A qualidade do leite depende do manejo adequado dos animais, ordenha completa em até 15 minutos, resfriamento imediato abaixo de 4°C, e prevenção de mastite através de teste CMT mensal e boas práticas de higiene. A mastite é uma doença inflamatória que afeta a produção e qualidade do leite, e sua prevenção é essencial para a sustentabilidade da atividade leiteira.
Descrição original:
Título original
VEA 00013 - 2021.04.13.QUALIDADE DO LEITE - BÁRBARA OLIVEIRA ARANTES
A qualidade do leite depende do manejo adequado dos animais, ordenha completa em até 15 minutos, resfriamento imediato abaixo de 4°C, e prevenção de mastite através de teste CMT mensal e boas práticas de higiene. A mastite é uma doença inflamatória que afeta a produção e qualidade do leite, e sua prevenção é essencial para a sustentabilidade da atividade leiteira.
A qualidade do leite depende do manejo adequado dos animais, ordenha completa em até 15 minutos, resfriamento imediato abaixo de 4°C, e prevenção de mastite através de teste CMT mensal e boas práticas de higiene. A mastite é uma doença inflamatória que afeta a produção e qualidade do leite, e sua prevenção é essencial para a sustentabilidade da atividade leiteira.
A definição de leite in natura difere em várias literaturas, mas entende-se por
produto obtido higienicamente, com manejo sanitário eficiente, através de ordenha completa e ininterrupta de animais saudáveis, criados de acordo com as normas, e objetivando garantir a segurança, é obrigatório o resfriamento imediato após a ordenha, a menos 4ºC para evitar a proliferação de microorganismos, de acordo com a legislação. O leite é produzido pelas glândulas mamárias das vacas, que recebem também o nome de úbere. Tais glândulas são compostas por um grande número de células responsáveis pela secreção do leite. O processo de ordenha é um processo fisiológico, que após iniciado, toda retirada do leite precisa ser feito no período máximo de 15 minutos. Isso se justifica pelo fato de o processo de descida do leite depender de um efeito hormonal da ocitocina, que acontece como resposta ao estímulo feito ao teto pelo processo de ordenha. A importância de se fazer todo o processo dentro do período do efeito hormonal é evitar leite residual nos tetos. O leite residual que fica retido no úbere após a ordenha é um importante fator predisponente para a ocorrência de mastite. A mastite bovina é um processo inflamatório que atinge a glândula mamária das vacas, de caráter contagioso e de fácil transmissão, cuja prevalência está relacionada a fatores ambientais e o manejo das vacas. As vacas podem apresentar febre, perda de apetite, queda de produção, e morte em casos mais graves, sendo de grande importância o manejo preventivo, com boas práticas no sistema de produção. É uma das doenças mais frequentes nos rebanhos leiteiros e de maior impacto econômico, pois a presença sem controle da doença nos animais acarreta queda severa nos resultados quantitativos e qualitativos da produção leiteira. O ordenhador pode se transformar num dos maiores veículos de transporte de microorganismos para o leite e úbere da vaca, recomendando assim bons hábitos de higiene no momento da ordenha. Este deve, antes de iniciar a ordenha propriamente dito, estimular o teto enquanto lava e seca, e fazer teste da caneca de fundo escuro ou telada, para verificar a presença ou não de grumos que evidenciam a presença de mamite clínica e também tem como finalidade eliminar todos os microorganismos que normalmente são encontrados no canal do teto. O teste CMT deve ser realizado em todas as vacas ordenhadas, e deve ser mensal e requer treinamento, e tem como objetivo detectar a existência de mastite subclínica no rebanho, prevenindo portanto o aparecimento de uma enfermidade mais intensa que promoverá maiores gastos e descarte do leite das vacas doentes. Basicamente, o leite, para ser caracterizado como de boa qualidade, deve apresentar as seguintes características: composição química adequada, baixa contagem de bactérias (CBT) e ausência de agentes contaminantes (antibióticos, pesticidas, adição de água e sujidades). A CBT refere-se à proliferação bacteriana no leite por contaminação externa e está estritamente relacionada com os processos de higiene durante a coleta do leite e à manutenção da temperatura do tanque. A CCS refere-se a células de defesa do organismo que migram do sangue para o interior da glândula mamária com o objetivo de combater doenças. O fator que mais contribui para aumento nos valores deste parâmetro é a mastite. Quando parte do rebanho está acometido, a CCS do tanque aumenta e é um indicativo para o produtor. A nutrição é um fator que afeta a qualidade do leite, qualquer ajuste na quantidade ou qualidade do alimento interfere diretamente na porcentagem do nutrientes sintetizados, afetando as concentrações de proteínas, gorduras e minerais presente no leite. Resenha produzida sobre QUALIDADE DO LEITE na aula ministrada no dia 13/04/2021