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APRESENTAÇÃO - PROJETO DE PESQUISA

Medicina Veterinária - 1ª fase


Beatriz Costa Barros dos Santos
A mastite é uma doença infecciosa na glândula mamária de
bovinos e que apresenta uma grande prevalência na perda de
produção de leite.
Essa doença pode se apresentar por vários agentes etiológicos,
mas, ressaltando as bactérias.
Facilmente propagada em rebanhos e combatida através do uso
de medicamentos, com a finalidade de deixar o menor nível de
contaminação de resíduos no leite consumido.
Introdução e Justificativa

O Brasil o terceiro maior produtor de leite do mundo, com mais de 34 bilhões de


litros por ano, com a produção em 98% dos municípios brasileiros (MAPA, 2022).
As principais bactérias causadoras da Mastite Bovina são a Staphylococcus aureus,
Streptococcus agalactiae e Escherichia coli.
Medidas de higiene e limpeza durante e após a ordenha, no caso de pré-dipping e
pós-dipping.
Pré-dipping é antes da ordenha, seja manual ou mecânica, como foco eliminar os
responsáveis pela mastite bacteriana contagiosa.
Pós-dipping é após a ordenha, com o objetivo de proteção dos tetos, além de
favorecer a hidratação e o fechamento do teto. Objetivo é criar uma camada
protetora contra doenças e infecções, após a aplicação do produto não é necessário
secar os tetos ou retirar o excesso da substância.
Utilizar uma solução antisséptica não vai substituir a limpeza dos tetos do animal, que,
quando feita com água corrente antes da aplicação do produto.
Introdução e Justificativa

A mastite pode ser apresentada como Mastite Clínica e Mastite Subclínica.


Nas últimas décadas houve a procura pelas diversas modalidades de medicina
alternativa, denominada “medicina complementar” que teve um considerável
crescimento.
Dessa maneira, são realizados vários estudos para encontrar uma alternativa eficaz
para o combate dessas bactérias e o controle da mastite, utilizando produtos naturais
extraídos de plantas que tem ação anti-inflamatória e antibactericida.
Assim, foi observado durante esses estudos através de ações laboratoriais, os efeitos
que a casca do caule do cajueiro (Anacardium occidentale L) que tem ação
antibiótica e, que inibe a proliferação das bactérias existentes no leite de vacas
infectadas com mastite subclínica, podendo sugerir a possibilidade do uso deste
vegetal no combate e cura a esta doença.
O CAJUEIRO

O cajueiro é dotado de diversas propriedades biológicas, dentre elas destaca-


se, anti-inflamatória, antioxidantes, antimicrobiana, cicatrizante.

Um agente antimicrobiano que atue frente dessas bactérias por meio de uma
planta é bastante interessante uma vez que infecções por este tipo de bactéria é
comum em animais que são importantes economicamente, como por exemplo na
bovinocultura leiteira.
OBJETIVOS

Objetivo Geral: Avaliar o efeito da solução do cajueiro no pré e pós-dipping,


como agente microbiano e no controle preventivo da mastite bovina.

Objetivos Específicos: Preparo e elaboração de solução antisséptica do


cajueiro para o uso de pré e pós-dipping.

Avaliação in vitro na solução do cajueiro. Avaliação in vivo na solução do


cajueiro. Avaliação in vitro na solução do iodo. Avaliação in vivo na solução
do iodo.
METODOLOGIA
Local de desenvolvimento das atividades: 1 propriedade Rural com atividade leiteira no município de
Realeza – PR.
2- Público-alvo: Bovinos de leite.
Ocorrendo a divisão em Tratamentos 1 e 2.
Tratamento 1: consiste na seleção de 20 vacas em período de lactação, que irá ser utilizada a
solução de iodo com glicerina no pré e no pós-dipping.
Tratamento 2: consiste na seleção de 20 vacas em período de lactação, que irá ser utilizada a
solução do cajueiro com a glicerina no pré e pós-dipping. Carga horária: 20 horas semanais.

Tratamento 1: No pré-dipping será utilizado 0,1% de iodo e 0,5% de glicerina, que consiste na
imersão dos tetos na solução antisséptica de iodo, por aproximadamente 10 segundos, a fim de
diminuir a carga de microrganismos residentes no local.
E após a ordenha, no pós-dipping, será necessário novamente a imersão dos tetos na solução
antisséptica de iodo por cerca de 5 a 10 segundos, com 0,7% de iodo e 0,5% de glicerina, para a
maior eficácia na profilaxia e no controle de microrganismos ambientais.
METODOLOGIA - IN VITRO
A coleta do leite será realizada através de ordenha manual em vacas que apresentaram mastite
clínica e subclínicas utilizando tubos de vidro autoclavados.
utilizado 1g do vegetal moído em 10 ml de água destilada e autoclavada por 15 min.
Para realização do antibiograma, será feito inicialmente uma cultura de bactéria visando o isolamento
de colônia.
Desta maneira, em placas de vidro contendo meio sólido serão semeados 100 µL de leite com
auxílio de bolinhas de vidro, logo após, serão levadas a estufa a 37 °C onde ficarão por 24 horas.
Deste cultivo é possível isolar colônias bacterianas do leite.
As colônias isoladas serão cultivadas em tubos de ensaio com meio líquido sobre as mesmas
condições.
Utilizando placas com meio de cultivos sólido o caldo bacteriano que será inoculado em toda
extensão da placa com o auxílio de algodão e em seguida depositado os discos de papel filtro
ésteres impregnados com o decocto das quatro espécies vegetais a serem analisadas, como
controle negativo será adicionado um disco contendo água destilada autoclavada
METODOLOGIA - AVALIAÇAÕ IN VIVO
Será feito uma separação de 20 vacas que utilizarão a solução de iodo e as outras 20 vacas que
utilizarão a solução de cajueiro. Será avaliado a qualidade do leite durante 120 dias no
tratamento. Será coletado uma amostra de leite de cada vaca em seus respectivos tratamentos,
nos seguintes dias: 0, 15, 30, 45, 60, 75, 90, 105, 120.
E haverá a avaliação de CCS e CBT durante esses dias, para perceber se houve crescimento
bacteriano ou alguma outra manifestação, durante todo o período dos tratamentos com a solução
de iodo e com a solução do cajueiro.
Assim, será possível analisar o índice de mastite no rebanho, nos casos clínicos, através do teste
diário da caneca do fundo preto, em que é colocado o leite e que mostra se há grumos no leite ou
não, e em casos subclínicos o teste CMT (Califórnia Mastite Teste), em que é analisado
visualmente através de uma raquete, a reação entre o leite e o reagente.
Que será realizado a cada 15 dias. Desta forma, através do resultado dessas soluções, espera-se
que a solução de iodo e do cajueiro tenham eficácia como ação antimicrobiana na prevenção de
mastite em bovinos de leite.
RESULTADO ESPERADO

Espera-se que a solução do cajueiro utilizada como pré e pós-


dipping apresente efeito antimicrobiano para a inibição do
crescimento das bactérias Staphylococcus aureus,
Streptococcus agalactiae e Escherichia coli na sua avaliação in
vitro e que atue na prevenção de mastite bovina em rebanhos
leiteiros.

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