpadas comuns de 60 ou 100 W
de potência, possibilita a obtenção de um acondicionamento ambiental adequado e uma economia de
energia elétrica por leitegada da ordem de 58% (40 KW) em relação a resistência elétrica e de 70% (92
KW) para a lâmpada infravermelha e para o sistema tradicionalmente manipulado pelo criador.
O custo de implantação do sistema com lâmpada comum é cerca de 8,0% menor por unidade do
que o sistema com lâmpada infravermelha, e a capacidade do termostato permite a instalação de 40
unidades com lâmpadas comuns de 60 W e 25 com lâmpadas comuns de 100 W, contra apenas 10
infravermelhas.
Considerando que cerca de 42,5% das maternidades possuem fonte de aquecimento, dessa forma
a implantação do sistema com termostato não implicaria em grandes investimentos. Espera-se que a curto
prazo (3 anos), 20% das propriedades que já utilizam fonte de aquecimento na maternidade (4.250) se
beneficiem dessa tecnologia, o que vai gerar uma economia de aproximadamente 7.976.400 KW/ano,
equivalente a 4.963 suínos vivos com aproximadamente 100 kg de peso vivo.

 PISO (Concreto, Ripado e Material alternativo)

Características dos pisos ripados

Para a construção de pisos ripados em concreto, são utilizadas vigas pré-moldadas cujas
dimensões estão especificadas na Tabela. Estas vigas são apenas assentadas e encaixadas nas reentrâncias
das paredes laterais do fosso, mantendo-se afastadas umas das outras com um chanfro de argamassa de
cimento e areia que define a largura das frestas.
57

Tabela. Dimensões das vigas de concreto em centímetros, construídas na forma de trapézio, projetadas
para uma carga atuante de 150 kg/m.

Comprimento da Base maior (parte Altur Base menor (parte Barra de ferro de
viga superior) a inferior) reforço

8
122,00 10,16 7,62 3/8"
,89

1
183,00 10,16 7,62 3/8"
2,70

1
244,00 12,70 10,16 1/2"
3,97

1
305,00 12,70 10,16 5/8"
2,70

1
366,00 12,70 10,16 5/8"
0,05

 ESTRUTURA AERIA (COBERTURA) (Madeira e Material alternativo)

Localização

A área selecionada deve permitir a locação da instalação e de sua possível expansão, de acordo
com as exigências do projeto, de biossegurança e daquelas descritas na proteção ambiental.
O local deve ser escolhido de tal modo que se aproveitem as vantagens da circulação natural do
ar e se evite a obstrução do ar por outras construções, barreiras naturais ou artificiais. A instalação deve
ser situada em relação à principal direção do vento. Caso isto não ocorra, a localização da instalação, para
diminuir os efeitos da radiação solar em seu interior, prevalece sobre a direção do vento dominante.

Escolher o local com declividade suave, voltada para o norte, é desejável para boa ventilação. No entanto,
os ventos dominantes locais, devem ser levados em conta, principalmente no período de inverno,
devendo-se prever barreiras naturais.
É recomendável dentro do possível, que sejam situadas em locais de topografia plana ou
levemente ondulada, contudo é interessante observar o comportamento da corrente de ar, por entre vales e
planícies, nestes locais é comum o vento ganhar grandes velocidades e causar danos nas construções.
O afastamento entre instalações, deve ser suficiente para que uma não atue como barreira à
ventilação natural da outra. Assim, recomenda-se afastamento de 10 vezes a altura da instalação, entre as
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duas primeiras a barlavento, sendo que da segunda instalação em diante o afastamento deverá ser de 20 à
25 vezes esta altura, como representado na Figura.

Esquema da distância mínima entre instalações

Orientação

O sol não é imprescindível à suinocultura. Se possível, o melhor é evitá-lo dentro das


instalações. Assim, devem ser construídas com o seu eixo longitudinal orientado no sentido leste-oeste.
Nesta posição nas horas mais quentes do dia a sombra vai incidir embaixo da cobertura e a carga
calorífica recebida pela instalação será a menor possível.
A temperatura do topo da cobertura se eleva, por isso é de grande importância a escolha do
material para evitar que esta se torne um coletor solar.
Na época da construção da instalação deve ser levada em consideração a trajetória do sol, para
que a orientação leste-oeste seja correta para as condições mais críticas de verão.
Por mais que se oriente adequadamente a instalação em relação ao sol, haverá incidência direta
de radiação solar em seu interior em algumas horas do dia na face norte, no período de inverno.
Providenciar nesta face dispositivos para evitar esta radiação.
59

Orientação da instalação em relação à trajetória do sol.

Largura

A grande influência da largura da instalação é no acondicionamento térmico interior, bem como


em seu custo. A largura do instalação está relacionada com o clima da região onde a mesma será
construída, com o número de animais alojados e com as dimensões e disposições das baias. Normalmente
recomenda-se largura de até 10 m para clima quente e úmido e largura de 10 até 14 m para clima quente e
seco.

Pé direito

O pé direito da instalação é elemento importante para favorecer a ventilação e reduzir a


quantidade de energia radiante vinda da cobertura sobre os animais. Estando os suínos mais distantes da
superfície inferior do material de cobertura, receberão menor quantidade de energia radiante, por unidade
de superfície do corpo, sob condições normais de radiação. Desta forma, quanto maior o pé direito da
instalação, menor é a carga térmica recebida pelos animais. Recomenda-se como regra geral pé-direito de
3 a 3,5 m.

Comprimento

O comprimento da instalação deve ser estabelecido com base no Planejamento da Produção,


assim como também para evitar problemas com terraplanagem e sistema de distribuição de água.
60

Cobertura

O telhado recebe a radiação do sol emitindo-a, tanto para cima, como para o interior da
instalação. O mais recomendável é escolher para o telhado, material com grande resistência térmica,
como a telha cerâmica. Pode-se utilizar estrutura de madeira, metálica ou pré-fabricada de concreto.
Sugere-se a pintura da parte superior da cobertura na cor branca e na face inferior na cor preta.
Antes da pintura deve ser feita lavagem do telhado para retirar o limo ou crostas que estiverem aderidos à
telha e facilitar assim, a fixação da tinta.
A proteção contra a radiação recebida e emitida pela cobertura para o interior da instalação, pode
ser feita com uso de forro. Este atua como segunda barreira física, permitindo a formação de camada de ar
junto à cobertura e contribuindo na redução da transferência de calor para o interior da construção.
Outras técnicas para melhorar o desempenho das coberturas e condicionar ótima proteção contra
a radiação solar, tem sido o uso de isolantes sobre as telhas (poliuretano), sob as telhas (poliuretano,
poliestireno extrusado, lã de vidro ou similares), ou mesmo forro à altura do pé-direito.
O lanternim, abertura na parte superior do telhado, é altamente recomendável para se conseguir
adequada ventilação, pois, permite a renovação contínua do ar pelo processo de termossifão resultando
em ambiente confortável. Deve ser em duas águas, disposto longitudinalmente na cobertura. Este deve
permitir abertura mínima de 10% da largura (L) da instalação, com sobreposição de telhados com
afastamento de 5% da largura da instalação ou 40 cm no mínimo. Deve ser equipado, com sistema que
permita fácil fechamento e com tela de arame nas aberturas para evitar a entrada de pássaros.

Esquema para determinação das dimensões do lanternim.


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Largura, pé-direito e beiral em função do clima para telhas de barro.


Clima Largura (m) Pé-direito (m) Beiral (m)

Quente seco 10,0 -14,0 2,8 - 3,0 1,2 - 1,5

Quente úmido 6,0 - 8,0 2,5 - 2,8 1,2 - 1,5

Obs: O uso da telha fibro-cimento está sendo limitado em alguns Estados.

Áreas circundantes

A qualidade das áreas circundantes afetam a radiosidade. É comum o plantio de grama em toda a
área delimitada das instalações pois reduz a quantidade de luz refletida e o calor que penetra nos mesmos,
além de evitar erosão em taludes aterros e cortes. Esta grama deve ser de crescimento rápido que feche
bem o solo não permitindo a propagação de plantas invasoras. Deverá ser constantemente aparada para
evitar a proliferação de insetos.
Para receber as águas provenientes do telhado, construir uma canaleta ao longo da instalação de
0,40 m de largura com declividade de 1%, revestida de alvenaria de tijolos ou de concreto pré-fabricado.
A rede de esgoto deve ser em manilhas ou tubos de PVC, sendo recomendado diâmetro mínimo
de 0,30 para as linhas principais e de 0,20 m para as secundárias.

Sombreamento

O emprego de árvores altas produz micro clima ameno nas instalações, devido a projeção de
sombra sobre o telhado. Para as regiões onde o inverno é mais intenso as árvores devem ser caducifólias.
Assim, durante o inverno as folhas caem permitindo o aquecimento da cobertura e no verão a copa das
árvores torna-se compacta sombreando a cobertura e diminuindo a carga térmica radiante para o interior
da instalação. Devem ser plantadas nas faces norte e oeste da instalação e mantidas desgalhadas na região
do tronco, preservando a copa superior. Desta forma a ventilação natural não fica prejudicada. Fazer
verificação constante das calhas para evitar entupimento com folhas.
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Uso de árvores como sombreiro.

 FASES ( MEDIDAS PARA CADA FASE DE CRIAÇÃO)

Pré-Cobrição e Gestação
Comprimento da Goiola (m) 2,50
Largura da Gaiola (m) 0,80
Altura do pé direito do Telhado (m) 2,50
Altura da mureta lateral que cerca o galpão (m) 1,40
Caimento do piso (%) 2,0
Altura do bebedouro - Chupeta (m) 0,60
Altura do bebedouro - Tipo taça (m) 0,40
Espaço de cocho por aminal (m) 0,40
Altura do cocho (m) 0,25
Altura da cerca do piquete (m) 1,20
Área de piquete por animal (m) 600
Obs.: A gestação pode ser em baias ou em gaiolas indiviuais.

Box (Baia) do Repodutor


Comprimento da baia (m) 2,50
Largura da baia (m) 2,00
Altura do pé direito do Telhado (m) 3,00
Altura da mureta (m) 1,40
Caimento do piso (%) 2,0
Altura do bebedouro - Chupeta (m) 0,60
Altura do bebedouro - Tipo taça (m) 0,40
Espaço de cocho por aminal (m) 0,40
Altura do cocho (m) 0,25
Altura da cerca do piquete (m) 1,20
Área de piquete por animal (m) 800
Numero de fios da cerca do piquete (fios arame liso) 10
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Maternidade
Comprimento da Goiola (m) 2,50
Largura da Gaiola (m) ( 0,50m x 0,80m x 0,50m ) 1,80
Altura da Gaiola (m) ( 0,50m x 1,20m x 0,50m )
Altura do pé direito do Telhado (m) 3,00
Largura dos corredores (m) 0,80
Caimento do piso (%) para as laterais do Galpão 2,0
Altura a barra de Proteção (escamotiador) (m) 0,30

Obs: Em caso de baias de parição convencional, considerar 6 m² / matriz e leitegada,


colocando-se o escamotiador na altura de 20 cm, nas laterais.
Altura do bebedouro - leitões em aleitamento - Tipo taça (m) 0,15
Comprimento do Escamotiador 0,90
Largura do Escamotiador 0,70
Altura do Escamotiador 0,90
Porta do escamotiador 0,25m x 0,25m
Obs.: A tampa deve ser móvel.

Creche
0,30
Lotação por aminal (m²)
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Comprimento da baia - Baia de 20 animais (m)


2,50
Largura da baia - Baia de 20 animais (m)
2,40
Altura do pé direito do Telhado (m)
2,80
Altura da mureta (m)
0,60
Caimento do piso (%)
2,0
Altura do bebedouro - Chupeta (m) - Inicio da fase
0,15
Altura do bebedouro - Chupeta (m) - Meio da fase
0,20
Altura do bebedouro - Chupeta (m) - Parte final da fase
0,30
Numero de animais por chupeta
10
Espaço de cocho por aminal (m)
0,15

Obs: No sistema SISCAL, manter uma área de 70 m² por animal e dividir a área de piquete de todos os
animais em dois piquetes, fazendo rodízio entre eles.

Crescimento ou Engorda
Lotação por aminal (m²) 0,50
Comprimento da baia - Baia de 15 animais (m) 2,50
Largura da baia - Baia de 15 animais (m) 3,00
Altura do pé direito do Telhado (m) 2,80
Altura da mureta (m) 1,20
Caimento do piso (%) 2,0
Altura do bebedouro - Chupeta (m) 0,50
Altura do bebedouro - Tipo taça (m) 0,30
Numero de animais por chupeta 10
Espaço de cocho por aminal (m) 0,35
Altura do cocho (m) 0,25
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Terminação ou Acabamento
Lotação por aminal (m²) 0,75
Comprimento da baia - Baia de 10 animais (m) 2,50
Largura da baia - Baia de 10 animais (m) 3,00
Altura do pé direito do Telhado (m) 2,80
Altura da mureta (m) 1,40
Caimento do piso (%) 2,0
Altura do bebedouro - Chupeta (m) 0,50
Altura do bebedouro - Tipo taça (m) 0,30
Numero de animais por chupeta 10
Espaço de cocho por aminal (m) 0,35
Altura do cocho (m) 0,25

 TRANSPORTE DE SUÍNOS

Veja, a seguir, algumas providências que devem ser tomadas antes de pegar a estrada:

• ABATE, CRIA, RECRIA E ENGORDA


 Guia de Trânsito Animal - GTA.
 Proceder de propriedade onde não ocorreu Febre Aftosa nos últimos 60 dias e, nas
circunvizinhanças, nos últimos 30 dias.
 Os veículos transportadores deverão ser previamente lavados e desinfetados.
 Nota Fiscal de produtor ou outro documento fiscal.

• REPRODUÇÃO, EXPOSIÇÕES E FEIRAS


 Guia de Trânsito Animal - GTA.
 Proceder de propriedade onde não ocorreu Febre Aftosa nos últimos 60 dias e, nas
circunvizinhanças, nos últimos 30 dias.
 Proceder de granja com Certificação Sanitária oficial.
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 Os veículos transportadores deverão ser previamente lavados e desinfetados.


 Registro genealógico para suínos com idade superior a 90 dias
 Nota Fiscal de produtor ou outro documento fiscal.

 MANEJO DE DEJETOS

Antes de pensar em qualquer sistema de tratamento é importante voltar as atenções para dentro
do sistema de produção. O manejo e o tratamento do dejeto devem ser vistos como parte do processo
produtivo. Tudo que for feito dentro das instalações influenciará positiva ou negativamente a eficiência
do sistema de manejo e tratamento de dejetos.
Uma série de cuidados devem ser tomados no que dizem respeito às instalações para evitar a
diluição do dejeto. Desviar água de chuva, diminuir o desperdício com bebedores, otimizar a limpeza das
instalações com uso de raspagem, para lavagem com água utilizar sistemas de alta pressão e baixa vazão
(lava-jatos) e reuso da parte líquida dos dejetos.
O excesso de água para o sistema de tratamento de dejetos deve ser visto como um fato a ser
evitado, pois um dejeto muito diluído causa:
 Superdimensionamento das instalações de tratamento, com o respectivo aumento dos
custos;
 Baixa eficiência de alguns sistemas;
 Consumo excessivo de produtos químicos, energia elétrica e em muitos casos transporte do
dejeto para disposição final.

Outro ponto diz respeito a nutrição animal. Utilizando-se rações de alta eficiência, que permitam
um maior aproveitamento pelo animal, evitará o desperdício de nutrientes não absorvidos no trato
digestivo e que podem em muitos casos sobrecarregar o tratamento.
A entrada de antibióticos, detergentes e outros produtos químicos devem ser objetos de atenção e
cuidado. Deve se ter em mente que os sistemas biológicos podem perder eficiência ou mesmo serem
inativados por estes produtos, causando grandes prejuízos ao tratamento.
O último e mais importante ponto diz respeito a capacitação do pessoal responsável pela
operação dos sistemas de tratamento. Na maioria dos casos o insucesso do tratamento está relacionado a
erros humanos, causados pela má operação dos sistemas. Este pessoal deve receber constante capacitação
e entender claramente a importância do processo e como ele funciona, tendo subsídios para a tomada de
decisões. Caso o fator humano seja desconsiderado qualquer opção tecnológica adotada estará fadada ao
insucesso.

A ESCOLHA DO SISTEMA DE TRATAMENTO


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A escolha do melhor sistema de tratamento sempre é uma tarefa bastante difícil, haja vista que
não existe uma alternativa tecnológica que possa ser aplicado universalmente para todos os resíduos. A
famosa “solução milagrosa”, que resolva todos os problemas ambientais da suinocultura, não existe.
Todas as alternativas tem vantagens e desvantagens. A aplicabilidade ao resíduo deve ser avaliada
levando-se em conta a realidade e complexidade da situação ambiental vivida em cada região.
A primeira pergunta que deve ser feita antes da escolha do tratamento diz respeito ao que se
pretende com a escolha da tecnologia (abatimento de carga orgânica, remoção de nutrientes, inativação de
organismos patogênicos, reuso da água, etc). Em função disso e das possibilidades financeiras de cada
produtor, existe uma gama de tecnologias que podem ser utilizadas de acordo com a realidade de cada
sistema de produção.

• COMPOSTAGEM

A composteira pode ser construída com madeiras brutas (troncos) ou beneficiada, com menor
tempo de vida útil, ou alvenaria de tijolos ou blocos de cimento pré-fabricados.
Uma recomendação fundamental está na impermeabilização do solo ou na construção de
estrutura acima dele, evitando a contaminação dos lençóis d’água.
A construção de uma estrutura com câmaras de 2x2m de área (máximo para manejo manual),
com paredes elevadas até 1,60m de altura e telhado de abas largas a 2 ou 2,5m de altura, facilita o manejo
dos resíduos no seu interior .
A parte superior deve ser aberta, protegida ou não por tela de aviário, permitindo total
ventilação. Essa estrutura simples deve garantir que a pilha feita com as carcaças e o material aerador
possa ser formada com facilidade, ficando protegia da chuva e da ação de animais (carnívoros e
roedores).
A composteira é destinada ao uso na mortalidade normal que ocorre em uma criação. Não serve
para mortalidade catastrófica, resultante de calor excessivo, problemas com instalações, perdas por
doenças, etc. Nesse caso, deve-se montar uma estrutura em separado, emergencial, seguindo todos os
passos recomendados, em local próximo à estrutura definitiva.

A ÁGUA

A água é adicionada em quantidade suficiente para manter o material úmido, pois a mistura
nunca deve ficar saturada de água. As quantidades de água recomendadas devem equivaler, em litros, no
mínimo, à metade do peso das carcaças, ou mais, dependendo da umidade relativa do ar de cada região.
Sempre deve-se proteger as pilhas de compostagem da entrada de água da chuva que poderiam ser em
excesso.

O PROCESSO DE COMPOSTAGEM
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O processo de compostagem, não é automático, pois trata-se de um processo biológico, que é


afetado por fatores que podem influenciar a sua atividade microbiológica, por isso esses fatores devem ser
controlados e torna-se necessário dar e manter as condições do meio para que essa atividade ocorra bem.
Nesse processo ocorre a fermentação das carcaças constituídas de musculatura (proteína) e ossos (ricos
em cálcio) que serão mantidos úmidos e aerados, por digestão pelas bactérias e fungos.
Observa-se na compostagem a elevação da temperatura após 2 a 3 dias do início do processo, o
que permite a destruição de agentes patogênicos. Essa temperatura se mantém acima de 55ºC por 4 a 5
dias destruindo a maioria dos patógenos. Testes realizados mostraram a destruição de bactérias como a
que causa a erisipela (Erysipela rhusiopathiae) e as causadoras de diarréias (como a Salmonella sp.),
além de vírus como o da doença de Aujeszky, Gumboro e New Castle.

TEMPO DE FERMENTAÇÃO

O tempo de fermentação vai depender do tipo de carcaça alojada. Para carcaças de frangos de
corte pode-se usar dois períodos de 10 dias, a partir da última carcaça alojada. Para poedeiras e matrizes,
dois períodos de 15 a 30 dias. Para carcaças de suínos e bovinos, um período de 120 dias após o
fechamento da composteira.
Na compostagem de carcaças não se pode movimentar a pilha que está sendo processada, pois
isto exporia as carcaças parcialmente compostadas, gerando desequilíbrio desse pequeno ambiente
alterando a temperatura, apressando a evaporação, podendo ocorrer maus odores e atração de animais.
A única modificação feita é quando se agregam novas carcaças. A pilha fica sem movimento
pelo tempo recomendado para cada espécie, até que os ossos menores e mais flexíveis sejam decompostos
e a temperatura comece a cair.
O manejo da compostagem requer pouco tempo por dia, mas é necessário seguir criteriosamente
os passos da operação, pois o seu manejo errado poderá realmente resultar na produção de odores
desagradáveis e na atração de moscas.

PREPARANDO A COMPOSTAGEM, PASSO A PASSO

O processo de compostagem é feito em camadas de cama de aviário (esterco), carcaças de


animais (aves, suínos, ou outro qualquer), uma palha ou resíduo vegetal e água as proporções.
Os materiais devem ser adicionados, na primeira compostagem, de acordo com a seguinte
escala :
1 – Coloque 30 cm de maravalha limpa, cama de aviário ou esterco seco, no fundo da composteira.
Esta camada não fará parte do composto (Não será umedecido).
2 – Adicione 15 cm de cama de aviário, palhada de milho, feijão, soja, capim seco, folhas secas ou
outra fonte aceitável de carbono. Além de fornecer carbono esta camada permite a aeração das
carcaças.
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3 – Adicione uma camada de carcaças. Não amontoe as aves e ser for carcaça de suínos até 30 kg de
peso, corte a barrigada e perfure as tripas. Sendo uma animal de mais de 30 kg, corte em pedaços
menores (esquartejado). Faça uma camada de carcaça deixando um espaço de 15 cm entre uma
carcaça e outra (ou entre um pedaço de carcaça e outro) e entre eles e as paredes.
4 – Contorne as carcaças com cama de aviário (ou esterco seco). Durante um único dia, quando as
aves estão maiores ou quando ocorre alta mortalidade, podem ser formadas várias camadas de
palha, aves e esterco. Trate cada camada individualmente.
5 – Adicione água para umedecer a superfície, em quantidade correspondente a 50% do peso das
carcaças (para cada quilo de carcaça acrescentar meio litro de água). Se as carcaças forem
cobertas com cama, é aconselhável inserir o regador dentro da pilha após umedecer a superfície
para assegurar que a água penetre no material.
6 – Cubra com 15 cm de cama ou esterco secos sobre a parte umedecida.
7 – Quando a última camada de carcaça for adicionada à composteira, cubra a pilha com uma camada
dupla de esterco seco ou cama.

• BIODIGESTOR E BIOFERTILIZANTE

Diante da preocupação com a emissão dos Gases do Efeito Estufa e com a degradação ambiental
das atividades agropecuárias, a agroenergia ganhou ênfase dentro das diretrizes do Desenvolvimento
Sustentável, principalmente com o Plano Nacional de Agroenergia5, que veio incentivar o uso racional de
energias renováveis brasileiras. Dentre as mais variadas fontes de energias renováveis (hidroelétricas,
eólica, biomassa, solar e geotérmica) a biomassa merece destaque pela sua quantidade disponível e por
ser a mais sustentável dentre as demais.
A geração de energia através da biomassa se dá pela combustão de compostos orgânicos, como
os produtos agrícolas, restos de processamento e dejetos de criação animal.
O presente Plano do Governo Federal, com base nos estudos internacionais, analisa a demanda
projetada de energia no mundo indicando o aumento de 1,7% ao ano, de 2000 a 2030, alcançando 15,3
bilhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEP)6 ao ano.
De acordo estes estudos, em 2030, se colocar sob hipótese que não haverá alteração na matriz
energética mundial, os combustíveis fósseis responderiam por 90% do aumento projetado. Nesse sentido,
considerando o volume de dejetos provenientes da suinocultura e seu potencial energético, a biomassa é o
recurso mais empregado na geração de energia e diminuição da poluição, através da tecnologia de
biodigestores que produzem subprodutos de considerável valor agregado.
Dentro dos biodigestores, a transformação de compostos orgânicos em produtos mais simples,
ocorre em três fases distintas, primeiro se dá a quebra das moléculas grandes, posteriormente ocorre a
transformação de moléculas de proteína, gordura e carboidratos em ácidos orgânicos e na última fase tem-
se a produção de metano. Todo esse processo origina gases (biogás), sólidos decantados no fundo do
tanque (biofertilizante), e líquidos (efluentes mineralizados – tratados). Além dessas contribuições, o
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tratamento dos resíduos da produção de suínos traz consigo, a notável melhoria da sanidade da
propriedade, com a diminuição de organismos patogênicos e parasitas, redução dos coliformes fecais e
odor desagradável.
Para a implementação de biodigestores, é importante considerar os mais variados tipos de
biodigestores presentes no mercado, buscando adequar sempre para as características de cada
propriedade.

Subprodutos dos Biodigestores: Biogás e Biofertilizante

Dentre dos subprodutos, o biogás assemelha-se ao gás natural, é constituído basicamente de


metano (55-65%) e dióxido de carbono (33-38%) e apresenta um elevado poder calorífico de 5.000 a
7.000 Kcal/m3. Dessa forma, pode ser utilizado como qualquer outro gás combustível, tanto na geração
de energia elétrica, mecânica e térmica, possibilitando uma redução nos custos da produção.
Dentro da propriedade, tem o uso direcionado para o aquecimento e iluminação de instalações,
funcionamento de geradores e motores além de aparelhos eletrodomésticos. No entanto, a principal
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desvantagem do biogás é a presença de gases corrosivos que comprometem o armazenamento e produção


de energia, diminuindo a vida útil dos equipamentos.
São necessários, em média, 12 kg de dejetos para produzir 1m3 de biogás, em que este se
equivale a 0,55 L de óleo diesel, 0,45 L de gás de cozinha, 1,43 kWh de eletricidade e 1,5 kg de lenha.

Biofertilizante

O material que se encontra no interior da câmara de fermentação, que já foi biodigerido, será
deslocado para caixa de descarga no momento que o sistema for abastecido com nova carga. Esse efluente
tem grande quantidade de nutrientes, é utilizado, como fertilizante orgânico, nas lavouras nos sistemas de
irrigação. O biofertilizante não possui odores desagradáveis, característicos dos dejetos que abastecem o
biodigestor, é isento de microorganismos patogênicos e no solo favorece a multiplicação de bactérias que
fixam o nitrogênio. Devido ao pH na faixa de 7,0 a 8,5 o biofertilizante corrige a acidez do solo e
contribui para aumentar a produtividade (SGANZERLA, 1983).
O fator que diferencia a prioridade da produção de biogás ou biofertilizante no biodigestor é o
tempo de retenção hidráulico (TRH). Tempo de retenção hidráulico (TRH) corresponde ao tempo
necessário que leva para toda carga do biodigestor ser substituída. Esse será o tempo que os
microrganismos atuaram no substrato para fermentá-lo.
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