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2 - ALIMENTAÇÃO

ALIMENTAÇÃO DE SUÍNOS:
• Cada fase produtiva dos suínos tem exigências nutricionais
diferentes, que são influenciadas, principalmente, pelo
potencial genético dos animais e pela idade.
• É importante lembrar que o comportamento alimentar e o
desempenho dos animais também estão relacionados ao
seu bem-estar, o meio ambiente, ao maneio e à sanidade do
efetivo.
Desmame:
• Momento crítico, pois os animais são separados da mãe, há
a troca de ambiente, o reagrupamento e a formação de nova
hierarquia, bem como a adaptação aos comedouros e
bebedouros e à nova dieta.
• Por isso, alguns cuidados com a criação de leitões são
necessários — nesse cenário, deve-se utilizar ingredientes
de boa qualidade e altamente digestíveis.
• O consumo de alimento nesta fase representa 2,6% do total
de ração à época do abate. Porém, o desempenho dos
animais nessa fase influencia até 30% o ganho de peso dos
suínos até o abate.
• Isso mostra a importância de investir na nutrição dos leitões.
• Uma boa estratégia nutricional é o uso de rações
complexas com ingredientes de alta qualidade e
digestibilidade, tais como:
▪ leite em pó;
▪ concentrado protéico de soja;

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▪ lactose cristalina;
▪ soro de leite;
▪ farinha de peixe;
▪ minerais orgânicos;
▪ leveduras;
▪ palatabilizantes;
▪ acidificante e aromatizantes.
Engorda:
• É o momento em que os animais são separados por peso, e
a sua taxa de crescimento é acelerada.
• Há maior velocidade de deposição de tecido magro, e o
consumo de alimentos tende a ser menor do que a sua
exigência nutricional. Dessa forma, as rações precisam ter
um bom valor energético e proteico para a manutenção e o
adequado crescimento muscular.
• É determinante para a qualidade da carne suína produzida.
Por isso, a necessidade da atenção com a alimentação.
Normalmente, os suínos preferem alimentos que possam
ser consumidos com mais rapidez, como os húmidos ou
líquidos, mas podem ser disponibilizadas diversas formas
físicas de rações, variando de peletizadas, trituradas e até
fareladas.
“Acabamento”:
• A categoria de acabamento é a fase em que os suínos serão
alimentados para alcançarem as características na carne
exigidas pelo mercado de suínos, com o peso ideal para o
abate.

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• Nesta fase, eles consomem mais alimentos do que
necessitam, e a deposição de gordura é maior do que a de
proteína.
• Podem ser fornecidos ingredientes como milho, soja e
cereais alternativos como sorgo, e triticale, assim como
resíduos agroindustriais.
• É importante, também, prover todos os minerais (macro e
microminerais) e vitaminas (lipossolúveis e hidrossolúveis)
essenciais para a manutenção da sua saúde.

ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS:
Quais são as melhores práticas de alimentação de bovinos?
• maneio das pastagens
▪ O pasto é o principal alimento dos bovinos e por isso
deve-se produzir esse alimento em grande quantidade
ao mesmo tempo em que se procura extrair o máximo
do potencial nutritivo da forrageira. O potencial da
planta está diretamente relacionado à fertilidade do
solo.
• Bom maneio animal
• Investir em suplementação
▪ Dado que as pastagens deixam a desejar em
nutrientes, devemos investir na complementação
alimentar. A fórmula deve ser balanceada de acordo
com as particularidades do efetivo e deve ser de
qualidade. Ao fornecer o alimento aos animais, é
importante que ele esteja bem homogéneo, evitando
que o gado escolha o grão.
• Água de qualidade
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▪ A água deve ser cristalina e o bebedouro deve ser
constantemente higienizado. Caso a água seja de má
qualidade, o gado diminui o consumo e tem a
digestibilidade do volumoso prejudicada.
• Comedouro adequado
▪ O ideal é que a manjedoura atenda todos animais do
lote, variando conforme o tipo de suplemento
fornecido. Uma manjedoura muito pequena provoca
competitividade e má distribuição do alimento.
• Quando se fala em bovinos mantidos a pasto, a qualidade e
a quantidade da forragem estão entre os principais fatores
que influenciam a produtividade animal. As plantas
forrageiras são responsáveis por fornecerem energia,
proteína, minerais e vitaminas aos animais em pastoreio
com um baixo custo alimentar.
• Contudo, estas apresentam boa qualidade e produtividade
durante o período das chuvas, mas com perdas quantitativas
e qualitativas durante os períodos secos do ano.
• Bons resultados produtivos podem ser obtidos com a
utilização da suplementação quando ela é realizada com um
bom planeamento e apresenta coerência com a categoria
animal e com o ganho desejado
▪ Critérios que devem ser observados para
suplementar:
➢ Objetivo produtivo;
➢ Raça e categoria animal;
➢ Disponibilidade e qualidade de pastagens;
➢ Quantidade e valor nutricional do suplemento;
➢ Tempo de suplementação;
➢ Preço pago;

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➢ Custo x benefício do suplemento. Além de
recursos físicos, como cochos e disponibilidade
de mão de obra capacitada;
➢ Logística da propriedade;
➢ Infraestruturas, manjedoura, etc
BOVINOS DE LEITE:
Bezerros:
• A fase de aleitamento pode ser natural ou artificial. No
aleitamento natural o bezerro obtém o leite mamando
diretamente no úbere da vaca.
• O aleitamento artificial consiste em fornecer a dieta líquida
em balde, mamadeira ou similar. Este sistema permite
racionalizar o maneio dos animais, ordenhar com mais
higiene e controlar a quantidade de leite ingerida pelo
bezerro
• Em ambos os tipos de aleitamento, o importante é fornecer
colostro o mais rápido possível, pois esta é uma forma de
garantir a sobrevivência do bezerro nas primeiras semanas
após o nascimento, fornecendo os anticorpos. A maneira
mais eficiente é fazer o bezerro mamar o colostro na vaca
logo após o nascimento. Quando fornecido no balde, usar o
colostro integral, permitindo a ingestão de 5 a 6 kg de
colostro;
• Na fase de aleitamento, o alimento natural do bezerro é o
leite integral que por seu valor comercial pode ser
substituído pelo colostro excedente ou utilizar um
sucedâneo comercial do leite, normalmente vendido na
forma de pó;
• Fornecer 4 l/animal/dia qualquer que seja a dieta líquida
utilizada, que deverá ser fornecida em duas refeições diárias

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durante a primeira semana de vida do animal. A partir daí,
uma vez ao dia, de manhã ou a tarde conforme mais
conveniente para o produtor;
• A quantidade fornecida, regularidade no horário e na
temperatura da dieta líquida são muito importantes para
evitar distúrbios gastrointestinais
• O concentrado inicial a ser fornecido aos bezerros do
nascimento até os 60 ou 70 dias de idade, deve ter na sua
composição alimentos considerados de excelente
qualidade, como grãos de milho, farelo de soja, e misturas
minerais e vitamínicas.
• Concentrados contendo grãos que sofreram tratamento
térmico e/ou vapor, e aqueles na forma de peletes,
aumentam a digestibilidade e estimulam seu consumo
precoce.
• A partir dos 70 dias, pode-se utilizar concentrados de menor
custo.
• Após o desmame, o consumo de concentrado aumentará
rapidamente, devendo-se limitar a quantidade fornecida
para estimular o consumo de volumoso. Tem-se sugerido o
fornecimento de 1 a 2 kg de concentrado com 12% de
proteína bruta e 66% de nutrientes digestíveis totais - NDT,
dependendo da qualidade do alimento volumoso utilizado.
• Um bom volumoso, feno ou verde picado, deve ser
fornecido desde a segunda semana de idade. Em escala de
importância, para bezerros, antes dos três meses de idade,
bons fenos são melhores que bons alimentos verdes
picados, que, por sua vez, são melhores que boas silagens.
• Antes dos três meses de idade, o uso de alimentos
fermentados, como silagens, não é recomendado, uma vez

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que o consumo será insuficiente para promover o
desenvolvimento do rúmen e o crescimento do animal.
• A água disponível deve estar limpa e fresca. Se forem usados
baldes para dar de beber aos animais, a água deve ser
renovada diariamente.
• Recomenda-se que os bezerros tenham, à sua disposição,
desde a primeira semana de idade, água fresca e limpa,
porque há evidências de maior consumo de concentrado

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