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SISTEMAS DE CRIAÇÃO

Atualmente existem três diferentes tipos de sistemas de criação: extensivo, semi-


intensivo e intensivo.
1 Sistema extensivo
No modelo extensivo de criação os animais são criados livres – ou seja, soltos em
grandes ambientes. No local eles conseguem receber uma alimentação mais variada,
composta por alimento específico, mas ficando mais livres para caminhar longas
distâncias e aproveitar melhor o ambiente natural. Por se tratar de um ambiente menos
controlado a vantagem é que o custo e mão de obra são reduzidos. Porém, por outro lado,
o desenvolvimento dos animais e produtividade são menos expressivos ou mais
prolongados em relação aos demais sistemas.
2- Sistema semi-intensivo
Aqui os animais são criados tendo certo aproveitamento do pasto natural, mas em
um ambiente mais controlado, onde recebem alimentação específica, que posteriormente
será complementada com o pasto. Desta forma, a produção se torna mais eficiente quando
comparado ao sistema extensivo. Além disso, a relação custo X benefício também é
interessante, já que financeiramente acaba sendo mais em conta do que trabalhar com o
sistema 100% intensivo.
3- Sistema intensivo
O sistema de criação intensivo é caracterizado por ser o mais tecnológico e
rentável, mas também o que demanda de uma mão de obra mais qualificada. Aqui, os
animais não ficam soltos a pasto, mas em total confinamento, onde recebem uma dieta
100% balanceada. Dentre as principais vantagens deste sistema podemos destacar que
geralmente os animais podem ser abatidos com uma idade menor, já que os ganhos são
maiores em um menor espaço de tempo, permitindo uma evolução mais rápida devido ao
ganho de peso e desenvolvimento mais acelerado dos animais.
Embora muita gente acredite que este sistema causa um maior sofrimento aos animais,
por ser mais controlado possui uma menor taxa de mortalidade dos animais
AVICULTURA
O que é avicultura?
A avicultura é a criação de aves para produção de alimentos, como carne e ovos. É uma
atividade tão antiga e que até hoje segue presente no país. E há os seus motivos: é uma
fonte com preço acessível, de ciclo produtivo rápido e de alta produção. Isso se deve ao
poder aquisitivo das pessoas que aumentaram o consumo de proteína e também aos
fatores positivos que colocaram o Brasil como um dos maiores produtores de aves no
mundo.
Quando surgiu a avicultura no Brasil?
A avicultura no território brasileiro teve seu início em 1.503, quando o navegador
português Gonçalo Coelho chegou ao Rio de Janeiro, trazendo naquele momento matrizes
de aves. No entanto, a produção de maneira comercial teve seu início apenas na década
de 1960, no estado de Minas Gerais. Mesmo hoje o setor ter atingido grandes produtores,
famílias menores ainda continuam exercendo a avicultura como fonte de renda. Na década
de 70, a avicultura começou a ganhar mais destaque devido a chegada de especialistas no
processo de produção do frango. Logo, a avicultura evidencia-se mundialmente na
produção de proteínas de origem animal, tanto com a carne de frango, quanto a produção
de ovos.
Avicultura no Brasil
Para continuar sendo referência no setor, o Brasil tem investido na avicultura. Isso se deve
a escolha das linhagens ou materiais genéticos leva em consideração o tipo de produção
que se deseja. Uma série de fatores colaborou para que a avicultura no Brasil se tornasse
referência e obtivesse bons resultados.
O País tem potencial de ser o polo produtor do mundo. Questões como:
➢ Clima favorável à criação;
➢ Expansão da cultura da soja e do milho;
➢ Boa receptividade do consumidor ao produto;
O Brasil se tornou o maior exportador e o segundo maior produtor de carne de frango do
mundo. Isso colocou o país em posição de destaque no âmbito mundial. No mercado
nacional, o frango supera as vendas de carne bovina e suína. E a previsão é de que a
avicultura continue em ascensão nos próximos anos.
O que é a avicultura de corte?
A avicultura de corte é o nome dado a criação de aves que serão levadas ao abate com o
objetivo de comercialização da sua carne. Hoje essa é uma das atividades agropecuárias
mais desenvolvidas. A produção de frangos de corte no Brasil é feito pela integração entre
as agroindústrias e os produtores. A agroindústria fica responsável por fornecer todos os
meios de produção ao produtor e o produtor fica responsável por produzir o animal até a
fase de abate, na qual a ave é entregue a agroindústria.
Raças:
Houve uma estruturação das populações que acabaram por se consolidarem em “raças
puras”. Como exemplo temos as raças Leghorn (mediterrânea), Sussex, Orpington e
Cornish (Europa), Rhode Island Red (USA) Brahma e Cochinchina (Ásia). Surgiram
então as novas raças, oriundas de cruzamentos entre as raças antigas. Exemplos são a
New Hampshire, a Plymouth, a Wyandotte e a Gigante Negro de Jersey, nas quais a
produtividade, a precocidade, a docilidade, a capacidade de forrageamento e a rusticidade
foram selecionados.
Avicultura de postura
A avicultura de postura se destina a criação de galinhas da produção de ovo. É cada vez
maior exigência dos consumidores por alimentos seguros e sustentabilidade ambiental.
Os ovos ocupam o quinto lugar no ranking das proteínas mais consumidas no mundo. As
galinhas são as principais fontes de produção de ovos ao consumo, seguidas pelas patas
e pelas codornas. Já as Galinhas poedeiras ou de postura são aquelas destinadas á
produção de ovos. O Manejo do ovo se refere a diversas etapas como: Transporte;
Acondicionamento; Lavagem; Ovoscopia; e Aspersão de óleo.
Tipos de Ovos Ciclo de postura

Tipo 1 ou extra: 60g; • De 17ª A 18ª 5 a 10%


• De 19ª a 20ª 50%
Tipo 2 ou grande: 55g; • De 28ª a 30ª Mais de 90%
Tipo 3 ou médio: 50g; • De 45ª a 70ª Ocorre decréscimo na produção
• Acima de 80ª Descarte
Tipo 4 ou pequeno 45g
A produção de ovos do Brasil bateu recorde histórico em 2016. O Crescimento registrado
foi de 6,1% e chega a 39,5 bilhões de unidades, conforme dados ABPA. Nos últimos anos,
o Brasil se tornou o maior exportador e o segundo maior produtor de carne de frango do
mundo.
Raças Poedeiras:
Paraíso Pedrês: Essa galinha pode chegar a mais ou menos 7 quilos, e é uma grande fornecedora de ovos, alcançando até 350
unidades por ano – o que nos dá quase um ovo por dia! É uma raça de grande potencial, resultado de cruzamentos que trouxeram
melhorias para os animais.
Legorne: A Legorne é uma das raças mais famosas em todo o mundo, e também uma grande produtora de ovos, sendo que ela
pode fornecer até 300 unidades ao ano. A grande questão a respeito dessa raça é que os cuidados são bem específicos

Australorp: Essa raça produz cerca de 200 ovos ao ano, mas a grande vantagem da criação é que se trata de um animal não muito
grande, e que demanda menos espaço. O consumo da carne também é frequente entre os criadores. Os ovos são de cor
amarronzada.

New Hampshire: Uma raça americana que se tornou um sucesso graças a qualidade das aves! As fêmeas podem colocar até 220
ovos por ano. O corpo é coberto por uma penugem ruiva exceto na cauda, onde as penas são pretas.

Brahma: De origem chinesa, essa belíssima ave pode ter penas brancas na parte superior e pretas na parte inferior do corpo. A
pesagem fica em 5.400kg para os machos e as fêmeas em torno de 4kg. São poedeiras que alcançam cerca de 140 ovos/ ano.

Turken: Embora sua origem seja na Transilvânia, é uma raça muito comum no Brasil – mas com os devidos cruzamentos. São
aves pequenas, com machos alcançando o máximo de 3,5 quilos. Os ovos chegam a 180 por ano.

Sex Link: Uma raça que foi desenvolvida especificamente para essa finalidade: colocar ovos em boa quantidade! A Sex Link é
um sucesso graças a sua capacidade de colocar até 300 ovos por ano, o que para os produtores é excelente!

Rhode Island Red: Uma ave robusta e bonita, que pode chegar a pesar 4 quilos (machos) e 3 quilos (fêmeas). Coloca ovos de
coloração branca em quantidades até 200 unidades no decorrer de um ano.

As fases da criação
A criação se faz separando pinto de galinha, galinha de frango, frango de pinto e dando a
cada um desses grupos um tratamento diferente. As fases são:
• Reprodução. • Choco ou incubação. • Cria dos pintos, desde o nascimento até 30 dias
de idade • Recria dos pintos de 31 até 60 dias de idade. • Terminação ou engorda
Fase de reprodução:
É a fase em que o galo vai cruzar com as galinhas e estas vão pôr os seus ovos. Para que
a fase de reprodução transcorra sem problemas é preciso observar alguns pontos muito
importantes: 1 Trocar o galo a cada seis meses para não cruzar com as filhas. Na troca do
galo é muito importante adquirir o novo animal 40 dias antes de fazer a troca, deixando-
o em um local para verificar se não apresenta doenças e se mostra interesse pelas matrizes,
indicando que será um bom reprodutor. 2 Não usar galo de mais de dois anos de idade,
pois a partir desta idade a fertilidade dele é menor. 3 Descartar as galinhas com mais de
dois anos de idade, porque a partir dessa idade as galinhas passam a comer mais e produzir
menos
Fase de choco ou incubação
Os principais cuidados nessa fase são:
• Ter sempre preparado um dos ninhos do compartimento de choco, onde será colocada
a galinha que ficar choca.
• Observar a incubação dos ovos que dura 21 dias. Cada galinha deve chocar entre 12 e
15 ovos, de acordo com o tamanho da mesma.
• Deixar sempre água e comida (ração) à disposição da galinha, evitando assim que ela
perca muito peso ou abandone o ninho.
• Colocar a galinha imediatamente depois do nascimento dos pintos, na área de
reprodução, onde largará o choco em 3 dias, ou no máximo 5 dias (11 dias depois de
deixarem o ninho já estarão pondo ovos novamente).
• Imediatamente após o nascimento, levar os pintos para a área de cria, do outro lado do
galpão
Fase de cria de pintos até 30 dias de idade
Principais cuidados:
• Na área de cria, o piso deve ser coberto por uma cama, e os pintos devem ter à
disposição bebedouro do tipo pressão e um comedouro tipo bandeja, que pode ser uma
lata de doce ou uma outro recipiente parecido.
• É importante que o telado realmente evite que os pintos fujam e que impeça a entrada
de outros animais.
• Também é na fase de cria que os pintos recebem as vacinas, que vão evitar as principais
doenças.
• É importante que o material usado para comedouros e bebedouros sejam fáceis de limpar
e não acumulem sujeira. Na fase de cria, os pintos passam a maior parte do tempo na área
coberta dentro do galpão. Mas podem passar, em alguns momentos, para um pequeno
cercado fora do galpão, para pegar um pouco de sol. Como os pintos não vão ficar com a
galinha é preciso protegê-los do frio. A fonte de calor pode ser também uma lâmpada de
60 W.
• Na falta de eletricidade é recomendado fechar as laterais da divisão de cria com papelão,
palha ou outro material para não entrar o frio ou vento forte. Colocar uma caixa de papelão
para os pintos dormirem dentro, já que assim o calor de um ajuda o outro, mantendo a
temperatura adequada.
Fase de recria de pintos de 31 a 60 dias de idade
Os pintos passam 30 dias na fase de cria e depois são levados para a área ao lado, para a
fase de recria. Nessa fase, os pintos vão dispor de uma área coberta dentro do galpão,
onde terão dois bebedouros tipo pressão e dois comedouros tipo calha, além de uma área
de pastejo, com 20 m2 , onde além de se exercitarem, começam a se alimentar com folhas
novas, frutos, insetos, etc. Ainda nessa fase são repetidas as doses de vacina para garantir
que as aves não adoeçam

Fase de terminação ou engorda

Essa fase vai dos 61 até os 120 dias, quando as aves já passam a frangos. As aves terão
uma área coberta de 16 m2 no galpão, mais uma área de aproximadamente 1.800 m2 já
arborizada ou que possa se transformar num bom pomar. Na área coberta devem ser
colocados poleiros, bebedouros de pressão e comedouros tipo calha, de tamanho
suficiente para a quantidade de aves existentes. No cercado, é necessário que exista mato,
capins ou outras plantas cultivadas, especialmente fruteiras que servem de alimento para
os frangos e frangas.
Aos 120 dias, os frangos e as frangas devem pesar em torno de 1,8 quilo, sendo essa a
idade e peso ideal para o abate
Manejo nutricional
O uso de aditivos consiste na inclusão de promotores de crescimento, enzimas e
aminoácidos sintéticos, presentes nas rações comerciais que não são usuais na criação de
galinhas de quintal. Entretanto recomenda-se o uso de ração comercial nos primeiros 30
dias de vida dos pintinhos, pois dessa forma há redução de mortalidade nessa fase, nas
criações de galinhas caipiras. Durante as outras fases de criação, o uso de ração comercial
encarece o custo de produção, como também quebraria o conceito de conhecimento e
saberes locais envolvidos na produção de galinha caipira (Guelber Sales et al., 2008).
Uma opção é a elaboração de ração nas propriedades, sem a necessidade de uso de
aditivos. As rações comerciais, com aditivos e balanceadas, usualmente são ingeridas por
aves de grande potencial de crescimento ou postura.
Principais ingredientes da ração
Os produtos mais comuns que podem ser plantados e usados para fazer a ração são: •
Milho (grãos). • Sorgo (grãos). • Mandioca (folhas secas e moídas, raspas e cascas das
raízes). • Guandu (folhas secas e moídas e sementes). • Leucena (folhas secas). • Algaroba
(folhas secas e vagens). • Outros alimentos disponíveis em cada região como: “bandinha
de soja”, torta de babaçu, grãos de milheto, sobras de hortaliças etc. Esses produtos devem
ser desidratados, moídos e ensacados, e guardados em locais adequados para conservar
sua qualidade e assegurar a alimentação das aves durante o período de escassez.
Outros ingredientes:
Além dos alimentos citados é preciso completar a comida das aves com algum tipo de
alimento verde. Podem ser usados: • O próprio mato existente nos piquetes. • Frutas. •
Capins. • Hortaliças frescas colocadas à disposição das aves dentro dos piquetes.
Acrescenta-se também à ração ingredientes minerais, tais como: • Sal comum. • Fosfato
bicálcico. • Calcário calcítico
Preparo da ração
Para fazer uma ração caseira, os produtos devem ser misturados em quantidades certas.
Muitas são as misturas que podem ser feitas, existindo também outras opções que podem
ser usadas para fazer a ração.
Para as galinhas em fase de pôr ovos (postura), por exemplo, uma ração adequada deve
conter: • Farelos e farinhas (de milho, de sementes e frutos de época). • Folhas moídas
(de mandioca, guandu, leucena). • Cascas de mandioca (crueira). • Mistura mineral de sal
comum, fosfato bicálcico e calcário.
O fornecimento da ração para cada uma das fases deve feita de acordo com as seguintes
orientações:
Reprodução – Cada ave vai comer entre 100 e 150 gramas por dia, dependendo do
tamanho e do seu peso.
Cria – A ração é fornecida à vontade e os pintos comem entre 15 e 40 gramas por dia.
Recria – A ração, fornecida à vontade, representa um consumo aproximado de 60 a 70
gramas por cabeça por dia.
Terminação – A ração, também fornecida à vontade, representa um consumo médio
aproximado de 90 gramas por cabeça por dia.
Prevenção e combate às principais doenças
Além de uma alimentação adequada, as aves do galinheiro precisam ser sadias, livres de
risco de doenças. Nesse sentido, o criador que desejar alimentos de qualidade e assim
obter lucros, não poderá se descuidar de forma alguma desses aspectos.
Principais doenças
As galinhas caipiras ou galinhas de capoeira são animais difíceis de adoecer, mas podem
ficar doentes e trazer prejuízos.
As principais doenças que as galinhas podem ter são:
Bronquite infecciosa: Os principais sintomas da bronquite infecciosasão depressão, as
aves ficam amontoadas, perda de apetite, tosse, chiado, falta de ar, diarreia, diurese e a
cama de frango costuma ficar molhada.
Tristeza ou mal-de-roda (doença de Newcastle): são: Depressão. Tremores. Perda de
apetite. Letargia. Paralisa das asas e pernas. observar anorexia, tosse, espirro, estertores
respiratórios, edemas, asas caídas, pernas distendidas, torção de cabeça e pescoço.
Gumboro: é uma doença infecciosa e contagiosa das aves, que afeta clinicamente
pintinhos de 3 a 6 semanas de idade, embora também possa afetar perus e patos. aixa taxa
de conversão e de ganho de peso médio diário, ou seja, como são mais fracos, precisam
comer mais, e mesmo assim não ganham peso.
Bouba: é uma doença causada pelo vírus Avipoxvirus, que afeta galinhas, perus, pombos
e outros animais. as lesões inicialmente parecem como uma bolha esbranquiçada e
aparecem na crista, barbela e em outras áreas da pele A bouba aviária é um tipo de
verruga que aparece na cabeça e nos olhos das galinhas.
Coriza Infecciosa: vulgarmente denominada gôgo, tem principais sintomas incluem
inchaço ao redor do rosto, secreção espessa e pegajosa nas narinas e olhos, dificuldade
em respirar, demonstrando agonia. Além disso, as pálpebras de galinhas infectadas podem
tornar-se irritadiças e acabar ficando “coladas”. Ela também pode causar diarreia. Aves
em fase crescimento podem ficar atrofiadas. A infecção pode reduzir a produção de ovos
e aumentar a incidência e/ou gravidade de infecções secundárias.
A gripe aviária: é uma infecção causada pelo vírus influenza A que pode provocar
sintomas parecidos com os da gripe comum, como febre, mal-estar, tosse seca e coriza.
Parasitas internos e externos: Os Coccídeos são um parasita microscópico que infectam
o organismo das galinhas quando são ingeridos. Os parasitas são encontrados nas fezes
de aves ou no chão, aderindo à mucosa do intestino, se multiplicando e transformando-se
em oocistos, ficando no trato digestivo para extrair sangue. Uma vez infectada, a galinha
irá disseminar o parasita através de suas vezes por alguns dias antes que os sintomas
aparecerem. A ave fica com uma aparência suja e despenada, além de ficar fraca, apática
e pálida. Elas não comem ou bebem normalmente. Causa uma infecção grave, que faz
com que as fezes fiquem amarelas e espumosas, e até mesmo apresentar sangue. Em
alguns casos a galinha pode apresentar alguns sintomas hoje e morrer amanhã.
Não existe tratamento contra a tristeza depois que a ave é atacada. Contra a bouba, o
tratamento existente não ajuda muito, sendo assim melhor prevenir. A mortalidade no
galinheiro é muito alta quando aparece uma dessas duas doenças, podendo acabar com
todas as aves em pouco tempo.
As principais medidas aconselhadas para evitar as doenças são:
• Manter o galinheiro sempre limpo.
• Limitar a quantidade de aves de acordo com a capacidade de alojamento.
• Alimentar as aves com qualidade.
• Tornar o galpão sempre bem ventilado para expulsar o calor e alguns gases.
• Proteger o galpão na época chuvosa e mais fria
Importância da limpeza Embora as galinhas caipiras sejam mais resistentes às doenças,
não se deve descuidar da higiene do local, mantendo-o em perfeito estado de limpeza.
Os principais cuidados em relação à limpeza são: • Limpar diariamente os comedouros e
bebedouros, não permitindo juntar sujeira nos galinheiros. • Colocar sempre água limpa
para as aves. • Usar sempre novo enchimento para o ninho, cada vez que for deitar uma
galinha. • Retirar as fezes das galinhas, periodicamente, e trocar a cama quando notar que
a mesma não está mais segurando o molhado das fezes (aproximadamente a cada 45 dias
Para espantar insetos que possam prejudicar as galinhas, como pechilingas, barbeiros e
carrapatos, é necessário pulverizar todo o galpão a cada 30 dias com uma calda de fumo
e sabão feita da seguinte forma:
Pique e misture bem 100 gramas de fumo de rolo e 100 gramas de sabão em barra.
• Coloque essa mistura em 1 litro de água e deixe descansar durante 24 horas.
• Dê mais uma mexida, coe num pano fino e acrescente mais água até completar 5 litros.
• Pulverize todo o galpão com essa calda. Essa calda não é prejudicial às aves, que podem
permanecer no galpão durante a aplicação, deixando contudo as cancelas abertas para que
as aves assustadas saiam. Deve-se ter cuidado para não molhar os pintos da fase de cria,
para evitar que sintam frio, e nem as galinhas que estão chocando pois isso pode resfriar
os ovos atrapalhando o nascimento dos pintos. • No caso de infestação por pechilingas é
preciso tratar todas as aves
Como evitar doenças de origens variadas:
• Não deixe mais aves do que o recomendado em cada fase da criação. Muitas aves
amontoadas facilitam o aparecimento de doenças. • Tenha muito cuidado com a qualidade
e quantidade da alimentação das aves, em todas as fases. Mantenha o galpão ventilado
(por isso é importante a tela), principalmente nas épocas mais quentes. • Proteja o galpão
nas épocas de chuva e nas noites de vento frio.
A aplicação das vacinas
Pintos com até 30 dias de idade (fase de cria): Aplicar a vacina contra a doença de
Newcastle, a gumboro, a bronquite infecciosa e a bouba, de preferência na primeira
semana de vida, ou no máximo com 15 dias de idade.
Pintos de 31 a 60 dias de idade (recria): Aplicar a vacina contra a doença de Newcastle,
a gumboro e a bronquite infecciosa com 45 dias de idade.
Frangos após 61 dias de idade (terminação ou engorda): Aplicar a vacina contra a
doença de Newcastle, a gumboro e a bronquite infecciosa entre 90 e 100 dias de vida.
Galos e galinhas: Aplicar a vacina contra a doença de Newcastle, a gumboro e a
bronquite infecciosa, de preferência mensalmente ou a cada 60 dias.
Produtos veterinários para aves

Quem pratica a avicultura precisa de produtos veterinários para a criação de aves. Confira
abaixo os mais procurados:

• Bebedouro para frangos e codornas é indicado para granjas, viveiro ou até ao ar


livre, disponibilizando água a vontade aos animais
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conforto ao animal
• Baycox é um excelente produto para combater a coccidiose em aves, auxiliando
na conquista de ótimos resultados de produção
• Proverme Anti-helmíntico eficaz no controle dos nematódeos em bovinos,
equídeos, suínos, aves, cães e gatos.

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