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BOVINOCULTURA

(Bárbara Oliveira Arantes)

A bovinocultura praticada no Brasil se destaca no cenário mundial do agronegócio,


sendo uma das mais fortes do mundo. A atividade se desenvolve e proporciona
lucratividade em dois segmentos, são eles: cadeia produtiva da carne e também a cadeia
produtiva do leite, com foco desta aula na segunda cadeia. A cadeia produtiva do leite é
uma das principais atividades econômicas do Brasil, com forte efeito na geração de
emprego e renda. Apesar de ter o maior rebanho do mundo, o Brasil perde para os
Estados Unidos e União Européia nos valores de produção. O Brasil conta com
destacadas vantagens comparativas a vários países exportadores na produção leiteira,
entre elas o clima tropical favorável para uma produção mais eficiente e baseada em
pastagens naturais, boa disponibilidade de terras e, finalmente, uma produção cada vez
maior e relativamente mais barata de milho e soja, os dois principais grãos utilizados na
alimentação das vacas na maioria das fazendas.A produtividade do animal e a qualidade
do leite, e consequentemente de seus derivados, vão depender de diversos fatores. Para
se ter sucesso na produção, algumas práticas são reconhecidas: bom planejamento
genético, manejo buscando o bem-estar animal, uso de tecnologia aliada a mão-de-obra
eficientes, investimentos na formação de bons pastos e cuidados com a sanidade do
rebanho. O produção primária é a produção leiteira, dessa maneira, muitos produtores
optam pela compra de novilhas ou por terceirizar a criação dos bezerros, ao invés de
fazer o ciclo completo, que muitas vezes é ineficiente. Toda vaca deve parir uma cria por
ano e, caso isso não aconteça, deve-se concentrar esforços na identificação das causas.
O parto põe fim à gestação, quando um bezerro ou uma bezerra nasce, fazendo com que
a vaca produza leite, e garantindo a continuidade do rebanho. Para chegar até aí,
entretanto, a vaca, ou a novilha, se for o caso, recebe uma série de cuidados, vivendo
uma rotina especifica para cada fase de criação. Na criação dos bezerros, a primeira
mamada deve ocorrer de preferência até 3 horas após o nascimento, ou no máximo até 6
horas de vida, que é o recebimento do colosso, fornecendo além de nutrição, anticorpos
responsáveis pela defesa do organismos. A qualidade do colostro depende diretamente
da correta secagem das vacas, que tem a finalidade de interromper a lactação, portanto
no final da gestação, as vacas prenhas devem ser separadas do rebanho e submetidas
ao manejo de secagem. Depois do parto, a vaca passa até 24 horas com o bezerro, que
é, então, separado, passando a ser manejada junto às vacas em lactação, buscando
evitar complicações futuras. De 7 a 10 dias depois do parto, é preciso fazer a ordenha da
vaca e guardar o colosso separado, pois não é próprio para consumo humano. Por se
tratar de um leite extremamente forte, o colosso também tem a função de limpar o sistema
digestivo do bezerro depois do nascimento, evitando infecções, sendo assim um laxante.
Apesar de estar separado da vaca desde as primeiras 24 horas, o bezerro mama até 60
dias, através do aleitamento artificial, mantidos em casinhas ou gaiolas suspensas. Esse
manejo separado garante a segurança do bezerro, que não tem condições de enfrentar a
exposição de doenças e parasitas ao serem criados soltos, portanto nessa primeira fase
de criação, todo manejo sanitário, de vacina e de alimentação é feito nesses locais
separados, até que estes estejam prontos e seguros para serem alocados para a baia
comunitária, onde terão contato com outros animais. O manejo apropriado tem como
consequencia o alinhamento das curvas de reprodução e produção, fazendo com que a
vaca seja capaz de gerar um filhote por ano, com 10 meses de lactação e 2 meses de
descanso.
Resenha produzida sobre BOVINOCULTURA na aula ministrada no dia 20/04/2021

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