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Bubalinocultura Leiteira no Brasil

De acordo com pesquisas no Brasil existem hoje quatro raças,as mesmas


utilizada principalmente para tração na região norte do país, e as demais
de produção de leite, e também é destinado principalmente para
exploração de carne.
A estimativa da população mundial em cerca de 180 milhões de animais,
responsáveis pela produção de 7% do leite do planeta (FAO-1.983), e que
se encontram distribuidos praticamente em todos os continentes,
particularmente na Ásia (Índia, Paquistão, Tailândia, China, Vietna),
África (Egito), Europa (Itália, Bulgária) e América do Sul (Brasil,
Argentina,Venezuela,Perú). A espécie é explorada para a produção de
carne, tração animal, produção de esterco e de leite, sendo que na Índia,
80% do leite produzido é de búfalos, que representam 30% dos rebanho
bovideo do país. Há cerca de 20 anos, alguns criadores no Sul e Sudeste,
observando o inegável potencial leiteiro destes animais, particularmente
os da raça Murrah e Mediterrâneo, passaram a promover uma seleção
neste sentido e deram início à produção experimental de laticínios
derivados de leite de búfalas no país. Por sua grande variabilidade
genética, vem apresentando resposta expressiva ao processo seletivo, a
ponto de observarmos em nosso rebanho uma produção média acima de
2.400Kg leite por animal, e em grupos de elite, produções superiores a
3.500 Kg, havendo ainda indivíduos com produções ajustadas a 305 dias
acima de 5.000 Kg (pico de produção de 22-24 Kg/dia).
Característicamente, a espécie apresenta um ciclo sazonal de parições
bastante marcado, sendo que em nosso rebanho, cerca de 90% dos
nascimentos ocorrem entre os mesas de janeiro e março, ocasianando
um pico de produção nos meses de junho e julho, ou seja, uma curva de
lactação praticamente inversa da observada em bovinos.
A fertilidade supera naturalmente os 90%, e quanto à longevidade
produtiva, observamos com frequencia animais com mais de 15 crias
sem queda significativa na produção ou fertilidade.
Como praticamente únicos criadores da espécie na região, passamos a
faer um fomento particular, estrategicamente junto a pequenos
produtores, que recebiam em parceria 10 femeas e um macho, além de
assistencia na criação, cabendo ao mesmo após a lactação 50% das crias
além do leite, que lhe pertencia integralmente, sendo normalmente este
entregue para uma usina da região. Iniciado há 13 anos, este sistema
gerou, direta ou indiretamente um número de cerca de 60 criadores num
raio de aproximandamente 60Km, com um rebanho oriundo
essencialmente de nosso plantel, formado por animais de bom potencial
leiteiro. A partir desta fase, e a fim de melhor aproveitar as qualidades
industriais do leite de búfalas, com altos teores de gordura e proteínas
em relação ao leite bovino, o que proporciona excelente rendimento na
industrialização do produto, passamos a efetuar um novo sistema de
parcerias, desta vez com o leite oriundo das propriedades da região. O
maior valor industrial do leite, nos permite remunerar o produtor a
preços de cerca do dobro do obtido na venda do leite tipo "C" às usinas
tradicionais. Esta política é exaustivamente esclarecida ao produtor, de
forma que ele sabe que o preço da matéria prima está diretamente
relacionado à qualidade da mesma e do derivado resultante, bem como
por sua aceitação no mercado. Todo o material de simples utilização
para a higiene da ordenha (baldes com tampas 3/4, funis, peneiras,
produtos para sanitização do úbere e toalhas de papel descartável para
sua limpeza é fornecido pelo laticínio. Mensalmente, enviamos pelo
infalível mensageiro - o caminhão de leite - uma balança adequada para
que o próprio produtor realiza o controle leiteiro de seus animais, cujos
dados, após processamento, lhe serão enviados a fim de se tornar
subsídio para sua seleção e adequação de manejo.
brasileiro, os nossos parceiros vem sendo bastante receptivos às
orientações de higiene da ordenha e sanidade do rebanho. Este fato
demonstra que tem faltado assistencia efetiva, trabalho de extensão
rural e incentivos verdadeiros aos produtores brasileiros para que
possam através de cuidados básicos de higiene, manejo e aplicação da
tecnologia melhorar sua produção e produtividade. Concluimos dizendo
que o búfalo tem, especialmente no Brasil, uma caminhada irreversível e
que, quem não acompanhar seu desenvolvimento, ficará à margem de
uma das mais promissoras atividades economicas no segmento da
pecuária em nossa terra.

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