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Curso | Auxiliar em Agropecuária

Secretaria de Justiça De Rondônia - Termo de Cooperação nº 020/ PGE – 2019

Auxiliar em
Agropecuária
MÓDULO
Manejo Sanitário Animal – Parte 01
20 horas

IFRO – Campus Colorado do Oeste


Curso | Auxiliar em Agropecuária

SUMÁRIO
MÓDULO 1 ............................................................................................................................................... 1
1.1. MANEJO SANITÁRIO DOS BOVINOS ................................................................................................ 1
1.2. Cuidados com a vaca gestante e/ou prenhe......................................................................................... 1
1.3. Cuidados com vaca leiteira ao parto e após o parto............................................................................ 4
1.4. Cuidados com o bezerro(a) recém-nascido(a) ................................................................................... 11
1.5. Principais doenças infectocontagiosas e parasitárias dos bovinos................................................. 16
1.6. Considerações finais............................................................................................................................... 18
1.7. Referências .............................................................................................................................................. 18

Professor: Wagner Viana Andreatta


Curso | Auxiliar em Agropecuária

MÓDULO 1

1.1. Manejo sanitário dos bovinos


Neste módulo iremos aprender sobre Manejo sanitário em bovinos, como:
cuidados com a vaca gestante e/ou prenhe; cuidados com o bezerro (a) recém- nascido
(a); principais doenças infectocontagiosas e parasitárias dos bovinos; higiene das
instalações; medidas sanitárias e de manejo no controle das doenças infectocontagiosas
e parasitárias.

→ Conceito de manejo sanitário


Entende-se por manejo sanitário, um conjunto de medidas que tem como objetivo
garantir a saúde do rebanho.

→ Qual a importância do manejo sanitário na bovinocultura de corte e leite?


A saúde do rebanho é condição primordial para garantir bons resultados na pecuária
leiteira e corte. Uma vez que os danos e prejuízos causados pelas enfermidades podem
prejudicar significativamente a economia na propriedade, dessa forma, a busca por
medidas preventivas se torna indispensável.

1.2. Cuidados com a vaca gestante e/ou prenhe


Durante a gestação é necessária atenção ao manejo nutricional e sanitário
adequados para o bom desenvolvimento fetal, formação do colostro e boa condição
corporal ao parto.
O terço final da gestação, é o período em que as vacas precisam repor as
reservas necessárias para parir e produzir leite de qualidade. Entretanto, em vista das
alterações metabólicas no organismo, as vacas ficam com imunidade baixa e
susceptíveis a doenças nesse período. É também o período de maior desenvolvimento
do feto, o que aumenta a demanda de nutrientes da vaca para a cria, e é quando a
glândula mamária “descansa” e se “regenera” para a nova lactação. Assim, o conforto
térmico, dieta bem balanceada e controlada, como também os cuidados sanitários são a
base do sucesso na propriedade.

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→ Vaca leiteira e período de transição

O que é período de transição


O período de transição na vaca leiteira é compreendido no intervalo de 03
semanas, antes e após o parto. Apresenta mudanças drásticas no estado fisiológico,
nutricional, anatômico e comportamental da vaca, preparando-a para o parto e a
lactação.
Consiste em um momento crítico de extrema influência na saúde e produção de
vacas leiteiras.

Cuidados com a vaca leiteira no período de transição


– estimular a ingestão de matéria seca (MS);
– fornecer quantidade adequada de proteína metabolizável;
– evitar a ingestão excessiva de calorias (ganho de tecido adiposo e do escore
de condição corporal - ECC);
– reduzir a incidência de doenças metabólicas (esteatose hepática, cetose,
hipocalcemia, retenção de placenta, deslocamento de abomaso);

→ Balanço de energia: vaca leiteira e de corte

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(A) (B)

(C) (D)

Figura 1. (A) Vaca leiteira com bom ECC. (B) Vaca leiteira com baixo ECC;
(C) Vaca de corte com bom ECC; (D) Vaca de corte com baixo ECC.

→ O que é Escore de condição corporal (ECC)?


É a avaliação da condição corporal de maneira subjetiva, fundamentada na classificação
dos animais em função da massa de gordura e da cobertura muscular, o que estima o
estado nutricional da vaca.
Conhecer o ECC contribui para a tomada de decisões assertivas no manejo nutricional,
como também prevenir doenças metabólicas no pré e pós-parto (período de transição)
de vacas.

Caquética Magra Média ou ideal Gorda Obesidade severa


Figura 2. Avaliação subjetiva do ECC em vaca leiteira.

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Vantagens em avaliar o ECC


– redução no intervalo de parto e concepção;
– maior taxa de concepção no primeiro serviço;
– evitar a incidência de doenças metabólicas nos períodos pré e pós- parto;
(período de transição);
– produção suficiente de colostro;
– garantir um bezerro saudável e vigoroso;
– garantir uma taxa de desmama.

Piquete de Maternidade
– ter boas condições de higiene;
– ter boa drenagem;
– área de sombra de 4m2/vaca, para evitar o estresse térmico;
– baixa taxa de lotação (56m2 /animal);
– espaço de cocho suficiente (70 cm/animal);
– ter disponibilidade de água e alimentos de qualidade.

(A) (B)

Figura 3. (A) Piquete Maternidade- vaca leiteira; (B) Piquete Maternidade – vaca de corte

1.3. Cuidados com vaca leiteira ao parto e após o parto

→ Cuidados com lactação


No início da lactação – até a chegada ao pico que se dá aos 45 e 60 dias – é quando o
produtor pode ter mais lucro.
Se no início da lactação a vaca não for bem alimentada, pode ter seu pico lactação
prejudicado, aumento de incidência de doenças metabólicas e retardo no cio.

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→ Mastite e/ou mamite


A mastite é a doença com maior impacto econômico sobre a bovinocultura de leiteira, o
que gera perdas em todas as etapas da cadeia produtiva.
Os custos associados à mastite podem ser divididos em: redução na produção de leite,
uso de medicamentos para tratamento da doença, leite descartado, serviços
veterinários, trabalho extra, redução na qualidade do leite e descarte prematuro da vaca.

O que é mastite e/ou mamite bovina?


É a inflamação do tecido da glândula mamária.

Quais são as causas de mastite?


A ocorrência da mastite está ligada a contaminações por microrganismos de um ou mais
quartos mamários via ducto do teto. A mastite geralmente é causada por bactérias, mas
também pode ocorrer devido a fungos e leveduras.

Mastite subclínica
– causa: Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Corynebacterium
bovis;
– não se observa edema (inchaço), dor, rubor (vermelhidão) no úbere do
animal; não se observa grumos no leite;
– observa-se redução na produção de leite;
– observa-se alterações na composição do leite, com diminuição dos níveis de
gorduras, lactose e proteínas;
– aumento significativo de células somáticas

O que são células somáticas?


São células de descamação do epitélio da glândula mamária e células de defesa do
sistema imune que passam do sangue para o leite

Como diagnosticar a mastite subclínica?


– Identificar os animais portadores;

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– testes eletrônicos para a contagem de células somáticas (CCS); quando a


CCS está acima de 200 mil células por mililitro de leite, o animal está com o
sistema mamário acometido.

– CMT (California Mastitis Test): permite identificar de maneira subjetiva a


doença de acordo com a reação entre o leite e o reagente no momento do
exame;

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Mastite clínica
– É a forma da doença onde observa-se alterações no leite (aquoso, com
grumos, pus e sangue) e no úbere (edema = inchaço, dor e rubor =
vermelhidão, aumento da temperatura e endurecimento dos quartos
mamários).
– Nos casos mais graves, os animais apresentam sintomas como: febre,
apatia, desidratação, perda de apetite e queda na produção do leite.

Figura 4. Sintomas da Mastite clínica

Como diagnosticar a mastite clínica?


– Teste da caneca de fundo preto

Controle da mastite
Para alcançarmos sucesso no programa de controle da mastite é muito importante que
os envolvidos na melhoria da qualidade do leite entendam cadaetapa do processo.

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Cuidados:
– manejos ideais de ordenha e prevenção;

(A)

(B) (C)

Figura 5. Manejo preventivo da Mastite (A) Higiene dos tetos; (B) Pré dipping; (C) Pós dipping.

– tratamento dos animais doentes;

(A) (B) (C) (C)


(A) (B)

Figura 6. (A) Tratamento tópico; (B) Tratamento sistêmico (C) Hidratação do animal

– treinamento do pessoal na lida da ordenha;


– identificar o agente causador da doença;
– conforto e ambiência dos animais;

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Todos estes cuidados visam reduzir o impacto econômico ao produtor, reduzindocustos e


consequentemente aumentando o lucro.

Por que secar a vaca e o tratamento preventivo da mastite?


– A secagem deve ser feita até no máximo 230 dias de gestação;

– A secagem das vacas é importante para a recuperação da glândula mamária e


para preparar a fêmea para a próxima lactação;

– Para melhor acompanhamento dessas vacas, o ideal é separar em lotes com o


mesmo tempo de gestação e assim quando iniciar o período seco alimentá-las
com forragens de boa qualidade, silagem, concentrado e/ou combinações desses;

– A estratégia adotada para a secagem vai depender de cada um, pode acontecer
de forma mais abrupta ou gradual.

o O método abrupto é feito pela interrupção das ordenhas em um dia


específico, com base na data prevista do parto.
o A secagem gradual, ocorre pela redução da frequência diária de ordenha
por dia até quando a vaca reduzir a produção de leite a um volume
desejado;
– Após a secagem, inicia-se o tratamento preventivo da mastite, com base em:

1) antibiótico especificamente formulado para o tratamento de vacas secas,


injetado em cada teto, e
2) uso de selante, que é injetado no teto após o antibiótico, qual funciona
como uma barreira física para a entrada de microrganismos patogênicos.

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Figura 7. Cuidados com a vaca leiteira no pré e pós-parto


*DEL: Dias em lactação.

Figura 8. Probabilidade de doença nos 60 DEL


*RP-Retenção de placenta;
*DA-Deslocamento de Abomaso

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1.4. Cuidados com o bezerro(a) recém-nascido(a)

A manutenção de condições adequadas do piquete de maternidade é importante


não só para a vaca, como também para o bezerro (a).
É de extrema importância que este (a) nasça em um ambiente limpo e seco, para
reduzir a ocorrência de infecções umbilicais e impedir que os bezerros (as) mamem o
colostro em tetos sujos de fezes, urina e barro.
Os microrganismos (vírus, bactérias e protozoários) que causam diarreia estão
presentes nas fezes, assim quando os bezerros (as) mamam o colostro em tetos sujos,
se contaminam e podem apresentar doenças digestivas e respiratórias alguns dias após
o nascimento.

→ Cura de umbigo
Dos problemas sanitários que afetam os bovinos jovens, as infecções de umbigo
ocupam lugar em destaque.
As infecções umbilicais e suas consequências são responsáveis por altas taxas
de mortalidade em bezerros (as) e os animais que não vão ao óbito, tem perdas de
aproximadamente de 25% no desempenho produtivo em relação a outros animais da
mesma idade.
Bezerros (as) bem criadas e com um desenvolvimento saudável tem grandes
chances de se tornarem vacas mais produtivas e eficientes no rebanho.

→ O Umbigo
Representa a ligação da mãe com o feto durante a gestação, e é por meio deste
que o feto recebe todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. O
cordão umbilical liga a placenta a estruturas internas do feto por meio de três vasos:
duas artérias, uma veia e o úraco. As artérias estão conectadas a circulação sanguínea
geral do bezerro, a veia ao fígado e o úraco à bexiga. No momento do parto, devido à
distensão, o cordão umbilical se rompe, os vasos sanguíneos e o úraco retraem e ficam
posicionados próximo a parede abdominal, a pele que envolvia estas estruturas não
retrai e forma o coto umbilical.
O coto umbilical representa a porta de entrada mais importante de
microrganismos causadores de doenças no recém-nascido.

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Figura 9. Estrutura anatômica do umbigo do bezerro

A cura de umbigo é importante para:


– proteger contra a entrada de microrganismos e por desidratar o coto
umbilical fechando gradualmente esta porta de entrada.

Protocolo da cura de umbigo


– realizar a cura nas primeiras horas de vida;
– usar tintura de iodo (5 a 7%);
– repetir o procedimento no mínimo 1X ao dia, por 3 a 5 dias consecutivos;
– o iodo deve ser aplicado sob a forma de imersão para permitir a entrada da
solução no coto umbilical;

Figura 10. Cura do umbigo com solução de iodo

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→ Riscos da cura de umbigo mal feita


A cura de umbigo mal feita, ou a não realização desta, leva frequentemente a infecções
de umbigo, que podem se restringir a infecções locais ou causarem infecções graves em
diversos órgãos do bezerro (Figura 11), ou até mesmo à morte por septicemia
(distribuição de patógenos na corrente sanguínea).
Os bezerros (as) com inflamação do umbigo ingerem menos leite, não ganham peso, o
que compromete seu desempenho.

Figura 11. Complicações das infecções umbigo

Monitoramento da ocorrência de infecções no umbigo


– Além da cura do umbigo, deve incluir na rotina diária o monitoramento da
ocorrência de infecções no umbigo, o que pode ser feito por exame de
palpação. O umbigo saudável é macio e flexível, e o bezerro (a) não deve
sentir incômodo à avaliação.
– Quando há infecção, o umbigo tem o volume aumentado e firme, secreção e
febre.
– Nos casos de infecção deve ser feito tratamento orientado por um Médico
Veterinário.

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(A) (B)

Figura 12. (A) Cura de umbigo bem feita; (B) Cura de umbigo mal feita

→ Colostro

O que é o colostro?
Colostro é o leite secretado imediatamente na primeira ordenha após o parto e é
fundamental para o desenvolvimento dos bezerros (as).

É um líquido rico em vitaminas (A, E e B12), minerai (Ca, P, Mg e Na), proteínas e


imunoglobulinas (IgG, IgM,e IgA).

As imunoglobulinas são anticorpos que integram o sistema de defesa do organismo do


neonato estabelecendo uma imunidade passiva.

Para que serve o colostro?


– Durante o período gestacional, não há passagem de anticorpos da vaca para
o bezerro (a) através da placenta e, por est a razão, o colostro adquire
importância vital para as fases iniciais.
– As imunoglobulinas presentes no colostro são anticorpos que integram o
sistema de defesa do organismo do neonato estabelecendo uma imunidade
passiva.

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Como funciona a transferência de imunidade passiva que ocolostro oferece?


As imunoglobulinas são proteínas encontradas normalmente na circulação
sanguínea e compõem uma parte importante do sistema imune dos bovinos.
Elas atuam identificando e destruindo microrganismos.
Além de um importante papel no sistema imune, o colostro desempenha também
uma função nutritiva.

Tempo da ingestão do colostro


Há uma janela de tempo onde acontece máxima absorção dos componentes do
colostro.
A regra de ouro é que o bezerro (a) seja colostrado dentro de, no máximo, 6 horas
de vida. Até este período, as células intestinas apresentam melhor capacidade absortiva
das imunoglobulinas.

Métodos de colostragem
– colostragem natural;
– sonda esofágica;
– mamadeira.

Volume de colostro fornecido


– É recomendado que seja administrado o correspondente a 10 % do peso
vivo.

Avaliação do colostro
– É de extrema importância no manejo do colostro.

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Ferramenta para avaliar a qualidade do colostro


– Colostrômetro

1.5. Principais doenças infectocontagiosas e parasitárias dos bovinos

O que são doenças infectocontagiosas?


São doenças provocadas por microorganismos como bactérias e vírus; essas doenças
são de fácil e rápida transmissão.

O que são doenças parasitárias e/ou verminoses?


São doenças causadas por um parasito, como protozoários e vermes. Por exemplo, a
Tristeza Parasitária Bovina, o agente transmissor é o carrapato Boophilus microplus.

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Tabela 1. Principais doenças infectocontagiosas e parasitárias em bovinos

Agente
Doença Transmissão (via) Sinais clínicos Vacina Tratamento Zoonose
etiológico
Brucelose Aborto, natimortos, bezerros
Bactéria Oral, reprodução Sim Não Sim
bovina fracos
Perda de peso, lesões em
Tuberculose Bactéria Inalação,oral órgãos dacavidade Não Não Sim
abdominal
Diarreia severa, febre,
Diarreia viral aborto, retornos irregulares
Vírus Oral, reprodução Sim Não Não
bovina (BVD) ao cio, nascimento de
bezerros fracos
Rinotraqueíte
Aborto, tosse, infecção
infecciosa Vírus Inalação, reprodução Sim Não Não
bovina (IBR) ocular, infecção genital
Aborto, natimortos, bezerros
Pele, oral, inalação,
Leptospirose Bactéria fracos, febre, queda na Sim Sim Não
reprodução produção.
Aborto, nascimento de
Neosporose Protozoário Oral, reprodução Não Não Não
bezerros fracos

Salmonelose Bactéria Oral Diarreia Sim Sim Não

Leucose Vírus Sangue, reprodução Aumento delinfonodos Não Não Não

Mordedura de
Anorexia, hiperexcitabilida
Raiva Vírus morcegos Sim Não Sim
de, ataxia, morte
hematófagos
Vesículas (boca,língua,
Oral (saliva), leite,
patas), anorexia, dificuldade
Febre aftosa Vírus Sim Não Não
fômites, reprodução de movimentação,
hipersalivação
Tristeza Febre, anorexia,palidez de
parasitária Protozoários Carrapato ou insetos mucosas (ou icterícia),
Sim Sim Não
(Babesiose e e/ou rickettsia hematófagose fômites hemoglobinúria, redução da
Anaplasmose) lactação,aborto, morte
Diarréia, anorexiae perda de
Eimeriose Protozoários Oral Não Sim Não
peso
Bactéria - Distúrbios neurmusculares e
Clostridioses Oral Sim Não Não
Toxinas intestinais

O que são zoonoses


A definição estabelecida pelo comitê da Organização Mundial de Saúde (OMS,
2016), zoonoses são “doenças ou infecções naturalmente transmissíveis entre animais
vertebrados e seres humanos”
Exemplo de zoonoses na bovinocultura: Raiva bovina, Brucelose, Tuberculose e
Encefalopatia Espongiforme Bovina (vaca louca).

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Medidas sanitárias de manejo no controle das doenças infectocontagiosas e


parasitárias
– Calendário de vacinação e estratégias de combate às verminoses;
– Limpeza e desinfecção das instalações, comedouros e bebedouros;
– Separar os animais em lotes de acordo com a idade;
– Evitar pastos úmidos;
– Evitar a superlotação de animais em pequenas áreas;
– Evitar o estresse dos animais.

1.6. Considerações finais

A implementação correta de medidas preventivas e curativas de controle


sanitário, além de aumentar a produtividade, assegura também a produção de alimentos
saudáveis e isentos de resíduos nocivos à saúde humana.

1.7. Referências

ANDREOTTI, R.; GOMES, A.; PIRES, P.P.; RIVERA, F.E.B. Planejamento sanitário
de gado de corte. Campo Grande: EMBRAPA –CNPGC, 1998, 31p. (EMBRAPA –
CNPGC. Documentos, 72)
DANTAS, C.C.O., SILVA, L.C.R.P. e NEGRÃO, F.M. Manejo sanitário de doenças
do gado leiteiro. PUBVET, Londrina, V. 4, N. 32, Ed. 137, Art. 928, 2010.
MARQUES, D.C. Criação de Bovinos, 7° ed. Belo Horizonte: Consultoria Veterinária e
Publicações, 2006, 659 p.
SCHENK, M. A. M.; PIRES, P. P.; ANDREOTTI, R.; GOMES, A. O manejo sanitário
em bovinos de corte (Do nascimento ao desmame). Campo Grande: EMBRAPA-
CNPGC, 1996, 5 p. (EMBRAPA-CNPGC. Comunicado Técnico, 48).

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