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Bruna Amaral, Bruna da Silva, Geovana Barbosa, Jessica Guedes,

Julia Pavanelli, Raissa da Silva, Thainara Felix.

PROJETO INTERDISCIPLINAR REFERENTE AO 4° SEMESTRE NOTURNO


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DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA.
Sumário

Introdução_______________________________________________________________________________3

Mastite__________________________________________________________________________________3

Condução dos Animais e Preparação do Ambiente para Ordenha_____________________________5

Pré-dipping_______________________________________________________________________6

Ordenha__________________________________________________________________________8

Pós dipping_______________________________________________________________________9

Outras dicas importantes____________________________________________________________10

Referências_______________________________________________________________________11

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1. Introdução

O manejo sanitário das vacas em lactação depende de um conjunto de fatores profiláticos,

que tem como objetivo de impedir ou diminuir a disseminação de doenças e aumentar a

qualidade do leite comercializado. Quando bem manejadas, a produtividade animal aumenta,

assim como o bem-estar, os índices de reprodução e ocorre a diminuição dos contaminantes.

Numa fazenda de gado leiteiro, existem doenças de cunho sanitário ou infecciosa, que

trazem prejuízos financeiros aos proprietários quando acometem os animais, por exemplo:

tuberculose, brucelose, clostridioses, leptospirose bovina, rinotraqueite infecciosa bovina,

diarreia bovina a vírus, febre aftosa, raiva dos herbívoros e leucose enzoótica bovina, porém

a patologia que mais atinge o gado leiteiro e que mais preocupa os produtores é a mastite.

1.2 Mastite

Numa fazenda de gado leiteiro, existem doenças de cunho sanitário ou infecciosa, que

trazem prejuízos financeiros aos proprietários quando acometem os animais, por exemplo:

tuberculose, brucelose, clostridioses, leptospirose bovina, rinotraqueite infecciosa bovina,

diarreia bovina a vírus, febre aftosa, raiva dos herbívoros e leucose enzoótica bovina, porém

a patologia que mais atinge o gado

leiteiro e que mais preocupa os

produtores é a mastite.

A mastite é uma inflamação da glândula

mamária, que pode ser de origem

contagiosa ou ambiental, a mastite contagiosa pode ser causada por streptococcus agalactiae,

streptococcus dysgalactiae, staphylococcus áureus, staphylococcus sp., corynebacterium


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bovis, mycoplasma sp.. e a mastite ambiental, pode ser causada por bactérias coliformes,

streptococcus uberis, actinomyces pyogenes, pseudômonas sp., fungos e algas. A mastite

pode ser considerada uma doença multifatorial e complexa, que atinge todos os rebanhos

leiteiros, além de reduzir a produção de leite, a mastite, influencia negativamente na

qualidade do leite e aumenta os custos de produção.

A mastite pode ser classificada em: mastite clínica, quando há ocorrência de sintomas

inflamatórios no úbere e tetos, com grumos

e/ou pus no leite. O úbere inflamado, com

aumento de tamanho e avermelhado e

alterações químicas no leite; já a mastite

subclínica, ocorre quando não há ocorrência

Figura 1 Incidência de mastite de sintomas inflamatórios ou alterações visíveis no

leite. Contudo, ocorre queda na produção e aumento de células somáticas. É importante

realizar o acompanhamento diário dos animais, com relação a mastite, fazendo testes, como

teste da caneca de fundo escuro

diariamente, o teste CMT (california

mastites test) a cada 7 a 15 dias, ou o

teste que os laticínios realizam no leite

resfriado que é o CCS (contagem de

células somáticas).
Figura 2 Relação de Testagem para Mastite

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2. Condução dos Animais e Preparação do Ambiente para Ordenha

Antes de buscar as vacas, o ordenhador deve garantir que o ambiente da ordenha esteja

pronto para recebê-las, além do próprio ordenhador higienizar suas mãos e se

paramentar com os EPI’s.

Figura 3 Higienização da sala de ordenha Figura 4 Lavagem de mãos


Figura 5 Higienização da sala de ordenha

Enquanto leva os animais para o ambiente de ordenha o profissional deve estar calmo,

não gritar e nem correr, não usar métodos de agressão com os animais (pau, corda,

chicote), nem bater nos animais e não usar cachorros para conduzir as vacas;

Os animais devem ser conduzidos de forma tranquila, chamar os animais pelo nome,

fazer os animais andarem batendo palmas e assoviando, podendo dar um tapinha na

traseira;

Existe uma vaca líder no rebanho, normalmente é a mais velha, e quando ela vai pra

algum lugar, as outras vão atrás, podendo utilizar isso como um meio de condução do

rebanho;

Chegando na sala de ordenha e


sala de espera, repetir o mesmo
processo, chamando as vacas com
calma, pelo nome, batendo
palmas e não forçar elas a
Figura 6: Sala de espera da ordenha
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entrarem na sala de ordenha, elas têm uma ordem pré-estabelecida;
A sala de ordenha e os equipamentos devem estar limpos e higienizados, para evitar
contaminação.

3. PRÉ-DIPPING

Pré-dipping é o procedimento de desinfecção dos tetos antes da ordenha, através da aplicação

de produto antisséptico, geralmente por imersão dos tetos. A higienização dos tetos antes da

ordenha é fundamental em fazendas com alto índice de qualidade leiteira, os produtos de pré

dipping proporcionam uma higienização completa e hidratação profunda dos tetos das vacas,

o resultado é uma ordenha mais higiênica e menor risco de contaminação do leite e do canal

do teto. Uma baixa contaminação do leite é fundamental para diminuir a contagem de células

somáticas no tanque aumentando a qualidade e valor de mercado do leite.

É a desinfecção dos tetos antes da ordenha, para prevenção da mastite ambiental;

Pode ser feita imergindo os tetos em solução de iodo 0.25%, solução de clorexidine de

0.25% a 0.5% ou cloro 0.2%. Essa imersão elimina até 90% das bactérias da pele do

teto do animal;

Essa desinfecção é feita ate nos animais com mastite clinica e subclínica, além de

fazer a troca dos copos aplicadores;

Não lavar os tetos, a não ser que esteja muito sujo;

Realizar também a secagem dos tetos com toalhas de papel ou de pano, diminuindo a

carga de bactérias e impedindo a entrada delas no canal;

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Figura 7: Desinfecção e secagem dos tetos
Fazer o teste de caneca do fundo preto todos os dias, para diagnostico de mastite

clinica, tocar o úbere suavemente, tirar três jatos de leite de cada um dos tetos, e

observar se forma grumos, se existe a presença de pus ou sangue ou se a coloração do

leite está alterada;

Figura 8: Caneca de fundo preto normal Figura 9: Caneca de fundo preto com mastite

Fazer o teste para detectar a mastite subclínica, California Mastitis test (CMT), um

teste que tem a vantagem de ter resultado imediato, e é feito coletando 2 ml de leite

retirado diretamente do teto da vaca na placa apropriada do teste (placa de fundo

branco) e adicionar também 2ml de solução CMT, agitando vagarosamente por 2

minutos. O grau de coagulação e de coloração da mistura pode ser comparado as

instruções do teste, avaliando assim o resultado.

Figura 10: California Mastitis test (CMT) 7


4. A Ordenha

O ambiente da ordenha deve ser calmo e não

estressar os animais;

Na sala de ordenha mecanizada, deve haver uma

ordem para ordenhar as vacas: 1- vacas primíparas sem

mastite, 2- vacas multíparas sem mastite, 3- vacas que já

tiveram mastite, mas foram curadas, 4- vacas com mastite

subclínica, 5- vacas com mastite clínica. A realidade, no

entanto, é que as vacas já possuem uma ordem para ser


Figura 11: Sala de ordenha formato ordenhadas, e mudar essa ordem natural pode estressá-las;
espinha de peixe

Na hora de colocar as teteiras, colocar o conjunto tentando evitar a entrada do ar,

verificando se está bem-posicionada, alinhando bem;

Em caso de ordenha mecanizada sem extrator de teteiras, ficar atento para retirar as

teteiras logo quando parar a descida do leite;

Deixar um pouco de leite nos tetos para evitar que machuque o animal por ordenhar

demais;

Não fazer pressão no conjunto de teteiras e

retirar o vácuo antes de retirar o conjunto.

Mergulhar as teteiras em solução

desinfetante, entre a ordenha de uma vaca e

outra, e deixar escorrer.


Figura 12: Conjunto de teteiras

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5. PÓS DIPPING

O pós-dipping é a desinfecção após a ordenha, evitando novas infecções nos períodos entre

as ordenhas, através de uma proteção química, ele é fundamental para remover a película de

leite que permanece no teto após a ordenha, esse processo garante a saúde da glândula

mamaria e previne doenças como a mastite. A pele debilitada do animal se torna um

reservatório de microorganismos patogênicos, que podem ressecar muito a pele do animal, o

que dificultaria muito a ordenha. O uso das técnicas de pós dipping diminuem até 90% das

contaminações no teto do animal.

Realizar a desinfecção dos tetos do animal após a ordenha, para evitar a mastite;

Essa desinfecção pode ser feita imergindo os tetos

em solução de iodo 0.25%, solução de clorexidine de

0.25% a 0.5% ou cloro 0.2%;

Se alguma vaca defecar durante a ordenha, realizar

a limpeza e remoção para evitar contaminação;

Figura 13: Desinfecção dos tetos usar água para lavar o local apenas no intervalo de uma

bateria de ordenha para outra;

As vacas devem ser alimentadas logo após a ordenha pois é fundamental que as vacas

permaneçam em pé durante pelo

menos 30 minutos após a ordenha,

para que o esfíncter do teto feche e

evitando mastite de origem ambiental;

Logo após o término da ordenha,

Figura 14: Alimentação pós ordenha 9


deve-se fazer um enxágue do equipamento com agua morna, em temperatura de 35 a

40°C para a retirada dos resíduos de leite. Essa água não deve ser recirculada e o

equipamento deve ser totalmente drenado antes da próxima ordenha.

Após essa lavagem com água morna, fazer uma lavagem com detergente alcalino

clorado, fazendo o mesmo circular por 10 minutos no circuito, drenando o

equipamento novamente e circulando novamente uma solução com detergente ácido,

fazendo outra drenagem posteriormente.

6. Outras dicas importantes:

Para um bom manejo, deve atentar-se para a saúde dos animais visando a parte clínica com
procedimentos como:

Vermifugação dos animais duas


vezes por ano;
Vacinas contra brucelose, em
fêmeas com idade de 3 a 8 meses;
Vacina da febre aftosa, que deve
ser aplicada de acordo com a
região; Figura 15: Vacinação

Vacina contra carbúnculo sintomático, que deve ser realizada em todos os animais de
idade acima de 3 meses, sendo repetida de 6 em 6 meses até 2 anos de idade;
Vacina da raiva que deve ser aplicada anualmente;

As vacinas são adquiridas em


estabelecimentos cadastrados junto à
Coordenadoria de Defesa Agropecuária,
mantidas refrigeradas as revendas, no
transporte até a propriedade rural e durante
a aplicação.

Figura 16: Vacinação 10


7. Referências

EMBRAPA. Manejo sanitário em sistemas intensivos de produção de leite. 1998.

EMBRAPA. Praticas de manejo sanitário em bovinos de leite. 2000.

EMBRAPA. Manejo de ordenha. 2011.

MARCELO SIMÕES DA ROSA, et al. Boas Práticas de manejo – ordenha.


JABUTICABAL, FUNEP. 2009.

JULIANA FRANÇA M DE MENDONÇA. Manejo de ordenha.

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