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ALIMENTAÇÃO DE SUÍNOS POR FASE: CRECHE,

CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO

10 minutos para ler

Em qualquer atividade que envolva a criação de animais, é sabido que os custos com
nutrição são os mais representativos, chegando a 70% do total de investimentos. Por essa
razão, o produtor que deseja uma alta rentabilidade tem o desafio de melhorar a
eficiência da alimentação de suínos por fase produtiva.

Cada categoria tem exigências nutricionais diferentes, e a dieta dos suínos deve ser
planejada de acordo com essas demandas. O objetivo é favorecer o desenvolvimento
desses animais e atender às expectativas do suinocultor de obter um excelente
desempenho do plantel.

Nesse contexto, a nutrição de precisão é a chave para o êxito no negócio. Mas quais são
as melhores estratégias de alimentação para suínos em cada uma de suas fases?
Continue a leitura e descubra!
As categorias produtivas dos suínos
As fases produtivas dos suínos após o desmame são a creche, o crescimento e a
terminação. Cada uma delas tem exigências nutricionais diferentes, que são influenciadas,
principalmente, pelo potencial genético dos animais e pela idade.

É importante lembrar que o comportamento alimentar e o desempenho dos animais


também estão relacionados ao seu bem-estar, à ambiência, ao manejo dos animais e à
sanidade do plantel. Sendo assim, cabe ao produtor saber contornar os desafios que
surgem em cada uma das fases. Veja a seguir.

Creche
O desmame é a entrada dos leitões na creche, um momento crítico, pois os animais são
separados da mãe, há a troca de ambiente, o reagrupamento e a formação de nova
hierarquia, bem como a adaptação aos comedouros e bebedouros e à nova dieta.

Ela acontece geralmente aos 21 dias, podendo avançar até os 28 dias de vida dos leitões,
tendo como objetivo o melhor peso na saída da creche e o melhor aproveitamento das
instalações. É um momento delicado para a manutenção do status sanitário, uma vez
que a troca de ambiente acarreta o contato com diferentes patógenos e a mudança de
temperatura.

Crescimento
A fase de crescimento acontece aos 63 ou 70 dias de vida dos suínos até os 100 a 110 dias
(ou então dos 25 aos 29 kg e dos 55 aos 65 kg). É o momento em que os animais são
separados por peso, e sua taxa de crescimento é acelerada.

Há maior velocidade de deposição de tecido magro, e o consumo de alimento tende a ser


menor do que a sua exigência nutricional. Dessa forma, as rações precisam ter um bom
aporte energético e proteico para a mantença e o adequado crescimento muscular.

Terminação ou acabamento
A categoria de terminação ou acabamento é a fase em que os suínos serão alimentados
para alcançarem as características na carne exigidas pelo mercado de suínos, com o
peso ideal para o abate. O abate ocorre normalmente entre 130 a 140 dias (90 a 100 kg).

Já o abate de suínos pesados ocorre em torno dos 115 a 130 kg, quando os animais têm
de 163 a 170 dias de idade. Na fase de terminação, eles consomem mais alimentos do
que necessitam, e a deposição de gordura é maior do que a de proteína.
A melhor alimentação de suínos por fase
produtiva
De forma geral, as rações para suínos devem ter boa aceitabilidade, uma granulometria
adequada para cada fase e, claro, atendimento às exigências nutricionais dos animais,
com níveis ideais de proteína bruta, aminoácidos, energia, vitaminas e minerais. Veja a
seguir algumas dicas.

Creche
Devido à mudança brusca de ambiente e de alimentação a que os leitões são submetidos,
o especialista em nutrição deve levar em conta as limitações e o desenvolvimento do
sistema digestório dos suínos. Por isso, alguns cuidados com a criação de leitões são
necessários — nesse cenário, deve-se utilizar ingredientes de boa qualidade e altamente
digestíveis.

O consumo de alimento na creche representa 2,6% do total de ração à época do abate.


Porém, o desempenho dos animais nessa fase influencia em até 30% o ganho de peso dos
suínos até o abate. Isso mostra a importância de investir na nutrição dos leitões.

Uma boa estratégia nutricional é o uso de rações complexas com ingredientes de alta
qualidade e digestibilidade, tais como:

 leite em pó;
 concentrado proteico de soja;
 lactose cristalina;
 soro de leite;
 farinha de peixe;
 plasma sanguíneo;
 nucleotídeos;
 minerais orgânicos;
 leveduras;
 palatabilizantes;
 acidificante e aromatizantes.

Crescimento
Essa fase, também chamada de engorda, é determinante para a qualidade da carne
suína produzida. Por isso, a necessidade da devida atenção à sua alimentação.
Normalmente, os suínos preferem alimentos que possam ser consumidos com mais
rapidez, como os úmidos ou líquidos, mas podem ser disponibilizadas diversas formas
físicas de rações, variando de peletizadas, trituradas e até fareladas.

Terminação
Nessa fase, tem-se a maior parte dos custos com a alimentação do animal, que segue dos
60 kg até o seu abate. As exigências nutricionais variam de acordo com fatores como
idade, sexo, peso, potencial genético e fase produtiva. Por essa razão, é preciso
considerar tais diferenças a fim de conseguir a máxima eficiência produtiva do animal.

Na fase de terminação é necessário fornecer rações balanceadas para se obter melhor


qualidade. Podem ser fornecidos ingredientes como milho, soja e cereais alternativos
como sorgo, DDGS, milheto, triguilho e triticale, assim como resíduos agroindustriais.

É importante, também, prover todos os minerais (macro e microminerais) e vitaminas


(lipossolúveis e hidrossolúveis) essenciais para a manutenção da sua saúde.

Antes de partirmos para o próximo tópico, também é importante destacar que o manejo
reprodutivo dos suínos é igualmente crucial para o sucesso da atividade. Visto que os
cachaços também têm exigências nutricionais singulares, é essencial prestar atenção
à nutrição do macho reprodutor.

Os erros que devem ser evitados na


alimentação de suínos
No manejo alimentar de suínos, o monitoramento do consumo da dieta também deve
fazer parte do planejamento da produção. Ou seja, a busca por evitar erros de
arraçoamento precisa ser constante.

Muitas vezes, os suinocultores acreditam estar fazendo um bom trabalho, mas não
compreendem o porquê de os índices zootécnicos e os resultados produtivos estarem
insatisfatórios, saindo do que foi planejado. Por isso, elencamos alguns erros comuns
observados nas granjas suinícolas. Veja só.

Subalimentação
O controle do arraçoamento é fundamental para se obter o máximo rendimento
econômico da atividade. Dessa forma, há três métodos de sistema de alimentação de
suínos: à vontade, controlada por tempo e com restrição.
A escolha por um desses sistemas está diretamente ligada à fase produtiva em que o
suíno se encontra, visto que o objetivo em cada fase muda à medida que o ciclo e a idade
dos animais avançam. Por exemplo, nas fases iniciais e na etapa de crescimento, cujas
metas são o ganho de peso dos animais, uma dieta oferecida à vontade é a mais indicada.

Então, a subalimentação traria prejuízos consideráveis para o produtor, já que os animais


não estariam recebendo a quantidade necessária para expressarem todo o seu potencial
genético. Diante disso, é essencial que o suinocultor trabalhe com exatidão a formulação
das rações do seu plantel,  bem como o manejo alimentar, visto que a deficiência de
nutrientes acarretará a queda do desenvolvimento e prejuízos na produção.

Superalimentação
Por outro lado, o excesso de nutrientes na dieta é excretado e, portanto, eles não são
bem aproveitados pelos animais — o que também provoca má utilização de recursos.
Desse modo, há o risco de ocorrerem perdas econômicas tanto pelo desperdício de
investimentos despendidos na ração quanto pelo baixo desempenho dos suínos.

Se na creche e na engorda o arraçoamento à vontade é preferencial, na terminação, é


importante restringir a dieta, devido à relação que existe entre deposição de gordura na
carcaça e conversão alimentar. Como o gasto energético para formar tecido adiposo é
maior do que o necessário para formar tecido magro, a conversão alimentar é pior
quanto maior for a deposição de gordura.

Uma vez que geralmente se deseja não obter uma deposição excessiva de gordura na
carcaça, deve-se limitar o ganho de peso diário, já que, quando os suínos atingem
determinada idade, a taxa de ganho em tecido magro se estabiliza, enquanto a de
deposição de gordura aumenta.

Perceba que, nesse caso, a superalimentação traz prejuízos. Entretanto, não é somente
para a fase de terminação que o desbalanço nutricional e quantitativo das rações traz
desvantagens.

Não se pode esquecer da relação existente entre nutrição de suínos e meio ambiente.


O excesso de arraçoamento e nutrientes ingeridos implica numa quantidade maior de
dejetos produzidos pelos animais, o que resulta na eliminação de poluentes e de
contaminantes no meio.

Granulometria inadequada
Diversos estudos apontam um melhor aproveitamento pelo animal com a redução do
tamanho das partículas de milho.
Além disso, granulometria mais fina melhora a digestibilidade da energia bruta, da
matéria seca e do nitrogênio, o que diminui a excreção desses últimos dois componentes.
Contudo, o desafio dos suinocultores está em encontrar uma granulometria que satisfaça
os suínos, mas não provoque muitas lesões no seu trato digestório.

Isso porque também é sabido que quanto mais fina é a moagem das partículas, maior é a
incidência de úlceras gástricas. Outros fatores também influenciam na ocorrência dessa
patologia, como as dietas peletizadas e pobres em fibra bruta e o estresse, tal como
acontece com os seres humanos.

Nesse sentido, além de oferecer uma ração com ingredientes de tamanho adequado, a
manutenção do bem-estar na suinoculturaproporciona um maior desempenho geral
dos plantéis.

Inúmeros são os elementos que compõem uma boa dieta para os suínos, em cada uma
de suas fases. Contudo, como você pôde notar, a sua resposta aos mais variados tipos de
alimentos depende de uma série de fatores, tais como raça, categoria produtiva e práticas
de manejo animal.

Além disso, o desempenho dos animais também é influenciado pela qualidade das
matérias-primas utilizadas na formulação das rações. Tendo em vista a complexidade e a
importância da alimentação de suínos por fase, o produtor deve buscar por fornecedores
idôneos e confiáveis. Eles devem contar com especialistas em nutrição animal que
possam auxiliar na elaboração das melhores dietas.

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Restos de comida, grãos e rações são os produtos mais utilizados para a


alimentação dessas aves. No entanto, isso ainda não é o suficiente para
garantir a nutrição dos frangos, há de se considerar ainda alguns pontos para
que nada falte a eles em cada fase por que passam e bom exemplo disto é
fornecer altos níveis de cálcio quando frangos de postura e nível maior de
proteína quando frangos destinados à produção de carne.

Confira outros detalhes:


Fase 1 - Alimentação de pintinhos

A alimentação nessa primeira fase muda gradativamente, tudo em função da


idade e do tipo da ave a ser criada. Ela pode decidir a falência ou a
rentabilidade do negocio.

- Só dê de comer aos pintinhos após 60 minutos (1 hora) de nascidos;


- A primeira alimentação deverá ser de água com açúcar (50 g de açúcar para 1
L de água) para hidratar e aumentar a energia dos pintinhos;
- Após um dia de vida, passe a alimentá-los regularmente com ração inicial.
Geralmente elas contêm 20% de proteína e devem ser fornecidas aos pintinhos
até oito semanas de idade;
- Pintos que tenham contraído coccidiose devem ser alimentados com ração
inicial com adição de medicamentos em sua formulação. Pintos que já tenham
sido vacinados devem ser alimentados com ração inicial com formulação livre
de medicamento.

Fase 2 - Alimentação de frangos em crescimento

- Ao completar oito semanas, alimente os franguinhos com ração de


crescimento. Certifique-se que o nível de proteína é bem próximo a 16%, caso
suas aves sejam destinadas à postura. Já os frangos em crescimento
destinados ao corte devem consumir ração de crescimento que contenha até
20% de proteína;
- Ao completarem 10 semanas de vida, insira restos de comida na alimentação
dos frangos. Cuidado apenas com os excessos, para que eles não troquem a
ração pela comida;
- Tenha sempre um pouco de areia por perto, pois ela ajuda os frangos na
digestão de frutas e legumes. Frangos que apenas se alimentam de ração não
necessita de areia em suas instalações;
- Respeite as indicações alimentares. Nunca ofereça aos frangos uma ração
que não seja a indicada para a sua fase. Ração de postura, por exemplo, dada
aos frangos antes da 18ª semana, por conter muito cálcio, vai prejudicar os rins
e reduzir o tempo de vida da ave;
- À noite, cubra os restos de comida para evitar o aparecimento de pragas no
criatório.

Fase 3 - Alimentação de frangos

a- De postura

- Ao completarem as 20 semanas de vida, ofereça ração de postura aos


frangos. Ela possui até 2% a mais de proteína e mais cálcio que as rações
comuns. Comumente, elas são oferecidas peletizadas, trituradas e fareladas;
- Nunca misture cálcio na ração de postura. Você pode, sim, oferecer cálcio à
parte aos frangos. A dica é triturar casca de ovo ou concha de ostra;
- Semanalmente, dê às poedeiras larvas da farinha, abóboras e sementes de
abóboras;
- É importante deixar no criatório um pote contendo areia para que as
poedeiras consigam digerir melhor esses complementos alimentares;
- Melhore a alimentação dos frangos no inverno. Para isto, complemente a
alimentação com misto de grãos, formulado de milho quebrado, aveia e outros
grãos. Esse complemento deve ser oferecido em quantidades limitadas e, em
sua maioria, colhidos no verão;
-  O oferecimento de frutas cítricas, alimentos salgados, ruibarbo, chocolate,
cebola, alho, resíduos do cortador de grama, feijões não cozidos, casca ou
caroço de abacate, ovos crus, açúcar/doces ou cascas de batata crua é
completamente proibido, por serem alimentos tóxicos para os frangos;
- Se puder, deixe seus frangos pastarem pelo quintal para que aumentem suas
reservas nutritivas. Pátios contendo ervas daninhas e plantas jovens são ideais
para isto.

b- De abate

- Até completarem seis semanas de vida, forneça aos frangos ração inicial de
corte. Ela fornece às aves até 24% de proteína;
- Após as seis semanas, passe a alimentar os frangos com ração final
peletizada, por conterem de 16 a 20% de proteína;
- Luzes acesas durante a noite estimula as aves a comerem mais. Essa tática
pode ser aplicada alguns dias antes do abate.

Considerações importantes sobre a criação de frangos de postura:

I- A fase inicial ou fase de cria é a mais sensível da criação, vai desde o
primeiro dia até a 6ª (sexta) semana de vida.
II- A fase de recria vai da 7ª até a 18ª semana é onde ocorre um grande
crescimento das aves sendo determinante para a qualidade da futura poedeira.
III- Fase de pré-postura vai da 19ª até a 23ª semana.
IV- Fase de postura vai da 24ª até a 70ª semana, quando devem ser
descartadas.
https://www.cpt.com.br/cursos-avicultura/artigos/como-alimentar-frangos-corretamente-confira-
e-aprenda
Como devo alimentar o meu coelho?

A primeira ideia que deve ter é que o seu coelho é um herbívoro estrito, adaptado à
ingestão de uma dieta com elevado teor de fibra. A alimentação de um coelho deve ser
baseada em três elementos essenciais: feno, granulado e vegetais frescos.

Feno
Proporciona a fibra necessária para: estimular a motilidade intestinal, permitir que o
animal não se aborreça e não tenha problemas comportamentais, permitir o desgaste dos
dentes, estimular o apetite e a ingestão de cecotrofos, manter a flora cecal estável e com
isso permitir a correcta absorção dos nutrientes e evitar a proliferação de bactérias
nocivas.

Granulado
O granulado deverá ser o mais completo possível a nível de todos os nutrientes
necessários e com uma composição aproximada de:

 Fibra bruta: +18%


 Fibra não digerível: +12,5%
 Proteína bruta: +12-16%
 Gordura: 1-4%
 Cálcio: 0,6-1%
 Fósforo: 0,4-0,8%
 Vitamina A: 10000-18000 UI/Kg
 Vit D: 800-1200 UI/Kg
 Vit E: 40-70 mg/Kg
 Evitar as misturas à base de sementes de girassol que contêm um elevado teor
de gordura.
Vegetais frescos / Erva
Os vegetais frescos e a erva são o alimento natural por excelência para um coelho. Como
a maioria dos coelhos criados para mascotes não está habituado a eles, devem ser
introduzidos gradualmente na dieta, no entanto devem ser oferecidos diariamente como
fonte de vitaminas, sais minerais e proteína.

Não esqueça...
A água fresca e o feno devem estar sempre à disposição do seu coelho
 Introduza os novos alimentos gradualmente
 Tenha sempre à disposição feno de boa qualidade
 Proporcione grande variedade de vegetais todos os dias
 Se possível, permita que o seu coelho faça exercício no exterior.
 Dê pequenas quantidades de comida em granulado ou mistura de cereais
apenas uma vez por dia e retire após algumas horas.
 Não deve dar mais de 2-3% do peso do animal em granulado por dia.
https://www.hospitaldosanimais.com/patologias-e-cuidados/exoticos/como-devo-alimentar-o-
meu-coelho

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