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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE UBERLÂNDIA

CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA

ATAIDE VIEIRA DA SILVA NETO


DEBORAH RABELO GUIMARÂES
JOÃO VITOR AGUIAR DUTRA
LAIS DE SOUZA VELASCO
LORRANE ORNELAS DA CONCEIÇÃO

CUIDADOS RECEM NASCIDO EM GADO DE CORTE.

UBERLÂNDIA
2017
INTRODUÇÃO

Para obter alta eficiência na produção, as vacas de cria devem parir um bezerro
todo ano, a fim de que a atividade seja lucrativa. Entretanto, não basta que a vaca faça
nascer um bezerro por ano, é necessário que o mesmo sobreviva.
O custo de uma vaca cujo bezerro morreu é bastante superior ao daquela que não
concebeu, uma vez que a prenhe ingere maior quantidade de alimento e muitas vezes
lhe são dedicados os melhores pastos.
Outra fonte importante de custos na fase de cria refere-se à morbidade, ou seja,
bezerros que ficam doentes e necessitam de remédios para evitar a morte. Porém,
mesmo evitada a morte, somam-se aos custos de medicamentos, os custos relativos à
queda no desempenho destes bezerros, que certamente ocorrerão.
Sabemos que o estresse pode causar queda de imunidade, com isso os bezerros
ficam doentes mais frequentemente e podem até morrer. Assim, o manejo dos bezerros
deve ser o menos agressivo possível.
A par dessas informações, buscamos os motivos para tais perdas, que ocorrem
principalmente quando há dificuldades no parto, baixo vigor dos bezerros e cuidados
maternais deficientes. Estes problemas são mais comuns quando os bezerros são muito
pequenos ou muito grandes.
Há ainda a possibilidade de ocorrer acidentes com os bezerros, que podem ser
minimizados evitando-se situações que colocam suas vidas em risco. Por exemplo,
devemos evitar pastos maternidades pequenos, com alta densidade, com buracos e com
curvas de nível profundas, que acumulem água. Para enfrentar estes problemas é preciso
conhecer bem como se dá o parto e as necessidades de vacas e bezerros.
OBJETIVO

Este trabalho foi desenvolvido com base nos conhecimentos dos alunos
envolvidos, e foram realizadas observações do comportamento de vacas e bezerros logo
após o parto, bem como de suas interações com humanos durante a realização dos
manejos de rotina.
Após a elaboração deste trabalho tivemos o cuidado de testar as recomendações
na prática, e com isto pudemos identificar pontos críticos e proceder às correções e ao
detalhamento necessários. Entretanto, apesar de todo este cuidado, ainda existem pontos
que podem ser melhorados.
Acreditamos que o conteúdo deste trabalho será útil para o conhecimento e o
manejo correto a se desenvolver na fase de cria de bovinos de corte.
CUIDADO RECÉM NASCIDO EM GADO DE CORTE.

A produção de bovinos de corte envolve as fases de cria, recria e engorda. A fase


de cria compreende a reprodução e o crescimento de bezerros até a desmama, que
ocorre entre seis e oito a dez meses de idade. A fase de recria vai da desmama
ao início da reprodução das fêmeas, ou ao início da fase de engorda dos machos, sendo
a de mais longa duração, no Brasil, no subsistema tradicional. A engorda, quando feita
em regime de pasto, tem duração de 6 a 8 meses.
Assim que o bezerro nasce, a mãe o lambe, retirando as membranas fetais e
mucos. Simultaneamente, o seu corpo é massageado, o que é muito importante para o
recém-nascido. Portanto, a intervenção do tratador só deverá acontecer após essa
massagem. Se a vaca não der atenção ao bezerro, deve-se recolhê-lo para um local
protegido e proceder às massagens contínuas em seu corpo. Por fim, o tratador deve
remover as membranas fetais e o excesso de muco do nariz e boca do bezerro.
O colostro é o primeiro alimento que o bezerro consome ao nascer e possui
um grande valor nutritivo. Ele é a primeira “vacina” que o bezerro recebe.
Principalmente porque, nos bovinos, a passagem de imunidade da mãe para o filho
dificilmente ocorre pela placenta, deixando o bezerro praticamente desprotegido ao
nascer. Desta forma, há a necessidade da ingestão do colostro.
O colostro, especialmente o da primeira mamada, é quatro a cinco vezes mais
rico em proteínas que o leite comum, pobre em lactose e gorduras, tem mais minerais e
vitaminas que o leite normal, e, além de fornecer anticorpos, é rico em proteínas,
minerais, enzimas e vitaminas e, ligeiramente laxativo, antitóxico e energético.
A cura do umbigo deve ser feita logo após a mamada do colostro, pois o bezerro
recém-nascido fica com uma porção do umbigo não cicatrizada exposta, onde podem
surgir bicheiras ou infecções. A maneira correta de tratar o umbigo é cortá-lo, dois a três
dedos abaixo de sua inserção, não sendo necessário cortar, se ele tem um tamanho
menor.
A seguir, faz-se desinfecção da porção restante, com tintura de iodo ou com uma
solução de álcool iodado a 70%. A desinfecção deve ser repetida uma vez ao dia,
durante os primeiros três dias de vida do animal, até que o umbigo esteja cicatrizado,
livre de possíveis infecções ou do ataque de moscas. Na primeira semana, deve-se
revisar os animais que tiveram umbigo tratado, verificando se a cicatrização se
completou, e fazendo nova cura, caso seja necessário.
A partir da cura do umbigo, os bezerros devem ser observados pelo tratador
todos os dias, quando se buscam sinais de anormalidades. Geralmente, as crias se
mantém a maior parte do tempo junto a suas mães, brincam uns com os outros, e
circulam em meio ao lote, com desenvoltura. Entretanto, se apresentam problemas de
saúde, passam a se mostrar quietos, sem vivacidade, desanimados.
Animais com esse tipo de comportamento, diferente da maioria dos bezerros,
devem ser observados com atenção, pois podem estar doentes, precisando de cuidados
veterinários.
A descorna é feita para prevenir que uns machuquem os outros. Por volta dos 45
dias de idade, quando os bezerros estão mais fortes e resistentes, é feita a eliminação
dos chifres, conhecida como descorna ou mochação. Isso é feito em animais puros ou
mestiços, que apresentam chifres pontiagudos, como a maioria das raças europeias de
corte.
Esse tipo de manejo é feito porque animais adultos com chifres costumam
machucar uns aos outros, quando disputam espaço no cocho ou lutam pelo domínio em
um lote, ou mesmo acidentalmente, em esbarrões eventuais. Esses ferimentos, muito
frequentes costumam influenciar negativamente a performance produtiva dos bovídeos.
A descorna pode ser feita de duas maneiras: utilizando ferro quente, ou bastão de
soda cáustica. Nos dois métodos, os bodoques, que são a primeira porção do chifre a
aparecer, são queimados, resultando na mochação. Logo depois, é aplicada no local da
cauterização uma pomada repelente, ou um unguento, para evitar o aparecimento de
bicheiras. 
Para atender os bezerros órfãos, cujas mães morreram no parto ou por doença,
podem ser usadas as amas de leite. São escolhidas, para isso, por meio de observação do
rebanho, vacas muitos mansas, com boa produção leiteira, que aceitem aleitar outros
bezerros que não sejam suas crias. 
Outra alternativa que os veterinários aconselham é deixar sempre em uma
garrafa Pet, devidamente esterilizada, uma reserva de colostro das matrizes mais
produtivas. Por exemplo, dois tetos são utilizados para o bezerro mamar e o colostro
para armazenamento é retirado dos outros dois tetos. 
A produção de bovinos de corte envolve as fases de cria, recria e engorda. A fase
de cria compreende a reprodução e o crescimento de bezerros até a desmama, que
ocorre entre seis e oito a dez meses de idade. A fase de recria vai da desmama
ao início da reprodução das fêmeas, ou ao início da fase de engorda dos machos, sendo
a de mais longa duração, no Brasil, no subsistema tradicional. A engorda, quando feita
em regime de pasto, tem duração de 6 a 8 meses.
CONCLUSÃO

Os cuidados essenciais aos bezerros recém-nascidos nas primeiras 24 horas de


vida incluem manobras durante o parto e imediatamente após o nascimento.
A atenção em todas as etapas de manejo é determinante para o sucesso da
criação de bezerros. Muitas vezes, estas etapas são subestimadas no dia-a-dia devido à
simplicidade das operações, mas vale a pena monitorá-las e manter os funcionários
conscientes da importância desta fase para os índices e para a lucratividade do rebanho.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

“Manual de Boas Práticas de Manejo - Identificação” www.grupoetco.org.br

https://www.cpt.com.br/cursos-bovinos-gadodecorte/artigos/cuidados-com-o-bezerro-
recem-nascido

http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sustentabilidade/bem-estar-animal/arquivos-
publicacoes-bem-estar-animal/bezerros-ao-nascimento.pdf

http://rehagro.com.br/cuidados-com-vacas-e-bezerros-ao-parto/

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